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STF na contra mão da história

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O Jornal Folha de São Paulo divulgou ontem uma pesquisa que revela ser de 40% o número de pessoas (entrevistadas) que desejam punição para os torturadores da ditadura militar no Brasil.
Segundo a Folha, esta posição reforça a opinião da vários seguimentos da sociedade quanto ao equívoco cometido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O STF julgou a matéria recentemente e recusou a revisão da Lei da Anistia, cuja extensão foi questionada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
A análise do jornal é que o STF cometeu um erro, ao não tomar uma decisão política (não confundir com política partidária), legalizando assim, um acordo da transição. Até porque o STF na gestão do Gilmar Mendes adotou muitas posições políticas, em diversas matérias.
Portanto, ao contrário da legislação internacional, anistiou os crimes da ditadura, cometidos em nome do Estado brasileiro pela força das armas e, por isso, crimes que não prescrevem e nem poderão jamais ser esquecidos. Na forma como decidiu, o Tribunal contrariou, inclusive, jurisprudência seguida por países vizinhos que puniram os torturadores e até mesmo os governantes responsáveis pelos golpes.
Levantamento Datafolha
- 45% dos brasileiros são contra punir torturadores
- 40% são favoráveis.
“Mesmo com uma diferença pequena, o resultado aponta mais para equilíbrio do que para apoio a um dos lados", explica o diretor-geral do instituto, Mauro Paulino.
O Instituto ouviu os brasileiros, também, sobre o tratamento aos que pegaram em armas contra a ditadura.
-Contra a punição: 49%
-A favor: 37%
-Indiferentes: 3%
-Não souberam opinar: 11%
Nessa questão, foram auferidas as posições dos eleitores de Dilma e Serra.
-Dilma: 48% se declararam contra a punição e a favor 41%.
-Serra: 47% a favor e 40% contra.
Para Paulino, isso significa que o tema não influencia a corrida presidencial. "Não me parece que isso será um tema da campanha", analisa ele.
Resumo da ópera: significa minha opinião, que os ataques sistemáticos à candidata Dilma, tachando-a de terrorista, não surtirá o menor efeito entre os dois seguimentos eleitorais.
Ainda bem.
Afinal, punir quem mostrou a cara e tomou porrada, e aliviar a barra de quem não teve coragem de enfrentar o regime de exceção e procurou abrigo em local seguro, fora do país, é no mínimo injusto, para não dizer outra coisa.

4 comentários:

É um tema bastante delicado de se opinar. Na mesma medida em que não se pode esquivar.
Para se punir alguém é necessário se investigar a culpa. Mas quem irá investigar? Forças armadas? Militantes de esquerda? Cada um deles têm suas verdades e jamais a negarão.
O mais correto seria colocar uma pedra sobre isso e continuar a vida. Contudo, explicar isso para as famílias que tiveram algum ente desaparecido é impossível. Jamais aceitarão. Seja por dor do luto que perdura pela dúvida, seja pela pomposa indenização que receberão.
Então, seria correto abrir logo de uma vez todos os arquivos que restam da época, a maioria já foram destruídos, e desmitificar essa fase triste de nossa história. Dando salvo-conduto para todos os lados e suas respectivas indenizações. Não vejo outro jeito.

Agora, minha cara, dizer que é covardia a atitude dos que saíram do país para ter alguma segurança, isto sim é injusto e descabido. Muitos saíram não por sua vontade, mas para manutenção de suas vidas e segurança de suas famílias. Nem todo trigo é joio e vice-versa.

Parabéns pela reflexão.

Um forte abraço!

Oi,
Beth,
amiga, te adimiro cada vez mais! Beleza de post pra ele tiro o meu chapéu e dou o meu cartão verde. Parabéns!
beijos no seu coração e fica com Deus

Caro Sergio,
É claro que é bastante delicado. Se fosse simples...
Mas, é exatamente por isso, que deve ser enfrentado e tratado politicamente.
Vários países, inclusive a Africa do Sul que está na moda agora por conta da Copa, o enfrentou, após o Nelson Mandela assumir o governo, criando a Comissão da Verdade e punindo os torturadores. E nem por isso, Mandela foi execrado.
O que ocorre no Brasil é que a chamada "elite intelectual" como sempre age de forma vacilante, como é bem própio da classe média pequeno burguesa, na definição de Marx.
É bem melhor e mais cômodo tucanar e ficar em cima do muro, e tratar os dois lados como se tivessem exercido o mesmo papel.
Contra fatos, não há argumentos. E os fatos estão aí para provar quem foi quem neste processo. E mais, não dá para esquecer. Pois memória arquivada não é memória esquecida.
Colocar uma pedra em cima. Jamais.
Como jamais, nessa matéria, ficarei em cima do muro. Não me agrada esta postura.
E é por isso, que não tenho simpatia pelo PSDB, e pela fachada de democrata do Serra, que até hoje posa de ex presidente da UNE, e por incrivel que pareça, nunca tomou nenhuma porrada. Pelo menos não há registro disso.
Um abraço.

Oi Josy,
Nan, nan, nin, não, não!
Quem admira quem aqui?
Empatamos.
Valeu pelo comentário.
Grande beijo.

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