E, sem muita filosofia, convido os leitores a ouvir os críticos versos do cantor popular Max Gonzaga, na música “Sou classe média”, cujas frases finais apregoam: “Toda tragédia só me importa quando bate em minha porta / Porque é mais fácil condenar quem já cumpre pena de vida...”
O título desta coluna é uma reverência a Luiz Fernando Veríssimo que, em meados dos anos 80, escreveu uma crônica também assim intitulada. Naquele texto, o consagrado escritor, com deliciosa ironia, falava sobre o crescente empobrecimento da classe média. Eram tempos difíceis, de que muitos parecem esquecer-se.
O título desta coluna é uma reverência a Luiz Fernando Veríssimo que, em meados dos anos 80, escreveu uma crônica também assim intitulada. Naquele texto, o consagrado escritor, com deliciosa ironia, falava sobre o crescente empobrecimento da classe média. Eram tempos difíceis, de que muitos parecem esquecer-se.
Mas a classe média não ficou pobre e hoje, em novo cenário, o que se vê, pelo contrário, é a ascensão social de segmentos até então excluídos. Chega-se a mencionar uma “nova classe média”, mas essa, creio, é uma expressão forçada. O que há são algumas dezenas de milhões de miseráveis ou pobres que, em função de políticas públicas, estão alcançando um nível, ainda insuficiente, de dignidade e cidadania.