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São tempos difíceis, mas a Travessia é uma oportunidade de reinvenção.

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A vida cultural resiste.

Ninguém imaginou o impacto e o alcance que a pandemia e suas implicações teriam na vida das pessoas, principalmente no que diz respeito à paralisação das atividades econômicas, sociais e culturais. Apesar do cenário complexo, a Arte nunca saiu de cena, ela incorporou as novas tecnologias e segue se reinventando. Na verdade, podemos dizer que a Cultura e a Arte estão desenhando um novo paradigma de atuação para condições de existência adversa.

Nessa perspectiva, diversas ações foram pensadas, pelo poder público e pela sociedade civil, para dar continuidade à produção cultural neste período. Destaco o grande movimento nacional de criação da Lei Aldir Blanc, atualmente em espera de sanção presidencial, que destinará R$ 3 bilhões para municípios e estados, para aplicação em ações emergenciais de apoio ao setor cultural.

Por sua vez, a Secretaria Municipal da Cultura de Fortaleza (Secultfor) mantém como meta prioritária a manutenção da programação cultural e a continuidade de projetos que já estavam em andamento. Para isso, diversas atividades foram adaptadas para as plataformas digitais, como é o caso das ações da Vila das Artes, dos Mercados dos Pinhões e da Aerolândia, das bibliotecas, do Centro Cultural Belchior e da Rede Cuca, transpostas para o site da Prefeitura de Fortaleza e para as redes sociais da Secultfor. A iniciativa oferece alternativas culturais gratuitas que podem ser apreciadas pelo público em suas casas.

Destaco, ainda, como ação prioritária da pasta, a realização do Programa de Auxílio Emergencial aos profissionais da cultura de maior vulnerabilidade social, em um investimento de R$1 milhão; o pagamento do VIII Edital das Artes, no valor de R$ 4,1 milhões; e a antecipação de 40% do valor da premiação aos artistas do 71º Salão de Abril.

São tempos difíceis, mas a travessia é uma oportunidade de reinvenção. Dificilmente vamos desconsiderar, a partir de agora, a existência das ferramentas virtuais e o alcance e a facilidade que permitem, assegurando uma fortaleza de cultura para todos. 

A Cultura resiste e abre novos caminhos.

E eu afirmo: Mesmo em tempos sombrios como os que estamos vivendo no País.

E... apesar do bolsonaristas, fascista e nazistas.

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Gilvan Paiva
Secretário da Cultura de Fortaleza.


Festa junina do Recife terá programação online e volante

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Pula a fogueira, iaiá
Pula a fogueira, ioiô
Cuidado para não se queimar
Olha que a fogueira já queimou o meu amor.

Respeitando medidas de prevenção, mais de 400 atrações se apresentarão seguindo regras de distanciamento social.

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Quem é nordestino sabe que, depois do carnaval, a festa mais aguardada do ano é o São João. Além da musicalidade marcada pela zambumba e pela sanfona, as batidas no chão com a pisada do Coco, a culinária junina também é celebrada pelo povo. Mas, infelizmente, esse ano os tradicionais festejos não poderão ser comemorados da mesma maneira .

Em acordo com os protocolos de isolamento social, a Prefeitura do Recife anunciou nesta semana a programação cultural das festas juninas de 2020. Serão mais de 420 atrações virtuais e volantes pela cidade e nas plataformas digitais. 

Nos dias 23, 24, 26, 27, 28 e 29 de junho duas Freviocas, batizadas temporariamente de Forroviocas, circularão pelos bairros do Recife levando 48 atrações. Os homenageados desse ano são os cantores Josildo Sá e Silvério Pessoa.

Além disso, as festas de Santo Antônio, São João e São Pedro também acontecerão de maneira virtual. Até o dia 29 de junho, serão disponibilizadas 378 atrações pela internet, a maioria gravadas pelos artistas de dentro de suas casas. Nos dias 23 e 29 haverá, ainda, a transmissão de 8 shows de artistas populares diretamente do Sítio da Trindade (foto), importante pólo dos festejos juninos na cidade.

Lives

Ainda no espaço virtual, a Secretaria de Cultura e a Fundação de Cultura Cidade do Recife promoverão, nos próximos dias 16, 17 e 18 de junho, uma série de transmissões ao vivo com quadrilheiros da cidade, para conversar sobre essa manifestação cultural característica do período e que mobiliza centenas de pessoas e comunidades ao longo do estado.

Já no dia 23 de junho, acontecerá no Santuário do Morro da Conceição (onde morei) a transmissão direta da missa e procissão dos Santos Juninos, que terão as bandeiras juninas conduzidas pela Forrovioca até o Sítio da Trindade, em um cortejo sem público.

Os recifenses e o restante do país poderão acompanhar a programação pelo Portal do Turismo e nos canais oficiais da Prefeitura do Recife nas redes sociais.

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Fonte: BdF Pernambuco.

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Aproveito para agradecer a presença dos eleitores que curtem permanentemente o Travessia nos seguintes Cantos do Mundo: Romênia, Estados Unidos, Brasil, Turcomenistão, Reino Unido, Alemanha, Eslováquia, Portugal, Emirados Árabes Unidos e Rússia.

Obrigada pela Travessia.

A pergunta: Quem nasce em Bacurau é o que?

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A resposta de quem sabe Quem é, e o que É: Gente!.

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O filme brasileiro nos convida à ação, à resistência, e a uma possível vitória com a união e a coragem de todos.

"As referências dessa obra-prima são muitas e atingiu em cheio o gosto de um público meio adormecido e anestesiado por tanta desinformação transmitida diariamente por uma mídia torpe e antinacional. 

- Para eles, só tem valor o que vem de fora, sejam produtos industriais, manufaturados ou culturais" (Ruy).

Sucesso de público, Bacurau é a reafirmação do Brasil que tem tudo para dar certo, mas não dá porque a elite branca deste imenso Portugal não se sente pertencendo a este lugar e apoia teses genocidas de aniquilamento dos mais pobres. Todos com as mãos sujas de sangue de crianças mortas por “balas perdidas” sempre encontradas nos corpos de crianças pobres, invariavelmente negras e sempre indefesas.

O filme deixa explícita essa questão quando os personagens cariocas que ajudam os “invasores” norte-americanos dizem que são iguais a eles. Recebem zombaria e balas. Jorra sangue vermelho como de todos.

Fica claro que essa elite branca só é elite e branca aqui. Lá fora, não passam de cucarachas (baratas, em espanhol) que é como os norte-americanos enxergam todos os latino-americanos. Aqui são elite, sentem-se elite e estrangeiros, no exterior são vistos como brasileiros, que tanto renegam.

Como nos versos da canção Não Identificado (1969), de Caetano Veloso, a mostrar que a “minha paixão há de brilhar na noite / no céu de uma cidade do interior / como um objeto não identificado”. 

- Um drone feito disco voador bem identifica o inimigo.

O filme brasileiro, que ganhou o Prêmio do Júri no Festival de Cannes de 2019, chama a atenção para isso. É um convite à ação. Cria um panorama de resistência e de possível vitória, com união e coragem, assim como os vietnamitas derrotaram a maior potência militar do planeta nos anos 1970, os Estados Unidos.

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Em parceria com Marco Aurélio Ruy, do Portal Vermelho.

Se for, Vá em Paz!

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Bacurau e A vida invisível de Eurídice Gusmão'Filmes brasileiros ganham prêmios inéditos no Festival de Cannes.

Bacurau foi vencedor no Prêmio do Juri, enquanto A vida invisível de Eurídice Gusmão também foi premiado no evento francês.

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Bacurau é uma cidade no sertão pernambucano, que resiste contra a chegada de agentes estrangeiros, apoiados por um político e por dois entreguistas do Sudeste

O filme brasileiro Bacurau venceu o Prêmio do Júri no Festival de Cannes, no último sábado (25/5), em empate com o drama francês Les Misérables (Os Miseráveis).  É a primeira vez que uma produção brasileira ganha a categoria, considerada a terceira mais importante do evento francês.

Dirigido por Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, o filme é uma sátira violenta que fala de um Brasil dividido e armado, em uma cidade no sertão pernambucano, que resiste contra a chegada de agentes estrangeiros, apoiados por um político e por dois entreguistas do Sudeste.

“É um filme sobre o Nordeste, um filme sobre o Brasil, é um filme sobre educação, sobre história e estou muito feliz que esse filme nasceu aqui no Festival de Cannes e agora está começando a correr o mundo”, afirmou Kleber ao portal G1. “Vamos cuidar mais uns dos outros e respeitar a cultura, a educação, a ciência e o conhecimento”, acrescentou Dornelles.

Ao Estado de S.Paulo, Kleber falou sobre a representação dessa vitória, em meio aos desmontes do governo Bolsonaro sobre a cultura. “Estamos vivendo um momento desmonte no Brasil e esse filme acabou abrindo uma boa conversa internacional. Tenho muito interesse em saber como (os brasileiros) vão reagir a ele. O filme, aqui, ganhou a imagem de objeto de resistência”, disse.

Com Sônia Braga no elenco,  Kleber Mendonça volta a concorrer à Palma de Ouro no Festival de Cannes, na França, depois de Aquarius (2016), quando ficou marcado pela manifestação anti-impeachment da ex-presidenta Dilma, no tapete vermelho francês.

A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), enviou uma mensagem de parabenização aos integrantes do filme e disse estar orgulhosa pela representação nordestina. “Pro Rio Grande do Norte o orgulho vem em dobro por ter sido palco local dessa história tão  bonita que retrata a resistência do povo nordestino, uma vez que foi filmado aqui, na comunidade da Barra, em Parelhas, fronteira com o Seridó paraibano.”

Na sexta-feira (24/5), outro filme brasileiro também foi premiado em Cannes: A vida invisível de Eurídice Gusmão, dirigido por Karim Aïnouz, foi o vencedor da mostra Um Certo Olhar. A produção deu ao país seu primeiro prêmio principal da competição paralela do evento.

O longa é uma adaptação do romance homônimo de Martha Batalha, onde duas irmãs são separadas uma da outra no Rio de Janeiro, da década de 1950. Mãe solteira, uma é expulsa de casa e vai parar na rua. A outra se casa, mas sacrifica suas aspirações para assumir o papel de dona de casa.




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Do site RBA)))

Estou no Topo do Monte...

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Pronta pra Cantar...

Não rio e não cismo
Fixo o grande abismo
Minha vontade é uma asa
parada no ar

Estou aqui, pronta pra cantar
O amor me deu mais do que o sonho
O amor tudo levou

E o Outono chegou
Mas o Dom da Primavera 
Ninguém vai me tirar

Hoje eu estou
Pronta pra cantar!

I very to say...
I very to say

Retrato em Branco e Preto: As Cores da Violência

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No Brasil, 71,5% das vítimas de assassinato por ano são pretos ou pardos.

“É como se, em relação à violência letal, negros e não negros vivessem em países completamente distintos”, diz trecho do Atlas da Violência.

Sergipe, com 79%, e Rio Grande do Norte, com 70,5%, registram as maiores taxas de homicídios de negros no Brasil.
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São Paulo – Negros e brancos no Brasil vivem em realidades distintas no que se refere à violência. Em 2016, a taxa de homicídios de negros foi de 40,2 por 100 mil habitantes, duas vezes e meia maior à de não negros, que ficou em 16. Quando se analisa o período entre 2006 e 2016, enquanto a taxa de homicídios de negros aumentou 23,1%, a de brancos diminuiu 6,8%. Na prática, 71,5% dos brasileiros assassinados por ano são pretos ou pardos.

“É como se, em relação à violência letal, negros e não negros vivessem em países completamente distintos”, diz trecho do Atlas da Violência 2018, lançado nesta terça-feira (5) no Rio de Janeiro, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

O estado de Alagoas é o exemplo perfeito da disparidade em que vivem negros e brancos no Brasil. Ao mesmo tempo em que teve a terceira maior taxa de homicídios de negros, com 69,7 por cem mil habitantes, Alagoas apresentou também a menor taxa de homicídios de não negros, com 4,1. Para os analistas do Atlas, “é como se os não negros alagoanos vivessem nos Estados Unidos, que em 2016 registrou uma taxa de 5,3 homicídios para cada 100 mil habitantes, e os negros alagoanos vivessem em El Salvador, cuja taxa de homicídios alcançou 60,1 por 100 mil habitantes em 2017”.


Além de Alagoas, outros seis estados registraram taxas de homicídios de brancos de apenas um dígito – exceção num país que, em 2016, teve a taxa de 30,3 homicídios para cada 100 mil habitantes. São eles: Paraíba (5,8), Piauí (7,0), Amapá (7,8), Ceará (8,3), São Paulo (9,1) e Espírito Santo (9,3).
Quando o recorte da pesquisa é por gênero, a desigualdade se mantém: a taxa de homicídios de mulheres negras foi 71% superior à de mulheres não negras.

"Uma parte de mim é todo mundo: outra parte é ninguém...

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"Gullar é um dos sobrenomes de minha mãe, o nome dela é Alzira Ribeiro Goulart, e Ferreira é o sobrenome da família, eu então me chamo José Ribamar Ferreira; mas como todo mundo no Maranhão é Ribamar, eu decidi mudar meu nome e fiz isso, usei o Ferreira que é do meu pai e o Gullar que é de minha mãe, só que eu mudei a grafia porque o Gullar de minha mãe é o Goulart francês; é um nome inventado, como a vida é inventada eu inventei o meu nome”.

(Gullar, em entrevista)
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Traduzir-se

Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.

Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.

Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.

Uma parte de mim
almoça e janta:
outra parte
se espanta.

“Uma Maranhense”

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Conheça Maria Firmina dos Reis, a primeira romancista negra do Brasil.

“Mesquinho e humilde é este livro que vos apresento, leitor. Sei que passará entre o indiferentismo glacial de uns e o riso mofador de outros, e ainda assim dou à lume. (…) Sei que pouco vale esse romance, porque escrito por uma mulher, e mulher brasileira, de educação acanhada e sem trato e a conversação dos homens ilustrados”.
(Firmina)

PIONEIRA

Maranhense também compôs o Hino de Libertação dos Escravos e foi primeira mulher a passar em um concurso público.

O livro "Úrsula" da escritora ficou esquecido no porão de uma biblioteca pública durante muitos anos Experimente pesquisar na internet o nome da escritora Maria Firmina dos Reis. O resultado mostra uma jovem branca com vestimentas nobres. Mas, a imagem é bem diferente da verdadeira fisionomia da primeira romancista negra do Brasil. 

"Rosto arredondado, cabelo crespo, grisalho, fino, curto e amarrado na altura da nuca. Olhos castanhos escuros, nariz curto e grosso, lábios finos, mãos e pés pequenos. A Firmina era uma escritora negra, do século XIX. Então, porque a representação imagética dela é de uma escritora branca?", questiona o pesquisador de literatura abolicionista Rafael Balseiro Zin. A situação, segundo ele, evidencia o esquecimento da vida e obra da maranhense. 

“Mesquinho e humilde é este livro que vos apresento, leitor. Sei que passará entre o indiferentismo glacial de uns e o riso mofador de outros, e ainda assim dou à lume. (…) Sei que pouco vale esse romance, porque escrito por uma mulher, e mulher brasileira, de educação acanhada e sem trato e a conversação dos homens ilustrados”.

Literatura de cordel: instrumento de formação popular

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Gênero típico do Nordeste contribui para a conscientização política

Wikipedia.

“A poesia de cordel é uma das manifestações mais puras do espírito inventivo, do senso de humor e da capa - cidade crítica do povo brasileiro”. Foi assim que esse ramo literário foi definido por Carlos Drummond de Andrade, um dos mais reconhecidos poetas e cronistas brasileiros do século 20.

Gênero típico do Nordeste brasileiro, a literatura de cordel – batizada pela forma como os folhetos são expostos – é uma herança portuguesa. Sua marca é o registro de relatos orais para serem re - citados. Além da diversão, são também um instrumento de formação política do povo, definem cordelistas.

Um deles é Tarciso Moraes, trabalhador aposentado da Petrobras e poeta de Juazeiro, na Bahia. Para ele, o cordel é uma forma de retratar as agruras do povo nordestino e projetar a sua formação. “O cordel contribuiu muito para a conscientização de nós, nordestinos. Juntando com o sofrimento de tantos anos, contribuiu para hoje a região se sobressair como progressista”.

A obra de Moraes é pautada por temas sociais. Um de seus folhetos, por exemplo, relata o Massacre de Eldorado dos Carajás, ocorrido contra trabalhadores rurais sem-terra em 1996, no Pará. Uma de suas últimas produções é atenta ao clima político atual – “Diretas Já, Lula lá” –, na qual ele critica a condenação do petista pelo juiz de primeira instância Sérgio Moro.

O formato é também assumido por jovens, como a escritora cearense Jarrid Arraes, que lançou em 2017 a obra “Heroínas Negras Brasileiras em 15 Cordéis”. Antonieta de Barros, Carolina de Jesus e Dandara dos Palmares são algumas das celebradas por sua poesia.

“Escrever sobre feminismo e direitos humanos foi algo que me encorajou a escrever de outras formas também, escrever cordel, prosa, poesia e compartilhar com as pessoas. E os temas do machismo e do racismo são muito presentes, porque eu sou uma mulher negra e a minha visão de mundo, minhas experiências, são perpassadas por isso”, explica.

Arraes resume como o cordel pode ser uma ferramenta de crítica da realidade: “Cordel engajado é um tipo de cordel que fala de questões sociais, políticas, de reivindicações, coisas que estão em evidência no momento”.
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Do Brasil de Fato.

Cinema São José: 75 anos de história no Sertão do Pajeú

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O prédio do cinema foi inaugurado em 1942

O Cine Teatro São José faz parte da memória e tradição de Afogados da Ingazeira, município do sertão pernambucano. Localizada a 386 km da capital Recife, a princesa do Pajeú, como também é conhecida, possui cerca de 36 mil habitantes e é uma das poucas cidades do interior do estado a ter um cinema em seu território.

História
O prédio do cinema foi construído pelo farmacêutico Helvécio César de Macedo Lima e inaugurado em novembro de 1942, com direito a evento comemorativo. Denominado, à época, Cine Teatro Pajeú, as máquinas operadoras e projetores importados da Alemanha.

Palco de grandes eventos na cidade, o Cine Teatro já foi anfitrião de peças teatrais, congressos religiosos, colações de grau e apresentações de artistas de cidades vizinhas, como Triunfo (PE) e Monteiro (PB). Com a instalação da Diocese de Afogados da Ingazeira, tendo como 1º Bispo o religioso Dom Mota, o cinema foi comprado pela Ação Diocesana e passou a chamar-se Cine Teatro São José, como segue sendo até os dias de hoje. Entretanto, a partir dos anos 1960, o cinema passou por um sério período de crise, chegando a ser fechado e colocado à venda pela Diocese.

Recuperação
Na década de 1990, a população de Afogados começa a se mobilizar, interessada em reverter o quadro de abandono do Cinema. Com a apresentação de uma Emenda à Lei Orgânica Municipal, prédio foi tombado como Patrimônio Histórico de Afogados da Ingazeira, o que conseguiu impedir sua venda. Entretanto, em decorrência da ação do tempo e da falta de manutenção, a estrutura do cinema estava bastante deteriorada. Com o intuito de reverter esse quadro, foi idealizado pelo Grupo de Teatro Raízes do Sertão, o Grupo Frente Jovem, que fez uma mobilização que culminou em ato público com grande participação popular em frente ao velho prédio. Na ocasião, foi formada uma comissão para lutar pela restauração do antigo Cinema.

São João, a festa completa

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Bandeiras (1958), de Alfredo 
Vem chegando junho e se aproximam as festividades dos três santos, Antônio , João e Pedro. Santo Antônio, o casamenteiro, abre os festejos homenageando o amor. São Pedro fecha as comemorações celebrando a chuva. Já São João é o grande astro das festas juninas.

A festa de São João é , na minha opinião, a comemoração mais completa que temos no nosso calendário. O Carnaval é o momento mais celebrado, porém a “farra da carne” fica restrita às fantasias e aos ritmos. Já o São João vai muito além....

As festas juninas envolvem ritmos e danças como forró, coco, ciranda e tantos outros, que geralmente exaltam temas alegres e festivos. As quadrilhas juninas enaltecem as cores, os tecidos, as rendas e realizam grandiosas apresentações numa espécie de desfile de escolas de samba onde todos os componentes atuam , cantam e dançam como uma grande comissão de frente.

Há até quem ache o forró meio brega, mas não dispensa uma pamonha ou canjica. A culinária das festas juninas é de uma riqueza irresistível com seus mais variados bolos , comidas de milho e um quentão ou uma boa cachacinha para acompanhar. Sem falar no queijo ou aquela linguiça assada na fogueira, onde a fuligem da brasa dá aquele sabor especial.

Por falar em fuligem, como não falar da fumaça? O São João tem um cheiro próprio, aquele “perfume” de fumaça em toda parte, seja das fogueiras ou dos fogos que colorem o céu celebrando a vida. E há ainda as brincadeiras, adivinhas e simpatias, que vão do desafio do pau de sebo à conquista da pessoa amada.

Seja numa grande cidade ou naquele interior mais longínquo, o São João faz-se presente como a festa mais completa que celebramos.

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Diego Santos é produtor cultural, coordenador do Coletivo de Cultura de Pernambuco e membro da Direção do PCdoB Recife.




Agora ficou fácil Todo mundo compreende...

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Belchior, pequeno perfil de um cidadão incomum.

Agora ficou fácil
Todo mundo compreende
Aquele toque Beatle
I wanna hold your hand
(Medo de Avião)


Ora, direis,
Ouvir estrelas,
Certo perdeste o senso
Eu vos direi, no entanto
Enquanto houver espaço, corpo e tempo
E algum modo de dizer não
Eu canto

Lembranças e anotações sobre o compositor que morreu em 30 de abril, aos 70 anos. Ele é tema de biografia escrita pelo jornalista Jotabê Medeiros, a ser lançada no segundo semestre.
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São Paulo – "Aí um analista amigo meu/ Disse que desse jeito não vou viver satisfeito" são alguns dos versos da Divina Comédia Humana, de Belchior. Esse analista existe, entrou na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará junto com o futuro compositor – que trocaria o curso pelo de Filosofia – e foi localizado pelo jornalista Jotabê Medeiros, que prepara uma biografia a ser lançada no segundo semestre.

Reticente, o analista amigo dele acabou concordando em conversar, no horário de uma sessão, um dia depois do sepultamento de Belchior, que ocorreu na manhã de 2 de maio, em Fortaleza. Dois dias antes, o músico havia sido encontrado morto na pequena Santa Cruz do Sul (RS, 130 mil habitantes), última parada de um desaparecimento de anos.

"A história de Antonio Carlos Belchior é a história de uma criança, saudável e feliz, que cresceu ouvindo música em casa e nas ruas cantadores repentistas. É a história de uma criança que apaixonou-se pela cultura do povo e para o povo cantou a vida toda", escreveu em seu blog o jornalista paraibano Assis Ângelo, que várias vezes recebeu o artista em sua casa, já em São Paulo, servindo bons pratos de bacalhau. Assis desembarcou em terras paulistanas praticamente ao mesmo tempo em que Belchior começava a experimentar o sucesso, com o disco Alucinação (1976), depois que Elis Regina lançou Como Nossos Pais e Velha Roupa Colorida, as duas primeiras faixas do disco Falso Brilhante, do mesmo ano.

Leia e ouça tudo aqui.
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por Vitor Nuzzi, da RBA publicado 27/05/2017

“Alô, alô Brasil de Fato!”

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O Brasil de Fato embarca em mais um projeto de Rádio e, além da Radioagência BdF, lança programas semanais em emissoras de São Paulo e de Pernambuco.

Neste sábado, 4 de março, é a estreia na Rádio 9 de Julho, AM 1.600, na Grande São Paulo, a partir de 12:20 (meio dia e vinte), com duração de 40 minutos. O reprise ocorre no domingo, da 6h20 da manhã até às 7h.


Já em Recife, a capital pernambucana, o lançamento também é no sábado, dia 4. Para ouvir, sintonize na Rádio Globo, AM 720, das 7h às 8h da manhã.

Os programas trazem as principais notícias de movimentos populares e direitos humanos do Brasil e do mundo. Além de entrevistas de destaque da semana e serviços, como dicas de alimentação saudável, cultura, direitos e de tecnologia.

Para ouvir os programas, acompanhe ao vivo sintonizando nas emissoras no horário marcado, ou acesse a página na internet brasildefato.com.br/radioagencia.

Emissoras de todo o país também podem retransmitir, de forma gratuita, o programa do Brasil de Fato. Após a transmissão na Rádio 9 de Julho, em São Paulo, e na Rádio Globo, em Pernambuco, basta baixar o conteúdo também no site.

Dia Dois de Fevereiro, Dia de Festa no Mar

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Dia dois de fevereiro
Dia de festa no mar
Eu quero ser o primeiro
A saudar Iemanjá
Dia dois de fevereiro
Dia de festa no mar
Eu quero ser o primeiro
A saudar Iemanjá

Escrevi um bilhete a ela Pedindo pra ela me ajudar
Ela então me respondeu
Que eu tivesse paciência de esperar
O presente que eu mandei pra ela
De cravos e rosas vingou
Chegou, chegou, chegou

Afinal que o dia dela chegou
Chegou, chegou, chegou
Afinal que o dia dela chegou





Bate o Sino...

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FELIZ NATAL!




PAX ET BONVM!

PAZ E BEM.




“Era o Hotel Cambridge”

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Emocionante e imperdível programa para quem quer entender as desigualdades sociais a que estamos submetidos e a força de quem luta por direitos, com um dos movimentos sociais mais importantes e atuantes da capital paulista.

O Longa retrata o cotidiano de trabalhadores brasileiros e refugiados que vivem numa das maiores ocupações do País.


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No começo deste ano, a Prefeitura de São Paulo identificou 1.320 imóveis sem função social na capital, ou seja, que não cumprem com interesses da cidade e da sociedade. São cerca de 2 milhões de m2 de casas e edifícios ociosos que não pagam impostos, estão vazios e abandonados. Esses são os estabelecimentos escolhidos pelos movimentos de trabalhadores sem teto para ocupar e transformar em moradia.

Foi o que ocorreu com o Hotel Cambridge, na Avenida 9 de Julho, uma das mais importantes vias de São Paulo, em novembro de 2012. Abandonado, com focos de dengue e acúmulo de lixo, a Frente de Luta por Moradia (FLM) ocupou o hotel, que abriga hoje 170 famílias. Gerido pelo Movimento dos Sem Teto do Centro (MSTC), o imóvel foi recuperado e é lar para trabalhadores brasileiros e refugiados, revelando uma rara mistura de idiomas, costumes, culturas e comidas nos corredores do prédio.

Para retratar o cotidiano dos moradores, a cineasta Eliane Caffé frequentou a ocupação ao longo de dois anos. Criou uma história de ficção (muito real) que narra a trajetória dos refugiados recém-chegados a São Paulo, que não cabem nos abrigos oferecidos pelo Estado, e seu convívio com brasileiros dos movimentos de sem teto. “Somos todos refugiados. Refugiados da falta de nossos direitos”, afirma Carmen Silva Ferreira, dirigente da FLM, que comanda o MSTC e, com dedicação, força e delicadeza, organiza a convivência no Cambridge e outros edifícios do centro da capital paulista.

Complicações idiomáticas

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É verdade matemática
Que ninguém podi negá
Que essa história de gramática
Só serve pra atrapaiá

Inda vem língua estrangera
Ajudá a compricá
Meió nóis cabá cum isso
Pra todos podê falá.

Na Ingraterra ouví dizê
Que um pé de sapato é xu
Desde logo já se vê
Dois pé de sapato é xuxu

Xuxu pra nois é legume
É verdade e não boato
O ingrês que lá se arrume
Mas nóis num come sapato.

Ná Itália ouví dizê
Eu não sei porque razão
Que manteiga lá é burro
Lá se passa burro no pão

A energia para continuar a lutar

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Aquarius.

Apesar do revanchismo político com gosto de vingança infantil, Aquarius já pode prescindir da benção de um Oscar. Ganhou prêmios nos festivais de Amsterdã, no Transatlantyk, da Polônia, em Lima, no Peru e em Sidney, na Austrália. Fez furor na Europa e esta semana está sendo mostrado no Festival de Cinema de Toronto – isto, por enquanto.

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Quando um evento gera imensa expectativa antes de se concretizar, é frequente a decepção quando ele acontece. O objeto da espera invade a imaginação dos que aguardam  e inflaciona, na fantasia, a versão do acontecimento. Perde-se a dimensão do real. A data da partida, o dia da chegada, a noite da grande festa, do encontro decisivo. Da estreia de um filme muito badalado.

Não é o caso de Aquarius, cujo autor, de 48 anos, é um dos mais competentes cineastas brasileiros da sua geração, o pernambucano Kléber Mendonça Filho, de Recife, de formação jornalística. Aquarius não desaponta. Pelo contrário. Eletriza milhares de espectadores e é consagrado, durante e no final das sessões dos cinemas onde é exibido, como ocorreu no último fim de semana.

Depois de quatro meses aguardando para estrear no Brasil, desde o histórico fora-temer da sua equipe, nas escadarias do Festival de Cinema de Cannes, em maio passado, o filme protagonizado por Sonia Braga atinge uma marca rara de bilheteria - duzentos mil espectadores nos seus dez primeiros dias; sessões lotadas, calorosos aplausos e gritos de protesto das plateias contra o mordomo e o golpe de estado.


Aquarius se firma além da sua dimensão estritamente cinematográfica, que é admirável, e se torna um filme/ícone. É o totem da resistência permanente dos brasileiros contra o esbulho dos meliantes usurpadores do governo e da energia da qual precisamos para botá-los para fora.

Neste começo de carreira a sua trajetória é notável embora acabe de ter sido golpeado pelo governo através de uma comissão, sem representatividade e sem ética (um dos membros é daquela crítica mal cheirosa do não-vi-e-não-gostei de certos filmes), que tradicionalmente aponta as produções brasileiras a serem escolhidos por Hollywood como candidatas ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.

Apesar do revanchismo político com gosto de vingança infantil, Aquarius já pode prescindir da benção de um Oscar. Ganhou prêmios nos festivais de Amsterdã, no Transatlantyk, da Polônia, em Lima, no Peru e em Sidney, na Austrália. Fez furor na Europa e esta semana está sendo mostrado no Festival de Cinema de Toronto – isto, por enquanto.

Marta Vieira da Silva: Construí minha carreira com base na insistência

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Embaixadora Mundial das Nações Unidas.

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Teimosia. Se existe uma palavra para descrever como cheguei até aqui, a palavra é teimosia. Claro, talento, dedicação e um ótimo aproveitamento das oportunidades que tive também fizeram a diferença. Mas, não fosse eu teimosa, minha carreira não teria nem começo...

Cheguei aos 30 anos com o currículo pesado. Jogo na Europa. Fui a primeira pessoa eleita como melhor jogadora do mundo cinco vezes, um recorde entre homens e mulheres igualado por Messi no ano passado. Sou a camisa 10 da Seleção Brasileira. Nas Copas do Mundo, sou a maior artilheira da história, com 15 gols – se eu marcar mais dois golzinhos em 2019, supero o Klose e lidero o ranking entre homens e mulheres. Os mais de cem (são 101, para ser mais precisa) tentos que marquei com a camisa amarelinha me colocam no topo da lista de artilheiros absolutos da Seleção – deixando no segundo lugar ninguém menos do que o Rei Pelé, o maior de todos. Meus pés estão na Calçada da Fama do Maracanã, e sou a primeira mulher a conquistar essa honra. Em 2010, a ONU me nomeou Embaixadora Mundial, título que carrego junto da missão de trabalhar pela valorização da mulher como forma de combate à pobreza.


Quem lê assim minhas conquistas, condensadas em um parágrafo, pensa que vivo um sonho. Pode até ser verdade, mas o caminho para chegar até aqui foi árduo. O esforço que fiz para chegar onde cheguei passa longe do campo pouco concreto dos sonhos.

Agosto chega no embalo do Fest Bossa & Jazz em Natal e Pipa

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Com novas atrações nacionais e internacionais e lançamentos de novos talentos potiguares, a segunda etapa do Fest Bossa & Jazz, Circuito 2016, chega na praia de Ponta Negra (praça Ecológica), em Natal, nos dias 24 e 25 de agosto e na praia da Pipa (palco Principal), município de Tibau do Sul, nos dias 26, 27 e 28 de agosto.

Esta é a sétima edição do Festival que já recebeu três mil crianças e jovens em suas oficinas e workshops. Pelo palco principal apresentaram-se mais de 100 atrações  nacionais e internacionais e novos talentos potiguares, proporcionando um intercâmbio entre artistas consagrados e os novos jovens músicos, compositores e cantores. Cerca de 200 mil pessoas já acompanharam as edições realizadas em Natal, Pipa, Mossoró e São  Miguel do Gostoso. Juçara anunciou também para este ano, mais uma novidade, as caminhadas ecológicas, parceria com o Projeto TAMAR, incluindo palestras sobre preservação ambiental e sustentabilidade na praia da Pipa. 

Em Ponta Negra, Natal

Na programação, que tem Liz Rosa na curadoria musical e coordenação artística, bandas e músicos de encher os ouvidos em delírio. No primeiro dia (quarta, 24), em Natal, a potiguar Clara Menezes; o multi-instrumentista Filó Machado (SP), sobem ao palco da Praça Ecológica, logo após a americana Grana Louise se apresenta ao lado da Décio Caetano Blues Band.

No segundo dia (quinta, 25), ainda em Natal, o primeiro a encantar o público será o vencedor do edital ‘Novos Talentos do RN’, seguido de Dani e Débora Gurgel Quarteto (SP), na sua fusão de melodias e ritmos brasileiros. A atração internacional fica por conta de Mark Lambert (EUA), guitarrista e arranjador que toca ao lado de Jimmy Duchowny (bateria), Jefferson Lescowich (baixo), Wanderson Cunha (trombone) e Vander Nascimento (trompete). Para não deixar saudades, tem Jam Session depois dos shows, nas duas noites.

Em Pipa

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