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17 fevereiro 2014

Odeio a boca que jamais se fecha

Em Istambul, que naquele tempo se chamava Constantinopla, Paulo, o Silenciário, concluiu seus quinze poemas de amor. Era o ano de 563.

Esse poeta grego devia seu nome ao trabalho que cumpria. Ele cuidava do silêncio no palácio do imperador Justiniano.

E em seu próprio leito também.

Um dos poemas diz:

Teus peitos contra meu peito,
teus lábios em meus lábios.
O resto é silêncio:
eu odeio a boca que jamais se fecha.

Paulo é mais conhecido por seu hino de louvor à Basílica de Santa Sofia (foto), no qual ele descreve as características da arquitetura e decoração da igreja, após a reconstrução do domo em 562.

*****
Os Filhos dos Dias.

Um comentário:

  1. As histórias dos tempos que ficaram marcadas pelos bons historiadores são de prima.
    E você foi longe!
    Abraço

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