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3ª CAMINHADA PELO FIM DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES

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Do Comitê de Combate à Violência contra a Mulher
Ajude a Divulgar. Fortaleça esta Luta, e teremos uma Sociedade melhor!

Mobilização reunirá milhares de pessoas que sairão às ruas em todo o país vestindo laranja, a cor dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres.



O Grupo Mulheres do Brasil, por meio do seu Comitê de Combate à Violência contra a Mulher, convoca toda a sociedade a se unir por uma causa que diz respeito a todo mundo: o fim da violência contra as mulheres. E é com esse intuito que realiza a 3ª Caminhada pelo Fim da Violência contra as Mulheres, no dia 8 de dezembro, a partir das 9h, em vários pontos do país, como também ações no exterior. Ao todo, mais de 20 cidades participarão desta grande mobilização.

Segundo Luiza Helena Trajano, presidente do Grupo Mulheres do Brasil, será uma grande mobilização que colocará nas ruas a voz de todas as pessoas, pedindo um basta aos índices vergonhosos da violência contra as mulheres. “Não podemos mais aceitar que uma mulher seja morta a cada duas horas e que haja um estupro a cada 11 minutos. Temos que mudar essa realidade urgente, é a união de todos e todas por uma causa global”, diz a executiva.

A iniciativa integra os “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres” - uma campanha internacional de combate à violência contra as mulheres e meninas, que consiste numa mobilização global da sociedade civil em torno desse propósito. No Brasil, a mobilização dura 21 dias, pois começa em 20 de novembro - no Dia Nacional da Consciência Negra e pelo fato de mulheres negras serem as maiores vítimas da violência -, e se encerra em 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos. Nos demais países ocorre entre 25 de novembro, Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres (o “Dia Laranja”, proclamado pela ONU), e 10 de dezembro.

Elizabete Scheybmayr, uma das líderes do Comitê de Combate à Violência contra a Mulher, também acredita que é um momento de unir forças e avançar na questão. “Já tivemos grandes avanços com a Lei Maria da Penha e as delegacias da mulher, mas ainda temos muito a fazer para garantir uma assistência adequada às vítimas de violência, lutando por legislações favoráveis a elas, detectando os casos e recuperando os agressores, por exemplo. Essa campanha de conscientização é uma grande ação, pois chama a atenção de toda a sociedade para um problema que diz respeito a todos nós”, diz Elizabete.

De acordo com Marisa Cesar, CEO do Grupo Mulheres do Brasil, a caminhada deverá reunir milhares de pessoas. “Essa grande mobilização ganhou agora caráter internacional com os nossos Núcleos no exterior. A violência contra a mulher acontece em todo o mundo, não é um problema exclusivo do Brasil. Com camisetas laranjas, vamos ocupar as ruas em sintonia com as mulheres de todo o planeta que ainda vivem em situação de violência”, estima Marisa.

Em São Paulo, a caminhada sairá da Praça dos Ciclistas – avenidas Paulista com a Consolação - começando a concentração às 9h –, e percorrerá a Paulista até a Casa das Rosas, em frente ao número 37.

A Caminhada pelo Fim da Violência contra as Mulheres tem o patrocínio de Luiza Helena Trajano, do Magazine Luiza e apoio do Instituto Avon, empresas comprometidas que desenvolvem ações para acabar com a violência doméstica.

Serviço:

O quê – Caminhada pelo Fim da Violência contra as Mulheres
Quando – 08/12/2019 (domingo)
Onde – Av. Paulista – altura 2.439 – São Paulo – SP.

O dia seguinte em Paraisópolis: “Os que morreram poderiam ser meus filhos”

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Rua Dz7
Rua Dz7
Da UNE ao Livres, movimentos ensaiam frente ampla pela democracia “até doer”.

Em comum, concordam que a democracia está ameaçada em várias sentidos e buscam mobilização

Citando o poeta pernambucano Marcelo Mario de Melo, o jornalista Juca Kfouri pregou nesta segunda-feira (2/12), em São Paulo, que uma frente a favor da democracia deve ser “ampla, tão ampla, que precisa doer”. Porque “se não doer não vai ser ampla”. 

Significa que, para mais de 30 lideranças que se reuniram no teatro FECAP, no centro da cidade, o momento é de deixar as diferenças de lado para fazer frente aos desafios à ordem democrática lançados pela extrema direita que chegou ao poder, liderada pelo atual presidente.

Protesto neste domingo por justiça aos 9 mortos em ação policial em Paraisópolis, na zona sul de São Paulo.

O ato, nomeado Em Frente Pela Democracia, foi organizado pelo grupo Pacto pela Democracia. Participaram representantes de instituições e movimentos sociais de diferentes espectros ideológicos  -  esquerda, centro, direita ― e que atuam em frentes diferentes: combatem o racismo e o genocídio da população negra, lecionam em universidades, pregam o liberalismo econômico, estão nas trincheiras da Amazônia pelo meio ambiente e as populações indígenas, buscam a renovação da política institucional, defendem os diretos humanos de forma mais ampla. Os partidos políticos não estiveram representados como tal.

O Baile da Dz7, como outros pancadões ou fluxos que brotam nas periferias das cidades, é mais uma expressão do que acontece quando o Estado brasileiro deixa um vazio. Embora Paraisópolis seja uma das maiores favelas de São Paulo e esteja ao lado de um dos bairros mais ricos da cidade, ali não há cinema, nem espaço cultural





O Ministério Público Estadual de SP informou nesta segunda-feira (2/12) que o procurador-geral de Justiça de SP, Gianpaolo Smanio, determinou que a promotora Soraia Bicudo Simões acompanhe a investigação da ação policial.

Carolina

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Celebração à Vida.



O livro "Quarto de despejo" foi traduzido para 13 línguas e vendido em 80 países. Política, história e sociologia se fundem na obra de Carolina de Jesus

Um “enigma” e um “poço sem fundo”. Assim a atriz, dramaturga e arte-educadora Dirce Thomaz define Maria Carolina de Jesus, a catadora de papel descoberta pelo jornalista Audálio Dantas na favela do Canindé, em São Paulo, e autora do livro Quarto de despejo, lançado em 1960 e que logo se transformou em estrondoso sucesso.

Para Dirce Thomaz, o diário de Carolina de Jesus é “forte, real e visceral”. A atriz está em cartaz com a peça Eu e Ela: visita a Carolina de Jesus, espetáculo em que interpreta Carolina e no qual é também a diretora. A peça, baseada no diário de Carolina de Jesus, está em cartaz na Funarte, em São Paulo, até o dia 10 de agosto.

Poeta, compositora e feminista, Carolina de Jesus ainda cantava e dançava. “Uma mulher além do seu tempo. Quando falo que ela era um poço, agora estão descobrindo que Carolina também escreveu para teatro. A cada dia se descobre alguma coisa de Carolina”, afirma Dirce, em entrevista à jornalista Marilu Cabañas, na Rádio Brasil Atual.

A atriz conta estar mergulhada no universo desde 1988. Atuou no curta-metragem O papel e o Mar e, em 2009, interpretou Carolina de Jesus no cinema. “E daí não teve mais jeito, foi um mergulho nessa mulher incrível que é Maria Carolina de Jesus, esse universo incrível.” Dirce lembra que, ao ser lançado, Quarto de despejo vendeu mais que Jorge Amado. “Foi um best seller, foi uma fama, uma coisa muito louca.”

Carolina de Jesus aprendeu a ler aos 7 anos de idade, a idade correta para uma criança ser alfabetizada, mesmo ela sendo uma criança muito pobre vivendo na cidade grande. “Ela saia na rua lendo tudo, ela se encontrou ali. Fazia crítica à política, à história e à sociedade. A obra de Carolina não é só o diário do que ela passava na favela, é uma obra política e social de peso”, afirma a dramaturga. Quarto de despejo foi traduzido para 13 línguas, em 80 países.

“Ela só não é muito respeitada no Brasil. A Academia Brasileira de Letras não a reconhece como poeta, porque fala que ela teve só o segundo ano primário. Ela estudou muito. O Brasil sempre não quer falar das suas mazelas”, reclama Dirce. “Como vamos ficar falando da história das favelas, história de mulher negra favelada?”, ironiza.

Após o sucesso de Quarto de despejo, Carolina de Jesus não conseguiu mais espaço para editar novos trabalhos, e decidiu então editar a própria obra. “A gente (o povo negro) esperneia desde o período colonial, para sobreviver, para chegar em algum lugar, para estudar, para trabalhar. E a Carolina é um espelho muito grande para as mulheres negras sobre tudo o que acontece com a população negra. Carolina foi e é um marco na história do Brasil, uma referência forte para as mulheres negras.”


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Eu e Ela: visita a Carolina de Jesus
Até o dia 10 de agosto
Funarte - Alameda Nothmann, 1.058, Campos Elíseos, São Paulo
Sextas e sábados, às 19h, e domingos, às 18h 
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Do Portal RBA)))

"Já não basta esse nariz ranhento escorrendo?"

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Histórias da ditadura militar – parte I

Morador do Jabaquara, na periferia de São Paulo, o menino vendia para um ferro velho papelão e cobre (não existia latinha de alumínio à época), carregava sacola de madame na feira e engraxava sapatos para fazer algum trocado.

Eram meados dos anos 80 e a ditadura militar já agonizava, mas ainda dava as cartas.

Para os meninos pobres da Zona Sul de São Paulo, uma das poucas alternativas de diversões disponíveis era o CEEI - Centro Educacional e Esportivo do Ibirapuera, cujo principal atrativo era sua piscina pública, disputadíssima.

Havia regras rigorosas para acessar aquela piscina, e uma das regras determinava o tipo de calção que o banhista tinha de usar.

Quem controlava seu acesso era um militar da reserva, um senhor de aparência rude, muito grosseiro, que não fazia a menor questão de esconder sua antipatia pelos meninos que frequentavam a piscina nos finais de semana, todos pobres e em sua maioria, negros.

Qualquer motivo era motivo suficiente para o militar barrar o acesso a única piscina pública da região, e ele tinha seus próprios motivos para fazer valer sua autoridade.

Certa vez o militar barrou um menino, alegando que o calção que ele usava era inadequado, que “iria cair, mostrar a bunda para todo mundo ver”.

“Quer brincar na piscina tem de estar com shorts decente. Já não basta esse nariz ranhento escorrendo? Estou te fazendo um favor, caralh. !!!”, disse, em tom agressivo.

O militar guardava numa sala vários calções, que ALUGAVA para os meninos.

Ou alugava um calção, ou não entrava na piscina.

O preço do aluguel, ouso dizer, devia ser a quantia necessária para pagar um sanduíche e uma Coca Cola, vendidos pelo ambulante que ficava em frente ao clube.

Naquele sábado o menino brincou na piscina, mas voltou para casa com fome, sem comer o sanduíche e tomar a Coca Cola pelos quais havia juntado dinheiro a semana toda para comprar.

Eu jamais me esqueci daquele sábado, um sábado de de sol, porque aquele menino se chamava Diógenes.

Aquele menino era eu.

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Assessor de Comunicação Social, acadêmico em História, ativista pelos Direitos Humanos, pai do Fidel.

14º Virada Cultural de São Paulo retorna ao Centro após fracasso de Doria em 2017

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Após a edição anterior, a única da gestão do ex-prefeito João Doria (PSDB), ter deixado de lado uma de suas marcas principais, abandonando o Centro e a ideia de ocupação mais ampla da cidade pela população, a 14ª Virada Cultural de São Paulo, neste fim de semana (19 e 20), espera retomar a relevância do já tradicional evento, sem deixar de lado a programação em alguns bairros mais afastados. 

Serão mais de 900 apresentações que abrangerão música, teatro, dança, poesia, cinema, festas de rua e blocos de carnaval, entre outras atividades. No Vale do Anhangabaú, ponto central da Virada – e que foi esvaziado na edição de Doria –, será montado um parque de diversões, equipado com cama elástica, tobogã, barco viking, carrinho bate-bate, entre outros. Entre as atrações musicais, destaques para shows da banda Rouge - em substituição a Xuxa, que cancelou sua presença alegando motivos médicos –, Sidney Magal e Balão Mágico.


A poucos metros dali, um dos palcos de destaque deste ano é o Boulevard São João, destinado a "clássicos" da música brasileira de diferentes épocas. O primeiro dos shows do sábado é da dupla Antonio Carlos e Jocafi, de grandes sucessos nos anos 1970, como Você Abusou.

O pernambucano Geraldo Azevedo toca na íntegra seu trabalho mais importante, o disco Bicho de 7 Cabeças (1979) às 22h30. Na sequência, os cearenses do Cidadão Instigado apresentam ao público o disco Uhuuu! (2009) e sua mistura de rock, psicodelia e o tradicional brega brasileiro. No mesmo palco também estarão a Nação Zumbi, tocando o repertório de Afrociberdelia (1996), Dado Villa Lobos e Marcelo Bonfá, com clássicos da Legião Urbana (da qual foram respectivamente guitarrista e baterista), a cantora Fafá de Belém e o grupo Ira!, ícone do rock paulistano.

A programação desta edição da Virada contempla também a participação popular em blocos de rua, com destaques para o cortejo Tarado Ni Você, com a presença de Caetano Veloso. O percurso- entre a esquina da Avenida Consolação com a Rua Sergipe, até a Rua Xavier de Toledo - recebe ainda o bloco afro Olodum, acompanhado de Carlinhos Brown, o grupo de sucesso dos anos 1990 É o Tchan (com a dançarina Sheila Mello), e as cantoras Baby do Brasil, Pitty e Tulipa Ruiz.

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Confira a Programação completa aqui.

Com informações da RBA)))

Caça aos Livros HeForShe

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Organizada pela ONU Mulheres em parceria com o Metrô de São Paulo, Caça aos Livros HeForShe tem inscrições prorrogadas até o dia 16 de maio.

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Que tal participar de um jogo pela igualdade de gênero e ter a chance de encontrar um livro feminista inspirador enviado por uma das personalidades apoiadoras do movimento #ElesPorElas #HeForShe? ♥
Inspirada no clube de leitura "Nossa estante compartilhada" (do inglês, “Our Shared Shelf”), criado pela Embaixadora da Boa Vontade da ONU Mulheres, Emma Watson, a Caça aos Livros HeForShe será uma ação de engajamento de jovens entre 13 e 32 anos, de todos os gêneros, no Movimento ElesPorElas HeForShe; e de incentivo à leitura de livros que abordam temas de igualdade de gênero, raça e etnia.

A Caça aos Livros acontecerá no dia 25 de maio de 2018, às 13h, no Metrô de São Paulo, com liderança da equipe da HeForShe. A ação consistirá em um jogo onde participantes poderão procurar, ao longo de uma hora, uma de 150 cópias do livro “Malala: a menina que queria ir para a escola”, da escritora brasileira Adriana Carranca. Dessas 150 cópias, 30 serão premiadas com um cupom que poderá ser trocado por mais um livro, escolhido, autografado e doado pelas seguintes personalidades apoiadoras do movimento HeForShe: Astrid Fontenelle, Bela Gil, Camila Pitanga, Fernanda Rodrigues, Gaby Amarantos, Helena Rizzo, Juliana Paes, Kenia Maria, Mariana Weickert, Micaela Goes, Mônica Martelli, Nadine Gasman e Pitty. 

E tem mais! A Embaixadora global do movimento HeForShe, Emma Watson, também contribuiu para a ação, com o envio de uma cópia autografada do livro “A Cor Púrpura”, de Alice Walker – um dos títulos selecionados pelo Clube de Leitura. ♥ Como não amar? ♥


Como participar:

A "Cara do Mundo"

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Documentário faz a defesa da empatia para criar um antídoto ao ódio.

Trazendo a pluralidade de visões de imigrantes que vivem ou passaram pela cidade, o 'Cara do Mundo' (2016), foi lançado terça, 17/4, em São Paulo. O Longa ganha especial relevância em um momento em que o mundo vive uma escalada do ódio

São Paulo – A agência escola de jornalismo Énois promoveu o lançamento do documentário Cara do Mundo (2016). O longa faz uma radiografia da situação de imigrantes em São Paulo e analisa a forma como o contato entre culturas diferentes é desenvolvido por meio da empatia. A produção também adota recursos de metalinguagem que colocam os jovens produtores da Énois inseridos no contexto da narrativa.

“O documentário teve a participação de vários jovens aqui da Énois e sou um deles”, diz um dos realizadores, o jornalista Vinícius Cordeiro. “Fiz parte desde o começo da apuração e da produção (…) Entramos em conexão com muitos imigrantes de várias partes do mundo. Cada um deles trouxe uma visão diferente”, disse. Os personagens da história são provenientes de países como Japão, China, Haiti, Síria, Moçambique, Senegal e Bolívia.

Cordeiro conta que a ideia partiu do coletivo da agência, que programa suas atividades de forma horizontal. “Temos deliberações de pautas sempre de forma coletiva, então, várias pessoas trouxeram a vontade em comum de conhecer outras partes do mundo. Mas como não temos recursos para isso, resolvemos tentar conhecer o mundo que existe dentro de São Paulo”, disse, destacando que o projeto se desenvolveu com esse campo rico em diversidade presente na maior cidade do hemisfério sul.

O tema do longa ganha especial relevância em um momento em que, não só o Brasil, mas o mundo vive uma escalada do ódio, com traços de protofascismo. “Além de ser um documentário que trata de diferentes culturas que vivem aqui, ele fala sobre nós, moradores de São Paulo, nos reconhecendo em outras culturas. É como se fosse um metadocumentário. Ele já tem início com a missão da realização. Você pode acompanhar nossa trajetória na procura dos imigrantes. Todos os bastidores são parte do documentário.”


“A intolerância que vivemos hoje em dia é muito preocupante. Nós invalidamos o outro, invalidamos quem pensa diferente de nós e agredimos com discursos de ódio as minorias e pessoas em situações mais complicadas”, continua. O problema é tão amplo na esfera social que atinge os representantes do povo, contaminados com o ódio. “Vemos pessoas do alto escalão dando vazão e aval para esse tipo de discurso homofóbico, machista, intolerante, xenofóbico, enfim, temos muito o que aprender sobre respeito às liberdades e sobre o respeito ao outro.”

PRESENTE!

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Marielle Franco e Nadir Kfouri: separadas pelo tempo, unidas pela História.

A ex-reitora da PUC-SP, que enfrentou a ditadura civil-militar, foi homenageada com a vereadora carioca, executada há quase um mês. Ambas dedicaram a vida à democracia. Homenagem no Tucarena teve tom de resistência diante do grave momento político do Brasil.

São Paulo – Dois banners são colocados no histórico palco do Tucarena, anfiteatro da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Lado a lado, as imagens de Nadir Kfouri e Marielle Franco, duas mulheres que apesar de nunca terem se conhecido, a história se encarregou de unir na noite desta terça-feira (10).

Nadir Kfouri (1913-2011), primeira mulher do mundo a tornar-se reitora de uma universidade católica, entrou para a história do Brasil pela postura firme com que defendeu a universidade durante a invasão policial de 1977, em plena ditadura civil-militar, na noite em que jovens se reuniram para tentar efetivar a reorganização da União Nacional dos Estudantes (UNE). Diante do então temido secretário de Segurança Pública de São Paulo, coronel Erasmo Dias, dona Nadir, como era conhecida, se negou a cumprimentá-lo. “Não dou a mão a assassinos”, disse, e virou-lhe as costas.

Planejado em 2017, o ato no Tucarena tinha o objetivo inicial de conceder a Nadir Kfouri o título de cidadã paulistana post mortem, homenagem idealizada pelo mandato da vereadora-suplente Isa Penna e do vereador Toninho Vespoli, ambos do Psol. A trágica execução da vereadora carioca Marielle Franco, no último dia 14 de março, alterou o rumo da solenidade. Diante do choque da morte da companheira de partido, os organizadores da homenagem à ex-reitora da PUC-SP decidiram unir, no mesmo ato, estas duas mulheres defensoras intransigentes da democracia.

“Duas grandes brasileiras. Uma viveu quase 100 anos, a outra foi executada antes dos 40. De Nadir Kfouri temos um passado que fazemos questão de honrar. De Marielle Franco temos o futuro que ela não viveu, mas que nós temos a obrigação de levar como bandeira”, afirmou o jornalista Juca Kfouri, sobrinho da ex-reitora da PUC e apresentador do programa Entre Vistas, da TVT. Primeiro a discursar na solenidade, ele lembrou de Dom Paulo Evaristo Arns, e disse sentir saudade do amigo neste momento grave da democracia brasileira, “golpeada por todos os lados”.

“A Sós”

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Para mostrar a realidade que boa parte não quer ver e incomodar as "consciências" dos que se julgam representantes do Povo brasileiro, o Documentário sobre relacionamentos entre moradores de rua é aula de bom jornalismo em tempos de crise da profissão.

Só um grande jornalista poderia fazer um documentário como este.

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Vinicius Lima é um jornalista recém-formado pela PUC-SP. Há anos ele trabalha no projeto SP invisível, um movimento que conta histórias  de moradores de rua e de pessoas que vivem ou trabalham nas ruas de São Paulo. Veja a página aqui.

A experiência serviu para apurar o olhar do jovem repórter. Ali, onde as pessoas genericamente vêem “mendigos”, “vagabundos”, “vítimas do sistema”, “craqueiros”, “coitados”, dependendo de onde o observador esteja no espectro político, Vinicius encontra histórias de vida, alegrias, tristezas, amores, escolhas, os porquês de estarem onde estão e fazendo o que fazem.

Vinicius vai muito além dos estereótipos porque sabe que eles servem apenas para reforçar as barreiras da invisibilidade e, por que não?, justificar nossa insensibilidade diante da dor e do sofrimento do “Outro” - ele não é um ser como nós, dotado de sentidos como os nossos.

Já foi moda no jornalismo o repórter se fantasiar de morador de rua, de imigrante turco na riquíssima Alemanha, de miserável no Império Americano. Maquiagem, roupas esfarrapadas, sotaque fajuto, tudo para “vivenciar na própria pele” o que o Outro sentiria na condição de marginalizado e excluído.
Caô total. Verdadeiro estelionato.

Primeiro, porque esse método de investigação jornalística cassa a palavra de quem já tem a palavra, quando não a própria existência, negada. Quem fala é o repórter fantasiado.

Mostra Ser: Meu Corpo é Político

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'Meu Corpo É Político' apresenta o dia a dia de pessoas trans que moram na periferia, entre elas Linn da Quebrada.
Linn

Até dia 29 de abril, o Sesc Ipiranga, em São Paulo, sedia a Mostra Ser de cinema, que reúne obras que retratam a importância do amor e do respeito à própria natureza a partir da vida e do cotidiano de pessoas lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis, queers e intersexo (LGBTTQI). Durante todo o mês de abril, a área de convivência, o teatro e o Espaço de Tecnologia e Artes da unidade recebem curtas, médias e longas-metragens que refletem sobre diversidade, amor e afeto.

De terça a sábado, das 10h às 21h30, e aos domingos, das 10h às 18h, a sala de convivência se transforma em uma grande sala de estar para a sessão de curtas. Entre os filmes estão Eu Não Quero Voltar Sozinho, de Daniel Ribeiro, sobre Leonardo, um adolescente com deficiência visual que vive a inocência da descoberta do amor e da homossexualidade; Não Gosto de Meninos, de André Matarazzo e Gustavo Ferri, que traz brasileiros gays, bis e trans contando suas experiências, escolhas, dilemas, desejos, fases e soluções na intenção de mostrar que todos podem ser felizes.

Em A Arte de Andar Pelas Ruas de Brasília, a diretora Rafaela Camelo também aborda as descobertas da adolescência a partir da relação de Ana e Leila, que transitam pelos blocos das superquadras de Brasília. Diego Carvalho também exibe seu curta Antes das Palavras, uma narrativa fragmentada da crescente atração entre Célio e Dário, e os diretores Ricardo Puppe e Theo Borges apresentam o curta documental Nosso Amor Existe, com histórias de casais homoafetivos.

Fale Sem Medo

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“A voz das redes: o que elas podem fazer pelo enfrentamento à violência contra a mulher?”.

Que diálogos são possíveis nas plataformas digitais? De que forma a rede e suas plataformas têm dado voz às mulheres vítimas de violência? Essa nova arena de debate têm criado oportunidades de escuta e acolhimento para essas mulheres? Qual é o lugar do ativismo online diante da complexidade estrutural das sociedades contemporâneas? São estas e outras respostas que o Fórum pretende obter.


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O Fórum Fale Sem Medo tem se consolidado, ao longo dos anos, como um dos principais eventos brasileiros para discutir as violências contra as mulheres. Desde a primeira edição, em 2013, se estabeleceu como um espaço importante de diálogo, articulação de atores e apresentação de experiências inovadoras no enfrentamento das violências contra as mulheres.

Como acontece todos os anos, o Fórum contará com a presença de especialistas, pesquisadores, ativistas, representantes da sociedade civil e do poder público (em especial agentes do sistema de justiça e saúde), além de formadores de opinião e personalidades brasileiras e internacionais ligadas aos direitos humanos.

Em sua 5ª edição, o evento abordará os diálogos na internet por meio do tema “A voz das redes: o que elas podem fazer pelo enfrentamento à violência contra a mulher?”. Os debatedores trarão à luz como o ambiente digital têm ajudado a enfrentar as violências contra a mulher e possibilitado a criação de ambientes seguros de acolhimento e cuidado, mas, também, como esse mesmo ambiente tem sido responsável por perpetuar muitas das violências sofridas por elas.

A exemplo do que acontece em todas as edições do Fórum, também em 2018, o debate partirá dos dados de uma pesquisa exclusiva do Instituto Avon sobre o tema. Com o título “A voz das redes: o que elas podem fazer pelo enfrentamento à violência contra a mulher”, a pesquisa do Instituto Avon, em parceria com a Folks Netnográfica, busca identificar os desafios e possibilidades das discussões em ambiente digital, bem como apontar caminhos para aumentar o engajamento das pessoas na causa.

O evento tem confirmada a participação do canadense Adam Kahane, referência internacional na construção e implementação de soluções para desafios complexos. Também estarão presentes a modelo e embaixadora do Instituto Avon, Luiza Brunet, a curadora do blog #AgoraÉQueSãoElas e ativista, Alessandra Orofino, a youtuber Nátaly Neri e diversos outros convidados.

Realizado no dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, no Centro Cultural São Paulo, o Fórum Fale sem Medo terá entrada livre e gratuita.

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Mais informações no site do Instituto Avon

Aa maior figura da Igreja no século 20

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É Dom Paulo Evaristo Arns foi, diz biógrafa.

Um ano após morte do arcebispo, livro lembra trajetória do religioso que salvou diversas vidas durante ditadura militar.

No dia 14 de dezembro é lembrado um ano da morte do arcebispo Dom Paulo Evaristo Arns (1921-2016), que ficou conhecido como "homem do povo". Ele foi de extrema importância na resistência contra violações de direitos humanos e na ajuda aos presos políticos e perseguidos na Ditadura Militar brasileira  (1964-1985).

A história de lutas do arcebispo inspirou as jornalistas Evanize Sidow e Marilda Ferri a escreverem uma biografia sobre ele quando ainda estavam na faculdade, em 1999. Intitulado "Dom Paulo, um homem amado e perseguido", o livro traça a trajetória de Dom Paulo, como conta Sidow: "Hoje talvez a gente ainda não tenha essa noção do quanto Dom Paulo foi importante e do quanto a nossa democracia hoje deve a ele. Ele realmente é uma personalidade fundamental da Igreja no século 20, talvez o maior de todos os personagens na América Latina".

Dom Paulo ingressou na Ordem Franciscana em 1939, foi bispo e arcebispo de São Paulo entre os anos de 1960 e 1970. Sua vida foi dedicada aos mais pobres e à Justiça.

Dom Paulo Evaristo Arns, durante homenagem, no ano passado, no TUCA, em São Paulo

USP homenageia Luiz Gama 167 anos após impedi-lo de frequentar aulas de direito

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"É uma refundação do significado da Faculdade do Largo São Francisco", diz presidente de instituto com nome do advogado

Em um momento em que ainda não havia defensoria pública, Luiz Gama possibilitou, com seu trabalho, o acesso de inúmeros negros à justiça.


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A partir do dia 1º de dezembro deste ano, o nome de Luiz Gama vai batizar uma das salas de aula da Faculdade de Direito do Largo São Francisco, em São Paulo. A homenagem será marcada por uma celebração dentro da universidade à partir das 11 horas da manhã, no Salão Nobre da Faculdade de Direito da USP.

Silvio Almeida, advogado, filósofo e presidente do Instituto Luiz Gama considera que a homenagem é repleta de simbolismos, já que a USP historicamente representou o poder dos escravocratas por fornecer, do ponto de vista técnico e jurídico, todos os instrumentos para a manutenção da escravidão.

"A celebração na USP ocorre contra o que ela representa, [contra] aquilo e a quem a USP representa. É um espécie de refundação do significado da Faculdade do Largo São Francisco", diz.

Em 1850, Luiz Gama, que foi um dos maiores líderes abolicionistas do Brasil, tentou frequentar o curso da Faculdade de Direito do Largo São Francisco e que hoje pertence à USP. Ele foi impedido por ser negro. Gama então assistiu as aulas como ouvinte e o conhecimento adquirido permitiu que ele atuasse na defesa jurídica de negros escravizados.

Peripatético: aborda juventude, periferia, trabalho e ataques do PCC

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Se você for preto e pobre, a bala perdida acha um dono.

O curta-metragem Peripatético, da cineasta Jéssica Queiroz, retrata a vida de três jovens moradores da periferia em maio de 2006, quando a capital paulista e o estado de São Paulo sofreram uma onda de ataques da facção Primeiro Comando da Capital (PCC). É quando Simone participa de entrevistas para conseguir o primeiro emprego, Thiana tenta passar no vestibular de Medicina e Michel ainda sem saber o que quer fazer da vida, passa seus dias jogando vídeogame. Boa parte do filme foi rodada no bairro de Ermelino Matarazzo, na zona leste de São Paulo, onde vive a diretora.

Cinemateca Brasileira, em São Paulo, seguido de debate com a diretora, a roteirista Ananda Radhika e os atores Larissa Noel, Maria Sol e Alex de Jesus. “O filme fala de vários assuntos – juventude, primeiro emprego, vestibular, a dificuldade de ser negro e periférico e violência policial –, mas tudo de forma muito lúdica. Mostra que a vida é difícil, mas resistimos e inventamos novas formas de ver a vida, pra que seja mais leve. Acho que cinema é isso pra mim e foi isso que queria na tela, com o Peripatético”, afirma Jéssica Queiroz.



Ao final, o curta-metragem apresenta as assombrosas estatísticas daquele período de 2006. É quando Simone, de luto pela morte do amigo, diz que “se você for preto e pobre, a bala perdida acha um dono”: “Entre 12 e 15 de maio de 2006, ocorreram 74 rebeliões em presídios no estado de São Paulo. 33 agentes públicos e 51 civis morreram (…) 8 a cada 10 civis mortos eram jovens de até 35 anos. Mais da metade eram negros. 94% deles não tinham antecedentes criminais”. É exatamente por causa desses dados que a obra é dedicada ao Movimento Independente Mães de Maio, formado pelos familiares das vítimas do conflito.

Inauguração popular

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Ocupação promove 'inauguração popular' da Casa da Mulher Brasileira em São Paulo.

Projeto teve R$ 13,5 milhões liberados pelo governo Dilma em 2013, está pronto desde novembro de 2016 e até agora é mantido fechado pela prefeitura.
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São Paulo – Movimento de Mulheres de São Paulo ocupou na manhã deste domingo a sede da Casa da Mulher Brasileira, em São Paulo. A iniciativa é tratada pelas mulheres como “inauguração popular” do projeto. A Casa da Mulher Brasileira é um equipamento público destinado ao atendimento das mulheres em situação de violência. O prédio no bairro do Cambuci está pronto desde novembro de 2016, sua inauguração estava prevista para o início deste ano, mas até agora é mantido fechado pelo prefeito João Doria (PSDB). A estrutura foi financiada pelo governo federal em 2013 - governo Dilma -, para concentrar serviços de atendimento à mulher vítima de violência em um só espaço.

Há boatos de que equipamento poderia ser desviado para outros fins, mas todo projeto foi pensado para mulheres em situação de violência.

JARAGUÁ É GUARANY

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Indígenas Guarani mantêm ocupação no Pico do Jaraguá e desligam torres de transmissão.

Grupo reivindica revogação da medida que anula demarcação da Terra Indígena e também privatização do parque do Jaraguá.

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Indígenas da etnia Guarani ocupam, há dois dias, as torres de transmissão de celular e TV localizadas no Pico do Jaraguá, em São Paulo. Na tarde da sexta-feira, dia/15, eles chegaram a desligar o sinal das torres.

O deslizamento afetou usuários de TV digital e algumas operadoras de telefonia em cidades da grande São Paulo como Caieiras, Franco da Rocha, Cajamar e Francisco Morato. 

A exigência do grupo é que o governo Michel Temer (PMDB) revogue a portaria 683, do Ministério da Justiça, que anula a declaração da Terra Indígena na aldeia do Jaraguá, cujas matas se sobrepõem parcialmente ao Parque do Jaraguá.

Eles também são contra a medida do governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), que pretende conceder à iniciativa privada o Parque do Jaraguá, bem como outras áreas verdes do Estado. 

A lei, aprovada pela Assembleia Legislativa, declara que, seriam privatizadas "a exploração dos serviços ou o uso de áreas inerentes ao ecoturismo e à exploração comercial madeireira ou de subprodutos florestais". A comunidade da região também se opõe a esta medida.

Os indígenas pretendem manter a ocupação até que suas reivindicações sejam atendidas. Eles pedem que a população colabore com doações de roupas, papel higiênico e cobertores para manter a mobilização.

Questionado pela reportagem, o governo do Estado de São Paulo disse, em nota, que está negociando a saída pacífica dos indígenas e se comprometeu a formar um comitê inter-secretarias para lidar com a questão da sobreposição de áreas indígenas e Unidades de Conservação.



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Do Brasil de Fato

Armazém do Campo completa um ano e tem programação de aniversário

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Loja de produtos agroecológicos criada pelo MST tem como objetivo levar alimentação saudável ao trabalhador e mostrar a produção feita em assentamentos.

Mais de 35 mil pessoas já passaram pelo Armazém e foram vendidos mais de 95 mil itens.

São Paulo –  O Armazém do Campo, uma loja de produtos agroecológicos oriundos da agricultura familiar, completou um ano de existência. Para celebrar o aniversário e a resistência simbolizada pelo empreendimento, atividades e atrações artísticas formarão uma programação que se inicia neste sábado (12) e termina no próximo dia 19, em São Paulo.

Em entrevista à Rádio Brasil Atual, Jade Percassi, da coordenação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), conta que o clima é de felicidade e satisfação pelos resultados favoráveis. "É muito difícil manter uma iniciativa como essa na cidade de São Paulo. Mais de 35 mil pessoas já passaram pelo armazém e foram vendidos mais de 95 mil itens", afirma.

"A nossa proposta vem da militância dos movimentos sociais para que trabalhadores tenham uma alimentação saudável, que muitas vezes não é acessível. A gente tinha essa vontade também de trazer para o público a nossa produção feita em assentamentos, desde o arroz do Rio Grande do Sul até o café, de Minas Gerais", diz Jade.

Entre as atrações das comemorações, estão a apresentação do grupo Mistura Popular (no sábado), um bate-papo com a chef Bel Coelho (na terça, dia 15, às 19h), uma oficina de horta orgânica com Carla Bueno (no dia 19, às 9h) e o lançamento do e-commerce do Armazém do Campo.

O Armazém do Campo fica na Alameda Eduardo Prado, 499, Campos Elíseos, centro de São Paulo. A loja abre das 8h às 19h de segunda a sexta, e aos sábados das 10h às 19h.


MINGUADA CULTURAL em Sampa

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Virada teve shows vazios e falhas de estrutura, mas Doria diz que culpa é da chuva.

Alguns palcos não foram montados a tempo, outros foram esquecidos. Equipamentos falharam e eventos interferiram uns nos outros..

Abaixo, no centro da cidade, o palco da Rua Pedro Lessa reunia poucas pessoas no início da tarde de domingo.

São Paulo – Ignorando centenas de relatos críticos nas redes sociais, problemas técnicos e falhas de gestão – como ter esquecido de montar alguns palcos – o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou ontem  (22) que a baixa participação da população na Virada Cultural ocorrida neste final de semana foi apenas em decorrência da chuva. “No sábado, quando não houve chuva, a Virada funcionou muito bem, com bom público, com boa operação. Evidentemente, no domingo, com chuva e com frio, o público menor, absolutamente aceitável para um evento ao ar livre”, disse Doria, reafirmando sua avaliação positiva do evento, em entrevista coletiva no início da tarde.

Nas redes, no entanto, a percepção passou longe de ser positiva. Para muitas pessoas, Doria e o secretário municipal de Cultura, André Sturm, “mataram a Virada”, com a ideia de retirar os grandes shows do centro da cidade e espalhá-los na cidade. Apelidos não faltaram para desqualificar o evento deste ano, que chegou a reunir quase cinco milhões de pessoas no ano passado – ainda não há estimativa para este ano. “Furada Cultural”, “Atrasada Cultural” e “Esvaziada Cultural” foram alguns deles.

Greve de 28 de abril acontece 100 anos após primeira Greve Geral brasileira

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HISTÓRIA

Paralisação de operários fez parte de movimento que culminou na aprovação da legislação trabalhista.

Marcha para o enterro de José Ineguez Martinez, operário espanhol morto pela polícia e mártir da Greve Geral de 1917 / Autor desconhecido

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A proibição do trabalho de menores de 14 anos foi consagrada no país em 1943, com a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Assim como o pagamento de 50% no caso de horas extras. Essas demandas, entretanto, já faziam parte das reivindicações do movimento operário no Brasil desde o início de século 20.

Essas foram algumas das bandeiras da primeira Greve Geral realizada no país, que completa cem anos no mês de julho. Além de questões relacionadas ao ambiente fabril, o movimento operário também pautava assuntos como o controle de preços de alimentos e dos aluguéis.

Localizada principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro, a paralisação de 1917 durou mais de um mês e não foi pensada originalmente para ter um caráter geral. Em tempos em que a questão social era tratada como questão de polícia, um dos estopins da generalização da greve foi a morte do operário espanhol José Ineguez Martinez, causada pelas forças policiais.

Chão de Fábrica

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Documentário inicia com as greves de 1979 e 1980, ocorridas na região do ABC, em São Paulo, que fundaram as bases para um novo movimento sindical.

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Greve dos metalúrgicos, em São Bernardo, em 17 de maio de 1990, será relembrada no documentário
São Paulo – Para contar a história do chamado novo sindicalismo brasileiro, a TVT estreia hoje (10), às 20h30, o documentário Chão de Fábrica. Dirigido por Renato Tapajós, a série contém 13 episódios e conta com a narração do ator José de Abreu. No mesmo horário, o programa será exibido na página da TVT no Facebook e no canal da emissora no Youtube.

O documentário inicia com as greves de 1979 e 1980, ocorridas na região do ABC, em São Paulo, que fundaram as bases para um novo jeito de fazer sindicalismo e política no Brasil. Por meio de uma "linha do tempo", o trabalho conta o que mudou na atividade sindical desde então até os dias de hoje.

As narrativas de Chão de Fábrica são ilustradas por amplo material de arquivo e filmagens nas empresas e no campo, além de trazer entrevistas com especialistas, trabalhadores e sindicalistas. Tapajós foi diretor do documentário Linha de Montagem, de 1981.

Em entrevista à Carta Campinas, Tapajós explicou a importância do novo sindicalismo no Brasil, mas apontou um futuro incerto no movimento. "Ele (o sindicalismo) ajudou a garantir a democracia no Brasil nos anos 80 e impediu que o neoliberalismo dominasse o país em um período em que o restante do mundo já era vítima de um capitalismo ainda mais destruidor. Mesmo com o crescimento do poder neoliberal com Collor e Fernando Henrique, o novo sindicalismo foi capaz de interferir positivamente na vitória de Lula, em 2002, e em boa parte de suas políticas de melhoria da renda dos trabalhadores. Mas, como aponta o último capítulo da série e tudo o que estamos vendo no Brasil de hoje, tudo indica que essa fase brilhante do novo sindicalismo se esgotou e estamos diante de uma grande interrogação em relação ao que virá nos próximos anos."

Para sintonizar a TV dos Trabalhadores: Canal 8.1 HD na região metropolitana de São Paulo, na internet, no site e no YouTube. Quem for assinante de sinal a cabo na capital e na região do ABC, deve sintonizar o canal 12 NET.



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