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O ensino religioso estimula o preconceito e a intolerância?

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Pesquisa da Universidade de Brasília conclui que o preconceito e a intolerância religiosa fazem parte da lição de casa de milhares de crianças e jovens do ensino fundamental brasileiro. Produzido com base na análise dos 25 livros de ensino religioso mais usados pelas escolas públicas do país, o estudo é apresentado no livro Laicidade: O Ensino Religioso no Brasil, que foi lançado às 16h desta terça-feira, 22 de junho, no auditório do Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares (CEAM) da UnB.
“O estímulo à homofobia e a imposição de uma espécie de ‘catecismo cristão’ em sala de aula são uma constante nas publicações”, afirma uma das autoras do trabalho, a antropóloga e professora do Departamento de Serviço Social, Débora Diniz.
A pesquisa analisou os títulos mais aceitos pelas escolas do governo federal, segundo informações do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. A imagem de Jesus Cristo aparece 80 vezes mais do que a de uma liderança indígena no campo religioso - limitada a uma referência anônima e sem biografia -, 12 vezes mais que o líder budista Dalai Lama e ainda conta com um espaço 20 vezes maior que Lutero, referência intelectual para o Protestantismo (Calvino nem mesmo é citado).
O estudo aponta que a discriminação também faz parte da tarefa. Principalmente contra homossexuais. “Desvio moral”, “doença física ou psicológica”, “conflitos profundos” e “o homossexualismo não se revela natural” são algumas das expressões usadas para se referir aos homens e mulheres que se relacionam com pessoas do mesmo sexo. Um exercício com a bandeira das cores do arco-íris acaba com a seguinte questão: “Se isso (o homossexualismo) se tornasse regra, como a humanidade iria se perpetuar?”.
A pesquisadora Débora Diniz alerta que o estímulo ao preconceito chega ao ponto de associar uma pessoa sem religião ao nazismo – ideologia alemã que tinha como preceitos o racismo e o anti-semitismo, na primeira metade do século XX. “É sugerida uma associação de que um ateu tenderia a ter comportamentos violentos e ameaçadores”, observa. “Os livros usam de generalizações para levar a desinformação e pregar o cristianismo”, completa a especialista, uma das três autoras da pesquisa.
Bem, eu estive lá e ainda estou refletindo...
Fonte: UNB

3 comentários:

O preconceito e intolerância são mesmo atitudes baseadas e apoiadas pelas religiões, pois cada um dos seus seguidores tenta levar ao auge a sua crença, levando também tudo o que ela arrasta (preconceitos, dogmas, intolerância, valores; resumidamente,toda a cultura).

Gostei do texto. Muito boa a pesquisa..

Beijos

Bethy

O oculto contraria o culto.
A obsessão vem da proibição.
Tabu não pode ser falado, quanto mais discutido.
É sobretudo uma questão formativa no seio da família, a que alguns religiosos, perdão intelectuais,aproveitam para alimentar.
Se a religião deixou de ser poder, nada melhor que estar num lugar destaque e influenciar o poder.
Um abraço

A crença na verdade absoluta pura e simples é o pilar primordial da intolerância. Infelizmente a religião é o principal disserminador da intolerância.

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