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11 outubro 2013

O Dia das crianças, o consumismo, a robotização do comportamento

E a infância prejudicada.

Segundo Frei Betto, em sua coluna na Rádio Brasil Atual, as crianças estão sendo transformadas em meros espectadores da televisão e da internet, deixando de ser protagonistas da fantasia.

Na semana do Dia da Criança, no próximo sábado (12), Frei Betto alerta para o que chama de "robotização da infância" e critica o consumismo que cerca a data, criada pelo comércio para alavancar vendas de brinquedos, roupas infantis e demais produtos criados para esse público.

Para o religioso e ativista social, as crianças das gerações atuais não são mais criadoras das fantasias que vivenciam, mas as recebem da televisão e da internet, num processo que praticamente elimina o contato e a convivência com amigos e impedem aos pequenos “se educar nos códigos da sociabilidade, como saber admitir seus próprios limites e reconhecer o direito dos outros”.

Betto lembra ainda, que o universo onírico, dos sonhos e das brincadeiras, é essencial para a saúde psíquica da criança. Por meio da fantasia, ela consegue transportar o mundo adulto à sua vivência infantil, de forma criativa. 

“Embora bonecas não bebam suco, nem cachorros possam estabelecer diálogo com uma criança, a criança atribui à boneca ou ao animal estados que são próprios de seres humanos”, esclarece.

“A diferença em relação às gerações passadas é que agora o protagonista da fantasia não é a criança, é a animação daquilo que aparece na telinha, seja do computador, seja da TV. A criança é relegada à condição de mera espectadora”, afirma.

Vivenciar o período da infância com atividades lúdicas e interação com amigos tornou-se tarefa complicada. “A rua é um lugar perigoso, ameaçado pela violência e pelo trânsito”. Com isso, a maioria das crianças permanece em casa, tendo como divertimento a televisão e a internet, acentuando o medo do real e a dependência familiar.

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Mais que agir impulsivamente dentro de um Shopping, é hora de refletir.

3 comentários:

  1. Temos que admitir: tudo ao seu tempo. Não vemos hoje os comportamentos de ontem, quando as crianças no seu mundo de fantasia, moldam a sua personalidade de amanhã. Como serão os adultos de amanhã? Sendo que não tiveram a oportunidade de desenvolver suas potencialidades como manda a natureza? Lembro da minha infância desde os cinco anos de idade, cheia de fantasias e lembro hoje do quanto era feliz. O que será que estas crianças de hoje terão para recordar amanhã? Preocupante.

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  2. Isso não vem de agora...E acho que isso não é só uma novidade e especifica das crianças,os adultos também estão sofrendo com a "síndrome da mente acelerada" ou podemos batizar como "robotização da mente",isso porque a fonte de entretenimento está entupindo nossa mente de milhares de informações...bom,os erros são nossos!!!

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  3. Bom dia Victor e Maria!
    O que posso responder?
    Apenas que os comentários de você agregam valor e nos deixam uma bela reflexão.
    Obrigada e bom inicio de semana.
    Um abraço.

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