A fala e o fato: bola, machismo e violência contra as
mulheres.
"As declarações de Felipe Melo, jogador da seleção
brasileira de futebol, durante coletiva de imprensa no último dia 31, ao
direcionar suas críticas à bola que será utilizada na Copa do Mundo de Futebol
de 2010, explicitou o machismo e uma visão de naturalização da violência contra
as mulheres.
Nas palavras do jogador: "A outra bola é igual à mulher de
malandro: você chuta e ela continua ali. Essa de agora é igual patricinha, que
não quer ser chutada de jeito nenhum”.
Para todos e todas nós que defendemos uma sociedade com igualdade entre homens e mulheres; livre da violência sexista, esta declaração não é "irreverente" como afirmou o Portal G1 da Rede Globo. É uma declaração grave, inaceitável e que precisa de retratações públicas. A violência contra as mulheres é possivelmente a violação de direitos humanos mais tolerada socialmente. Ainda é considerada algo natural na vida das mulheres, como se fizesse parte do destino. Por isso, muitas vezes não nos damos conta de que, em determinados momentos, estamos diante de um ato de violência sexista.
Para todos e todas nós que defendemos uma sociedade com igualdade entre homens e mulheres; livre da violência sexista, esta declaração não é "irreverente" como afirmou o Portal G1 da Rede Globo. É uma declaração grave, inaceitável e que precisa de retratações públicas. A violência contra as mulheres é possivelmente a violação de direitos humanos mais tolerada socialmente. Ainda é considerada algo natural na vida das mulheres, como se fizesse parte do destino. Por isso, muitas vezes não nos damos conta de que, em determinados momentos, estamos diante de um ato de violência sexista.
Nenhuma
mulher gosta ou aceita ser chutada, ser vítima de qualquer ato de violência,
seja ela rica ou pobre, branca ou negra, jovem ou adulta. As palavras de Felipe
Melo ainda demonstram o preconceito com relação às mulheres pobres ao afirmar
que a violência contra as mulheres é apenas um problema das classes baixas.
Sabemos que esse tipo de violência é transversal e atravessa todas as classes
sociais e diferentes culturas e religiões.
A violência é resultado das
relações desiguais entre homens e mulheres, e acontece todas as vezes em que as
mulheres são consideradas coisas, objetos de posse e inferiores aos homens. As
mulheres têm uma longa trajetória de luta por emancipação política, econômica e
pessoal; entretanto, ao mesmo tempo em que hoje avançamos na conquista de
espaços, na garantia e ampliação de direitos, são ainda vistas, e muitas vezes
tratadas, como seres inferiores, o que permite especialmente aos homens, o
direito de ter a mulher como sua propriedade, como objeto".
Violência contra as
mulheres: tolerância nenhuma!
Artur Henrique,
presidente da CUT Nacional
Rosane Silva, secretária nacional da Mulher Trabalhadora/CUT Nacional

Beth,
ResponderExcluirRealmente, o Felipe fez um comentário muito infeliz.
A violência contra a mulher deve ser extinta de uma vez por todas, e não pode ser instigada, principalmente, na mídia e por uma pessoa que é reconhecida nacionalmente.
Lastimável o que aconteceu.
Bks.
Ro.
Talvez até ele tem dito essas palavras sem maldade mas como vivemos num país alienado, é preocupante palavras assim na mídia mesmo.
ResponderExcluirMas convenhamos, jogadores de futebol em sua maioria dão declarações desastrosas.Acho que grande parte deles devia ficar de boca fechada.
Grande beijo Beth, um ótimo fds pra vc.
As mulheres são retratadas como objetos há muito tempo nas músicas sertanejas.
ResponderExcluirEu fico zangado com a diarista aqui de casa que gosta de ser tratada como mulher objeto. Ela acha que assim é mais legal.
É preciso um programa muito grande para mudar a visão do machão sobre a mulher. Principalmente entre as crianças, que veem filmes de sexo brutal e violento na internet, e pensam que é assim que se faz.
Oriento minha filha a que não se submeta a esses modismos idiotas.
Esse jogador, como muitos, compara a mulher com qualquer objeto. Porque eles a pegam, usam e larga, como um lenço de papel.