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20 abril 2011

A língua


E a construção poética-amorosa.

"No sinônimo dos meus sentimentos, comecei a minha locução verbal e sai por aí a procurar antônimos nos caminhos por onde andei. Parônimos, homônimos e homógrafos mais que perfeitos encontrei. 

Eles cruzaram e descruzaram a minha estrada, alguns demoraram um pouco a embarcar, outros desembarcaram cedo demais. E assim, tudo ia, corria, seguia. 

Não me importei quando cruzei com uma metáfora denotativa e/ou conotativa ainda não sei...o que sei que essa batida mudou o rumo da minha vida. 

E no intimo do meu ser deixei-me encharcar das palavras derivadas, delicadas e primitivas que me dizias e que invadia o meu ser com a intensidade do raiar do dia, e nessa interjeição me perdi no pretérito imperfeito do seu ser. 

Possuída por sua ortografia morfológica substantiva que preenchia os meu dias de gêneros, números e graus adjetivos e reticentes, e assim, nessa particularidade plural, descobri o artigo que me faz suspirar sem palavras, predicados, locuções ou preposições. 

O adjunto do nada sei do meu ser. O que sei é: que é superlativo afirmar que sem você, meu advérbio perdeu o rumo andando pra lá e pra cá, aqui e acolá, fugindo bem depressa de mim,dos meus conceitos desfeitos, refeitos e devagarzinho, descobri numa preposição prepositiva, que somos uma combinação de um só vocábulo. 

Mas, você não descobriu ainda, que a minha oração aditiva depende da sua análise sintática que teima em não enxergar o verbo à sua frente e apenas investiga o pronome oblíquo.
Se esquece que o meu ser apassivador já foi, mas, não quer voltar a ser uma oração sem sujeito, e que a minha próclise não merece a  solidão de não ter o seu aposto colado ao meu vocativo".

*****
Ganhei de presente.

9 comentários:

  1. Menina que maravilha, adorei! Além de POETA, o autor é também profissional das LETRAS? Que texto!
    Beijos,
    Mari

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  2. Ohhhhhhhhhhhh!
    E o massa do texto é que você vai lendo, vai lembrando que é cada termo citado e vai fazendo a colocação dele no contexto.
    Ficou muito bom mesmo.

    Levi Ventura

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  3. Querida Beth
    Estas palavras derivadas, delicadas e primitivas, são de uma sensibilidade poética maravilhosa!
    Parabéns ao autor e a você, por belíssima publicação!
    Feliz Páscoa!
    Beijos

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  4. ola minha rica !
    guria q coisa louca
    eu fiquei maravilhada com o forma de escrever nossa babei em cada palavra aki

    que lindoooooo poema gramtical!!!
    amei ...

    bjão minha rica

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  5. Olá,

    Gostei do seu Blog e gostaria de fazer parceria com meu blog Mundo das Poesias:

    http://www.tol3.net/m

    Já adicionei seu Link e gostaria de pedir que também adicionasse nosso banner ou nosso link em seu blog.

    Grande Abraço;
    Sucesso!

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  6. Da Cadeirinha de Arruar, donde escrevo minhas "historietas", costumo, vez em quando, fazer uma "travessia" por casas alheias, que, depois se tornam nossas rs ...

    Parei aqui, Beth, pelo título, pela leitura desse poema lindo, feito para você, e pelo seu perfil.
    Portanto, vou seguí-la...
    Eu volto,
    um abraço,
    da Lúcia

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  7. Nossa belíssimo poema amiga Beth, quem o escreveu soube usar muito bem a língua portuguesa fazendo esses jogos de palavras .

    Parabéns pela escolha de texto para publicar.

    Abraços

    Expedicionários

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  8. Adorei os adjetivos, os predicados e as metáforas. Lindo poema singular e abstrato.

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