Desigualdade: mecanismo de exclusão
-Ainda na onda do dia 08 de março, a OIT – Organização Internacional do Trabalho, a partir do seu escritório no Brasil, divulgou documento em que mostra que as desigualdades de gênero e raça são aspectos enraizados na estrutura da desigualdade social brasileira, em diversas áreas, e ao longo do tempo ter servido para fortalecer os mecanismos de exclusão.
-O estudo mostra que as mulheres e os negros são mais presentes nas ocupações informais e precárias e as mulheres negras estão na grande maioria no emprego doméstico, uma ocupação que possui importante déficit no que se refere ao respeito aos direitos no campo de trabalho.
-A Conferência Internacional do Trabalho – principal instância de deliberação da OIT – pautou para junho de 2010 o início desta discussão, visando a adoção de um instrumento internacional de proteção ao trabalho doméstico, atividade exercida predominantemente pelas mulheres e onde se evidencia as desigualdades de gênero e raça.
Algumas das principais constatações da OIT sobe o tema:
-Em 2008, das 97 milhões de pessoas acima de 16 anos presentes no mercado de trabalho, 42 eram mulheres (43,7%).-Somados, mulheres brancas, mulheres negras e homens negros representavam 72% das pessoas no mercado de trabalho, o que corresponde a 70 milhões de trabalhadores.
-As trabalhadoras domésticas representavam 15,8% do total da ocupação feminina em 2008, correspondendo a 6,2 milhões de mulheres, em sua maioria negras 20,1% das mulheres negras ocupadas estão no trabalho doméstico.
Dupla jornada é mais que confirmada e não é bem divida dentro de casa
-As Mulheres têm uma jornada semanal superior à dos homens: ao se conjugarem as informações relativas às horas de trabalho dedicadas às tarefas domésticas (reprodução social) com àquelas referentes à jornada exercida no mercado de trabalho (produção econômica), constata-se que, apesar da jornada semanal média das mulheres no mercado de trabalho ser inferior a dos homens (34,8 contra 42,7 horas), ao computar-se o trabalho realizado no âmbito doméstico (os afazeres domésticos), a jornada média semanal total das mulheres alcança 57,1 horas e ultrapassa em quase cinco horas a dos homens (52,3 horas).
Mais mulheres nas chefias das famílias
-Houve um aumento de 25,9% para 34,9% entre 1998 e 2008, sendo que as estruturas unipessoais aumentaram de 4,4% para 5,9%.
-Como podemos observar, o quadro ainda não é dos melhores e muito menos compatível com o papel que a mulher ocupa na chamada sociedade moderna.
Oi,
ResponderExcluirBeth,
amiga, tentei passar por aqui ontem mais não deu.. Meio mundo de homenagens as mulheres nas associações onde trabalho. Foi bem complicado.. desculpa e parabéns atrasado..
belo post e infelizmente uma triste realidade...precisamos acordar e tentar mudar..essa escala de exclusão e preconceito.
beijão no seu coração e fica com Deus
Grande Beth, como diz o nome do seu Blog ... a Travessia é muito dificil e penosa, poderia. mas não é diferente.
ResponderExcluirGrande Jota,
ResponderExcluirÉ sempre bom ler os seus comentários.
É, o nome do blog não escolhi por acaso.Rsrsrsrs
Abração.