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14 novembro 2012

Decadência interna e arrogância externa

Há 21 anos, a ONU condena a postura e a medida.

Os Estados Unidos da América do Norte, mesmo em franca desestabilização na política interna e perdendo externamente para a China na economia mundial, insiste em enxergar o mundo a partir do buraco do umbigo do seu arrogante povo. Mas, a ONU se pronunciou e aprovou uma resolução condenando esta postura e o embargo a Cuba.

A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou ontem, dia 13, por 188 votos a favor, 3 contra ( Estados Unidos, Israel e Ilha de Palau - localizada no Oceano Pacífico) e 2 abstenções (Ilhas Marshall e Micronésia), resolução que recomenda o fim do embargo econômico, comercial e financeiro a Cuba.

O embargo é imposto pelos Estados Unidos desde 1962, quando os americanos sofreram uma das piores derrotas - a outra foi no Vietnam, quando da tentativa frustrada de invasão da Bahia dos Porcos, em Cuba. Eles não esquecem...

A resolução expressa ainda a preocupação com os efeitos da manutenção do embargo, que afeta a população cubana, ao sofrer restrições e uma série de prejuízos. Durante a sessão, representantes de vários países se manifestaram. Recentemente, no Peru, a presidenta Dilma Rousseff criticou o embargo e defendeu o fim da medida.

O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez Parrilla, disse que não há motivo legítimo ou moral para manter o embargo. "É apenas a arma de uma minoria cada vez mais escassa, isolada, e da arrogância violenta”, disse ele. “É uma violação ao direito internacional”.

Em Brasília, o chanceler cubano reiterou o compromisso do país de avançar em direção à normalização das relações com os Estados Unidos. Rodrigues Parrilla propôs uma agenda para o diálogo bilateral sobre uma base de reciprocidade e igualdade soberana.

De acordo com dados mais recentes e estimados por Cuba, o embargo imposto em fevereiro de 1962 tem causado prejuízos à economia da ilha caribenha que já ultrapassam US$ 1 trilhão, tanto econômicos quanto sociais.

Como pode um povo "que se acha" a maior democracia do mundo, massacrar outro por mais de 50 anos consecutivos?

4 comentários:

  1. Fico contente com essa votação da ONU, mas você que entende mais desses assuntos me diga: com essa votação o embargo realmente acaba?
    Pergunto porque sei que os americanos não dão bola para as decisões da ONU quando essas os contrariam.
    Esclareça-me. rsrs
    beijão

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  2. Concordo que o povo americano é muito arrogante. Essa briga com Cuba parece mais com as guerras santas do oriente médio: Mais lá, mata-se de uma vez. Já os cubanos são massacrados vagarosamente, na unha!

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  3. Oi Atena querida.
    Desculpe-me pela demora na resposta à pergunta.
    Não, em minha opinião não acaba, enquanto não mudar a composição nos assentos da ONU. O mundo muda, a economia muda, as reações internacionais mudam, e a composição continua praticamente a mesma da época da sua criação.
    E está tem sido a defesa do Brasil, que não tem assento...
    Vamos ver agora com Obama reeleito.
    Beijo Mestra.

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  4. Síntese perfeita!
    É isso mesmo Joel.
    Tentam matar lentamente a economia e o brio do povo cubano.
    Mas, eles resistem bravamente.
    Obrigada pelo comentário.
    Um abraço.

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