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Flip 2024: 100 anos sem João do Rio, o cronista das ruas cariocas

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Cronista prolífico, autor de romances, ensaios, contos, peças de teatro, conferências sobre dança, moda, costumes e política. Um dos autores mais importantes do início do século XX no Rio de Janeiro: João do Rio, pseudônimo mais famoso de Paulo Barreto (1881-1921), é o autor homenageado da 22ª edição da Flip – Festa Literária Internacional de Paraty, que será celebrada de 09 a 13 de outubro. 


Negro e homossexual, escritor ficou conhecido por caminhar pela cidade, documentando grupos marginalizados da vida urbana.

Essa semana (23/6) será marcada pelo centenário da morte de Paulo Barreto, jornalista e escritor carioca também conhecido por um de seus pseudônimos, João do Rio. Popular por retratar o cotidiano do Rio de Janeiro, seu funeral foi um evento histórico: cerca de 100 mil pessoas compareceram, quase 10% da população da cidade em 1921.João do Rio trabalhou a vida toda em jornais e revistas. Pioneiro como repórter, criou um estilo de texto híbrido de literatura e reportagem, ficção e realidade. “João do Rio não separou jornalismo de literatura. Sua busca por transformar o ofício em grande arte é um convite a pensarmos no fazer literário em seu campo expandido”, diz Mauro Munhoz, diretor artístico da Flip.

Foi dessa forma que ele mudou o modo de fazer jornalismo, fundando a crônica moderna. “Muito se diz que a crônica, como ela se deu no Brasil, é um gênero totalmente brasileiro. Vem um pouco da tradição do ensaio, claro, mas aqui ganhou pitadas de humor, de observação sagaz. João do Rio, como um dos pioneiros, foi além: registrou a história de uma cidade que se transformava, e não é exagero dizer que ele fez uma etnografia no início do século”, conta a curadora Ana Lima sobre o autor escolhido para a homenagem da Flip 2024.

Na sua observação das ruas e do povo, João do Rio fez coro com pensadores da passagem do século XIX ao XX que tinham a cidade como centro do pensamento, refletindo sobre o progresso, a velocidade, a formação urbana e as suas contradições. “Ele desempenhou um papel crucial ao documentar a vida urbana do Rio de Janeiro com uma perspectiva única e detalhada num momento em que a, então capital federal, se expandia de maneira desgovernada. Ainda hoje, o crescimento predatório faz parte da realidade de diversas cidades brasileiras, como Paraty. É com essa sensibilidade etnográfica, presente na literatura de João do Rio, que convidamos moradores e visitantes a estar no território que abriga a Festa”, comenta Munhoz.

O escritor, que conquistou uma vaga na Academia Brasileira de Letras aos 29 anos, era um personagem múltiplo e controverso. “João do Rio era e continua sendo uma figura contraditória. Por um lado, era fascinado por Paris, por outro, subia o morro do Rio de Janeiro com muito gosto, da mesma forma que o Rio era uma cidade dividida entre a fome de progresso e o convívio com sua formação”, aponta Ana Lima “Mas, ainda que tenha morrido famoso – seu enterro arrastou multidões –, permaneceu quase esquecido por mais de um século. A homenagem da Flip quer destacar essas contradições, justamente por ajudarem a explicar o Brasil”,  completa. 

Leitor atento e receptor das modas europeias, João do Rio foi um arguto cronista da Belle Époque carioca, narrando os salões e as recepções elegantes da alta roda – a elite que tentava se sofisticar e imitar os estrangeiros.

Ao mesmo tempo, quando deixa a redação do jornal para subir vielas, acompanhar manifestações culturais, observar de perto as habitações e os hábitos de uma cidade que se transformava vertiginosamente, João do Rio funda um modo de fazer jornalismo, numa espécie de etnografia pulsante, revelando ao leitor do jornal uma cidade que lhe era desconhecida. 

João do Rio percorreu o mundo, colecionou admiradores e desafetos. Filho de pai branco e mãe negra, abraçou as polêmicas com coragem – desde mergulhar nas religiões de matriz africana, tão populares no Rio de Janeiro, até ser o responsável pela tradução e divulgação da obra de Oscar Wilde, o que levou a especulações sobre sua sexualidade Vestia-se como um dândi, arrumando brigas, despertando gargalhadas, mas nunca passando despercebido. Vítima de um ataque cardíaco que o impediu de completar 40 anos, deixou 25 livros e mais de 2.500 textos publicados em jornais e revistas.

Curadoria

Em uma época em que a imprensa brasileira publicava principalmente crônicas de cunho literário e pessoal, Barreto foi pioneiro de um estilo de escrita que ia às ruas para documentar a vida urbana. Em livros como “A alma encantadora das ruas” (1910) e “A vida vertiginosa” (1911), ele registrou as transformações do Rio, então capital do país, durante a Belle Époque.

Ele trabalhou para diferentes periódicos, entre eles o jornal Cidade do Rio, dirigido pelo abolicionista José do Patrocínio. Também escreveu contos, peças de teatro e um romance. Em 1910, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras e, em 1920, fundou seu próprio jornal, A Pátria — menos de um ano antes de sua morte súbita por ataque cardíaco, aos 39 anos de idade.

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"O Silêncio dos Homens"

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Com apoio da ONU Mulheres, documentário revela dados inéditos sobre masculinidade no Brasil.

“O silêncio dos homens” traz insights de estudo que ouviu mais de 40 mil pessoas pelo Brasil e antecipa elementos de pesquisa que foi divulgada na segunda quinzena de agosto de 2019.

“Desde a infância, a masculinidade é definida por meio de padrões impostos pela sociedade. Assim, meninos não podem chorar e demonstrar sentimentos. É um aprisionamento, vivido em silêncio, que pode gerar homens emocionalmente frágeis, afetivamente rígidos e muitas vezes violentos. O impacto disso na sociedade é terrível. A pesquisa endossa a urgência para se romper essa barreira e abrir o diálogo para que a masculinidade possa ser expressa em plenitude, livre de julgamentos”, diz Maria Paula Fonseca, diretora da Marca Natura.

Para acompanhar o projeto, saber das novidades em primeiro mão e ter acesso aos materiais que serão disponibilizados, siga as redes sociais do PapodeHomem (Instagram e Facebook) e acesse o site.

Ou, o artigo completo com todos os links das das empresas parceiras do Projeto e dos homens e mulheres que o apoiam, ao redor do Mundo, Aqui.


Eu xingo mesmo, Diário, e daí? Quem vai encarar?

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Chamar o Paulo Freire de "energúmeno" fez tanto sucesso que vou anotar aqui uns xingamentos para os próximos dias.

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Como eu disse, Diário, chamar o Paulo Freire de “energúmeno” fez tanto sucesso que vou anotar aqui uns xingamentos para os próximos dias:

Pelé: “Perna-de-pau!”
Ayrton Senna: “Barbeiro do cacete!”
Tom Jobim: “Desafinado!”
D.Pedro II e Jô Soares: “Monte de banha!”
Lula: “Nove-dedos!”
Jorge Amado: “Comunanalfabeto!”
Cazuza: “Lambedor de microfone!”
Irmã Dulce: “Carola-baiana-que-devia-vender-acarajé-em-vez de ficar-dando-sopa-pra-mendigo!”
Chico Buarque: “Olho verde de remela!”
Marechal Rondon: “Babá de índio!”
Tiradentes: “Colar de corda!”
Ulysses Guimarães: “Múmia paralítica!”
Carlos Drummond de Andrade: “Carequinha magricelo!”
Chico Mendes: “Abraçador de seringueira!”
João Gilberto: “Pessoa conhecida!”
Chico Anysio: “Comuno-humorista!”
Santos Dumont: “Cabeça de vento!”
Chico Xavier: “Espírito de porco!”
Machado de Assis: “Mulatinho-metido-a-besta-que-não-serve-nem-pra-escrivão-de-polícia!”

É isso, Diário. A gente tem que derrubar os mitos. Opa! Os mitos, sim, o Mito, não!
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DIÁRIO DO BOLSO
Publicado por José Roberto Torero, Hoje no (((RBA

No centro da fogueira: gênero, raça e diversidade sexual nas eleições

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Agendas atacadas por grupos ultraconservadores, a promoção da igualdade de gênero e raça e o reconhecimento da diversidade sexual na educação marcam a polarização da disputa eleitoral

Da apologia ao estupro à desqualificação de famílias chefiadas por mulheres (mães e avós); dos ataques à lei Maria da Penha, passando por discursos explicitamente racistas e homofóbicos que renderam denúncias no Supremo Tribunal Federal (STF), das quais surpreendentemente foi absolvido em 11 de setembro, a candidatura do líder das pesquisas na corrida eleitoral 2018 para presidente da República, o ex-deputado Jair Bolsonaro (PSL), representa o que há de mais autoritário e excludente da realidade brasileira.  

Representa grupos ultraconservadores – como o movimento Escola Sem Partido articulado com grupos religiosos fundamentalistas - que têm priorizado a educação como grande arena de disputa, muitas vezes em aliança política com grupos ultraliberais que atacam as políticas públicas e defendem a educação como mercadoria e não como direito humano.

Com base em um discurso hipócrita em defesa dos costumes, da família tradicional e de uma ordem hierárquica, discriminadora e violenta, esses grupos têm como uma de suas principais agendas o ataque aos marcos normativos e às políticas educacionais comprometidas com a promoção da igualdade de gênero e raça, com o reconhecimento da diversidade sexual e com a defesa da laicidade na escola pública.

Enquanto Bolsonaro representa explicitamente o polo contrário a essas agendas, defendendo inclusive “expurgar a ideologia de Paulo Freire, sem doutrinação e sexualização precoce”, assim como o candidato Eymael (PSDC) que defende ressuscitar a disciplina Educação Moral e Cívica, um absurdo dos tempos da ditadura militar, outros candidatos se omitem com relação a gênero, raça e diversidade sexual de olho no eleitorado conservador.  

É o caso de Henrique Meirelles (MDB), de Álvaro Dias (Podemos) e de João Amoedo (Novo), com candidaturas caracterizadas pela defesa de uma maior atuação de grupos privados na educação. 

Vale destacar que, em seu programa de governo, Meirelles reforça o movimento Escola sem Partido, quando adota a defesa de uma escola contrária à “ideologização do ensino”, compreendida por esse movimento como uma educação crítica às desigualdades brasileiras.

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A Esquerda é Violenta

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O dilema do quarto macaco

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São quatro macacos pelados diante dos fatos.

​Há três deles aos quais fato algum importa: o distraído, o egoísta e o idiota. Há três tipos que com os fatos entram em litígio e afirmam seu contrário: o lunático, o romântico e o salafrário. 

O que se quer racional, por seu lado, como tal, reconhece os fatos como os fatos são – a realidade percebida. E, então, por vezes, se admira; por vezes, se horroriza. 

Mas não a nega jamais. 

Nem mais é capaz de ser alheio à ciência que assim lhe adveio. Estuda e busca a compreensão; ainda que nem sempre obtenha a explicação.

Ao quarto macaco, agora, parado diante dos fatos, desafia-o a ação movida a paixão, a interesse ou a necessidade que lhe vença o medo, o estupor ou a passividade.

O dilema diante do fato da racionalidade.


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O dilema do quarto macaco, por Sergio Saraiva no GGN

Miga, quero minha vida de volta!!!

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Cena Cotidiana.

Em um ponto de ônibus, em algum lugar de Brasília, às 7 da matina, a moça entra no ônibus falando ao celular, que segura ente o ombro e pescoço.

- Aaaaalôôôôôô!!!! Miga, tô tentando te ligar faz um tempão. Só consegui agora... Pera... pera... pera, pera, que tô tentando achar o cartão pra pagar o buzão. Pronto, achei. Pera... vou passar na roleta. Os pessoal ta recramando... Pronto, passei! Escuta... Então, tô com dois dia sem entrar em nada: nem Zap zap, nem Insta e nem Face... Nada... um horror! Que!? Tô ouvindo nada não... deixa eu falá, só escuta... Não, foi eu não. Foi a Ashyla que jogou o celular na privada e acabou me privando da minha vida! Um horror! Nem Jesus na causa deu jeito. Tive que levá pra consertar. Eu ia dá uns tapa nela mais a vó dela num dexô. Vê se pode uma coisa dessa?! A véia veve se metendo na minha vida... Mais também né, a bichinha é pequena...Tem pobrema não. O pobrema mesmo é o Wesly, que tá soltinho, soltinho... Sem Zap zap num dá pra monitorá. Faz dois dia que nem aparece. Deve tá por aí pegando piriguete. Safado...Me emprestó o celular dele só pra ficá solto... Tem nada não! Amanhã eu pego o meu de volta, atualizo tudo e aí ele vai vê! Até lá é um sofrimento só... Sem zap zap e sem Wesly, a vida não é ingual!

- Miiiigaaaa! Tô disisperada! Quero minha vida de volta!!!

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Beth Muniz, entre andanças coletivas.



Quem, eu?

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Diálogo de consultório entre o velho Sebastião e o médico Afrogildo.
Saindo de uma consulta médica para vir para cá, eu me lembrei de uma historinha acontecida em Minas Gerais, com um médico chamado doutor Afrogildo.

Um dia ele atendeu um velho que tinha a mania de responder: “Quem, eu?” 

Era naqueles tempos em que o próprio médico preenchia uma ficha com informações sobre o cliente, não tinha uma secretária pra fazer isso. 

Um dia ele atendeu um velho que tinha a mania de responder a todas as perguntas que lhe faziam com a expressão “Quem, eu?”

Foi difícil não só fazer a consulta. A dificuldade começou logo no preenchimento da ficha dele, que teve o seguinte diálogo:

Como é que o senhor se chama?
- Quem, eu? — perguntou o velho.
Sim, o senhor — respondeu o médico.  
- Sebastião de Souza.
Onde é que o senhor mora?
- Quem, eu?
Sim, o senhor — disse o médico começando a perder a paciência.
- Na fazenda do Zé Madeira.
Eu quero saber é em que município o senhor mora. 
Quem, eu?
Puxa vida! — exclamou o médico. — Estou perguntando ao senhor, só pode ser o senhor. Não tem mais ninguém aqui. Não precisa perguntar “quem, eu?”  toda vez…

Água Benta, Social e Gerson: Coisa séria

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Cronica

Sexta-feira, 8 da noite. O Bar Bitúrico estava lotado. Andando entre as mesas podia-se ouvir cantadas fracassadas, mentiras deslavadas, gente xingando o patrão, reclamando da sogra ou discutindo política. Este era o caso de três amigos: Água Benta, Social e Gérson.

Gérson, na verdade, chama-se Redernílson, mas ninguém já nem lembra disso. Ele recebeu esse apelido porque fumava cigarro Vila Rica e vivia repetindo: “Gosto de levar vantagem em tudo, certo?”

Água Benta passou a ser chamado assim quando entrou na igreja para parar de beber. Tornou-se evangélico, mas não largou totalmente a bebida: “Se Deus folgou no sábado, eu posso beber na sexta.”

Quanto a Social, há divergências. Uns dizem que é porque ele foi ascensorista por muito tempo. Outros, porque a única parte que lia dos jornais era a coluna social.

Gérson deu o pontapé inicial:

A Língua!

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"Armas: Qual a mais forte das armas?"

A mais certeira, a mais firme?

A lança, a espada, a clavina, ou a funda aventureira?

A pistola? O bacamarte? A espingarda ou a flecha?

O canhão que em praça forte faz em dez minutos brecha?

Qual a mais firme das armas?

O terçado, a fisga, o chuço, o dardo, a maça, o virote?
A faca, o florete, o laço, o punhal ou o chifarote?

A mais tremenda das armas, pior que a durindana, atendei, meus bons amigos: se apelida - a língua humana.

(Fagundes varela, no poema: "Armas")

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Portanto, um homem deve saber o comprimento de sua língua. Um órgão tão curto e, no entanto, capaz de cobrir longas distâncias e causar danos irreparáveis.

E evitar que resvale pela mesquinharia, sirva à confusão, faça eco a intriga, cometa inconfidências, fira sentimentos, destrua reputações e vidas, especialmente nesta época de comunicação por escaneamente, onde tudo é verbalizado e quase nada verificado...

Trazê-la sob o controle da razão, eis o desafio.


Xadrez da Maçonaria no Brasil

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Peça 1 – general Mourão coloca Maçonaria na mira

As declarações do general Antônio Hamilton Mourão em uma Loja Maçônica do Distrito Federal foram amplamente cobertas pela mídia. Passou em branco o local da manifestação e as relações políticas da maçonaria no país.

Em Portugal, a Maçonaria teve papel central nas movimentações que resultaram na prisão e na destruição política de José Sócrates, ex-primeiro ministro de tendência socialista. Ressurgiu como poder político, não se sabe se efetivo ou superdimensionado pelo caráter misterioso dos maçons.

No processo de impeachment houve diversas manifestações de lojas maçônicas e há diversos maçons em cargos-chaves na administração pública.

​Como filho e neto de maçons - meu pai chegou a ocupar alto cargo na Loça Maçônica Estrela Caldense, e abjurou para se casar na Igreja com minha mãe - sempre a vi como um clube de autoajuda, muito distante da militância política no Segundo Império.

Meu avô foi levado para a Maçonaria por meu pai. Mudou-se para São Paulo em 1960. Em seu enterro, em 1984, quando chegamos em São Sebastião da Grama, estavam aguardando-os os irmãos maçons de Poços.

Mesmo assim, o tema ainda é insuficientemente explorado. E não se sabe se a Maçonaria é uma força organizada, ou seja, com os maçons obedecendo a movimentos políticos coordenados, típicos de partidos políticos e de associações conspiradoras, ou apenas um clube de autoajuda, uma espécie de Rotary Club com rituais.

Hoje em dia, a soma de manifestações políticas obriga a um foco mais próximo para entender a verdadeira dimensão do fenômeno maçonaria no Brasil de hoje.

Lanço algumas pinceladas, claramente insuficientes para uma avaliação definitiva sobre a Maçonaria, mas visando promover a discussão.

Peça 2 - A Maçonaria atual

"Quem fica na memória de alguém não morre"

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Celebre uma história com cinco princípios e um fim.

Defensor incansável da democracia e da participação cidadã, Herbert de Souza, o Betinho, inspirou e liderou muitas campanhas e iniciativas que conseguiram mobilizar milhares de pessoas e provocar mudanças concretas na sociedade.

Ele acreditava que a democracia tem como fundamento cinco princípios – igualdade, diversidade, participação, solidariedade e liberdade – e que se realiza pela força dos cidadãos conscientes e mobilizados. 

“Quando o cidadão descobre que ele é o princípio do que existe e pode existir com sua participação, começa a surgir a democracia”, afirmava.

O COEP e a Coppe/UFRJ acreditam que a melhor maneira de homenagear Betinho, no ano em que se completam 20 anos de sua morte, é celebrar sua história e manter viva sua luta, mobilizando as pessoas para que cada um faça sua parte e participe das mudanças necessárias para alcançarmos um Brasil mais justo e solidário. 

E é com esta proposta que lançam este site e o Prêmio Betinho Imagens de Cidadania.



Chamem o síndico!

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Ser síndico de prédio é chato, só tem encheção. Eu nem imaginava como alguém podia querer ocupar esse posto, até que ouvi o motivo de um deles: síndico não paga condomínio.

E hoje em dia tem até síndico profissional que ganha pra isso.

Mas em muitos prédios que morei, vi uma característica comum a muitos deles: gostar de ter um certo poder sobre os demais moradores. 

Muitos eram policiais aposentados ou militares da reserva. E quase sempre o síndico conseguia uma certa cumplicidade de porteiros e zeladores, talvez porque se não fossem subservientes ao dito cujo eles podiam perder o emprego. 

Só que, tem porteiro e zelador que gostam de mostrar serviço, fazem mais do que o síndico manda, em termos de sacanear certos moradores e principalmente empregadas. 

- Gostam de exibir autoridade. 

Um amigo meu, o jornalista Zé Alencar, não suportava isso. Brigava direto com síndicos e porteiros autoritários. 

Um dia foi morar num prédio em Niterói e, no sábado de manhã, lá pelas 8 horas, acordou com uma música brega no último volume no apartamento ao lado. 

Ligou para o porteiro, reclamando que não era hora de tocar música daquela altura. O porteiro, puxa-saco, o tratou com desdém: a música vinha do apartamento do síndico e ele seguia todas as normas do prédio:

Viagem, pedido do pastor ou emprego: qual a motivação para tirar o título de eleitor?

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Nesta época de descrença na política, em que a frustração e o desânimo põem em risco a própria democracia no Brasil, com muita gente se perguntando se haverá alguém de confiança em quem votar nas próximas eleições, eu me lembro de um episódio acontecido há muitos anos.

Eu havia feito concurso para funcionário do Tribunal Regional Eleitoral, passei, e só aí me informaram que não existiam vagas, que quando abrissem eu seria chamado. Pensei: caí num conto do vigário.

Mas quase quatro anos depois, me chamaram para assumir uma vaga lá. Só que, nesse período, Fernando Henrique Cardoso havia sido ministro da Economia e concorria à eleição para presidente. Como ministro, tinha implantado uma política que detonou os salários dos servidores, e o emprego já não valia muito a pena. Mesmo assim resolvi assumir o cargo. O sindicato reivindicava uma correção salarial de 190% para voltar ao poder aquisitivo perdido nesses anos.

Fiquei quatro meses no Cartório Eleitoral da Lapa, ganhando menos do que minha despesa fixa mensal. E caí fora. Mas nesses meses, atendendo pessoas que iam tirar o título de eleitor aprendi algumas coisas.

'A principal causa de morte dos homens é o machismo'

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Documentário 'Precisamos Falar com os Homens? Uma Jornada pela Igualdade de Gênero' trata da necessidade urgente de homens e mulheres se unirem pela construção de uma sociedade mais igualitária.

'A igualdade de gênero é um caminho para que masculinidades nocivas deixem de existir'.


"A remuneração das mulheres é 30% menor do que a dos homens no Brasil. E a diferença de salários entre uma mulher negra e um homem branco é ainda maior: elas recebem 61% a menos do que eles. Em casa, as mulheres ainda realizam o dobro ou mais que o dobro do trabalho doméstico realizado pelos homens. A representação delas no Congresso do nosso país ainda é de apenas 10%. E no mundo, uma em cada três mulheres sofre violência em algum momento de sua vida." Estas são algumas das estatísticas apresentadas pelo documentário Precisamos Falar com os Homens? Uma Jornada pela Igualdade de Gênero, disponível gratuitamente na internet e que pode ser assistido na íntegra ao fim desta matéria.

Dirigido por Luiza de Castro e Ian Leite, o longa-metragem de 51 minutos é uma iniciativa da ONU Mulheres e do portal PapodeHomem, que realizaram em 2016 uma pesquisa qualitativa em várias regiões do país e uma pesquisa on-line, com mais de 20 mil participantes, abordando temas como relacionamentos, violência e comportamento.

O objetivo era entender como os homens podem participar do diálogo pela igualdade de gênero e o resultado é uma profunda reflexão sobre os males que o machismo exerce na vida das mulheres e também na dos homens, além de propostas para promover mudanças efetivas neste sentido.

Havia Um Limite no Oscar

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Que, agora, Viola Davis quebrou.

Ela é a 1ª negra a ganhar a "tríplice coroa da atuação": Oscar, Emmy e Tony.

Portanto, Viola faz parte de um grupo restrito que inclui Jessica Lange, Helen Mirren, Al Pacino e Ingrid Bergman.

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Quando Viola Davis subiu ao palco do 89º Academy Awards no domingo (26) para receber seu Oscar de melhor atriz coadjuvante, ela também passou a fazer parte de um dos clubes de atuação mais prestigiados do mundo. Ela é a primeira mulher negra a alcançar este feito.

Com o reconhecimento de seu trabalho no filme "Um Limite Entre Nós" (do título original "Fences", de 2016), ela se tornou a 23ª pessoa a obter a "tríplice coroa" de atuação, que é o termo usado para descrever atores e atrizes que ganham o prêmio de atuação pelo Oscar, pelo Emmy e pelo Tony.

Em 2015, Davis ganhou um Emmy de Melhor Atriz Principal na categoria "Série de Drama" por seu trabalho em "How to Get Away with Murder". Anteriormente, a atriz ganhou dois prêmios Tony: o primeiro em 2001, por seu trabalho em "King Hedley II", e o segundo em 2010, por sua atuação na versão da Broadway de "Um Limite Entre Nós" (Fences).

Davis se junta a um grupo de atuação que inclui lendas como Jessica Lange, Helen Mirren, Al Pacino e Ingrid Bergman.

Vale ressaltar que que Whoopi Goldberg, também negra, tem uma "tríplice coroa". Mas seu prêmio Tony não é pela atuação mas pela produção do musical da Broadway “Thoroughly Modern Millie”.

Notícia de pouca relevância para a mídia tupiniquim, que só se importa em noticiar a gafe do envelope na premiação do melhor filme de 2017, como se fosse a coisa mais importante do evento.

E a Massa, agindo como massa de manobra, não se vê refletida na Viola e compra a notícia como importante.

Triste realidade...

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Com informações do Huffington Post e Brasil de Fato

“Quando não tiver uma palavra de conforto para quem perdeu a mãe ou a esposa, cale a boca”

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Estive em são Bernardo do Campo para uma palestra no Instituto Mauá. 

A cidade já tinha alguma movimentação em função do velório de dona Marisa. A divergência política e o contraditório são excelentes para a democracia. Todo choque tem algumas barreiras. 

Uma é a ética: divergir não implica atacar. Outra, muito importante, é a morte. Nada existe além dela. 

Extinguem-se as animosidades. Termina o ódio no túmulo. Atacar ou ter felicidade pela morte de um ser humano é uma prova absoluta de que a dor e o ressentimento podem enlouquecer alguém. 

Se você sente felicidade pela morte de um inimigo, guarde para si. Trazer à tona torna pública sua fraqueza, sua desumanidade. 


Acima de tudo, mostra que este inimigo tinha razão ao dizer que você era desequilibrado. Contestem, debatam, critiquem: mas enderecem tudo isto a quem possa revidar. 

Por enquanto temos apenas um homem que perdeu sua companheira, filhos órfãos e netos sem a avó. Entre os vivos, surgem divergências e debates. 

Diante da morte, impõe-se silêncio e respeito. Nunca deixem de ser, ou ao menos, tentar parecer, um ser humano. Quando você não tiver uma palavra de conforto para quem perdeu a mãe ou a esposa, simplesmente, cale a boca. Sinto-me envergonhado por coisas que li na internet.

Elis: Na troca, a gente aprende mais que no isolamento

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“Se a gente conversar a fundo mesmo com o jardineiro que está lá arrumando nosso jardim, a gente aprende mais do que lendo O Capital (de Karl Marx)”.



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Embora valorizasse muito o estudo e o conhecimento, em uma das muitas entrevistas que concedeu, deixou-nos a extraordinária afirmação que transcrevo acima.

- Há 35 anos o Brasil despertou com uma notícia furacão: Elis Regina estava morta!

Uma das mais amadas cantoras do país, foi a precursora do que viria a ser conhecida como Música Popular Brasileira - MPB.

Partindo de uma Vila Operária em Porto Alegre, a Pimentinha – como era chamada -, conquistou o Brasil e mundo com sua voz e seu comportamento irreverente.

Como um furacão de talento, Elis chegou e abalou o mundo da música.  Não apenas pela voz e capacidade ímpar de interpretação, mas por ser uma das poucas de sua época que questionou o mercado da música e o poder das gravadoras sobre os artistas.

A “Pimentinha” se foi jovem e no auge da carreira - tinha apenas 36 anos -, mas sua obra é sempre revisitada pelas novas gerações, e sua voz ainda hoje serve como referência para as cantoras iniciantes.

Sua extensa obra é composta de canções intimistas à “hinos”, como é o caso de O Bêbado e a Equilibrista, composta por Jão Bosco e Aldir Blanc, considerada à época o “Hino da Anistia”.

A verdade é que mesmo em meio a tantos modismos musicais, Elis ainda continua nos emocionando, como no filme Elis – O Filme, que está em cartaz.




Não escondo: Sou Fã!

Carnaval do Rio de Janeiro 2017: A Imperatriz canta Xingu, o Clamor da Floresta

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BRILHOU… A COROA NA LUZ DO LUAR!


NOS TRONCOS A ETERNIDADE… A REZA E A MAGIA DO PAJÉ!
NA ALDEIA COM FLAUTAS E MARACÁS
KUARUP É FESTA, LOUVOR EM RITUAIS
NA FLORESTA… HARMONIA, A VIDA A BROTAR
SINFONIA DE CORES E CANTOS NO AR
O PARAÍSO FEZ AQUI O SEU LUGAR
JARDIM SAGRADO O CARAÍBA DESCOBRIU
SANGRA O CORAÇÃO DO MEU BRASIL
O BELO MONSTRO ROUBA AS TERRAS DOS SEUS FILHOS
DEVORA AS MATAS E SECA OS RIOS
TANTA RIQUEZA QUE A COBIÇA DESTRUIU

SOU O FILHO ESQUECIDO DO MUNDO
MINHA COR É VERMELHA DE DOR
O MEU CANTO É BRAVO E FORTE
MAS É HINO DE PAZ E AMOR


SOU GUERREIRO IMORTAL DERRADEIRO
DESTE CHÃO O SENHOR VERDADEIRO
SEMENTE EU SOU A PRIMEIRA
DA PURA ALMA BRASILEIRA
JAMAIS SE CURVAR, LUTAR E APRENDER

ESCUTA MENINO, RAONI ENSINOU
LIBERDADE É O NOSSO DESTINO
MEMÓRIA SAGRADA, RAZÃO DE VIVER
ANDAR ONDE NINGÚEM ANDOU
CHEGAR AONDE NINGUÉM CHEGOU
LEMBRAR A CORAGEM E O AMOR DOS IRMÃOS
E OUTROS HERÓIS GUARDIÕES
AVENTURAS DE FÉ E PAIXÃO
O SONHO DE INTEGRAR UMA NAÇÃO
KARARAÔ… KARARAÔ… O ÍNDIO LUTA PELA SUA TERRA
DA IMPERATRIZ VEM O SEU GRITO DE GUERRA!

SALVE O VERDE DO XINGU… A ESPERANÇA
A SEMENTE DO AMANHÃ… HERANÇA
O CLAMOR DA NATUREZA
A NOSSA VOZ VAI ECOAR… PRESERVAR!

(Compositores: Moisés Santiago, Adriano Ganso, Jorge do Finge e Aldir Senna)

Cultura inútil: Fazer nas coxas, Puxa-saco, adulador, bajulador

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Puxar o saco, segundo li em algum dicionário, é cativar a benevolência dos potentados; festejar por lisonja e servilismo; pegar no bico da chaleira; prestar-se a vilanias para conseguir alguma coisa.

Ser adulado (e gostar disso) é aceitar as oblações; escutar o canto da sereia; deixar-se inebriar nos turbilhões de incenso; deixar cair o queijo da boca.


Uma vez, há muitos anos, fiz um agrado a uma moça goiana e ela me disse: “Você me adula demais”.

Adula! Sorri. Nunca mais, desde criança, tinha ouvido isso. Adula, usada aí não teve sentido pejorativo. Adular, no caso, tem o mesmo sentido que lisonjear, afagar, acariciar. Mas em outras circunstâncias pode ter. Adular, assim como lisonjear, pode ser o mesmo que bajular, puxar o saco.

Bajular, no dicionário Houaiss tem como primeira definição “lisonjear para obter vantagens”. Ou seja, é uma adulação mal-intencionada.

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