Páginas

28 março 2011

Casa violenta, rua sedenta...


Para aniquilar de vez por todas as esperanças.
É ou não uma Sinuca de Bico, para milhares de crianças e jovens?
Sabe qual é a principal motivo que leva crianças e adolescentes às ruas? Uma combinação mortal: Violência doméstica e o uso de drogas.
De acordo com o censo da Secretaria de Direitos Humanos (SDH), cerca de 70% das crianças e adolescentes que dormem nas ruas foram violentados dentro de casa. E o mais grave: 30,4% são usuários de drogas ou álcool.
Os dados
Apontam os seguintes situações-problemas vividos por esta população:
- 32,2% das crianças e adolescentes tiveram brigas verbais com pais e irmãos.
- 30,6% foram vítimas de violência física.
- 8,8% sofreram violência e abuso sexual. 
A motivação
A busca da "liberdade", a perda da moradia pela família, a busca de trabalho para o próprio sustento ou da família, os conflitos com a vizinhança e brigas de grupos rivais, também levam os jovens à situação de rua.
A população alvo/exposta
Feita em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Sustentável (Idest), a pesquisa ouviu 23,9 mil crianças e adolescentes em situação de rua em 75 cidades do país, abrangendo capitais e municípios com mais de 300 mil habitantes. 
O gênero predominante
Predominantemente do sexo masculino (71,8%), com idade entre 12 e 15 anos (45,13%).
A maior parte das crianças e dos adolescentes dorme em residências com suas famílias e trabalha na rua (58,3%), sendo que 23,2% dormem em locais de rua e apenas 2,9% dormem temporariamente em instituições de acolhimento.
A renda
Segundo o levantamento, 49,2% das crianças e adolescentes se declararam pardos ou morenos, 23,8%, brancos e 23,6%, negros. Além disso, os níveis de renda são baixos - 40,3% das crianças e adolescentes em situação de rua vivem com renda média de até R$ 80,00 semanais. Apenas 18,8% afirmaram ter renda semanal superior a esse valor.
O que fazem nas ruas
A  maioria das crianças e adolescentes pede dinheiro ou alimentos (99,2%). Entre as atividades mais recorrentes destacam-se a venda de produtos de pequeno valor, como balas e chocolates, o trabalho como “flanelinha”, a separação no lixo de material reciclável e a atividade de engraxate. Ao todo, 65,2% conseguem dinheiro ou alimentos desenvolvendo pelo menos uma dessas atividades.
O papel dos responsáveis
Os dados mostram que 29,5% dos jovens pedem dinheiro ou alimentos como principal meio de sobrevivência. Além disso, uma parcela de 7,3% dos entrevistados, composta principalmente por crianças com pouca idade, está nas ruas acompanhada pelos pais e parentes em atividades de venda de produtos ou pedido de contribuição em dinheiro ou alimentos.
A questão da sobrevivência, do laser e do ócio
Os dois principais motivos de as crianças e adolescentes trabalharem ou pedirem nas ruas são o próprio sustento (52,7%) e o sustento da família (43,9%).  De acordo com a pesquisa, 6,8% pedem esmola ou trabalham na rua  porque “não têm o que fazer em casa” e 6,3% porque “é mais divertido ficar na rua”.
A saída institucional
De acordo com a Secretaria de Direitos Humanos, o relatório completo deve ser divulgado na próxima semana. Além disso, a SDH e o Ministério do Desenvolvimento Social apresentarão ações e políticas públicas específicas para essa população.
É o que todos esperamos.
Afinal, País rico é país sem pobreza 
(Dilma Rousseff)
Fonte: Agência Brasil

6 comentários:

  1. Estou retribuindo sua visita e desejando uma ótima semana.

    Jailson

    http://leituradebolso.blogspot.com/

    ResponderExcluir
  2. Oi,
    Beth,
    triste realidade essa. Já estou na torcida para que SDH e o Ministério do Desenvolvimento não só apresente as ações, mas as pratique. Beijão no coração e fique com Deus.

    ResponderExcluir
  3. Olá querida Beth
    Lamentável estes dados apresentados nas pesquisas.
    Lugar da criança deveria ser na escola.
    O mais triste é que estas crianças, não encontram as bases sólidas no seio familiar!
    Vamos acreditar em mudanças e melhorias para esta terrível situação social em nosso país!
    Beijos

    ResponderExcluir
  4. Olá querida Beth
    Lamentável estes dados apresentados nas pesquisas.
    Lugar da criança deveria ser na escola.
    O mais triste é que estas crianças, não encontram as bases sólidas no seio familiar!
    Vamos acreditar em mudanças e melhorias para esta terrível situação social em nosso país!
    Beijos

    ResponderExcluir
  5. Dados tristes que espalham a triste realidade destas crianças, que sem amor, sem educaçõa, sem apoio deverão seguir por caminhos que apenas as destruirão, como as drogas.
    O mais triste é constatar que grande parcela delas acaba nesta situação por causa de abusos dentro de sua própria casa.
    Abraços Beth.

    ResponderExcluir
  6. Conheço mal a situação brasileira, só dos noticiários e do que vou lendo. No entanto o estudo revela o que é comum a qualquer país, graves problemas financeiros nas familias, que levam a uma desarticulação do agregado familiar e abusos de toda a ordem. Não há educação sem pão

    Abs

    ResponderExcluir

Entre e fique à vontade.
Deixe-nos o seu comentário.
Apenas respeite os princípios da Travessia que norteiam este Blog, que navega na defesa da dignidade da pessoa humana, da democracia e das diferenças, em qualquer dimensão.
Grata por seu comentário.
Volte...
Grande abraço.