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A solidariedade INTERNACIONAL dos médicos de Cuba

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Como um país tão POBRE economicamente pode ser tão RICO em SOLIDARIEDADE?

Está presente desde que Cuba enviou uma brigada médica para ajudar as vítimas do terremoto que atingiu o Chile em 1960.

FOTO: Médicos cubanos desembarcam na Itália para ajudar no combate à Covid-19.

Desde que Cuba enviou uma brigada médica para ajudar as vítimas do terremoto que atingiu o Chile em 1960, até o passado ano 2019, o país colaborou com mais de 600 mil especialistas em 160 nações como ajuda na área da saúde, principalmente de forma gratuita. Desse número, em 2020, continuaram trabalhando em 67 países 37.472 especialistas.

Durante os primeiros anos a assistência foi dada prioritariamente aos países que lutavam pela sua libertação e que, por sua vez, apresentavam situações sanitárias críticas. Assim, duas das brigadas médicas mais importantes dirigiram-se à Guiné e à Tanzânia. Entre os anos 1970 e 1980, o maior impacto se concentraria em Angola e Etiópia.

Nos anos 90 foi estabelecido o Programa Integral de Saúde que deu um enfoque mais efetivo à assistência proporcionada por Cuba incluindo no mesmo os medicamentos, equipamentos médicos e preparação de pessoal.

O enfrentamento de desastres naturais a partir dos furacões que atingiram a América Central e o Haiti em 1998-99, contou com o envio de brigadas médicas integradas por centenas de especialistas que possibilitaram uma maior eficiência no trabalho assistencial.

A estrutura mais especializada foi criada com a Brigada Henry Reeve em 2005, que ofereceu seus serviços ao governo dos EUA para enfrentar os efeitos do furacão Katrina em Nova Orleans, oferta que não foi aceita. Mas a brigada cumpriu até 2019 missões em 22 países diferentes e em 2014-2015 desempenhou um papel importante no controle do Ebola na África.

Por outro lado, para a preparação do pessoal médico por parte de especialistas cubanos, entre 1976 e 2005 Cuba instituiu dez escolas de medicina, especialmente na África. A isso se somaria a criação da Escola Latino-Americana de Medicina em 1999, que formou -junto a outras universidades- 36.962 médicos de 149 países, ao que se somou o Programa de Formação de Médicos venezuelanos em 2012, entre os projetos de maior envergadura.



Os resultados de toda esta colaboração expressam-se na realização de mais de 1.940 milhões de consultas médicas e mais de 14.119 operações cirúrgicas, que salvaram a vida de milhões de pessoas.

Este esforço foi possível pela política desenvolvida em Cuba, que conta hoje com 95 mil médicos e 84 mil enfermeiras, unido a uma indústria biotecnológica de nível internacional. Os resultados do esforço permitem que o país disponha de um médico por cada 9 habitantes, uma taxa de mortalidade infantil de 4,9 por mil nascidos vivos e uma expectativa de vida de 78,45 anos, índices todos de um país desenvolvido, superiores inclusive aos próprios Estados Unidos, apesar do bloqueio que nos impôs durante quase seis décadas.

Toda essa bela história resume o que nosso povo sustentou nos últimos 60 anos: o princípio de compartilhar o que temos e não o que nos resta. Isso foi conseguido educando nossos compatriotas sob o princípio – esgrimido por nosso comandante em chefe – de que a solidariedade nada mais é do que o pagamento de nossa dívida com a humanidade, algo que, hoje, é ratificado dia a dia para a vergonha daqueles que nos atacam.

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No Brasil, após cassação do governo Dilma pelo que se alinharam ao Coiso (inclusive o Mandetta), Bancada BBB, os médicos cubanos foram obrigados a deixar o país. Resultado: deixaram de atender as regiões mais longínquas e carentes, como o Estado do Amazonas onde o caos se agrava a cada dia que passa.

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Em parceria com Rolando Antonio Gómez Gonzáles, do Portal Vermelho.

BioCubaFarma: De Cuba para um Mundo, com mais saúde

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Cinco medicamentos cubanos que são únicos no mundo.

A qualidade da indústria farmacêutica cubana é reconhecida mundialmente. A empresa BioCubaFarma, que já possui 1800 patentes no exterior, exporta para mais de 50 países produtos como vacinas, remédios genéricos, equipamentos e sistemas de diagnósticos.

Há cinco medicamentos criados em Cuba que são únicos no mundo.

- Heberprot-P: é capaz de reduzir em mais de quatro vezes as amputações por úlcera de pés em casos de diabetes. 

- Vacina CIMAvax-EGF: vacina terapêutica capaz de desacelerar o crescimento das células cancerígenas, impedindo que a doença se espalhe pelo corpo. 

- Policosanol (PPG): suplemento alimentar, também utilizado para diminuir o colesterol, elaborado a partir da cera da cana de açúcar.

- Va-Mengoc-BC: vacina que ataca os meningococos B e C, grandes causadores da meningite.

Neuroepo: retarda o processo degenerativo e melhora a qualidade de vida de pessoas que sofrem de Alzheimer (está em fase de testes em seres humanos).

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Será por isso que os médicos coxinhas mercantilistas brasileiros odeiam tanto os médico cubanos do Mais Médicos, programa implantado pelo Lula/Dilma e em fase de destruição pelo governo do golpista?

Fonte: Brasil Popular.

“Vá pra Cuba que te pariu”!

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Vociferou um senhor alto, que vestia-se com uma calça verde oliva do exército e com uma camiseta branca de mangas longas, com letras garrafais que formavam a frase: BOLSONARO PRESIDENTE!

Respondi de supetão, que não fui parido por Cuba! Na verdade, nasci em águas internacionais, mais precisamente entre os Estados Unidos e as Ilhas Cook. Contudo, seu eu tivesse sido parido por Cuba não me incomodaria, sabe?

Não acharia ruim, desde que tivesse recebido o mesmo talento de Glória Magadan, que sequer era socialista, e foi a maior novelista de todos os tempos. Magadan, ou a feiticeira, como era conhecida, trabalhou na TV Tupi e na Rede Globo. Aliás, Glória Magadan foi a responsável por estruturar o núcleo de telenovelas da emissora da família Marinho. 

A feiticeira teve como sua assistente e aprendiz, Janete Clair, a maior escritora brasileira de telenovelas da história; autora de Irmãos Coragem e Selva de Pedra.

Clair aprendeu, com a cubana Magadan, a arte de escrever e produzir folhetins e sua obra foi eternizada na memória nacional.

Janete Clair, por sua vez, casou-se com Dias Gomes, um formidável dramaturgo, que talvez por influência da esposa, aprendeu a escrever telenovelas e, assim, transformou-se em um dos grandes escritores do gênero. Suas principais novelas foram: O Bem-Amado (primeira novela exibida em cores no Brasil), e Saramandaia, que foi refilmada em 2013. Dias Gomes que não foi parido por Cuba, mas era comunista, ajudou com seu trabalho a enriquecer a capitalista Rede Globo.

Por fim, eu também não me incomodaria em viver em Cuba se recebesse a mesma formação educacional e literária de Leonardo Padura, um genial escritor contemporâneo, autor, dentre outros títulos, do premiado romance - O Homem que Amava os Cachorros, publicado no Brasil pela Boitempo editorial.

Padura, atualmente, escreve para Folha de São Paulo, da família Frias. A mesma Folha que apoiou o golpe burguês militar de 1964, e que não satisfeita com seu “equívoco histórico” apoiou, também, o golpe de 2016.

O senhor olhou-me com espanto e ar de dúvida e bramiu:

“Bolsonaro Presidente”!

- Pobre coitado...

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Armazém do Campo completa um ano e tem programação de aniversário

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Loja de produtos agroecológicos criada pelo MST tem como objetivo levar alimentação saudável ao trabalhador e mostrar a produção feita em assentamentos.

Mais de 35 mil pessoas já passaram pelo Armazém e foram vendidos mais de 95 mil itens.

São Paulo –  O Armazém do Campo, uma loja de produtos agroecológicos oriundos da agricultura familiar, completou um ano de existência. Para celebrar o aniversário e a resistência simbolizada pelo empreendimento, atividades e atrações artísticas formarão uma programação que se inicia neste sábado (12) e termina no próximo dia 19, em São Paulo.

Em entrevista à Rádio Brasil Atual, Jade Percassi, da coordenação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), conta que o clima é de felicidade e satisfação pelos resultados favoráveis. "É muito difícil manter uma iniciativa como essa na cidade de São Paulo. Mais de 35 mil pessoas já passaram pelo armazém e foram vendidos mais de 95 mil itens", afirma.

"A nossa proposta vem da militância dos movimentos sociais para que trabalhadores tenham uma alimentação saudável, que muitas vezes não é acessível. A gente tinha essa vontade também de trazer para o público a nossa produção feita em assentamentos, desde o arroz do Rio Grande do Sul até o café, de Minas Gerais", diz Jade.

Entre as atrações das comemorações, estão a apresentação do grupo Mistura Popular (no sábado), um bate-papo com a chef Bel Coelho (na terça, dia 15, às 19h), uma oficina de horta orgânica com Carla Bueno (no dia 19, às 9h) e o lançamento do e-commerce do Armazém do Campo.

O Armazém do Campo fica na Alameda Eduardo Prado, 499, Campos Elíseos, centro de São Paulo. A loja abre das 8h às 19h de segunda a sexta, e aos sábados das 10h às 19h.


Frei Betto: Fidel e a Religião

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A invasão de Cuba pela Baía dos Porcos, em 1961, patrocinada por Washington, induziu Cuba a estreitar seus vínculos com a União Soviética, em tempos da bipolaridade criada pela Guerra Fria. Fidel sempre se manifestou agradecido à solidariedade soviética. No entanto, soube preservar a soberania cubana frente à ingerência dos russos. Embora o ateísmo tenha sido adotado por um período no sistema de ensino do país, e como condição de ingresso no Partido Comunista de Cuba, jamais o governo revolucionário fechou uma única igreja ou fuzilou um padre ou pastor, apesar do envolvimento de alguns em graves atentados contrarrevolucionários.

Ao contrário, em suas viagens ao exterior, Fidel fazia questão de abrir espaço em sua agenda para encontros com líderes religiosos. Compreendia a importância da natureza religiosa do povo latino-americano e o seu caráter estratégico.

Impactado pela participação dos cristãos no processo sandinista, e pela emergência da Teologia da Libertação, Fidel reverteu a tradição comunista, tão crítica e arredia ao fenômeno religioso. Surpreendeu a esquerda mundial ao se referir positivamente à religião, destacando seus aspectos libertadores, na entrevista que me concedeu em 1985, contida no livro “Fidel e a religião” (São Paulo, Fontanar, 2016).

Fidel não temia a crítica e não se furtava à autocrítica. Por diversas ocasiões, em momentos cruciais da Revolução, convocou o povo a se manifestar livremente em campanhas de retificação do processo revolucionário. Inclusive em nossas conversas pessoais disse-me um dia que eu não apenas tinha o direito de expressar minhas críticas à Revolução, como também o dever.

Nesse rico legado nos deixado por ele se destaca que não se pode ter a ilusão de aplacar a agressão do tigre apenas arrancando-lhe os dentes. O poder do capitalismo de exercer o domínio imperial e de cooptar muitos que lhe fazem oposição é muito maior do que se supõe. Por isso, aqueles que ainda acreditam que não haverá futuro para a humanidade fora da partilha dos bens da Terra e dos frutos do trabalho humano devem se perguntar por que os EUA, que invadiram o Iraque, o Afeganistão, a Líbia e tantos outros países, não o fizeram em relação à pequena ilha do Caribe, após a fracassada tentativa da Baía dos Porcos. A resposta é uma só: nos outros países, os EUA derrubaram governos. Em Cuba, como no Vietnã, teria que obter o impossível: derrubar um povo. E um povo não se derrota.
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(*) Frei Betto é escritor, autor de “Paraíso perdido – viagens ao mundo socialista” (Rocco), entre outros livros.

Lançamento do álbum Buena Vista Social Club completa 20 anos

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Disco foi responsável pela fama internacional dos músicos cubanos veteranos


(Capa do primeiro disco do Buena Vista Social Club / Reprodução)

Há 20 anos o produtor musical estadunidense Ry Cooder e o músico cubano Juan de Marcos González ressuscitavam a produção dos músicos cubanos vanguardistas que tocavam no clube Buena Vista Social Club, em Havana, fechado na década de 1950.


Com o lançamento do álbum homônimo, gravado durante apenas seis dias em março de 1996 e lançado em setembro de 1997, foi formado um grupo de artistas já idosos e que, na sua maioria, haviam caído no esquecimento público.

Foram envolvidos no projeto os cantores Ibrahim Ferrer e Compay Segundo, o pianista Rubén González, o violinista Eliades Ochoa, o alaudista Barbarito Torres e a cantora Omara Portuondo. O grupo ganhou fama internacional.

EUA liberta Oscar López Rivera, preso há 36 anos

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As últimas três décadas Oscar López Rivera passou atrás das grades. 

O crime? Defender a independência de seu país, Porto Rico, que até hoje é colonizado pelos Estados Unidos. Finalmente aos 73 anos de idade o ativista ganhou liberdade, junto a outros 208 presos políticos do país de Barack Obama. 

O anúncio foi feito pelo governo dos Estados Unidos nesta terça-feira (17). É uma das últimas decisões de Barack Obama antes de deixar o governo. Contudo, mesmo em liberdade, López Rivera ainda vai prestar trabalhos comunitários para terminar de cumprir sua pena, até o dia 17 de maio. 

Condenado há 55 anos de prisão por “envolvimento em atos terroristas”, Oscar López passou os últimos 36 preso. Em seu país foi um importante líder independentista e combateu na Guerra do Vietnã. Nos Estados Unidos participou de ações em defesa da independência de Porto Rico. 

Durante 5 anos o Oscar López atuou na luta clandestina como membro das Forças Armadas de Liberação Nacional (FALN) e foi capturado pelo FBI, acusado de “conspiração”. 

Assim que foi capturado, reclamou para si a condição de “prisioneiro de guerra” e foi amparado pelo protocolo da Convenção de Genebra de 1949. Inicialmente condenado há 55 anos, a pena aumentou para 70, dos quais 12 ele passou em isolamento completo.

A injustiça cometida contra Oscar López foi alvo de críticas em todo o mundo. Organizações sociais e ativistas dos direitos humanos se mobilizaram em diversos países para exigir a libertação do líder independentista. 

Só em 2012 a ONU se pronunciou sobre o caso, ao aprovar a resolução fomentada por Cuba que exige o reconhecimento da independência e autodeterminação de Porto Rico. Na ocasião, a Organização exigiu a libertação dos independentistas presos nos Estados Unidos, entre eles Oscar López. 

A pesar da liberdade, Oscar López seguirá cumprindo sua pena em regime aberto através de trabalhos comunitários que serão prestados em comunidades carentes em seu país. A prefeita do município de San Juan, onde o ativista atuará, afirmou à imprensa local que este “é um grande dia para a justiça e a dignidade porto-riquenha”. 

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O vocalista (foto abaixo)da banda porto-riquenha Calle 13, René Pérez, também conhecido como Residente, manifestou um desejo de renunciar à cidadania estadunidense, porém ao fazer isso ele se encontraria em uma situação complexa porque passaria a ser tratado como um estrangeiro em seu próprio país, Porto Rico. 


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Lo siento: Mesmo que você não goste dele, isso não mudará o curso da história

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Mito e lenda da esquerda latino-americana e referência para vários países do continente, Fidel Castro, morreu no fim da noite de ontem (25/11), segundo o atual presidente de Cuba, Raúl Castro.

Eu tive o raro prazer de vê-lo pessoalmente quando estive na Ilha, estudando por vários meses, há alguns anos. Poucas pessoas tiveram esta oportunidade - mesmo que alguns considerem isso um desprazer, para mim foi um momento histórico inesquecível.


Foi em Cuba que eu conheci o programa Médicos da Família e pude constatar que os hospitais são destinados à Atenção Terciária, e que o exercício da medicina é muito mais que uma conta bancária, um cartão de crédito ou, um plano de saúde PRIVADO. Que saúde NÃO é mercadoria ou simplesmente um negócio.

Também em Cuba percebi que é perfeitamente possível viver sem Cartões de Crédito, Shopping Center, Fast Food ou as ilusões que o sistema capitalista nos transmite como valores basilares de liberdade e democracia, segundo as regras do capitalismo. O problema, é que no capitalismo nem todos têm a garantia “democrática” de acesso ao consumo. 

E se você me perguntar se eu, vivendo num país capitalista não consumo? Eu responderei: Claro que sim. Apenas não me oriento pelo TER em lugar do SER. Desculpem-me, Não sou adepta à ilusão do Black Friday.

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Fidel foi e continuará sendo o líder histórico da revolução cubana, que, por mais de cinco décadas depois de seu triunfo, sobreviveu como um dos últimos regimes socialistas do mundo. Governou por 48 anos a ilha, mas continuou sendo o líder máximo e guia ideológico da revolução mesmo quando, doente, delegou o poder a seu irmão Raúl, cinco anos mais velho, em 31 de julho de 2006. 

Como assim? Só governa por 48 anos quem é ditador! Claro. Ditadora como a rainha Elizabeth II da Inglaterra! Mas, aí não vale, dirão alguns... como uma rainha pode ser uma ditadora? Claro que pode. Pode tudo num regime eurocentrista. Foi assim que nós colonizados, fomos induzidos a pensar. Tudo em nome de um Grande Conto de Fadas contados nos livros dos colonizadores e mostrados na telona.

Mais Médicos: Agora pode!

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Atacado violentamente pela Bancada BBB ( Boi, Bílibia, Bala), setores conservadores do mercado da medicina mercantilista e dos órgãos de classe, o Programa Mais Médicos só sobreviveu graças ao apoio da população necessitada assistidas, da Cooperação Técnica de vários países - sendo Cuba o principal -,  e dos organismos internacionais como  ONU, OPAS, FAO e OIT entre outros.

Agora, em pleno mandato do governo golpista de Temer, a mesma Câmara que antes era contra a continuidade do programa aprovou na noite de 22/08, a Medida Provisória 723/16 que prorroga por mais três anos a atuação dos profissionais estrangeiros do Programa Mais Médicos, inclusive mantendo a adesão de médicos de estrangeiros, o que antes era duramente combatido. 

O Mais Médicos tem hoje cerca de 18 mil médicos, sendo 13 mil de outros países, e ao todo beneficia 63 milhões de pessoas. 


Criado em 2013 pelo governo de Luiz Ignácio Lula da Silva, o programa tem atualmente 18.240 médicos, sendo cerca de 13 mil estrangeiros.

Os médicos atendem em 4.058 municípios do país, além de 34 postos de saúde especializados na população indígena. Além de beneficiar os profissionais estrangeiros que trabalham no Brasil sem a necessidade de revalidar o diploma, a medida provisória aprovada na Câmara também inclui os médicos brasileiros formados no exterior e que igualmente não validaram seu diploma.

Agora o texto segue agora para o Senado, onde o prazo para a votação da MP expira segunda-feira (29).

A MP 723, editada em abril pela presidenta Dilma Rousseff, também prorroga por três anos o visto de trabalho dos médicos estrangeiros que atuam no programa. Segundo o Ministério da Saúde, a medida permitirá a permanência de sete mil profissionais no país, cujo prazo de atuação acabaria em outubro de 2016.

E ainda há que duvide que o afastamento sem crime comprovado de uma presidenta eleita não é Golpe.

Claro. Não é golpe militar.

Mas, que é golpe é.

Você já foi à Cuba? Não? Então vá!

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Não?! Então porque você fica aí espumando pelo canto da boca, por algo que você não conhece ou nunca viu?

- Ah... Entendi... Você faz parte daquele grupo “seleto” que “Nunca viu... Só ouve falar”, mas, mesmo assim quer falar mal seja lá do que for, desde que seja algo referente aos comunistas barbudinhos do tipo Fidel e Che.

- Ôôôô... Chê.... Que coisa mais antiga. Nem o Tio Sam pensa assim nos dias atuais.

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Exemplo de civilidade, patriotismo, educação e solidariedade. Assim é Cuba. Que o diga os médicos e médicas cubanos que dão a volta ao mundo levando e praticando os valores mais básicos do cristianismo à população: A SOLIDARIEDADE na prática da medicina. É o que se pode chamar de Mais Médicos para quem mais precisa.

- A primeira vez que lá estive lá não fui fazer turismo. Fui estudar. O que me permitiu conhecer realmente a Ilha e a sua população. Conheci seus dramas e suas necessidades materiais. Mas, sobretudo, a garra de um povo massacrado mundialmente, mas que, como poucos, sobrevivem aos ataques políticos e econômicos dos bons "cidadães" das Nações capitalistas - desenvolvidas e emergentes-,  por mais de 50 anos.

- Um povo feliz e extremamente solidário e patriota. Valores escassos por essas terras Brasilis.

O primeiro contato, confesso que foi um choque. Entrei em um coletivo e não havia trocador. Para quem entregarei o dinheiro, pensei o mais rápido que pude pensar.... Bastou um olhar coletivo dos passageiros e entendi: Era só depositá-lo numa espécie de máquina de contar moedas e pronto. Aqui, com certeza, a taxa de calote monetária seria alta... Sim, porque aqui ninguém sonega nada. Nem políticos. Nem o povo. Muito menos os que batem panelas. Somo todos honestos.

Ai de quem não o depositar.... Todos vigiam. Todos são vigiados. E todos ganham socialmente. Em Cuba é assim. Um por todos, e todos pelo bem comum. Mesmo que a campanha sistemática da “grande” mídia ocidental e capitalista afirme o contrário. E, você compra essa ideia, convencido que extremamente bem informado.

Agora, imagine, também, isso acontecendo em São Paulo ou no Rio de Janeiro...

Da para imaginar? Claro que não.

É que eles são socialistas. Quer dizer: socializam tudo.

- É por essas e outras, que “Amo esta Isla!



Mais Médicos é destaque em publicação das Nações Unidas

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Para a alegria da população carente e médicos cubanos, e o desespero dos médicos mercantilista dos Planos de Saúde privados.

Antes do programa, cinco estados brasileiros possuíam menos de um médico para cada mil pessoas, enquanto 700 municípios não dispunham de nenhum médico na atenção básica. Quase três anos após o início do Mais Médicos, foram preenchidas 18.240 vagas em 4.058 municípios e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI).


Mais Médicos beneficia atualmente 63 milhões de pessoas.

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Programa Mais Médicos, que conta com apoio da Organização Pan-Americana da Saúde, foi considerado prática relevante para a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável em publicação do Escritório da ONU para a Cooperação Sul-Sul e do PNUD.

O Programa Mais Médicos foi considerado uma das boas práticas relevantes para a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A informação consta da publicação “Good Practices in South-South and Triangular Cooperation for Sustainable Development” (em português: ‘Boas Práticas de Cooperação Triangular Sul-Sul para o Desenvolvimento Sustentável’), primeira de uma série desenvolvida pelo Escritório das Nações Unidas para a Cooperação Sul-Sul e pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

“Do que vale uma esquerda que não é reconhecida pelo povo”?

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Aleida Guevara, cubana e filha do revolucionário Che Guevara faz a provocação na abertura do Festival Utopia.
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A fragilidade e fragmentação da esquerda na América Latina foi criticada pela ativista cubana Aleida Guevara durante seu discurso na conferência de abertura do 1º Festival Internacional da Utopia, que aconteceu em Maricá (RJ).

Para ela, a esquerda deve basear suas ações nas demandas concretas do cotidiano das pessoas e deve aprender com as populações mais carentes e com os povos tradicionais. “Temos que ser mais firmes, coerentes e responsáveis. (…) Temos que ganhar o respeito de quem nos escuta. Do que vale uma esquerda se ela não é reconhecida pelo povo?”, questionou.

A pediatra, que é filha do guerrilheiro Che Guevara, disse acreditar que o grande erro das esquerdas da região é se dividir “em pedacinhos”. “Há uns 20 partidos que se dizem de esquerda, mas que não se unem pelos objetivos comuns. Se não juntarmos nossas forças, não venceremos nunca”, afirmou.

Aleida ainda criticou a postura das forças progressistas que ocuparam o Estado. “Tomamos o poder e não mudamos as leis criadas pela burguesia. Assim, não conseguiremos fazer nenhuma transformação profunda”, criticou.

A ativista criticou ainda o governo estadunidense e a recente reaproximação dos EUA com Cuba, que ela classificou como uma “utopia do inimigo”.

“Eles têm, há séculos, a utopia de se unir à ilha. É seu sonho irrealizável. E agora estão mudando os métodos. Eles perceberam que cometeram erros com o povo cubano, trataram a revolução cubana com um bloqueio criminal. E agora falam de abrir novas negociações”, afirmou.

50 anos depois, todos querem ir à Cuba

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"Amo esta isla, soy del caribe
Jamás podría pisar tierra firme,
Porque me inhibe!.

Diz a bela canção do cubano Pablo Milanés.

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Cuba terá primeira fábrica norte-americana depois de mais de 50 anos.

A instalação da fábrica, avaliada entre US$ 5 milhões e US$ 10 milhões, será o maior investimento norte-americano em Cuba desde a Revolução Cubana, em 1959. A fábrica será construída em uma zona econômica especial na ilha, estipulada por Havana para atrair investimentos estrangeiros. “Tudo o que eu puder fazer para reaproximar os dois países e os dois povos é extremamente satisfatório”, afirmou Berenthal, engenheiro que nasceu em Cuba e se mudou para os EUA aos 16 anos. Os dois empresários afirmaram que projetam vender centenas de tratores para agricultores cubanos anualmente.

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O governo dos Estados Unidos aprovou nesta segunda-feira (15) a construção de uma fábrica norte-americana em Cuba, a primeira em mais de meio século. A medida marca mais uma etapa da reaproximação diplomática e econômica entre os dois países, iniciada em dezembro de 2014.

A princípio a fábrica contará apenas com 30 funcionários, mas a expectativa é que em cinco anos o quadro aumente para 300 vagas. A princípio a fábrica contará apenas com 30 funcionários, mas a expectativa é que em cinco anos o quadro aumente para 300 vagas.

O melhor é não ter que deixar de comer para pagar consulta em clínica particular

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Diz a médica camponesa Josiene Costa, brasileira formada em Cuba, no relato da experiência no Programa Mais Médicos, na cidade de Araripina, no interior de Pernambuco.

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Ainda é cedo quando a jovem Josiene Costa inicia a caminhada semanal pela casas da periferia da cidade de Araripina, no sertão pernambucano. O jaleco branco não esconde a função dela, sobretudo, depois dos gritos da meninada: “A doutora chegou”.

Josiene nasceu no Piauí, de família camponesa organizada pelo Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), e abraçou a possibilidade de ir estudar medicina em Cuba em meados de 2008. Formada e de volta ao Brasil, ela atua no Programa Mais Médicos, do governo federal, e conta, nesta entrevista à equipe de comunicação do MPA, um pouco dessa experiência. Além de todos os desafios que já enfrenta – como jovem, nordestina e camponesa –, Josiene agora é médica popular.

– Conte-nos por que escolheu a carreira de medicina. Como surgiu essa oportunidade de estudar em Cuba?

Confesso que nunca tive a perspectiva de seguir essa profissão. Venho de uma família camponesa e sempre estudei em escolas públicas. Entrar em uma universidade não era um sonho fácil de ser realizado, imagine então conseguir um curso de medicina em uma universidade brasileira, onde só os filhos e as filhas da burguesia teriam condições financeiras de fazer o curso e se formar.
Desde 1959, com o triunfo da Revolução, Cuba tem tido alta sensibilidade para a saúde pública. Eles já formaram, ao longo dos anos, mais de 49 mil médicos, dos quais 24.486 são pelo Projeto Elam [Escola Latino-americana de Medicina] que atende 84 nações. Hoje, médicos e médicas cubanos contribuem ativamente em 12 faculdades de medicina, principalmente em países africanos, onde se formam centenas de médicos todos os anos. Fidel Castro Ruz concebeu a criação da Faculdade de Medicina da América Latina (Elam) para formar jovens médicos e a maioria desses estudantes vem de famílias pobres, de baixa renda, em áreas remotas e de organizações sociais de todos os continentes.

– Nesse período em que você morou na ilha, o que mais a impressionou?

Três papas em Cuba, o povo americano que mais reparte solidariedade 'o pão da vida'

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Frei Betto destaca o papel desempenhado pelo papa Francisco em estabelecer pontes que possibilitaram a reaproximação entre Cuba e EUA.

O Papa Francisco fez a ponte – daí o nome pontífice: aquele que faz a ponte – para Cuba e EUA se reaproximar, como admitiram Raúl e Obama, nos discursos de retomada da boa vizinhança, em 17 de dezembro de 2014. A visita à ilha foi definida após encontro de Raúl Castro com o papa Francisco, no Vaticano.

O Vaticano acaba de anunciar que, a caminho dos EUA, no final do mês de setembro próximo, o papa Francisco vai visitar Cuba. O único país socialista da história do ocidente divide com o Brasil o privilégio de ter merecido a visita dos três últimos pontífices.

Assessorei o governo cubano no decorrer das viagens de João Paulo II, em janeiro de 1998, e de Bento XVI, que ocorreu em março de 2012, e testemunhei o entusiasmo com que esses dois papas foram acolhidos pela população cubana.

Quando Bento XVI anunciou que iria à ilha revolucionária, os bispos da América Latina se queixaram, pois, dentre os países do continente americano, ele havia visitado apenas o Brasil, e não reservara agenda para outros países majoritariamente católicos, como o México, Colômbia e Argentina. Essa queixa obrigou Bento XVI a fazer escala no México, onde, então, ele esteve com vários bispos que vieram de diversos países da América Latina.

Em Cuba, apenas 5% da população de quase 12 milhões de habitantes se declara católica. A Casa Branca, na época de George W. Bush pressionou João Paulo II, de todas as maneiras, para que ele não visitasse Cuba. Se visitasse, que condenasse o regime revolucionário. João Paulo II foi, permaneceu ali por 5 dias, mais do que o tempo habitual dedicado a outros países, estreitou seus laços de amizade com Fidel Castro e, ainda, elogiou os avanços sociais da revolução, como a saúde e a educação. Bento XVI esteve em Cuba por apenas 3 dias. E, também, nada expressou que contrariasse as autoridades do país.

Joe Cocker: o soul de olhos azuis e voz de negritude

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Joe Cocker era um inglês apaixonado pela soul music americana, especialmente Ray Charles, a quem idolatrava. 

Surgiu na segunda metade dos anos 60. Cantava hits da Motown em pubs. Em 1968, ele e sua Grease Band gravaram “With a Little Help From My Friends”, dos Beatles.

No auge do vício teve um dos maiores hits de sua carreira: “You Are So Beautiful”, de Billy Preston, que se tornaria famosa no Brasil como trilha de um comercial. Depois ainda cantaria o tema do filme “9 e Meia Semanas de Amor”, o hino do strip tease “You Can Leave Your Hat On”.

Agora Joe nos deixa. E deixa-nos 40 discos e uma marca na história do rock que não será apagada jamais.

E eu, não quero me lembrar dele por outros motivos, mas pela extraordinária música que cantava e tocava.

Valeu Joe.

Folha de São Paulo: Golaço do Brasil

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A jornalista Patrícia Campos Melo, especialista em assuntos internacionais, escreve na Folha um artigo sobre o “golaço” marcado pelo Brasil ao financiar a construção do Porto de Mariel em Cuba, sobretudo agora que os Estados Unidos reataram relações diplomáticas com a ilha e, ao que tudo indica, o embargo comercial de 52 anos está por cair.

Foi o que bastou para uma legião de comentaristas “coxinhas” começarem a xingar e ofender a colunista.
De fato, parecem ser tão pouco inteligentes que não conseguem enxergar o óbvio.

Então, com a paciência que devemos ter com este pessoal, vamos explicar.

A primeira vantagem – além de termos gerado encomendas ao Brasil maiores que o valor financiado –  é que, com o provável fim do embargo, fica mais sólida a estrutura de financiamento, organizada na base do “project finance”, onde a receita do empreendimento é que paga o dinheiro nele invertido. Isso dá mais liquidez aos recebimentos e torna, na prática, o financiador um “sócio” das receitas operacionais.

Mas este é o “de menos”.

Mariel é uma zona econômica especial em Cuba, onde se permite até 100% de capital estrangeiro nas empresas. Com a normalização das relações comerciais, será uma “plataforma de exportação” de manufaturados e de semi-manufaturados para os EUA.

Mariel fica a menos de 200 km da costa da Flórida.

Cuba Libre! E eis que a história o absolveu!

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O grito de guerra “Vai pra Cuba” foi ferido de morte na tarde de quarta feira, 17 de dezembro.

E como disse o Fidel em seu histórico discurso antes de ser preso, e antes da tomada de Sierra Maestra, “A História me absolverá!”.

E absolveu.

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Num pronunciamento, Obama anunciou medidas para normalizar as relações diplomáticas entre Estados Unidos e Cuba mais de 50 anos depois da ruptura.

Parte do acordo incluiu uma troca de prisioneiros: os cubanos libertaram Alan Gross, preso há cinco anos por espionagem, e um agente cujo nome não foi revelado. Os americanos soltaram três cubanos.

“O isolamento não funcionou”, disse Obama. “Está na hora de uma nova abordagem”.

O embargo econômico continua, mas haverá um esforço no sentido de amenizá-lo. Os EUA restabelecerão uma embaixada em Havana. Viagens de americanos serão “flexibilizadas”, o limite de dinheiro enviado sobe de 500 para 2 mil dólares, empresas de telecomunicações poderão se instalar na ilha. Será revisto o status de Cuba como “estado patrocinador do terrorismo”.

De acordo com o New York Times, foi um movimento corajoso de Obama. “Muito provavelmente, a história vai provar que ele tinha razão”, lê-se num editorial intitulado “Um Novo Começo”. Como dizia Solozo, de “O Poderoso Chefão”: “Nada pessoal. É apenas bíziness”.

Mas a reaproximação deixa com a brocha na mão milhares de idiotas. É mais ou menos como o estádio num show de Paul McCartney descobrir que o refrão de “Hey Jude” era dedicado a Hitler. Qual o sentido em cantar?

O “Vai pra Cuba” foi consagrado como o xingamento máximo de reacionários cabeça oca, o apelo ao degredo mais asqueroso, o inferno, o oposto de Miami. Mas como soltar esse berro da garganta agora que o companheiro Obama, o líder da maior nação do mundo livre, comete esse ato de traição?

Aécio, mesmo, pegou carona na onda. Atacou, por exemplo, o porto de Mariel nas eleições. “O seu governo optou por financiar a construção de um porto em Cuba, gastando R$ 2 bilhões do dinheiro brasileiro, enquanto os nossos portos estão aí esperando”, disse a Dilma num debate.

Aécio sabe que seu anticubanismo é papagaiada. Sua irmã Andrea esteve em Havana algumas vezes e registrou sua felicidade em seu blog, misteriosamente retirado do ar depois que foi notícia no DCM. Mas o que valia para Aécio, naquele momento, era agradar aos bolsonaros e denunciar a ditadura socialista do PT.

Cuba se aproximou de Miami. Logo mais surge uma ponte feita pela Odebrecht. O mundo real deu uma rasteira na paranoia.

Agora: haverá um período de luto até que a ficha caia. O “Vai pra Cuba” deve prosseguir por algum tempo no coração de acéfalos inconformados. Os comentários nos portais são uma aula sobre a ausência de limites da estupidez.

Enfim, Cuba Libre!

Parabéns, Mafalda!

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Quem diria… Cinquenta anos! 

E parece que foi ontem! 

Há meio século era publicada a primeira tirinha da Mafalda, a filha dileta do cartunista Quino (Joaquín Salvador Lavado), cidadão argentino e de todo o planeta. Alguns comemoraram seu aniversário dois anos atrás, já que foi criada em 1962, para uma propaganda da marca de produtos eletrodomésticos Mansfield, da companhia Siam Di Tella. Mas Quino sempre insistiu: nenhuma outra data pode ser considerada oficial a não ser 29 de setembro de 1964, quando a menina, de fato, apareceu pela primeira vez no número 99 do semanário Primera Plana. Pois então agora podemos dizer: “Parabéns, Mafalda!”

De lá para cá, muita coisa aconteceu, Mafalda se popularizou e Quino se tornou um dos maiores quadrinistas contemporâneos. Mas parece que as coisas não mudaram tanto assim… A década de sessenta viu a guerra do Vietnã, a crise do mísseis em Cuba, a invasão dos tanques do Pacto de Varsóvia na Tchecoslováquia, a luta pelos direitos civis nos Estados Unidos, o acirramento da Guerra Fria. Mas havia lampejos de esperança: o legado humanista e antiimperialista de Che Guevara, os exemplos de Malcolm X e Martin Luther King, o bom combate de Carlos Marighella contra o autoritarismo dos generais golpistas… e a imagem sempre presente de Mafalda! 

Ela criticava, protestava, se indignava com as contradições de sua época. Havia um toque agridoce em suas tiradas, o sonho de câmbios profundos, de mudanças políticas e culturais, de uma realidade melhor e mais justa para as novas gerações. Os jovens levavam sua Mafalda embaixo do braço para todos os cantos… Afinal, suas provocações faziam com que os leitores parassem para pensar; depois, quem sabe, impelidos por ela, começariam a agir. Ou pelo menos, teriam as armas da crítica nas mãos!

O Ebola, o New York Times, o governo Obama e os médicos cubanos

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Enquanto médicos brasileiros denunciam a infiltração comunista no Brasil, perpetrada por cubanos, e organizam páginas no Facebook para sugerir um holocausto no Nordeste, o New York Times resolveu elogiar os profissionais de saúde de Cuba que estão na linha de frente no combate ao surto de ebola.

Cuba tem uma longa tradição de envio de médicos e enfermeiros para áreas de desastre no exterior. Nos dias seguintes ao furacão Katrina, em 2005, o governo cubano criou um corpo médico de reação rápida e se ofereceu para enviar médicos para New Orleans. Os Estados Unidos - sem surpresa, não aceitaram o bom gesto de Havana. No entanto, autoridades em Washington pareciam sensibilizadas ao saberem nas últimas semanas que Cuba havia preparado equipes médicas para missões me Serra Leoa, Libéria e Guiné.

O Times chamou de “impressionante” a atuação do país num editorial publicado no domingo (19). Segundo o jornal, Cuba “desempenha o papel mais robusto entre as nações que buscam conter o vírus”.

“O trabalho desses médicos cubanos pode beneficiar todo o esforço global e deve ser reconhecido”, diz o artigo. Fidel Castro, que pediu no Granma que EUA e a ilha ponham suas diferenças de lado e trabalhem juntos, está “totalmente certo.”

A atuação deles beneficia “todo o esforço global e deve ser reconhecida por isso”. Sobram críticas para o governo Obama, que tem “insensivelmente se recusado a dizer se vai lhes oferecer alguma ajuda”. Com o apoio técnico da OMS, o governo cubano treinou 460 médicos e enfermeiros sobre as precauções rigorosas que devem ser tomadas para tratar pacientes com o vírus altamente contagioso. 

O primeiro grupo de 165 profissionais chegou a Serra Leoa nos últimos dias. José Luis Di Fabio, representante da OMS em Havana, disse que os médicos cubanos já estavam especialmente preparados para a missão, pois muitos tinha trabalhado na África.

Enquanto isso, os coxinhas brasileiros (os de jalecos) só pensam em garantir um cargo público – e salários no final do mês - que lhes dê a necessária estabilidade e o sossego suficiente, para trabalharem livremente nos consultórios e ganhar dinheiro, muito dinheiro.

Porque afinal, na medicina brasileira, o que vale mesmo não é Hipócrates. Mas a hipocrisia dissimulada para a obtenção do lucro fácil..

Leia o texto original do New York Times aqui.

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A cura está ligada ao tempo e às vezes também ás circunstâncias.
(Hipócrates)

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