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Sepé, presente! Luta e martírio do líder Guarani ainda evoca desafios após 268 anos

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 O Brasil de Fato RS perguntou a personalidades de diferentes matrizes a sua reflexão sobre o legado do indígena



 Chegamos a mais um 7 de fevereiro, data que demarca o martírio de Sepé Tiaraju, em 1756. Antevéspera do genocídio de Caiboaté, que selaria com sangue o fim dos Sete Povos das Missões Orientais, experiência de convívio coletivo estabelecida entre padres jesuítas e o povo Guarani, “o triunfo da humanidade”, como teria descrito Voltaire.

 Aquele desfecho colocou em contraste dois modos diferentes de ver o mundo: de um lado os indígenas catequizados, que apesar de terem consigo os preceitos do Deus cristão, manifestavam a convicção de pertença junto à terra que defendiam. No outro extremo da disputa, um exército vil, formado essencialmente por mercenários luso-espanhóis, unindo velhos inimigos em torno da ideia de que a terra é posse da mão mais forte, é propriedade de um rei e seus vassalos, cuja covardia ficou guardada na história através do famigerado Tratado de Madri.

 Há 268 anos Sepé tombava, transpassado pela lança portuguesa, rompido pela bala espanhola. Caído o homem, a lembrança de seus feitos e – principalmente – de seu ideal garantiria o papel de protagonista da história e, no imaginário popular, a mítica figura de um herói em quem se inspirar.

 O índio guarani, que se destacou como gestor em tempos de paz e como estrategista em tempos de luta, merece o justo reconhecimento como um dos grandes nomes da humanidade quando refletimos a respeito da resistência permanente dos povos contra o imperialismo. Foi lavrado pela oficialidade como Herói do estado do RS e Herói da pátria brasileira, bem como tem causa aberta no Vaticano para ter reconhecido pela igreja o título que o povo lhe deu desde aquele dia: santo.

 Buscando reinterpretar sua memória e seu legado na atualidade, a reportagem do Brasil de Fato RS buscou diferentes personalidades que, de alguma forma, têm em seu cotidiano – seja pelo trabalho, estudo ou militância – alguma relação com Sepé Tiaraju enquanto personagem histórico, mártir e símbolo.

 As perguntas apresentadas a todos e todas foi a mesma: Como ecoa nos dias de hoje a história e o legado de Sepé Tiaraju? Que desafios ele nos deixa? Em todas as falas, fica explícito um elemento comum: a presença de Sepé permanece viva nas lutas do povo, ele segue sendo uma voz que ecoa mais de dois séculos e meio depois, expressando a resistência daquelas e daqueles que se colocam em luta contra todas as formas de opressão do imperialismo.

Marco da luta anticolonial

Luís Rubira, professor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e autor do livro “Sepé Tiaraju e a Guerra Guaranítica”, foi a primeira pessoa com quem conversamos. “Sepé não somente opôs resistência ao inimigo estrangeiro. Após sua morte, seu nome e seus feitos ganharam vasta propagação entre os povos indígenas e também na literatura, a começar pelo livro que conta a história pelo lado do vencedor, que é O Uraguai, de Basílio da Gama, publicado em 1769”, explica.

Do Brasil de fato | Porto Alegre | 07 de fevereiro de 2024

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Leia a Reportagem completa em Brasil de Fato, aqui.

"O reino de Deus está em vocês"

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191 anos do nascimento do escritor russo Leo Tolstoy.

Esta segunda-feira, 9 de setembro, comemora-se o nascimento do escritor russo que se tornou grande aplicando a fórmula da simplicidade, ou como ele mesmo diria, “não há grandeza onde faltam simplicidade, bondade e verdade”.

Cinco obras do escritor russo León Tolstoi que você deveria  ler.


Raiou, Resplandeceu, Iluminou

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“Jesus Menino. Penso em todas as crianças assassinadas e maltratadas hoje, seja naquelas que o são antes de ver a luz, privadas do amor generoso dos seus pais e sepultadas no egoísmo duma cultura que não ama a vida; seja nas crianças desalojadas devido às guerras e perseguições, abusadas e exploradas sob os nossos olhos e o nosso silêncio cúmplice; seja ainda nas crianças massacradas nos bombardeamentos, inclusive onde o Filho de Deus nasceu. Ainda hoje o seu silêncio impotente grita sob a espada de tantos Herodes. Sobre o seu sangue, estende-se hoje a sombra dos Herodes do nosso tempo. Verdadeiramente há tantas lágrimas neste Natal que se juntam às lágrimas de Jesus Menino!” (Mensagem Urbi et Orbi de 2014).

“A vida deve ser enfrentada com bondade, com mansidão. Quando nos damos conta de que Deus Se enamorou da nossa pequenez, de que Ele mesmo Se faz pequeno para melhor nos encontrar, não podemos deixar de lhe abrir o nosso coração.” (Papa Francisco – Missa do Natal, 2014)

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Assim, desejo a todos e todas,

Feliz Navidad. Merry Christimas. Feliz Natal!

Deus do Medo, Família e redes sociais

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É preciso fazer a disputa contra o fundamentalismo religioso, diz pastor.

“Sou um cristão que questiona completamente esses valores do fundamentalismo. Costumo dizer que defender a família é algo necessário. Mas defender a família é defender moradia, emprego e renda, soberania alimentar. É combater a violência doméstica. É combater a LGBTfobia, que destrói muitas famílias por conta do preconceito e da intolerância”, afirma o religioso.
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Para o pastor Henrique Vieira, da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, os evangélicos progressistas, que acreditam nos direitos humanos e numa cultura de paz, devem fazer a disputa, nas redes sociais e nas famílias, contra os movimentos fundamentalistas, que acreditam num “deus de arma na mão”, vingativo e violento, que não encontra respaldo na narrativa bíblica. Henrique Vieira afirma que atuais governantes não têm apreço pela democracia e que Bolsonaro mantém relação fisiológica e inescrupulosa com evangélicos.

DEUS DO MEDO
“Infelizmente esse campo conservador fundamentalista tem poder econômico, político e midiático cada vez maiores. Está nos grandes meios de comunicação quase que 24 horas por dia”, afirmou o pastor ao Jornal Brasil Atual. Henrique Vieira é um dos conferencistas do seminário internacional Democracia em Colapso?, que vai ocorrer no mês de outubro, na capital paulista. O evento é realizado pelo Sesc - em sua unidade de Pinheiros - e pela Editora Boitempo.

Segundo ele, a democracia no Brasil sempre foi muito frágil. “Mas estamos vivendo momento de risco ainda maior. Um ambiente de interdição de liberdades, de censura velada, de arbitrariedades, aumento da violência do Estado. É um momento ainda mais crítico para a nossa tão frágil e oscilante democracia, até porque os atuais governantes sequer têm apego real aos valores democráticos.”

Em referência ao lema “Deus acima de todos”, adotado pelo presidente Jair Bolsonaro desde a campanha eleitoral de 2018, Henrique Vieira rebate: “Não está acima de tudo. Deus está no meio de tudo e, na verdade, junto ao povo. Essa é a personificação de Deus na pessoa de Jesus Cristo de Nazaré. O Deus dos fundamentalistas é um Deus que dá medo, com pouco apego à vida, intolerante e sanguinário.”

Família e redes sociais

O pastor reforça que o neoliberalismo atual é marcado pela exacerbação do individualismo e da competição, pelo esvaziamento dos espaços públicos, com o desmantelamento de direitos e o aumento da exploração do trabalhador, fragmenta as relações humanas. Isso desagrega o núcleo familiar, que passa a ser alvo preferencial do discurso fundamentalista. Em vez do tradicionalismo do modelo de família pregado pelos fundamentalistas, Henrique Vieira propõe outros princípios, mais afeito aos ensinamentos do evangelho, segundo ele.

“Sou um cristão que questiona completamente esses valores do fundamentalismo. Costumo dizer que defender a família é algo necessário. Mas defender a família é defender moradia, emprego e renda, soberania alimentar. É combater a violência doméstica. É combater a LGBTfobia, que destrói muitas famílias por conta do preconceito e da intolerância”, afirma o religioso.

As redes sociais, segundo ele, também são marcadas por um ambiente de superficialidade nas relações humanas, em que sobressaem as notícias falsas e o discurso de ódio. Ele sugere, então, outro tipo de uso para essas ferramentas, ainda que nada substitua o encontro pessoal com as pessoas. “Procuro usar as redes sociais para estabelecer uma narrativa antifundamentalista, que busca resgatar a essência bíblica do evangelho de Jesus. Chego a muitas pessoas, com conversas muito profundas, do Brasil inteiro. Dá para usar as redes sociais para disseminar boa informação e uma cultura de paz, de encontro e acolhimento”.

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Divino Amor

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"Essa mesma fé alçou o então candidato a presidente Jair Bolsonaro a uma posição de Messias".

Lançado em junho deste ano, o filme “Divino amor” é uma obra de ficção futurista e ao mesmo tempo escatológica do cineasta pernambucano Gabriel Mascaro.

O adjetivo futurista é bem óbvio para quem assistir ao filme, em cartaz nos cinemas. Mas o termo escatológico deve ser explicado.

Não sou crítico de cinema, mas sou pastor há 25 anos em uma denominação cristã evangélica tradicional. Acompanho há mais de 30 anos o movimento evangélico de dentro, sendo, em muitas vezes, uma voz dissonante às que detêm poder financeiro e midiático para impor um padrão que é visto de fora como monolítico. O que essas informações pessoais têm a ver com o filme? Para mim, tudo a ver.

A ironia dessa história ficcional retratada no filme e desenrolada sem dar nenhum aspecto de chacota é que o marido de Joana, Danilo (interpretado por Júlio Machado), também participante das orgias da seita em prol da manutenção do casamento, se separa de Joana. 

E por qual motivo? Por que ela o traiu concebendo uma criança que não é dele. Veja que, mesmo ele participando de uma troca de casais, onde um entrega seu corpo a outro diante de seu par, isso em si não é considerado traição, visto que “quem ama, divide”. A paquiderme sutileza da crítica à hipocrisia religiosa daqueles que defendem a família no meio cristão moderno é muito bem descrita pelo autor do filme nessa situação.


A triste escatologia teológica que o filme “Divino amor” me fez lembrar que a perseguição virá de maneira furiosa contra os cristãos. Mas não pelos motivos que eu achava. Virá como resposta à intolerância, hipocrisia, indolência e a ausência total de amor, aquele amor retratado pelo apóstolo Paulo na primeira epístola aos Coríntios: 

"paciente, bondoso, sem inveja, sem orgulho, que não maltrata, não procura seus próprios interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor, não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade". 

É amor que tudo sofre, tudo crê e tudo espera. Esse, sim, é o verdadeiro Divino Amor.


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Alexandre Gonçalves
Pastor, atuante em causas sociais e diretor parlamentar do Sindicato dos Policiais e Servidores da PRF de Santa Catarina.

A que ponto nós chegamos

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O ponto, é que em um Ponto de ônibus na Avenida L2 Norte, uma das principais vias da Capital da República, encontrei colado um cartaz que deveria fazer muitos refletirem sobre a tão alardeada reforma da previdência do governo de agora.

- Não resisti. Fotografei.

O inusitado, é durante os trinta minutos em que eu estive no ponto, apenas duas pessoas leram o que está escrito: Eu e mais outra.

Minha conclusão: Não há espaço para a reflexão nas cabeças dos mais pobres.

Eles estão preenchidos pela alienação política.

Triste.

Brasília, 16/07/19.


Eis a questão.

"Amém!"

Elisa e Marcela no NETFLIX

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No ano de 1901, Elisa Sánchez e Marcela Gracia contraíram matrimônio na igreja de São Jorge, na cidade galega de La Corunha.

Elisa e Marcela se amavam às escondidas. Para normalizar a situação, com boda, sacerdote, certidão e foto, foi preciso inventar um marido: Elisa se transformou em Mario, vestiu roupa de cavalheiro, cortou os cabelos e falou com outra voz.

Depois, quando ficaram sabendo, os jornais da Espanha inteira puseram a boca no mundo diante daquele escândalo asquerosíssimo, essa imoralidade desavergonhada, e aproveitaram aquela tão lamentável ocasião para vender como nunca, enquanto a Igreja, enganada em sua boa-fé, denunciava para a polícia o sacrilégio cometido.

- E desatou a caçada.

Elisa e Marcela fugiram para Portugal. Caíram presas na cidade do Porto.

Quando escaparam da cadeia, trocaram de nomes e foram mar afora...

- Na cidade de Buenos Aires perdeu-se a pista das fugitivas.


(Do Livro Os Filhos e Os Dias)

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Agora o NETFLIX lança essa história: Elisa Sánchez Loriga adota Uma Identidade masculina para Poder se casar com uma mulher Que ama, Marcela Gracia Ibeas, na Espanha de 1901. Baseado NUMA História real. 


A Comédia Humana

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O quanto você sabe sobre Ela?

A 29 de maio de 1265 é a data estimada do nascimento do poeta Dante Alighieri, em Florença.

A Telesur, convida você a aprender mais sobre esta obra-prima.

Teste o quanto você sabe, Aqui.


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Aproveite e leia também: O quanto você sabe sobre biodiversidade?

A Viagem De Théo

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Me foi apresentado pela minha Mãe.

A viagem que o Théo fez, em minha opinião, é uma viagem que todos os humanos deveriam fazer nestes tempos tão conturbados e recheados de fanatismo religioso.

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A Viagem de Theo conta a história de um adolescente, vítima de uma doença grave a ameaçar sua vida, que faz uma viagem pelos lugares sagrados e cidades santas das diversas religiões. 

No contato com o misticismo, as religiões e seus rituais, Theo vai encontrando forças que desconhecia e vai melhorando seu estado de saúde. 

Por meio da viagem de Theo vamos conhecendo, de maneira sucinta e agradável, a história das religiões: judaísmo, cristianismo, islamismo, passando pelas crenças de povos primitivos até a reforma protestante, do panteísmo às seitas mais radicais, dos pensamentos mais ecléticos e tolerantes aos fanatismos mais exacerbados. 

Na viagem, Theo visita em Jerusalém o Muro das Lamentações, o Túmulo de Jesus e a Cúpula do Rochedo, símbolos do Judaísmo, do Cristianismo e do Islamismo, que convivem nessa cidade três vezes santa?. 

No Egito visita as pirâmides e aprende sobre a religião dos faraós e sobre o faraó Akhenaton, criador da primeira religião monoteísta. 

Na Índia, confunde-se com a mistura de várias crenças: Hinduísmo, Budismo, Jainismo, Islamismo, a antiga fé de Zoroastro, vinda do Irã e toma contato com os Sirkhis. 

A Yoga, o Taoísmo e o Xintoísmo são também abordados neste livro, através da luta de Théo com sua doença, mostrando também o sincretismo das religiões africanas influenciadas pela catequese cristã no Brasil e no Caribe.

Além dessa face didática, de ensinamento sobre as religiões, o livro mostra o que todas elas têm em comum, acima de suas divergências: a procura do Homem por algo superior, que explique e justifique a existência; a necessidade humana de transcendência. 

As religiões são mostradas como ramos de uma mesma árvore, cujas raízes estão no mais profundo âmago da natureza humana. 

As seitas fanáticas são mostradas como ervas daninhas à sombra dessa árvore, necessitando ser periodicamente arrancadas. 

É também mostrado como as organizações religiosas podem ser usadas como formas de dominação pelas classes sociais mais favorecidas sobre as economicamente mais carentes. 

Fica, no leitor, a sensação de que o sentimento místico, a transcendência, é uma necessidade natural do ser humano; que as religiões têm um mesmo núcleo central: a procura filosófica de um sentido para a vida, de uma orientação ética e moral para a organização social da vida humana. 

Que tal fazer esta viagem com o Théo?

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Resumo extraído de indicações na  Internet.

O Cisma que cisma com Francisco

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Disputa pela CNBB tem guinada conservadora e combate a fake news.

Depois de muitos anos em disputa silenciosa, os campos conservador e progressista da Igreja Católica voltarão a se enfrentar na 57ª Assembleia-Geral da Conferência Nacional dos Bispos no Brasil, que vai acontecer em maio. Não são apenas questões espirituais em jogo. Também está em curso uma disputa pelo poder e que une organizações laicas e religiosas. Tudo bem material.

E são as reviravoltas políticas dentro e fora dos muros eclesiais que tornam esse conclave na CNBB tão importante.

Do ponto de vista político (afinal, a igreja romana é uma instituição milenar e está baseada em crenças e princípios rígidos que devem ser resguardados), a ala conservadora defende uma atuação interna, clericarista, baseada nas normas e centralizada na liturgia e na caridade. Já o campo reformista quer uma igreja que atue extramuros, crítica à desigualdade social e que lute efetivamente contra a pobreza, por meio das pastorais e comunidades eclesiais de base.

A CNBB foi fundada em 1952. Na mesma época, a cúria romana convocava o Concílio Vaticano II, que promoveu uma renovação espiritual inédita depois de duas guerras mundiais, do surgimento do nazifascismo e de décadas de diálogo com o pensamento de esquerda.

Essa mudança foi especialmente importante na América Latina, pois despertou em vários sacerdotes o desejo de atuar em favor dos pobres. Um deles era Dom Hélder Câmara, fundador da CNBB. O bispo se tornaria o grande defensor do enfrentamento do chamado “pecado estrutural”. Há uma frase atribuída a ele que resume essa ideia: “Se falo dos famintos, todos me chamam de cristão; se falo das causas da fome, me chamam de comunista”.

Aqui e no mundo, esse movimento perdeu força a partir dos anos 80. Ao longo do pontificado de João Paulo II, a cúria romana monitorou e afastou de funções importantes sacerdotes alinhados à teologia da libertação. Esse movimento persistiu com seu sucessor Joseph Ratzinger, o Bento XVI. Foi Ratzinger, então cardeal, que puniu entre outros o teólogo brasileiro Leonardo Boff, um dos formuladores da teoria.

A CNBB também se distanciou desse passado e, a partir de 2001, passou a ter um perfil mais discreto, atuando como um “sindicato” dos bispos. Nessa época, foi aprovado um estatuto que concentrou poder nos bispos e deu menos autonomia às entidades ligadas à conferência.

Francisco em xeque

O futuro da CNBB também é importantes para a continuidade do papado de Francisco. Afinal, estamos falando da maior Conferência Episcopal do mundo: são 480 bispos em todo o país, dos quais 307 formam o corpo ativo da CNBB. O País também lidera em número de fiéis, com 123 milhões de brasileiros identificados como católicos.

O jesuíta Francisco foi formado pela teologia do povo, uma vertente similar à Teologia da Libertação. Desde o início do papado, ele tem atuado para reaproximar a Igreja Católica dos mais pobres e vulneráveis, defendendo o chamado “Catolicismo do Século XXI”. Não é exagero dizer que é o grande estadista do nosso tempo e que, por isso, é visto com olhos atentos pela direita populista no mundo todo.

Na semana passada, o Guardian resgatou uma reunião na qual Steve Bannon teria aconselhado o ministro italiano Matteo Salvini a atacar Francisco, especialmente na questão da imigração. No Brasil, a realização do Sínodo da Amazônia causou arrepios nos generais que controlam a Abin. A Conferência não faz oposição frontal ao governo de Jair Bolsonaro, mas bispos-membros já se manifestaram publicamente contra a reforma da Previdência, a possível exploração de minério em terras indígenas e a violência policial. 

Em seu voto na ADO 26, o ministro Celso de Mello deu interpretação conforme a Constituição Federal para enquadrar a homofobia e a transfobia nos tipos penais previstos na legislação que define os crimes de racismo, até que o Congresso Nacional edite norma autônoma sobre a matéria.

O voto do relator da Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) 26, ministro Celso de Mello, foi retomado e finalizado na sessão plenária do Supremo Tribunal Federal (STF) desta quarta-feira (20). O decano da Corte concluiu que o Congresso Nacional foi omisso ao deixar de editar lei que criminaliza atos de homofobia e transfobia. O julgamento da ação, ajuizada pelo Partido Popular Socialista (PPS), teve início na semana passada, na sessão do dia 14. A análise da matéria terá continuidade nesta quinta-feira (21), com a leitura do voto do ministro Edson Fachin, relator do Mandado de Injunção (MI) 4733, sobre a mesma matéria.

Em seu voto, o ministro Celso de Mello reconheceu a inconstitucionalidade na demora do Congresso Nacional em legislar sobre a proteção penal aos integrantes do grupo LGBT, declarando a existência de omissão legislativa. O ministro deu interpretação conforme a Constituição Federal para enquadrar a homofobia e a transfobia, ou qualquer que seja a forma da sua manifestação, nos diversos tipos penais definidos em legislação já existente, como a Lei Federal 7.716/1989 (que define os crimes de racismo), até que o Congresso Nacional edite uma norma autônoma.

O ministro destacou que as práticas homofóbicas configuram racismo social, consagrado pelo Supremo no julgamento do Habeas Corpus (HC) 82424 – Caso Ellwanger – considerando que essas condutas são atos de segregação que inferiorizam membros integrantes do grupo LGBT. Ele votou pela procedência da ação com eficácia geral e efeito vinculante. Em seu voto, declarou que os efeitos da decisão somente se aplicarão a partir da data de conclusão do julgamento.

Coletividade social

A Fraternidade na superação da violência: O Lema e o Tema

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A Campanha da Fraternidade 2018 (CF 2018) é realizada todos os anos pela Igreja Católica no Brasil durante o período da Quaresma, e a campanha é coordenada pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). 

A Campanha da Fraternidade tem como principal objetivo despertar a solidariedade de todos os seus fiéis e também da sociedade brasileira, em um problema que envolve todos nós, buscando assim uma solução para resolver esses determinados problemas. 

Todos os anos, são escolhidos temas, o Tema da Campanha da Fraternidade 2018 é: “Fraternidade e superação da violência, tendo como lema Em Cristo somos todos irmãos (Mt 23,8)“.

A CF 2018 é realizada em âmbito nacional, e envolve todas as comunidades cristãs católicas e ecumênicas do Brasil. A arrecadação da Campanha da Fraternidade compõe o Fundo Nacional de Solidariedade e os Fundos Diocesanos de Solidariedade, onde 60% da arrecadação são destinadas ao apoio de projetos sociais da própria comunidade diocesana, e os outros 40% restantes compõem o FNS, que são destinados para o fortalecimento da solidariedade em diversas regiões do país.

Educar para a vida em fraternidade, com base na justiça e no amor, exigências centrais do Evangelho.
Renovar a consciência da responsabilidade de todos pela ação da Igreja Católica na evangelização e na promoção humana, tendo em vista uma sociedade justa e solidária.

Saiba mais sobre a Campanha e as datas em:

Quem controla a mídia e a sua vida, no no Brasil?

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Cinco grupos controlam 50% dos principais veículos de mídia do país, diz relatório.

Cinco grupos controlam metade dos 50 veículos de comunicação com maior audiência no Brasil, segundo o relatório divulgado pelo projeto Monitoramento da Propriedade da Mídia (Media Ownership Monitor ou MOM), ferramenta de mapeamento criada e implementada pela Repórteres Sem Fronteiras (RSF), ONG internacional de direitos humanos, e financiada pelo governo da Alemanha. O MOM é um banco de dados que contém detalhes sobre os proprietários dos maiores veículos e grupos de mídia, além de suas relações políticas e interesses econômicos.

No Brasil, o levantamento foi feito pela ONG brasileira Intervozes - Coletivo Brasil de Comunicação Social e o resultado indicou alerta vermelho. Dos 50 veículos de comunicação analisados (mídia impressa, rádio, televisão e internet), e de maior audiência, 26 deles são controlados por apenas cinco grupos. O maior é o Grupo Globo, da família Marinho, que detém nove desses veículos, seguido pelo Grupo Bandeirantes com 5, a família Macedo com o Grupo Record e os veículos da Igreja Universal Reino de Deus (IURD) com 5, Grupo RBS com 4 e Grupo Folha com 3.  Segundo o estudo, a mídia brasileira de maior audiência é controlada, dirigida e editada, em sua maior parte, por uma elite econômica formada por homens brancos.

Além do monopólio, a pesquisa identificou a existência de veículos com interesses religiosos. Dos 50 veículos pesquisados, 9 são de propriedade de lideranças religiosas - todas cristãs - e, desses, 5 direcionam todo o seu conteúdo para a defesa dos valores de sua religiosidade específica. Além disso, pelo menos outros 6 veículos não são definidos como religiosos, mas apresentam conteúdo de denominações religiosas em suas páginas ou grades de programação.

Frei Betto: Fidel e a Religião

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A invasão de Cuba pela Baía dos Porcos, em 1961, patrocinada por Washington, induziu Cuba a estreitar seus vínculos com a União Soviética, em tempos da bipolaridade criada pela Guerra Fria. Fidel sempre se manifestou agradecido à solidariedade soviética. No entanto, soube preservar a soberania cubana frente à ingerência dos russos. Embora o ateísmo tenha sido adotado por um período no sistema de ensino do país, e como condição de ingresso no Partido Comunista de Cuba, jamais o governo revolucionário fechou uma única igreja ou fuzilou um padre ou pastor, apesar do envolvimento de alguns em graves atentados contrarrevolucionários.

Ao contrário, em suas viagens ao exterior, Fidel fazia questão de abrir espaço em sua agenda para encontros com líderes religiosos. Compreendia a importância da natureza religiosa do povo latino-americano e o seu caráter estratégico.

Impactado pela participação dos cristãos no processo sandinista, e pela emergência da Teologia da Libertação, Fidel reverteu a tradição comunista, tão crítica e arredia ao fenômeno religioso. Surpreendeu a esquerda mundial ao se referir positivamente à religião, destacando seus aspectos libertadores, na entrevista que me concedeu em 1985, contida no livro “Fidel e a religião” (São Paulo, Fontanar, 2016).

Fidel não temia a crítica e não se furtava à autocrítica. Por diversas ocasiões, em momentos cruciais da Revolução, convocou o povo a se manifestar livremente em campanhas de retificação do processo revolucionário. Inclusive em nossas conversas pessoais disse-me um dia que eu não apenas tinha o direito de expressar minhas críticas à Revolução, como também o dever.

Nesse rico legado nos deixado por ele se destaca que não se pode ter a ilusão de aplacar a agressão do tigre apenas arrancando-lhe os dentes. O poder do capitalismo de exercer o domínio imperial e de cooptar muitos que lhe fazem oposição é muito maior do que se supõe. Por isso, aqueles que ainda acreditam que não haverá futuro para a humanidade fora da partilha dos bens da Terra e dos frutos do trabalho humano devem se perguntar por que os EUA, que invadiram o Iraque, o Afeganistão, a Líbia e tantos outros países, não o fizeram em relação à pequena ilha do Caribe, após a fracassada tentativa da Baía dos Porcos. A resposta é uma só: nos outros países, os EUA derrubaram governos. Em Cuba, como no Vietnã, teria que obter o impossível: derrubar um povo. E um povo não se derrota.
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(*) Frei Betto é escritor, autor de “Paraíso perdido – viagens ao mundo socialista” (Rocco), entre outros livros.

Viagem, pedido do pastor ou emprego: qual a motivação para tirar o título de eleitor?

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Nesta época de descrença na política, em que a frustração e o desânimo põem em risco a própria democracia no Brasil, com muita gente se perguntando se haverá alguém de confiança em quem votar nas próximas eleições, eu me lembro de um episódio acontecido há muitos anos.

Eu havia feito concurso para funcionário do Tribunal Regional Eleitoral, passei, e só aí me informaram que não existiam vagas, que quando abrissem eu seria chamado. Pensei: caí num conto do vigário.

Mas quase quatro anos depois, me chamaram para assumir uma vaga lá. Só que, nesse período, Fernando Henrique Cardoso havia sido ministro da Economia e concorria à eleição para presidente. Como ministro, tinha implantado uma política que detonou os salários dos servidores, e o emprego já não valia muito a pena. Mesmo assim resolvi assumir o cargo. O sindicato reivindicava uma correção salarial de 190% para voltar ao poder aquisitivo perdido nesses anos.

Fiquei quatro meses no Cartório Eleitoral da Lapa, ganhando menos do que minha despesa fixa mensal. E caí fora. Mas nesses meses, atendendo pessoas que iam tirar o título de eleitor aprendi algumas coisas.

Lógica impecável

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Bom, aí vai uma historinha contada pelo Barão de Itararé. 

Wendel Phillips, famoso líder abolicionista americano, viajou certa vez de trem por Ohio e encontrou-se no carro com um grupo de ministros da Igreja protestante em regresso de uma convenção. Um ministro do Sul, obviamente hostil a Phillips por causa das ideias abolicionistas deste, começou a conversa:

– O senhor é Wendel Phillips, não é?

– Sou, sim, senhor.

– O senhor é o homem que pretende libertar os negros?

– Sim, senhor.

– Então por que prega por aqui, em vez de ir para Kentucky, onde estão os negros?

Phillips silenciou por um momento. Depois disse:

– O senhor é ministro, não é?

– Sim, sim, senhor.

– E o senhor pretende salvar as almas do fogo do inferno, não é?

– Pretendo, sim, senhor.

– Então – prosseguiu Phillips com sua lógica impecável –, por que o senhor não vai para o inferno?

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Mouzar Benedito, jornalista.
Colaborador do Blog da Boitempo

Descalço sobre a terra vermelha

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O bispo catalão Dom Pedro Casaldáliga será homenageado no Centro Cultural São Paulo (CCSP).

Religioso católico é conhecido pela defesa das populações indígenas no Mato Grosso.

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O bispo catalão Dom Pedro Casaldáliga será homenageado com uma exposição no Centro Cultural São Paulo (CCSP) desde ontem, dia 25 de janeiro. 

“Pere Casaldàliga, Profissão: Esperança” traz fotografias do espanhol Joan Guerrero que registram a vida e a obra do líder religioso no Brasil. A exposição é feita em parceria com a Associação Cultural Catalonia e a Casa América Catalunya.


Radicado no Brasil desde 1968, Casaldáliga ficou conhecido por sua atuação em defesa dos povos indígenas e da reforma agrária. Em 1971, tornou-se bispo da cidade de São Félix do Araguaia, no Mato Grosso. No mesmo ano, ele divulgou o texto “Uma Igreja da Amazônia em conflito com o latifúndio e a marginalização social”, importante documento para a resistência à ditadura militar.

Na luta pelo reconhecimento dos direitos indígenas, ajudou a fundar o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) na década de 1970. Além disso, Casaldáliga teve participação na criação da Comissão Pastoral da Terra (CPT).

A vida do bispo é retratada no filme “Descalço sobre a terra vermelha”, de Oriol Ferrer, exibido dia 26 no CCSP em uma sessão seguida por debate com o produtor Paco Escribano. A obra, baseada no livro homônimo, de autoria de Francesc Escribano, é uma coprodução da TV Brasil com mais duas televisões públicas, a espanhola TVE e a catalã TVC.

Ao falar sobre a importância do trabalho do bispo, a curadora Marta Nin, subdiretora da Casa América Catalunya, ressalta que Casaldáliga se colocou em risco várias vezes, já sofrendo até tentativas de assassinato. “Ele deu dignidade, força e esperança a uma população maltratada pelas dinâmicas capitalistas, neoliberais e vorazes que existem há mais de cinquenta anos no Mato Grosso”, completa.

Tiradas em julho de 2011, as fotos de Guerrero são acompanhadas também por trechos de cartas, poemas e textos pastorais de autoria do bispo. 

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Imagens: Joan Guerrero 

Jovem, Negro, Bobalhão, Coxinha, Fascista, Nazista e Reacionário

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Mas, como afirma Nelson Mandela, “ninguém nasce odiando o outro. Para odiar, as pessoas precisam aprender”.

Neste caso em especial, o Bruno Júlio aprendeu com o seu pai, o Deputado Cabo Júlio, como se deve odiar, as mulheres, os pretos, os pobres e os periféricos. E... como se deve agradar aos poderosos para que se perpetue o status quo.

Ah...  Mas alguém que se identifique com os dois Brunos dirá: Mas... era tudo bandido...

Será?! E o tal dos Dez Mandamentos? Saiu de moda?! Em nome de Jesus?!

Não tenho elementos para afirmar ou negar tal conclusão. Mas, sei que há muitos bandidos no Congresso Nacional executando a cada dia um trabalhador/a com a arma da fome, da negação dos direitos sociais conquistados nos últimos doze anos, com uma carga de trabalho insuportável prevista na reforma da previdência em curso, com o olho cego - mas bom - mirando sempre os que sonegam seus impostos - sistema financeiro e midiático -, e muita intolerância e preconceito. 

Na entrevista que concedeu Bruno se diz meio coxinha. Balela. Ser coxinha é uma condição ideológica: ou se é, ou não se é. Não existe meio termo. Assim como não existe meio termo para se declarar nazista ou fascista.

Neste exato momento ouvi na Rádio Nacional FM de Brasília que apenas cinco corpos poderam ser identificados dado o nível de mutilação. Coisa comum em chacina. Chacina anunciada e desprezada pelo governo golpista que é apoiado pela Bancada BBB - Bala, Boi e Bíblia.

Bem, depois da Campanha Gente Boa Também Mata, o que esperar desse governo machista, corrupto e ilegítimo? Resposta: Nada.

Ou melhor: A Luta e a resistência, mesmo sem o bater das Panelas.

A liberdade é como a Fé

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Deve ser cultivada e protegida.

E os que não professam Fé nenhuma,
devem ser igualmente respeitados.

- Você faz isso?
- Respeite.
- Lute pela Paz de cada um.

*****
OLIR

O Nascimento de uma Nação

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Com certeza, a grande maioria dos brasileiros não conhece o significado deste termo. Não conhece e não dá a devida importância. Deveriam. Se dessem, talvez compreendessem melhor muitas coisas que os atingem diretamente, mesmo nos dias atuais. Até porque, os acontecimentos que levaram à criação da “grande Nação” em questão, continuam atuais hoje em dia. A diferença é que hoje, as armas utilizadas são: A manipulação do voto, a indução à chamada parcialidade da mídia, ao consumo desenfreado, ao fundamentalismo religioso, ao preconceito racial e étnico, e a opressão das mulheres. Já que o feminicídio e a violência sexual continuam igual. 

Todas as “grandes” nações brancas nasceram a partir da submissão econômica, humana, material, cultural e ancestral de uma outra. Todas grandes nações, de uma forma ou de outra, escravizam ou escravizaram outras nações. Foi, e continua sendo assim. Seja na Europa ou América do Norte, em relação à África e à América Latino Americana. É o que nos revela o filme o Nascimento de Uma Grande Nação - em cartaz -, baseado em uma história real.

Nat Turner, um escravo americano do Norte, letrado e pregador, é usado pelo seu proprietário Samuel Turner para acalmar os escravos rebeldes. Depois de testemunhar inúmeras atrocidades, no entanto, ele decide elaborar um plano e liderar o movimento de libertação do seu povo. Como “arma” Net usa a Bíblia. Não a Bíblia fantasiosa dos fundamentalistas religiosos que só prega a existência de um Deus de Amor. Net lê e relê o “Livro Sagrado” e descobre a outra face. A do Deus da Ira que afirma:



- “Vós pensais que eu vim trazer a paz sobre a Terra? Pelo contrário, eu vos digo, vim trazer divisão” (Lucas 12, 51-52).

- “Não penseis que vim trazer paz à terra. Não vim trazer paz, mas a espada” (Mateus 10, 34-35).

O final da história é surpreendente, mas não único.

Recomendo.

É um soco no estomago dos homens brancos, conservadores, intolerantes e preconceituosos, que elegeram Trump nos Estados Unidos, e os do Parlamento brasileiro que ajudaram a dar o Golpe e estão ajudando a retirar os direitos sociais dos escravos modernos, do Brasil. E de quebra, negam a história exatamente como ela aconteceu.

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