É tudo Panorâmico...

Em Ipanema.

Os dois elevadores panorâmicos, entregues à população carioca, encurtou a distância entre o bairro de Ipanema, que tem um dos metros quadrados mais caros do país, e as favelas dos morros Cantagalo e Pavão-Pavãozinho, habitadas por mais de 10.000 pessoas. Os elevadores ligam a parte alta dos morros à estação do metrô de Ipanema. O custo das obras, segundo  o BNDES foi de R$ 48 milhões.

Depois foi o Complexo do Alemão

Primeiro transporte de massa por cabo do País, o teleférico tem a extensão  de 3,5 quilômetros, possui 152 gôndolas (ou bondinhos), e tem capacidade para transportar até dez pessoas (cada), permitindo atender 30 mil passageiros por dia. 

Estima-se que aproximadamente 70% da população do Complexo, que possui 85 mil habitantes, utilize o novo meio de transporte. O trajeto, desde a entrada até o topo do morro, que antes podia levar até uma hora, a partir de agora será de 16 minutos. 

O Brasil é  o segundo país da América do Sul a utilizar esse tipo de transporte em comunidade carente. Vale lembrar que está experiência foi importada da cidade colombiana de Medellín, que era dominada pelo tráfico de drogas, e é hoje, considerada como bem sucedida pela população usuária.

Trajeto

É composto por seis estações: Bonsucesso, Adeus, Baiana, Alemão, Itararé e Palmeira, sendo uma com integração. De acordo com lei estadual, cada morador terá direito a duas passagens gratuitas diárias (uma de ida e outra de volta) e a tarifa unitária custar R$ 1,00.

A obra é parte integrante do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e recebeu  investimento de R$ 210 milhões, entre recursos do governo federal e do estado fluminense.

Como já morei em Bonsucesso e conheço a região, não tenho dúvidas que o teleférico facilita o deslocamento dos moradores em áreas de difícil acesso, como no alto do morro, bem pertinho do Céu, como diz a música de Herivelto Martins.