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13 julho 2011

Embora alguns tentem negar, liberdade tem preço sim.


Assim ficou a igreja
Esse legado não pode ter fim!
Mas, infelizmente, apenas poucos entendem a real dimensão do quanto alguns tiveram que pagar para conquistá-la, e nos deixar como uma bela herança.

Marco da negritude em busca da liberdade, a Revolta, ou Insurreição, de Queimados (19 de março de 1849), representa o maior símbolo da resistência do africano à escravatura no Espírito Santo.

A Revolta aconteceu no município da Serra, em 1849. Na ocasião, segundo relatos históricos, cerca de 300 escravos - liderados por negros como Elisiário, Chico Prego e João Monteiro, o João da Viúva - se rebelaram para cobrar uma suposta promessa feita pelo Frei Gregório José Maria de Bene, um italiano.
Neste período, o missionário teve a ideia de construir uma igreja na Freguesia de São José do Queimado. No entanto, para construir o templo, ele precisava do trabalho dos escravos. Foi justamente aí que Gregório prometeu a carta de alforria para os escravos.

A promessa não foi cumprida e, durante cinco dias, os revoltosos percorreram as fazendas, obrigando alguns donos de escravos a conceder a alforria. O movimento foi contido pela polícia da província. Os rebelados foram presos e julgados, cinco deles sendo condenados à morte.

O líder da insurreição, Elisiário, escapou da cadeia depois que a cela foi esquecida aberta. Os negros atribuíram o acontecimento a Nossa Senhora da Penha. Elisiário refugiou-se nas matas do Morro do Mestre Álvaro e nunca mais foi recapturado. Já Chico Prego foi capturado e enforcado em praça pública na própria Freguesia do Queimado.

5 comentários:

  1. Grande Zé!
    Estou te aplaudindo de Pé!
    É pra isso sim meu querido.
    Par desmistificar a ideia de liberdade que estes que citas vendem, alguns compram.
    Valeu mesmo!
    Apenas um pedido: Reproduza o comentário no diHITT, se é que já não o fez. rsrsrsrs
    Imenso beijo.

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  2. Excelente retrospectiva, Beth. Sem dúvida que a liberdade tem um preço. Por vezes ele é tão alto, que preferimos morrer prisioneiros. Mas, ao longo dos tempos, sempre houve Homens que se destacam e, sem medo, preferiram enfrentar a morte, do que continuar acorrentados. A minha homenagem para eles!

    E hoje, apenas acreditamos que somos livres, mas as grilhetas continuam a travar-nos o passo.

    Beijos!

    P.S.: Ando mais ou menos ausente, mas logo, logo, ponho a leitura em dia! :)

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  3. Beth
    Em certas conquistas a vitória é tão saborosa que o preço pago acaba sendo o de menos.
    Beijão
    Felipe

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  4. Beth Querida.
    Um tanto atrasada, mas sempre te acompanhando.
    E é revoltante verificarmos a hipocrisia de quem oferece aos subjugados, migalhas como se fossem porcos.
    Em Vitória no Espirito Santo tem uma construção belíssima, o convento da Penha que fica no alto de um penhasco. Só imagino quantos escravos morreram para que pudéssemos lá visitar.
    Com toda a segurança que a construção oferece, temor vertigens ao olhar para baixo. E posso dai avaliar o massacre que deve ter sido erguer aquelas paredes.
    Um grande beijo.
    E parabéns pelo tema levantado.

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  5. Querida Beth!
    Preço muito alto que pagaram para esta liberdade!
    Precisamente muitos pagaram com a vida!
    E acredito que nos dias atuais ainda nos escravizam, nos torturam, nos bombardeiam a todo tempo.
    Como o José abordou com maestria o assunto!
    Acrescento que também libertamo-nos pela arte, pela música, pela cultura e conhecimento!
    Fora estes direitos conquistados e que hoje sabiamente aplicamos em nossas vidas, estaríamos condenados a escuridão da ignorância que também é um poço de escravidão mental!
    Desculpe o atraso, parabéns por excelente artigo.
    Beijos

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