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Chegou a TV Portal Favelas

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TV Portal Favelas chega para ser contraponto histórico à mídia comercial

Começa a funcionar nesta semana a TV Portal Favelas, do Rio de Janeiro, narrada por quem lá vive e mostrando o bom cinema de baixo orçamento produzido nas periferias, a música, a culinária, o credo multicultural, a solidariedade dos moradores, a representatividade negra e LGBT. Um contraponto fundamental ao que fazem, historicamente, as emissoras comerciais. 

A iniciativa é um passo importante, no campo da mídia alternativa, para retomar as rédeas do Brasil que, como dizem os organizados da TV, foi roubado do povo pelo “golpe, pelo discurso de ódio e pelo fascismo".

Assista à análise do professor Lalo Leal para o #DeOlhoNaMídia desta semana, no #CanalDoBarão!

O Portal Favelas é uma rede de blogs, TVs, rádios e jornais de várias favelas da capital fluminense. O projeto busca uma narrativa diferente da forma como faz a mídia comercial, com espetacularização da violência e criminalização dos moradores. Eles deixam claro, nas suas próprias palavras, que querem romper o silêncio superando o medo. E enfrentar a opressão para tomar nas mãos a cidadania que historicamente eles têm tido negada”, diz ainda o professor.

Favela É, com Gilberto Gil

Ontem, os comunicadores popular Soca da Rocinha, Nika e Rumba Gabriel, da TV Portal Favelas, receberam ninguém menos do que Gilberto Gil em uma live fenomenal. 

Parceria: Barão do Itararé/RBA.

É amanhã! Não se esqueça: Somos Muitos

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Ivan Lins, MPB4 e João Bosco
“Somos muitos” é o nome do show que irá ao ar amanhã, sexta-feira (17), a partir das 20h, para arrecadar recursos a profissionais da música no Rio de Janeiro. Por enquanto, a apresentação virtual tem mais de 20 nomes confirmados. Entre eles, Chico Buarque, Francis e Olivia Hime, Ivan Lins, João Bosco, MPB4 e Toquinho.

No caso de Chico, ele não irá cantar. Segundo a organização, o cantor e compositor fará um apelo em favor dos colegas. A diversificada lista de artistas se completa com André Mehmari, Ayrton Montarroyos, Carlos Careqa, Celso Viáfora, Duofel, Gabriel o Pensador, Jaime Alem, Nair Cândia e Jurema de Cândia, os irmãos Kleiton & Kledir, Maria Alcina, Nei Lopes, Paulo Cesar Pinheiro e Vicente Barreto.

O projeto foi organizado por Aquiles Rique Reis, do grupo vocal MPB4. O show será transmitido pelos canais do site Ziriguidum, ou Facebook.com/ziriguidum ou da produtora Bateia Cultura.

Doações

Durante a transmissão, serão divulgados um link e uma conta para quem quiser fazer doações. Trabalhadores interessados em fazer jus ao auxílio devem se inscrever em um site criado para essa finalidade (www.somosmuitos.rio.br). O total arrecadado será dividido por R$ 600, o que definirá o total de pessoas beneficiadas. O Retiro dos Artistas terá direito a 10%.

“Desde o dia 13 de março de 2020, quando os teatros, casas de show e cinemas foram fechados no Rio de Janeiro para o combate ao coronavírus, a indústria da música carioca começou a viver a pior crise de sua história”, afirma a organização do show. “São milhares de técnicos de som, técnicos de luz, roadies, cenotécnicos, músicos, produtores e vários outros trabalhadores da música que, de uma hora para outra, viram suas receitas reduzirem a zero.”

A situação tornou-se “insustentável”, levando os artistas a organizar um show em solidariedade a esses trabalhadores. No início de junho, o Senado seguiu a Câmara e aprovou a chamada Lei Aldir Blanc, de auxílio emergencial ao setor de cultura. O projeto foi posteriormente sancionado.

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Da redação do RBA)))

Mesmo após a partida, Aldir Blanc ajuda a salvar os que fazem arte e cultura

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Aldir Blanco
A iniciativa foi da deputada
Benedita da Silva, PT/RJ.

A relatoria, da deputada Jandira Feghali, PC do B/RJ.

E o esforço foi coletivo.

A Câmara dos Deputados aprovou ontem, 23/05, a lei ‘Aldir Blanc’, de auxílio emergencial para a cultura. Projeto de Lei 1.075, que destina recursos emergenciais para o setor de cultura. Também conhecido como lei de emergência cultural, o PL, de Benedita da Silva (PT-RJ) e vários outros autores, que apensou (anexou) outros projetos, teve como relatora a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), que sugeriu o nome do compositor Aldir Blanc para a lei. O setor deverá receber R$ 3 bilhões.

“Um esforço coletivo”, disse Benedita, afirmando que atualmente “muitos artistas sofrem de fome”.

No texto, resultado de acordo entre os partidos, a parlamentar afirmou que a cultura deve fazer parte de qualquer projeto de desenvolvimento. A arte é “coirmã da educação e redutora da violência, construtora da civilização, mas, muitas vezes, não é vista como ofício, como trabalho”. O Estado não produz arte e cultura, lembrou, mas precisa “formular políticas públicas, fomentar, incentivar”.

O projeto inclui auxílio emergencial a trabalhadores na cultura e apoio a espaços culturais. Entre esses apoios, incluem-se teatros independentes, escolas de música e capoeira, circos, cineclubes, centros de tradição regionais, bibliotecas e museus comunitários, festas populares, teatros de rua, livrarias, sebos, ateliês, galerias, feiras e galerias de arte.

Uma exceção foi o do partido "Novo". O líder do partido na Câmara, Paulo Ganime (RJ), embora tenha elogiado o texto, disse que não era momento de discutir políticas setoriais. Por isso, orientou pela votação contra o projeto.

A deputada Lídice da Matta (PSB-BA) lembrou que enquanto as pessoas continuam consumindo cultura, os que fazem cultura “estão vivendo de forma dramática”. E Chico D´Ângelo (PDT-RJ) citou o exemplo do músico e arranjador Luís Filipe de Lima, que no fim de semana anunciou por rede social que por dificuldades financeiras estava pondo à venda o violão de sete cordas que usa há 25 anos. Foi organizada uma vaquinha virtual para que ele pudesse permanecer com o instrumento.

Já a deputada Fernanda Melchiona (Psol-RJ), havia afirmado que “para salvar a cultura é necessário derrotar Jair Messias Bolsonaro”. Ela criticou a atuação da secretaria especial do setor e ressaltou a importância do auxílio. “Os artistas foram os primeiros a parar, porque os espetáculos precisam de público. (Há) artistas passando fome, equipamentos sendo desmontados por falta de recursos”. Alexandre Leite (DEM-SP) disse que “serão beneficiados aqueles que mais precisam”.

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Com a colaboração das autoras do PL 1.075/2020.

Ouça a maravilhosa composição Kid Cavaquinho aqui: 

Escolas de samba do Rio desfilam crítica social na Sapucaí

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Sambas-enredo do Carnaval do Rio 2020 prometem chacoalhar a avenida e a consciência dos foliões na sofrida cidade maravilhosa.

A campeã do ano passado volta para a avenida com tudo no carnaval do Rio de Janeiro em 2020. A Mangueira, terceira escola da primeira noite dos desfiles (domingo, 23), traz para a Marquês de Sapucaí mais um samba com forte crítica social. O enredo A Verdade vos Fará Livre retrata a violência que extermina o povo favelado, agravada pelos governos de Wilson Witzel e de Jair Bolsonaro.

Favela, pega a visão:
Não tem futuro sem partilha
Nem messias de arma na mão…

Os compositores Manu da Cuíca e Luiz Carlos Máximo também participaram da autoria do enredo História pra Ninar Gente Grande, que levou a Mangueira ao seu 20º título no ano passado. 

“O grande homenageado da Mangueira é Jesus Cristo, que luta pela partilha e pela fraternidade”, afirma Manu da Cuíca em entrevista ao site Carnavalesco. “Com certeza, ele aprovaria uma disputa como essa, aprovaria uma escola espetacular que trate a favela como um ato de sobrevivência, especialmente com esse governo que mais mata favelados, e o samba mostra que estamos vivos”, diz a sambista.

A União da Ilha, penúltima na madrugada de domingo para segunda-feira no carnaval do Rio 2020, traz para a avenida as falsas promessas de políticos e poderosos. Os autores, Marcio André, Marcio André Filho, Rafael Prates, J. Alves, Daniel e Marinho, cantam o talento de quem vive nas comunidades, cresce e se desenvolve a despeito de todo o abandono.

Eu sei o seu discurso oportunista
É a ganância, hipocrisia
O seu abraço é minha dor (seu doutor)
Eu sei que todo mal que vem do homem
Traz a miséria e causa fome
Será justiça de quem esperou
O morro desce o asfalto e dessa vez
Esquece a tristeza agora

Quadrinhos da Marielle da Maré

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Italianos homenageiam Marielle Franco em HQ: 'Como Angela Davis'.

A vereadora carioca Marielle Franco (PSOL), executada na região central do Rio no último 14 de março, virou personagem de uma história em quadrinhos publicada no jornal italiano "Il Manifesto". 

Os autores Assia Petricelli e Sergio Riccardi decidiram começar o gibi com cinco frases que ajudam a definir a vida e o trabalho da parlamentar: "Eu sou cria da Maré. Sou mulher negra. Sou anticapitalista. Sou militante política. Sou mãe".



Publicação de quatro páginas foi no jornal 'Il Manifesto'.

Divulgação, O Globo.

O Samba da Volta do JB

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O Jornal do Brasil voltou, e o de amanhã já vai pras bancas.

Três dias depois de sua morte, Jesus Cristo, cumprindo a promessa, voltou. Após ressuscitar, subiu aos céus, anunciando que retornaria. E nós, com fé, aguardamos. Os Tribalistas voltaram no ano passado, 15 anos depois do primeiro e único álbum de Arnaldo Antunes, Marisa Monte e Carlinhos Brown. A banda Led Zeppelin também ressurgiu das cinzas, após seu fim em 1980, e mais de 20 milhões de pessoas se inscreveram para concorrer aos ingressos de seu último show em 2007. O gato cantor Felipe Dylon voltou! Desde o hit A Musa do Verão, de 2007, à nova Vai Ver o Sol Nascer, com que pretende voltar a bombar na meca musical. Silvio Caldas, o cantor famoso das serenatas, que JK adorava escutar, anunciou várias vezes o fim da carreira, e não conseguia parar. O mesmo acontecia com a cantora Elizeth Cardoso, a divina. Anunciava o último show e, em seguida, vinha o show do próximo anúncio. Para alegria dos fãs, estavam permanentemente de volta.

Agora, o exemplo mais expressivo de volta bem-sucedida foi o de Frank Sinatra. Depois de fase péssima, com baixas vendas de discos e plateias pela metade, anunciou a aposentadoria aos 56 de idade, com um show em Los Angeles. Mas só conseguiu segurar o gogó por dois anos, voltando glorioso com um dos maiores sucessos de sua carreira, New York/New York, quando então The Voice, como era chamado, viveu fase extraordinária.

Pois é, meus amores, este é o plano: o Jornal do Brasil voltar como Sinatra, ao som da melódica cidade do Rio de Janeiro/Rio de Janeiro, soltando a voz por ela e para ela, a favor dela, e não contra ela, sendo noticioso, e não tendencioso, com um jornalismo independente, empenhado em que o Estado do Rio de Janeiro retome seu natural posto de tambor de ressonância do país, de lançador de tendências, irradiador de alegria, modismos, estilos, sua vocação desde sempre, pelo próprio temperamento contagiante, irreverente e descontraído de seus cidadãos.

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Do Blog da Hildegarde Angel, em 24/02/2018.


“Vá pra Cuba que te pariu”!

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Vociferou um senhor alto, que vestia-se com uma calça verde oliva do exército e com uma camiseta branca de mangas longas, com letras garrafais que formavam a frase: BOLSONARO PRESIDENTE!

Respondi de supetão, que não fui parido por Cuba! Na verdade, nasci em águas internacionais, mais precisamente entre os Estados Unidos e as Ilhas Cook. Contudo, seu eu tivesse sido parido por Cuba não me incomodaria, sabe?

Não acharia ruim, desde que tivesse recebido o mesmo talento de Glória Magadan, que sequer era socialista, e foi a maior novelista de todos os tempos. Magadan, ou a feiticeira, como era conhecida, trabalhou na TV Tupi e na Rede Globo. Aliás, Glória Magadan foi a responsável por estruturar o núcleo de telenovelas da emissora da família Marinho. 

A feiticeira teve como sua assistente e aprendiz, Janete Clair, a maior escritora brasileira de telenovelas da história; autora de Irmãos Coragem e Selva de Pedra.

Clair aprendeu, com a cubana Magadan, a arte de escrever e produzir folhetins e sua obra foi eternizada na memória nacional.

Janete Clair, por sua vez, casou-se com Dias Gomes, um formidável dramaturgo, que talvez por influência da esposa, aprendeu a escrever telenovelas e, assim, transformou-se em um dos grandes escritores do gênero. Suas principais novelas foram: O Bem-Amado (primeira novela exibida em cores no Brasil), e Saramandaia, que foi refilmada em 2013. Dias Gomes que não foi parido por Cuba, mas era comunista, ajudou com seu trabalho a enriquecer a capitalista Rede Globo.

Por fim, eu também não me incomodaria em viver em Cuba se recebesse a mesma formação educacional e literária de Leonardo Padura, um genial escritor contemporâneo, autor, dentre outros títulos, do premiado romance - O Homem que Amava os Cachorros, publicado no Brasil pela Boitempo editorial.

Padura, atualmente, escreve para Folha de São Paulo, da família Frias. A mesma Folha que apoiou o golpe burguês militar de 1964, e que não satisfeita com seu “equívoco histórico” apoiou, também, o golpe de 2016.

O senhor olhou-me com espanto e ar de dúvida e bramiu:

“Bolsonaro Presidente”!

- Pobre coitado...

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Aconteceu há 200 anos

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Festa da Penha: germe das escolas de samba

Reunidas pelo intendente Paulo Fernandes Viana, na Intendência-Geral de Polícia, no Campo de Santana, as irmandades e demais confrarias religiosas que congregavam negros escravos e libertos foram comunicadas que a partir daquele ano, 1817, estavam proibidas as festas “de congos” e demais reuniões que aquelas entidades realizavam em toda a cidade do Rio de Janeiro, principalmente no Campo de Santana - hoje, Praça da República -, por ocasião das celebrações de seus santos padroeiros. A alegação apresentada pelo nobre foi a de que o Rei D. João VI, “para sossego público, mandou suspender estas festas que traziam transtornos para a população da Corte”. No ano anterior, elas já tinham sido proibidas devido ao luto pelo falecimento da Rainha D. Maria I. Agora, aproveitando a ocasião, ele determinava o cancelamento em definitivo dos eventos.

Informados pelas entidades de negros que tais festas eram as principais fontes de renda que obtinham para se manter e prestar auxílios aos seus membros, Paulo Fernandes Viana obteve autorização do rei para oferecer 50 mil réis em subsídios anuais em troca do seu cancelamento. As confrarias menores aceitaram, mas os irmãos de N. Sa. do Rosário somente requereram a subvenção em 1822, quando o intendente já havia falecido e o Brasil vivia a efervescência política que levaria à sua separação de Portugal.

Essas informações constam do manuscrito II-34.28.025, da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, requerimento da Irmandade de N. Sa. do Rosário e São Benedito a José Bonifácio de Andrada e Silva solicitando “receber pelos cofres públicos um subsídio anual em substituição às esmolas que arrecadavam com suas danças por ocasião das festividades de seus padroeiros". O despacho final manda pagar um único subsídio aos irmãos do Rosário e extinguir a prática.

A Corte portuguesa no Brasil

Moinho de inventos

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Saideira...

"saia do sério
saia da linha
saia de si
saia de tudo
só não saia de mim"
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No tamanho este é um livrinho, mas no valor é um livrão. Ou seja, esta obrinha é um obrão. O autor é uma figura da linguagem, um cabra que é cobra, um cobrão. Nos poemicros, microcontos e ensaios de haicai deste seu terceiro livro, ele faz trocadilhos de tudo: secos e molhados, alhos e bugalhos, o baralho a quatro. A paródia inventiva, brincante, transborda no desmonte e remonte de palavras e ideias, numa bricolagem de achados e achismos sobre todo tipo de temática. Comida, diversão e arte: um “mexidão” de prosa e poesia, saber e sabor.

Marcelo Torres
jornalista e escritor
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Um livrinho livrão, que alimenta o bom humor e espalha risos.
Excelente sacada!
Quer mais Moinhos? Aqui, tem.

Nahániri. Nahániri. Nahániri,

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Mafalda aprende a falar em guarani, no balão, a palavra "não" no idioma indígena.

Depois de mais de cinquenta anos de seu lançamento, a astuta garotinha argentina Mafalda vai “aprender a falar” em guarani. O idioma é oficial no Paraguai, junto ao espanhol, e pela primeira vez as tirinhas de Quino serão traduzidas para uma língua indígena.

O projeto desenvolvido por linguistas paraguaios vai traduzir, aos poucos, a obra que traz as aventuras de Mafalda, Manolito, Felipe, Susanita e os demais personagens argentinos. O autor, Joaquín Salvador Lavado, o Quino, se emocionou ao tomar conhecimento da expansão de sua história. 

Em junho deste ano será apresentado o primeiro, dos dez livros a serem traduzidos, durante a Feira Internacional do Livro de Assunção, capital paraguaia. 

Para a tradutora Maria Gloria Pereira, a adaptação da obra de Quino servirá para fortalecer o idioma indígena e pode ser o começo de uma série de traduções de quadrinhos para popularizar e impulsionar o interesse infantil pela cultura guarani. 

“Falta mais pessoas se animarem a investir em histórias em guarani, seja traduzindo já existentes ou criando personagens próprios, creio que isso seria um grande êxito”, afirmou a tradutora. 

Segundo Maria Glória, um dos grandes desafios deste projeto é manter um “guarani funcional”. Explica também que em alguns momentos será necessário “pegar emprestadas” palavras em espanhol para manter a riqueza e a sutiliza do idioma indígena. “O pior que poderíamos fazer é colocar Mafalda falando um guarani que não se entende”.

O projeto foi possível graças a um convênio do mercado editorial paraguaio com o Ministério de Relações Exteriores da Argentina através do Programa Sul, que busca a tradução de autores argentinos em outros idiomas. Todo o humor de Quino será mantido e Maria Gloria garante: Mafalda vai dizer muitos “nahániri” (“não”, em guarani), quando o assunto for tomar sopa! 

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Do Portal Vermelho, com Ñanduti

MINGUADA CULTURAL em Sampa

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Virada teve shows vazios e falhas de estrutura, mas Doria diz que culpa é da chuva.

Alguns palcos não foram montados a tempo, outros foram esquecidos. Equipamentos falharam e eventos interferiram uns nos outros..

Abaixo, no centro da cidade, o palco da Rua Pedro Lessa reunia poucas pessoas no início da tarde de domingo.

São Paulo – Ignorando centenas de relatos críticos nas redes sociais, problemas técnicos e falhas de gestão – como ter esquecido de montar alguns palcos – o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou ontem  (22) que a baixa participação da população na Virada Cultural ocorrida neste final de semana foi apenas em decorrência da chuva. “No sábado, quando não houve chuva, a Virada funcionou muito bem, com bom público, com boa operação. Evidentemente, no domingo, com chuva e com frio, o público menor, absolutamente aceitável para um evento ao ar livre”, disse Doria, reafirmando sua avaliação positiva do evento, em entrevista coletiva no início da tarde.

Nas redes, no entanto, a percepção passou longe de ser positiva. Para muitas pessoas, Doria e o secretário municipal de Cultura, André Sturm, “mataram a Virada”, com a ideia de retirar os grandes shows do centro da cidade e espalhá-los na cidade. Apelidos não faltaram para desqualificar o evento deste ano, que chegou a reunir quase cinco milhões de pessoas no ano passado – ainda não há estimativa para este ano. “Furada Cultural”, “Atrasada Cultural” e “Esvaziada Cultural” foram alguns deles.

Uneafro Brasil

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Uneafro Brasil promove campanha de financiamento coletivo.

A Uneafro (União de Núcleos de Educação Popular para Negras/os e Classe Trabalhadora) iniciou uma campanha de financiamento coletivo para continuar suas atividades de promoção da educação e formação de jovens. Os valores arrecadados servirão para custear bolsas dos estudantes no cursinho e auxiliarão na manutenção do funcionamento da instituição.

A organização já existe há quase uma década e conta com 30 cursinhos populares comunitários, 350 professores solidários e mais de 15 mil participantes. O coletivo defende a tese de responsabilização e cobrança do Estado pelas mazelas do povo brasileiro, em especial negros, e luta pela ampliação de Ações Afirmativas.

"Um dos nossos impasses é a garantia de material didático para esses jovens, seria interessante se a gente pudesse uniformizar o conteúdo e ter um material próprio da Uneafro que já tem praticamente 10 anos de luta", explica a Rosângela Cristina Martins coordenadora do Núcleo Tereza de Benguela.  

Débora Dias dos Santos, ex-aluna da Uneafro e hoje estudante de ciências sociais da Unifesp, afirma que a experiência no cursinho foi fundamental para a sua formação. Para além de ter garantido sua vaga em uma universidade pública, Dias relata que a organização foi essencial para reconhecer sua negritude bem como entender a importância da ocupação e resistência dentro do espaço acadêmico. "Sem eles eu não estaria aqui", conta.

As universidades ainda são majoritariamente ocupadas por pessoas brancas. Em 2015 apenas 12,8% dos negros entre 18 e 24 anos chegaram ao nível superior, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

É um tipinho universal

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Muita gente acha que é só no Brasil que tem certas coisas e certos tipos de gente muito ruins. E certamente algumas pessoas podem torcer o nariz e comentar que puxa-saquismo é coisa do Brasil. Não é. Existe desde Antiguidade.

Basta dizer que usam expressões equivalentes a puxa-saco em muitos idiomas, quase todos (aí acho que escapam os falados por nossos índios, por exemplo). Nos Estados Unidos, pátria-mãe de quem só vê defeitos no Brasil e maravilhas na Gringolândia, há muitas expressões para falar deles. Cito algumas: bagpiper (o significado literal é tocador de gaita de fole – não sei porque deram o sentido de puxa-saco a essa expressão); ass kisser (beijador de burro), apple polisher (polidor de maçã), suck-ass ou asslicher (lambedor de fiofó), bootlicker (lambe-botas) e yes-man. Esta última foi adotada pelo idioma turco e adaptadas pelo japonês – iesuman – e pelo esperanto – jes-man.

Vejamos em algumas outras línguas. Em francês, é béni-oui-oui; em espanhol, lamebotas (não vale para o catalão, em que puxa-saco é pelotillero, e para o basco – bai-man); em alemão é jazager. Em holandês é jaborer; em sueco, já-sägare; em italiano, persona accondiscendente (não aproveitaram o puxa-saco em latim: assentator, que significa sicofanta); e tem até no samoano: ioe-tagata.

Agora, em idiomas com alfabetos diferentes, ou até sem alfabeto (chinês), os sinônimos de puxa-saco adaptados para o nosso alfabeto: em búlgaro, bezkharakteren chovek; em russo é podpevala; em grego é anexetástos symfonón; em iídiche é yo-mentsh; em árabe, al’limeat min yugarr ‘aw yuayd; e em chinês é yingshëngchóng.

Algumas frase e ditados sobre o tema:

- Friedrich Nietzsche: “O cristianismo deve sua vitória a essa desprezível adulação da vaidade pessoal. Conseguiu convencer exatamente todos os fracassados, os simpatizantes da insurreição, os malsucedidos, todo o lixo e a escória da sociedade”.

- Churchill: “Um bajulador é aquele que alimenta um crocodilo e espera comê-lo no final”.

- Napoleão Bonaparte: “Quem sabe adular também é capaz de caluniar”.

- Maquiavel: “Não há outro meio de guardar-se da adulação, a não ser fazendo com que os homens entendam que não te ofendem dizendo a verdade; mas quando todos podem te dizer a verdade, passam a faltar-te com a reverência”.

- Provérbio hindu: “As línguas dos bajuladores são mais macias do que seda na nossa presença, mas são como punhais na nossa ausência”.

- Barack Obama: “Livre-se dos bajuladores. Mantenha perto de você pessoas que te avisem quando você erra”.

- Mouzar Benedito: “Puxa-saco não precisa de carnaval: joga confetes o ano inteiro”.

Cultura inútil: Fazer nas coxas, Puxa-saco, adulador, bajulador

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Puxar o saco, segundo li em algum dicionário, é cativar a benevolência dos potentados; festejar por lisonja e servilismo; pegar no bico da chaleira; prestar-se a vilanias para conseguir alguma coisa.

Ser adulado (e gostar disso) é aceitar as oblações; escutar o canto da sereia; deixar-se inebriar nos turbilhões de incenso; deixar cair o queijo da boca.


Uma vez, há muitos anos, fiz um agrado a uma moça goiana e ela me disse: “Você me adula demais”.

Adula! Sorri. Nunca mais, desde criança, tinha ouvido isso. Adula, usada aí não teve sentido pejorativo. Adular, no caso, tem o mesmo sentido que lisonjear, afagar, acariciar. Mas em outras circunstâncias pode ter. Adular, assim como lisonjear, pode ser o mesmo que bajular, puxar o saco.

Bajular, no dicionário Houaiss tem como primeira definição “lisonjear para obter vantagens”. Ou seja, é uma adulação mal-intencionada.

Enciclopédia Latinoamericana ganha versão eletrônica de acesso gratuito

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Conteúdo do livro homônimo foi atualizado e ampliado para virar um portal que apresenta uma visão crítica dos principais temas acerca de todos os países da América Latina e Caribe nos últimos 50 anos.

Obra evidencia as lutas de resistência ao neoliberalismo e de resgate do continente em todas as suas dimensões.

Em 2007, a enciclopédia Latinoamericana (Boitempo Editorial, 1.344 págs.) ganhou o Prêmio Jabuti de Melhor Livro de Não-ficção. A obra, que trata sobre os temas mais importantes de todos os países e territórios da América Latina e Caribe, ganhou neste fim de ano uma versão eletrônica gratuita atualizada e ampliada. O portal Enciclopédia Latinoamericana traz mais de mil verbetes e é voltado a estudantes, professores, pesquisadores e ao público em geral.

O objetivo é democratizar o acesso ao conteúdo de um material rico que, originalmente, tem a participação de mais de 120 autores, muitos deles considerados alguns dos maiores pensadores latinoamericanos, como Eduardo Galeano, por exemplo. Segundo Ivana Jinkings, diretora editorial da Boitempo, a obra é importante por apresentar “a luta de resistência ao neoliberalismo e de resgate do continente com todas as suas dimensões históricas e culturais, políticas, econômicas e sociais”. 

“A edição impressa A Latinoamericana é uma obra única, que reflete a diversidade da região e se tornou instrumento fundamental de autoconhecimento e de divulgação do nosso continente. 

Apresenta uma visão geral, a partir de múltiplos pontos de vista, porém resguardando a riqueza de abordagens e os estilos de seus mais de cem autores. A edição impressa, publicada em capa dura é, no entanto, bastante custosa. Um livro com essas proporções (tem mais de mil páginas), só é viável economicamente em grandes tiragens. Por isso buscamos apoio para criar o portal e dessa forma democratizar a totalidade dos verbetes que tratam dos fenômenos políticos, econômicos, educacionais, sociais, ambientais, étnicos, culturais, artísticos, midiáticos, científicos, tecnológicos e esportivos, com diferentes enfoques teóricos e metodológicos. Em um momento delicado da vida nacional (e, aliás, não apenas nacional), dispor o impressionante conteúdo da Latinoamericana ao público, de forma aberta, é muito significativo e nos deixa com o sentimento de dever cumprido”, afirma Ivana, que também é coordenadora do livro impresso, junto de Emir Sader, Carlos Eduardo Martins e Rodrigo Nobile.

2019: O Ano das Línguas Indígenas

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ONU declara 2019 como Ano das Línguas Indígenas.

A Assembleia Geral da ONU anunciou que 2019 será considerado o Ano Internacional das Línguas Indígenas. O objetivo é chamar a atenção para muitos desses idiomas que têm desaparecido e destacar a necessidade de preservar e revitalizar este patrimônio. 


O Estado Plurinacional da Bolívia tem, além do Espanhol, 36 idiomas indígenas considerados oficiais. O país é modelo mundial no respeito e autodeterminação dos povos e foi quem impulsionou esta decisão nas Nações Unidas. 

A medida foi adotada por consenso entre os 193 países membros.

Os países definiram que a Unesco, área responsável por cuidar da Educação, Ciência e Cultura, será a coordenadora das atividades do ano de 2019 em colaboração com outros órgãos. 

Segundo o texto que anunciou a decisão, os países buscam, com esta medida, “chamar a atenção sobre a grave perda de línguas indígenas e a necessidade urgente de conservá-las, revitalizá-las e promove-las, além de adotar novas medidas (de proteção) a nível nacional e internacional”. 

O presidente da Bolívia, Evo Morales, explicou que esta medida servirá para “fortalecer e recuperar idiomas indígenas”. 

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ONU Brasil e Telesur TV

A liberdade é como a Fé

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Deve ser cultivada e protegida.

E os que não professam Fé nenhuma,
devem ser igualmente respeitados.

- Você faz isso?
- Respeite.
- Lute pela Paz de cada um.

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OLIR

Tudo bem com a senhora? Precisa de ajuda?

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Gentileza: Na atualidade, um valor em extinção.

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- Tudo bem com a senhora? Precisa de ajuda?

As perguntas acima foram feitas por mim para uma senhora idosa que caminhava com dificuldade, que cruzou o meu caminho ontem. Ou será que foi eu quem cruzou o dela? Não importa. 

A resposta imediata que recebi foi um Tudo Bem... Não muito convencida segui em frente. Me afastei, mas fiquei a observar. Voltei e novamente perguntei:

- Tudo bem com a senhora? Precisa de ajuda? 

Desta vez a resposta foi diferente: “Acho que vou aceitar a sua ajuda. Não estou conseguindo andar sozinha. As minhas pernas estão falhando...”.

Ofereci-lhe o meu braço e a conduzi até o hospital situado a uns quinhentos metros, onde a senhora ia pegar o resultado de um exame. Exatamente o exame das pernas que estavam falhando. 

Na Recepção do hospital solicitei as informações necessárias e a levei até o setor em que pegaria os exames. Depois, a orientei a comprar uma bengala para ajudá-la a deambular, e, a ligar para algum familiar. A ligação ela fez. Se comprou a bengala não sei. 

Então, eu que havia ido ao supermercado comprar umas coisinhas, pude seguir o meu rumo com um sentimento de dever cumprido.

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Pois é...

E para quem vive repetindo que Gentileza gera Gentileza, uma historinha de quem teve o privilégio de vê-lo pessoalmente, diariamente...

31 de outubro. O Dia do Saci

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Um dos fundadores da Sociedade dos Observadores do Saci, o escritor e jornalista Mouzar Benedito afirma que a ideia de comemorar essa data surgiu como contraponto à “invasão do Halloween” no país.

O Dia do Saci surgiu em 2003 e hoje é comemorado em São Luiz do Paraitinga, interior de São Paulo, e em diversos municípios do país. A cada ano cresce o número dos seguidores do Saci.

Para ele, é muito importante disseminar os nossos mitos para combater o preconceito com conhecimento. “Ocorre atualmente no Brasil uma desvalorização de tudo o que é brasileiro, justamente para defenderem a submissão ao capital estrangeiro”.

Dessa forma, “nada que é nacional serve. 

A Petrobras não pode existir e a exploração do nosso petróleo tem que ser feita por empresas do Hemisfério Norte”. Benedito ressalta ainda que para o governo golpista “a cultura não tem importância nenhuma, mas para nós é por onde se dá grande parte da resistência à destruição de nossos direitos”.

E complementa: “O Saci, a Iara, o Boitatá, o Curupira, o Mapinguari e muitos outros brasileiros legítimos estão aí para serem festejados, sem espírito comercial, como nossos legítimos representantes no mundo do imaginário popular e infantil”.

De acordo com Benedito, a dominação de um povo, começa pela destruição de sua cultura. “Os colonizadores europeus quando chegaram no continente americano passaram a demonizar a mitologia indígena, colocando a sua cultura como superior”.

Sankofa: Memória da Escravidão na África

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Mostra lança olhar sobre locais de memória do tráfico de escravos.

Uma viagem afetiva do fotógrafo e designer gráfico Cesar Fraga por nove países africanos resultou em uma exposição inédita que lança um novo olhar sobre os lugares de memória do tráfico de escravos para o Brasil. A mostra Sankofa: Memória da Escravidão na África, aberta ontem (18), na Caixa Cultural Rio de Janeiro, apresenta um total de 250 itens, incluindo 54 fotos, totens multimídia, textos com descrições dos países visitados e recursos de interatividade e é resultado da viagem do fotógrafo César Fraga por nove países africanos.

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A curiosidade pelos fatos que antecederam a história da escravidão e o fascínio em relação às proximidades culturais entre o Brasil e os países africanos que comercializavam escravos foram os fios condutores que levaram César Fraga à expedição, na qual investigou as próprias origens. O fotógrafo e designer é bisneto de uma beneficiária da Lei do Ventre Livre, que libertava os filhos das mulheres escravas nascidos a partir de 1871, quando essa legislação pré-abolicionista foi aprovada.

Durante um ano sabático na África do Sul, ele percebeu a necessidade de dar sua contribuição para encurtar a distância cultural que separa o Brasil do continente africano. As fotografias que integram a exposição foram publicadas no livro Do Outro Lado, resultado da expedição de Fraga, que documenta a cultura e o cotidiano das localidades visitadas e, por vezes, sua correlação próxima com os costumes brasileiros.

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