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28 agosto 2012

África minha

No final do século XIX, as potências coloniais europeias se reuniram, em Berlim para repartir a África.

Foi longa e dura a luta pelo butim colonial, as selvas, os rios as montanhas, os solos, os subsolos, até que as novas fronteiras fossem desenhadas e no dia 2/2 de 1885, fosse assinado, em nome de Deus Todo-Poderoso, a Ata Geral.

Os amos europeus tiveram o bom gosto de não mencionar o ouro, os diamantes, o marfim, o petróleo, a borracha, o estanho, o cacau, o café e o óleo de palmeira,
-proibiram que a escravidão fosse chamada pelo seu nome,
-chamaram de sociedades filantrópicas as empresas que proporcionavam carne humana ao mercado mundial.
-avisaram que atuavam movidos pelo desejo de favorecer o desenvolvimento do comércio e da Civilização. 
-e, caso houvesse alguma dúvida, explicariam que atuavam preocupados em aumentar o bem-estar moral e material das populações indígenas.

Assim a Europa inventou o novo mapa da África.
Nenhum africano compareceu, nem como enfeite, a essa reunião.

*****
Os Filhos dos Dias.

2 comentários:

  1. Pois é, já se passaram 127 anos, os donos já saíram de lá, mas a África continua na m...
    Chama-me a atenção como os países colonizados custam a desfazer-se do jugo dos antigos patrões.
    Aqui na América latina ainda temos resquícios dessa "patologia", contudo boa parte da pobre África até agora é a que mais sofre.
    Eu fujo que nem diabo da cruz de ver aquelas terríveis fotos das crianças africanas, não consigo olhar sem chorar.
    Vamos torcer para que de repente, não mais que de repente isso tudo mude.
    beijos

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  2. Oi Mestra!
    Como está?!
    Eu também não gosto de ver aquelas fotos...São de partir o coração.
    Mas é isso: espoliaram e depois abandonaram. Bem próprio deles.
    Mas, agora, estão pagando caro. Afinal, a crise por lá está braba, e a tendência é piorar.!
    Beijo Atena.

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