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29 março 2013

E por fim admitiram

Não soubemos ver você

No ano de 2009, 

No átrio do convento de Mani de Iucatã, quarenta e dois frades franciscanos cumpriram uma cerimônia de desagravo à cultura indígena:

-Pedimos perdão ao povo maia, por não haver entendido sua cosmivisão, sua religião, por negar suas divindades: por não ter respeitado sua cultura, por haver imposto durante muitos séculos uma religião que não entendiam, por haver satanizado suas práticas religiosas, e por haver dito e escrito que eram obra do Demônio e que seus ídolos eram o próprio Satanás materializado.

Quatro séculos e meio antes, naquele mesmo lugar, outro frade franciscano, Diego de Landa, havia queimado os livros maias, que guardavam oito séculos de memória coletiva.

*****
(Os Filhos dos Dias)

Um comentário:

  1. E não tinham como entender mesmo, porque não conheciam o que significa sensibilidade. E com este gesto de puro preconceito terminaram destruindo os escritos que registariam uma história. Mesmo assim a sabedoria dos Maias permanece com sua linguagem própria e que muitos continuam tentando adivinhar.

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