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Alarmante e intrigante
Publicado por Beth MunizNo rank dos 20 municípios que precisam de mais atenção - proporcionalmente ao número da população -, em 1º lugar está Foz do Iguaçu/Paraná (446) e no 20º, Ribeirão das Neves/MG (241). Recife/Pe aparece em 10º lugar (1.263).
Como sou do Rio de Janeiro, fiquei de olhos bem abertos neste final de semana de confronto no Morro dos Macacos. Analisei os dados mais detalhadamente. No estado do Rio de Janeiro, aparecem Duque de Caxias (7º) e Cabo Frio (16º). O município ficou de fora...
O mais estranho é que o Projeto Farol, do Programa Nacional de Segurança Pública e Cidadania – PRONASCI, tem um orçamento de aproximadamente R$ 3,3 milhões até o final de 2009, para financiar projetos de inclusão e proteção social para adolescentes e jovens afrobrasileiros.
O mais estranho ainda, é que prefeitos de municípios em situação de risco, com raríssima exceção, reclamam que não tem dinheiro...
Dá pra entender...
Será que é falta de informação ou incompetência mesmo?
1 Comentário:
É minha querida amiga. Também sou carioca e posso dizer que a violência em todo país não é gratuita. Tem, desde sua raiz como causa, a ausência de Estado, a conivência, senão o patrocínio de tantas autoridades de plantão que se fizeram nesses rincões que hoje são assolados pela violência. Mas não adianta chorar. Nossa legislação é boa para o crime. Nossa polícia é frágil, mal paga e mal equipada, quase sempre. E boa parte das autoridades, no mínimo tolerante com a delinquência. Daí a deliquência se torna negócio, ampliando sua atuação e virando estado paralelo. A população envolvida por esse estado, oprimida, sem alternativas e, muitas vezes vendo nesse "negócio" a única forma de ganhar o pão. Qual a solução? Creio que política do governo federal de inclusão (bolsa-família, Minha Casa, Credito de Educação) tem feitos muito para aumentar a presença do estado e dotar as pessoas de dignidade. Mas onde o estado paralelo manda, apenas a entrada do Estado de Direito, com segurança, educação, atividades sociais e renda é que, com tempo, poderá mudar. E isso não é fácil, nem limpo, nem barato.