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Os Nada e a Pandemia social

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Ontem, 13 de abril, marcou o quinto aniversário da morte do escritor e jornalista Eduardo Hughes Galeano, falecido aos 74 anos de idade em seu país natal, Uruguai..

Eduardo iniciou sua carreira literária por trás de sua assinatura "Gius". Aos 14 anos, ele vendeu seu primeiro cartum político para o semanário Sol, do Partido Socialista no Uruguai. Em 1960, tornou-se editor da revista semanal Marcha e depois publicou o jornal Época por dois anos.

Em 1973, ele fugiu para o país vizinho, Argentina, depois de escrever As veias abertas da América Latina em 1971, proibido pelas ditaduras do Uruguai, Argentina e Chile, levando-o para a prisão antes de seu exílio.

Durante sua carreira, ele sutilmente misturou jornalismo, poesia em sua expressão de sentimento e profundidade dos processos sociais em uma narrativa oportuna e poderosa, que chegou às mãos de presidentes de destaque e acrescentou vários prêmios a seu registro.

Suas obras, traduzidas para mais de 20 idiomas, foram ao redor do mundo. Inspirado pelo clima revolucionário que marcou as décadas dos anos 60 e 70 do século passado e que mostra realidades que persistem hoje.

Cinco de seus poemas animam a história da maioria reduzida há séculos e enchem de esperança a resistência que é representada em cada uma de suas letras.

São ninguém, filhos de ninguém, donos de nada.
Os nenhuns, correndo a lebre, morrendo na vida, ferrados, ferrou!
Que não são, mesmo que sejam.
Eles não falam idiomas, mas dialetos.
Que eles não professam religiões, mas superstições.
Eles não fazem arte, mas artesanato.
Eles não praticam cultura, mas folclore.
Que não são seres humanos, mas recursos humanos.
Eles não têm rosto, mas braços.
Eles não têm um nome, mas um número.
Eles não aparecem na história universal, mas na crônica vermelha da imprensa local.

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Que agora estão recebendo uma migalha, que em breve lhes será cobrada de alguma forma.

“Uma Maranhense”

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Conheça Maria Firmina dos Reis, a primeira romancista negra do Brasil.

“Mesquinho e humilde é este livro que vos apresento, leitor. Sei que passará entre o indiferentismo glacial de uns e o riso mofador de outros, e ainda assim dou à lume. (…) Sei que pouco vale esse romance, porque escrito por uma mulher, e mulher brasileira, de educação acanhada e sem trato e a conversação dos homens ilustrados”.
(Firmina)

PIONEIRA

Maranhense também compôs o Hino de Libertação dos Escravos e foi primeira mulher a passar em um concurso público.

O livro "Úrsula" da escritora ficou esquecido no porão de uma biblioteca pública durante muitos anos Experimente pesquisar na internet o nome da escritora Maria Firmina dos Reis. O resultado mostra uma jovem branca com vestimentas nobres. Mas, a imagem é bem diferente da verdadeira fisionomia da primeira romancista negra do Brasil. 

"Rosto arredondado, cabelo crespo, grisalho, fino, curto e amarrado na altura da nuca. Olhos castanhos escuros, nariz curto e grosso, lábios finos, mãos e pés pequenos. A Firmina era uma escritora negra, do século XIX. Então, porque a representação imagética dela é de uma escritora branca?", questiona o pesquisador de literatura abolicionista Rafael Balseiro Zin. A situação, segundo ele, evidencia o esquecimento da vida e obra da maranhense. 

“Mesquinho e humilde é este livro que vos apresento, leitor. Sei que passará entre o indiferentismo glacial de uns e o riso mofador de outros, e ainda assim dou à lume. (…) Sei que pouco vale esse romance, porque escrito por uma mulher, e mulher brasileira, de educação acanhada e sem trato e a conversação dos homens ilustrados”.

Peripatético: aborda juventude, periferia, trabalho e ataques do PCC

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Se você for preto e pobre, a bala perdida acha um dono.

O curta-metragem Peripatético, da cineasta Jéssica Queiroz, retrata a vida de três jovens moradores da periferia em maio de 2006, quando a capital paulista e o estado de São Paulo sofreram uma onda de ataques da facção Primeiro Comando da Capital (PCC). É quando Simone participa de entrevistas para conseguir o primeiro emprego, Thiana tenta passar no vestibular de Medicina e Michel ainda sem saber o que quer fazer da vida, passa seus dias jogando vídeogame. Boa parte do filme foi rodada no bairro de Ermelino Matarazzo, na zona leste de São Paulo, onde vive a diretora.

Cinemateca Brasileira, em São Paulo, seguido de debate com a diretora, a roteirista Ananda Radhika e os atores Larissa Noel, Maria Sol e Alex de Jesus. “O filme fala de vários assuntos – juventude, primeiro emprego, vestibular, a dificuldade de ser negro e periférico e violência policial –, mas tudo de forma muito lúdica. Mostra que a vida é difícil, mas resistimos e inventamos novas formas de ver a vida, pra que seja mais leve. Acho que cinema é isso pra mim e foi isso que queria na tela, com o Peripatético”, afirma Jéssica Queiroz.



Ao final, o curta-metragem apresenta as assombrosas estatísticas daquele período de 2006. É quando Simone, de luto pela morte do amigo, diz que “se você for preto e pobre, a bala perdida acha um dono”: “Entre 12 e 15 de maio de 2006, ocorreram 74 rebeliões em presídios no estado de São Paulo. 33 agentes públicos e 51 civis morreram (…) 8 a cada 10 civis mortos eram jovens de até 35 anos. Mais da metade eram negros. 94% deles não tinham antecedentes criminais”. É exatamente por causa desses dados que a obra é dedicada ao Movimento Independente Mães de Maio, formado pelos familiares das vítimas do conflito.

CNJ adia julgamento da juíza Kenarik Boujikian

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Ela foi censurada após libertar presos que já haviam cumprido sentença. AJD aponta machismo na decisão

Punição à juíza Kenarik Boujikian causou comoção na comunidade jurídica.

São Paulo – O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) adiou o julgamento da pena de censura aplicada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) à juíza Kenarik Boujikian, marcado para ocorrer nesta terça-feira (1º). A juíza foi punida após ter posto em liberdade 11 presos provisórios que seguiam encarcerados mesmo após terem cumprido o prazo fixado em suas sentenças. 

A punição se deu a pedido do desembargador Amaro Thomé Filho, porque a decisão de libertar os presos foi tomada monocraticamente pela juíza Kenarik. Segundo Thomé Filho, deveria ter sido apreciada por órgão colegiado, composto por mais de um juiz.  

A juíza recorreu, então, ao CNJ pedindo a revisão da decisão e a anulação da punição, que contou com parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR), que entendeu a decisão de Kenarik como legítima. Entre outras decisões de grande repercussão, Kenarik foi responsável pela condenação do médico Roger Abdelmassih por ter violentado 56 mulheres que eram suas pacientes. 

Para a presidenta da Associação Juízes para a Democracia (AJD), Laura Rodrigues Benda, o adiamento da decisão prolonga o sofrimento a que Kenarik vem sendo submetida. Ela também identificou indícios de machismo na censura imposta à juíza. "Jamais a situação seria a mesma se fosse um juiz homem. Todas nós, juízas, percebemos que somos tratadas de forma diferente", afirmou à Rádio Brasil Atual nesta quarta-feira (2). 


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