Para quem ama o mar: O Encontro

Olá pessoal,

Primeiro desejo informar que fiquei quatro dias sem acesso total à rede, o que sem dúvidas me limitou muito o convívio com vocês.

Hoje estou conseguindo me atualizar um pouco. Então peço desculpas se não consegui estabelecer uma conexão mais participativa com todos os leitores e seguidores do Travessia. O que pretendo fazer ao longo desta semana, com prazer e calma.

Assim, após esta breve explicação, vamos a o Encontro!

Espero que gostem.

Um abraço.

Beth Muniz.

O  Encontro
Não estava marcado. Mesmo assim, despertou-se
determinada a comparecer
Nos seus guardados de mais de ano
escolheu o traje que lhe pareceu adequado
Partiu sem receio
Afinal, sabia que ele estava a sua espera
como sempre fizera anos a fio
Lembrou-se então que ele cultivava esse estranho 
costume, nunca mudava de lugar
Ao aproximar-se, primeiro sentiu-lhe o cheiro
Suave e único, a lhe lamber a face
Tinha apenas a certeza de que estava perto
E quanto mais se aproximava, mais sentia a sua presença
Depois avistou-lhe os olhos, azuis e reluzentes
Embora as vezes lhe parecesse verdes
ou as duas cores, levemente confundidas
Estavam lá, a lhe fitar e consumir-lhe o corpo
pelo menos essa era a sua sensação
Aí então pode ver-lhe o imenso corpo a perder-se
no infinito, que iluminado pelo sol parecia bailar
Então correu ao seu encontro
Abraço-o e lentamente deixou-se tragar  
E assim, após uma longa espera
Se deu o encontro do seu amor com o mar.
Foto: Web.