Viva Rachel!

Na próxima quarta-feira (17/11) o Senado federal comemorará o centenário de nascimento da escritora Rachel de Queiroz. 

Raquel de Queiroz foi a primeira mulher, e nordestina, a ingressar na Academia Brasileira de Letras. Escritora, tradutora, cronista, jornalista e teatróloga, ela é considerada a primeira grande voz feminina do Modernismo no âmbito do romance. 

Já em 1.915 despontou para o sucesso com o seu romance “O Quinze”, quando tinha apenas 15 anos. O Quinze tem como tema central o flagelo da seca no Nordeste, a miséria e a luta do povo nordestino. No livro, é descrita a exploração do homem pelo homem, agravada pela inclemência da natureza e os preconceitos da sociedade patriarcal, que enfoca a mulher como um ser subalterno em relação ao homem. 

Sua obra mais marcante é o livro “Memorial de Maria Moura” (1992). Conta a saga de uma jovem sertaneja transformada pelo destino, de sinhazinha em bandoleira. Dona Moura, interpretada na mini série da Globo por Glória Pires, é uma mulher de poder, chefe de bando, mandante de crime e orgulhosa de seus domínios.

Pelo conjunto da obra, Raquel de Queiroz foi a primeira mulher a receber, em 1993, o prêmio “Luis de Camões”, instituído pelos governos do Brasil e de Portugal e concedido a autores que contribuíram para o enriquecimento do patrimônio literário e cultural da língua portuguesa.

Então, só nos resta dizer: 

Viva Raquel!