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Mulheres Extraordinárias - XV

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A Atraente,

Chiquinha Gonzaga.

Ô abre alas que eu quero passar...
Ô abre alas que eu quero passar...

Eu sou da Lira, não posso negar,
Eu sou da Lira, não posso negar.

(1847 - 1935)

*****

A carioca Francisca Edwiges Neves Gonzaga, conhecido como Chiquinha Gonzaga, foi  e é, uma importante compositora, pianista e regente brasileira, que lutou contra vários tipos de preconceitos e viveu sempre à frente do seu tempo.

Primeiro, foi chorona. Quer dizer: pianista de choro... e autora da primeira marcha carnavalesca que até hoje é cantada no Carnaval, todos os anos.  Ô Abre Alas foi composta em 1899. Chiquinha foi a primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil.

Sua estréia como compositora se deu com a polca Atraente, cujo sucesso foi mais um fardo para sua reputação. Mantinha-se como professora em casas particulares e pianista no conjunto do flautista Joaquim Callado. Passou a aperfeiçoar sua técnica com o pianista português Artur Napoleão, também seu editor, e a tentar escrever partituras para o teatro musicado. Em janeiro de 1885, Chiquinha Gonzaga estreou no teatro com a opereta A corte na roça, representada no Teatro Príncipe Imperial, ocasião em que a imprensa se embaraçou ao tratá-la – não existia feminino para a palavra maestro. Ao longo de sua carreira de maestrina, Chiquinha Gonzaga musicou dezenas de peças de teatro nos gêneros os mais variados.

Em 1889, regeu, no Imperial Teatro São Pedro de Alcântara, um original concerto de violões, promovendo este instrumento ainda estigmatizado. Era a mesma audácia que movia a militante política, participante de todas as grandes causas sociais do seu tempo, denunciando assim o preconceito e o atraso social. A abolicionista fervorosa passou a vender partituras de porta em porta a fim de angariar fundos para a Confederação Libertadora e, com o dinheiro da venda de suas músicas, comprou a alforria de José Flauta, um escravo músico.

Chiquinha engajou-se também no Movimento Republicano, e lutava pelo fim da monarquia. Mas, logo se decepcionou com o novo governo, e durante a Revolta da Armada em 1893, a sua música “Aperte o Botão” foi considerada ofensiva pelo então presidente Floriano Peixoto. A partitura foi apreendida e teve voz de prisão decretada. Entretanto, pelo seu prestigio e popularidade a prisão não se realizou.

Chiquinha também foi pioneira na defesa dos direitos autorais. Atentou para o problema quando viu as suas composições sendo reproduzidas na Europa., com os créditos para um estrangeiro de nome Fred Figner. Por isto, fundou  a SBAT – Sociedade Brasileira de Autores Teatrais, em 1917, entidade que nunca abandonou, em vida. 

Sua frase mais significativa é: Sem harmonia, não! Intimada a escolher entre a música e o marido, Chiquinha Gonzaga não teve dúvida!

Visite o site oficial da Maestrina, aqui.

*****
Com Chiquinha, concluímos esta série especial sobre 15 Mulheres Extraordinárias. A você que acompanhou, nossos sinceros agradecimentos.

Até.

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