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Nós não soubemos acabar

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Pôr fim a uma relação amorosa é uma arte tão desafiadora quanto tocar com graça uma flauta. 

A covardia nos detém muitas vezes. 

Outras vezes, o desfecho é adiado por uma última, ou penúltima, ou antepenúltima, lufada de esperança. E há ocasiões em que nossa ação é impedida apenas por uma inércia para a qual não encontramos e nem buscamos explicação. Sei lá. Talvez nas escolas devesse haver uma disciplina que nos ensinasse a terminar uma história de amor. 

Nos ensinam álgebra e geografias remotas nas escolas, mas não nos ensinam coisas básicas da vida, como identificar o final de um caso e agir.

Nós não soubemos acabar.

O fim em geral é claro, apenas a gente finge que não vê. Onde havia antes compreensão e tolerância, ergue-se a impaciência. 

Onde havia antes generosidade, ergue-se um rigor por vezes cruel. 

Onde havia antes ternura, ergue-se uma crescente grosseria. Onde havia antes disposição para dividir, ergue-se o egoísmo. O que foi amor virou desamor. Os fatos gritam. Mas as pessoas fingem não ouvi-los. Fingem muitas vezes demasiadamente além do aceitável. 

E então sofrem bem mais do que o necessário.

Nós não soubemos acabar.

*****
Fabio Hernandez, é cubano e em sua autodefinição, um "escritor barato".

1 Comentário:

Olá,
Para mim sempre foi muito difícil colocar um fim em um relacionamento. Por covardia eu sempre dava um jeito do cara terminar comigo. E muitas vezes eu terminava a noite chorando porque ele tinha terminado, mesmo eu tendo desejado que aquilo acontecesse. Coisa de doido, rsrsrss.
Bjo

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