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Flip 2024: 100 anos sem João do Rio, o cronista das ruas cariocas

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Cronista prolífico, autor de romances, ensaios, contos, peças de teatro, conferências sobre dança, moda, costumes e política. Um dos autores mais importantes do início do século XX no Rio de Janeiro: João do Rio, pseudônimo mais famoso de Paulo Barreto (1881-1921), é o autor homenageado da 22ª edição da Flip – Festa Literária Internacional de Paraty, que será celebrada de 09 a 13 de outubro. 


Negro e homossexual, escritor ficou conhecido por caminhar pela cidade, documentando grupos marginalizados da vida urbana.

Essa semana (23/6) será marcada pelo centenário da morte de Paulo Barreto, jornalista e escritor carioca também conhecido por um de seus pseudônimos, João do Rio. Popular por retratar o cotidiano do Rio de Janeiro, seu funeral foi um evento histórico: cerca de 100 mil pessoas compareceram, quase 10% da população da cidade em 1921.João do Rio trabalhou a vida toda em jornais e revistas. Pioneiro como repórter, criou um estilo de texto híbrido de literatura e reportagem, ficção e realidade. “João do Rio não separou jornalismo de literatura. Sua busca por transformar o ofício em grande arte é um convite a pensarmos no fazer literário em seu campo expandido”, diz Mauro Munhoz, diretor artístico da Flip.

Foi dessa forma que ele mudou o modo de fazer jornalismo, fundando a crônica moderna. “Muito se diz que a crônica, como ela se deu no Brasil, é um gênero totalmente brasileiro. Vem um pouco da tradição do ensaio, claro, mas aqui ganhou pitadas de humor, de observação sagaz. João do Rio, como um dos pioneiros, foi além: registrou a história de uma cidade que se transformava, e não é exagero dizer que ele fez uma etnografia no início do século”, conta a curadora Ana Lima sobre o autor escolhido para a homenagem da Flip 2024.

Na sua observação das ruas e do povo, João do Rio fez coro com pensadores da passagem do século XIX ao XX que tinham a cidade como centro do pensamento, refletindo sobre o progresso, a velocidade, a formação urbana e as suas contradições. “Ele desempenhou um papel crucial ao documentar a vida urbana do Rio de Janeiro com uma perspectiva única e detalhada num momento em que a, então capital federal, se expandia de maneira desgovernada. Ainda hoje, o crescimento predatório faz parte da realidade de diversas cidades brasileiras, como Paraty. É com essa sensibilidade etnográfica, presente na literatura de João do Rio, que convidamos moradores e visitantes a estar no território que abriga a Festa”, comenta Munhoz.

O escritor, que conquistou uma vaga na Academia Brasileira de Letras aos 29 anos, era um personagem múltiplo e controverso. “João do Rio era e continua sendo uma figura contraditória. Por um lado, era fascinado por Paris, por outro, subia o morro do Rio de Janeiro com muito gosto, da mesma forma que o Rio era uma cidade dividida entre a fome de progresso e o convívio com sua formação”, aponta Ana Lima “Mas, ainda que tenha morrido famoso – seu enterro arrastou multidões –, permaneceu quase esquecido por mais de um século. A homenagem da Flip quer destacar essas contradições, justamente por ajudarem a explicar o Brasil”,  completa. 

Leitor atento e receptor das modas europeias, João do Rio foi um arguto cronista da Belle Époque carioca, narrando os salões e as recepções elegantes da alta roda – a elite que tentava se sofisticar e imitar os estrangeiros.

Ao mesmo tempo, quando deixa a redação do jornal para subir vielas, acompanhar manifestações culturais, observar de perto as habitações e os hábitos de uma cidade que se transformava vertiginosamente, João do Rio funda um modo de fazer jornalismo, numa espécie de etnografia pulsante, revelando ao leitor do jornal uma cidade que lhe era desconhecida. 

João do Rio percorreu o mundo, colecionou admiradores e desafetos. Filho de pai branco e mãe negra, abraçou as polêmicas com coragem – desde mergulhar nas religiões de matriz africana, tão populares no Rio de Janeiro, até ser o responsável pela tradução e divulgação da obra de Oscar Wilde, o que levou a especulações sobre sua sexualidade Vestia-se como um dândi, arrumando brigas, despertando gargalhadas, mas nunca passando despercebido. Vítima de um ataque cardíaco que o impediu de completar 40 anos, deixou 25 livros e mais de 2.500 textos publicados em jornais e revistas.

Curadoria

Em uma época em que a imprensa brasileira publicava principalmente crônicas de cunho literário e pessoal, Barreto foi pioneiro de um estilo de escrita que ia às ruas para documentar a vida urbana. Em livros como “A alma encantadora das ruas” (1910) e “A vida vertiginosa” (1911), ele registrou as transformações do Rio, então capital do país, durante a Belle Époque.

Ele trabalhou para diferentes periódicos, entre eles o jornal Cidade do Rio, dirigido pelo abolicionista José do Patrocínio. Também escreveu contos, peças de teatro e um romance. Em 1910, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras e, em 1920, fundou seu próprio jornal, A Pátria — menos de um ano antes de sua morte súbita por ataque cardíaco, aos 39 anos de idade.

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De Michelle Obama a Muhammad Ali

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25 frases que abriram nossos olhos contra o racismo.

O assassinato de George Floyd provocou a maior onda de protestos antirracistas dos últimos 50 anos nos EUA. Estas são algumas das figuras célebres, incluindo brasileiros, que nos fizeram refletir sobre a luta pelos direitos civis

“Sempre quis saber por que Tarzan era o rei da selva na África e era branco. Um homem branco com uma tanga na África gritando: ‘Oh, oh, oh, oh!’ Ele briga com os africanos e quebra as mandíbulas dos leões. Além disso, Tarzan fala com os animais, e os africanos que estão lá durante séculos não podem falar com os animais. Só o Tarzan pode”, disse Muhammad Ali, o pugilista mais importante da história e ativista fundamental da luta pelos direitos dos negros. Uma entrevista na BBC em 1971 que viralizou após os protestos dos últimos dias.

2) “Não tinha nem ideia de que estava fazendo história. Só estava cansada de me render”, afirmou Rosa Parks quando lhe perguntaram por que não cedeu seu assento a um branco num ônibus em 1.o de dezembro de 1955, acendendo assim a chama de um movimento que ainda continua vigente.

3) “Em nós, até a cor é um defeito. Um imperdoável mal de nascença, o estigma de um crime. Mas nossos críticos se esquecem que essa cor, é a origem da riqueza de milhares de ladrões que nos insultam; que essa cor convencional da escravidão tão semelhante à da terra, abriga sob sua superfície escura, vulcões, onde arde o fogo sagrado da liberdade.” O poema em forma de manifesto revela a inquietude e a postura combativa contra o racismo de Luiz Gama, um dos maiores abolicionistas da história brasileira.

4) As frases de Nelson Mandela, ícone ativista por antonomásia ao acabar com o apartheid na África do Sul, ecoam com mais força desde sua morte em 2013. “Ninguém nasce odiando outra pessoa por sua cor da pele, sua origem ou sua religião. As pessoas podem aprender a odiar e, se podem aprender a odiar, pode-se ensiná-las a aprender a amar. O amor chega mais naturalmente ao coração humano que o contrário.”

5) “Se queremos chegar a algum lugar juntos, devemos estar dispostos a dizer quem somos. Eu sou a ex-primeira-dama dos Estados Unidos e também sou descendente de escravos. É importante ter presente essa verdade”, disse Michelle Obama sobre a importância de reconhecer e valorizar as origens de cada um.

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Do El País.

Faltam 20.

"Movimento Ar"

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Porque Vidas Negras importam.

Lançada a campanha de combate racismo no país, com Metas para os próximos cinco anos.

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A Faculdade Zumbi dos Palmares e a Afrobras, em parceria com a Agência Grey, lançou ontem, 29/6, o “Movimento Ar”, de combate ao racismo. O nome é uma alusão ao caso de George Floyd, homem negro morto por asfixia com o joelho pelo policial branco Derek Chauvin.


A campanha publicou o manifesto “Vidas negras importam: nós queremos respirar”, que diz: “O ódio racial envenena o ar que respiramos, sufoca e asfixia todos e a nação”. O documento tem reunidas assinaturas de personalidades negras, escritores, esportistas, artistas e instituições. O cantor e compositor Martinho da Vila, um dos signatários, fez a leitura do texto. 

“A morte de George Floyd nos Estados Unidos alavancou um movimento antirracista no mundo, e são procedentes os manifestos e debates a respeito da violência policial e do racismo no nosso país”, afirma o artista. Como resposta a mortes como a de Floyd ou a de João Pedro, menino de 14 anos assassinado durante uma ação policial dentro de sua casa, em São Gonçalo, região metropolitana do Rio, a iniciativa aponta também dez ações efetivas para reduzir o impacto do racismo na vida da população negra. 

O plano de ação, a ser cumprido em cinco anos, elenca medidas para garantir o acesso ao mercado de trabalho e pede a reformulação nos protocolos policiais, a criação de oportunidades de estudos para jovens negros e a implementação do Fundo Vidas Negras Importam, entre outras ações, tendo como meta alcançar 30% delas em um ano.

Entre as ações, há o pedido de prorrogação do sistema de cotas raciais, que deve ser reavaliado em 2022. Para o reitor da Faculdade Zumbi dos Palmares, José Vicente, a ideia é que essas iniciativas tirem as pessoas negras do centro do debate e coloquem nele toda a sociedade brasileira, a fim de promover mais reflexão. “Não é só uma coisa de negros pura e simplesmente, mas é um trabalho de negros de todas as cores com aqueles que têm valores consonantes”, diz o reitor. Para ele, o movimento é importante para colocar a pauta racial na agenda pública. “O negro tem esse joelho no pescoço desde o nascimento, com o impedimento dos nossos sonhos, da nossa vida.

10 AÇÕES PARA COMBATER O RACISMO, DO MOVIMENTO AR
A iniciativa propõe uma “ação zero”: prorrogação da Lei de Cotas nas universidades públicas federais

Manifesto
Lançamento de um Manifesto assinado por personalidades renomadas da sociedade brasileira;



Polícia
Mudança nos protocolos policiais para impedir técnicas de sufocamento e estrangulamento, disparos letais nas abordagens e confrontos policiais, e invasão e ocupação com disparos de arma de fogo em favelas e comunidades.

Eles falam em Cristo mas agem como Fariseu

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Nem pensar em dividir o Avião...

Paulo Guedes disse que até empregada doméstica estava indo para a Disney.

Segundo o ministro da Economia, o dólar mais alto é “bom para todo mundo”. Só não explicou quem é "esse todo mundo...". Mas, não sabemos... Os Riquinhos, já muito ricos...

Ele afirmou que, com o dólar mais baixo, “todo mundo” estava indo para a Disney, nos Estados Unidos, inclusive “empregada doméstica”. E recomendou que os brasileiros viajem pelo Brasil.

No dia seguinte, o dólar bateu o quarto recorde consecutivo em relação ao real. A moeda norte-americana encerrou o dia vendida a R$ 4,3505, em alta de 0,55%. Para Guedes, o mix de juros baixos e câmbio alto é bom, porque aumenta as exportações e substitui importações, inclusive no turismo.

Antes que falem: “Ministro diz que empregada doméstica estava indo para Disneylândia. Não, o ministro está dizendo que o câmbio estava tão barato que todo mundo está indo para a Disneylândia, até as classes sociais mais…”, justificou.

- Não pode né Ministro! Que absurdo! Pobre tem mais é que andar de Trem (lotado), Van (clandestina, operada pelos milicianos), Metrô que para mais que anda, e Lata Velha sem reforma do amigo do Coiso maior, Luciano Huck.

E acrescentou: “Todo mundo tem que ir para a Disneylândia conhecer um dia, mas não três, quatro vezes por ano. Porque com dólar a R$ 1,80 tinha gente indo quatro vezes por ano. Vai três vezes para Foz do Iguaçu, Chapada Diamantina, conhece um pouquinho do Brasil, vai ver a selva amazônica. E na quarta vez você vai para a Disneylândia, em vez de ir quatro vezes ao ano”, afirmou.

- Com tais afirmações o Coisão da economia colou uma pá de cal nas pretensões de viagem dos pobres coxinhas...



Zeca Baleiro lança marchinhas que fazem crítica ao governo Bolsonaro
Em clima de Carnaval, cantor maranhense lança EP com marchinhas políticas.

Dividindo os negros para dominar suas consciências

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20 de Novembro: A Consciência de Todos
O escravismo no Brasil e o colonialismo na África usaram, como estratégia de dominação, fragmentar as populações negras, tanto por etnias e linhagens quanto por categorias sociais. “Dividir para dominar” era a regra. Que, embora verbalizada no sentido contrário, ecoou na atualidade brasileira em setembro último, quando o titular do Ministério da Educação afirmou que no Brasil “não existe povo negro”, e sim “brasileiros de pele escura”.

Ney Lopes

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A moderna classificação dos afro-brasileiros como “negros” - mesmo subdivididos em “pretos e pardos” – é uma conquista política e um avanço estatístico: a vasta terminologia antes usada dificultava o mapeamento científico do lugar ocupado pelo segmento afro no conjunto da população, em prejuízo do atendimento às suas necessidades especificas.

Nos mais de três séculos de escravismo, a presença africana no Brasil foi ampla e importante. Até que, inviabilizado o sistema, o Império o aboliu; não sem antes promulgar uma lei, em 1850, negando a ex-escravizados o direito à posse e à propriedade de terras e alargando portas à imigração de colonos vindos do exterior. Assim, com um ato abolicionista vazio, desacompanhado de medidas complementares em favor dos emancipados, reforçou-se a exclusão.




O senso comum negou essa realidade, iludido pelo argumento da mestiçagem, com o qual ainda se busca provar que no país não existe racismo e, sim, casos eventuais de preconceito. Mas a mestiçagem, conforme o saudoso Clóvis Moura, sociólogo afromestiço, é um fato biológico que não se reflete no campo politico da democratização das oportunidades.

E a desigualdade se comprova na rara presença de pessoas negras nas principais esferas de decisão, por circunstâncias quase nunca percebidas em suas razões, as quais se devem ao racismo estrutural, nascido com a nação, e em cujo contexto a posição subalterna do indivíduo negro é tida como natural, normal e até mesmo inerente às suas origens.

Em outra linha de pensamento vemos que, já no século 20, as estruturas dominantes desenvolveram ações táticas, partindo do pressuposto de que, com a imigração europeia, a miscigenação da população iria fatalmente levá-la a um “branqueamento”. Alguns cientistas e intelectuais de renome de­ram sus­ten­ta­ção a es­sa ideia que, avalizada por teses eugênicas, de “aperfeiçoamento” da espécie e higiene, ganhou status de ideologia e forma de política pública.

Divino Amor

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"Essa mesma fé alçou o então candidato a presidente Jair Bolsonaro a uma posição de Messias".

Lançado em junho deste ano, o filme “Divino amor” é uma obra de ficção futurista e ao mesmo tempo escatológica do cineasta pernambucano Gabriel Mascaro.

O adjetivo futurista é bem óbvio para quem assistir ao filme, em cartaz nos cinemas. Mas o termo escatológico deve ser explicado.

Não sou crítico de cinema, mas sou pastor há 25 anos em uma denominação cristã evangélica tradicional. Acompanho há mais de 30 anos o movimento evangélico de dentro, sendo, em muitas vezes, uma voz dissonante às que detêm poder financeiro e midiático para impor um padrão que é visto de fora como monolítico. O que essas informações pessoais têm a ver com o filme? Para mim, tudo a ver.

A ironia dessa história ficcional retratada no filme e desenrolada sem dar nenhum aspecto de chacota é que o marido de Joana, Danilo (interpretado por Júlio Machado), também participante das orgias da seita em prol da manutenção do casamento, se separa de Joana. 

E por qual motivo? Por que ela o traiu concebendo uma criança que não é dele. Veja que, mesmo ele participando de uma troca de casais, onde um entrega seu corpo a outro diante de seu par, isso em si não é considerado traição, visto que “quem ama, divide”. A paquiderme sutileza da crítica à hipocrisia religiosa daqueles que defendem a família no meio cristão moderno é muito bem descrita pelo autor do filme nessa situação.


A triste escatologia teológica que o filme “Divino amor” me fez lembrar que a perseguição virá de maneira furiosa contra os cristãos. Mas não pelos motivos que eu achava. Virá como resposta à intolerância, hipocrisia, indolência e a ausência total de amor, aquele amor retratado pelo apóstolo Paulo na primeira epístola aos Coríntios: 

"paciente, bondoso, sem inveja, sem orgulho, que não maltrata, não procura seus próprios interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor, não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade". 

É amor que tudo sofre, tudo crê e tudo espera. Esse, sim, é o verdadeiro Divino Amor.


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Alexandre Gonçalves
Pastor, atuante em causas sociais e diretor parlamentar do Sindicato dos Policiais e Servidores da PRF de Santa Catarina.

Efeito Adrina Anselmo Cabral?

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Decisão do STF que protege crianças de até 12 anos com mães presas preventivamente é tema de livro e conferência

Há um ano, o STF concedeu prisão em casa para mulheres com filhos pequenos, mas apenas 21% delas tiveram o direito concedido, segundo dados obtidos pela AzMina.

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O ministro Ricardo Lewandowski afirmou que o habeas corpus coletivo, concedido pela primeira vez pelo Supremo Tribunal Federal para beneficiar gestantes e mães de filhos com até 12 anos que estejam presas preventivamente, foi um momento histórico no qual sociedade civil e Judiciário firmaram uma aliança para assegurar a proteção garantida às crianças pela Constituição Federal. A afirmação foi durante conferência no lançamento livro “Pela Liberdade - a história do habeas corpus coletivo para mães e crianças”, iniciativa do Instituto Alana e do Coletivo de Advocacia em Direitos Humanos (CADhu), com o objetivo de contar a história do primeiro habeas coletivo deferido pelo STF. 

“Muito mais que proteger as mães, estamos protegendo os brasileirinhos encarcerados”, disse Lewandowski.

Lewandowski salientou que, embora o habeas corpus coletivo tenha sido concebido para uma situação especial para as mulheres presas, principalmente as mulheres negras e de baixa renda que mais integram esse grupo, ele se tornou um instrumento polivalente, que pode ser utilizado em qualquer situação em que haja uma lesão massiva contra o direito de ir e vir.


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Fonte: STF

Contra retrocessos, Mulheres vão às ruas no Oito de Março de 2019

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As mulheres voltam às ruas nesta sexta-feira (8) em ao menos 22 cidades brasileiras para celebrar o Dia Internacional da Mulher. Depois das manifestações do #Elenão que reverberaram por todo mundo contra o discurso do ódio e o sexismo representados pela candidatura de Jair Bolsonaro (PSL), a edição deste ano alerta para as ameaças de retrocessos com o atual governo.

A proposta de "reforma" da Previdência, o aumento da militarização, a criminalização dos movimentos sociais, a política de "entreguismo" dos recursos naturais que afeta a soberania nacional são alguns dos pontos pautados por movimentos e pela Marcha Mundial das Mulheres. As manifestações também vão protestar contra o machismo, a violência de gênero, a desigualdade, o racismo e o preconceito contra pessoas LGBTs.

O assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ), caso ainda sem solução quase um ano após o crime, será destaque na marcha que acontece em Fortaleza (CE) sob a bandeira "Somos todas Marielles".

Na cidade de São Paulo, a partir das 16h, no Masp, e em Campinas, às 16h, no Largo do Rosário, os atos têm como lema "Mulheres contra Bolsonaro! Vivas por Marielle, em Defesa da Previdência, por Democracia e Direitos". A mesma bandeira de luta ganha espaço também nas cidades de Natal, Mossoró e Parelhas, no Rio Grande do Norte.

Em Salvador (BA), Curitiba (PR), Juiz de Fora (MG) e em Brasília (DF), o destaque é a luta por vida, liberdade, justiça e direitos. O movimento em defesa do aborto legal e seguro e por uma educação não sexista e libertadora ganha voz na marcha em Porto Alegre (RS).

O recente crime da Vale, em Brumadinho (MG) é alvo no protesto de Belo Horizonte (MG) que destaca "O lucro não Vale a vida" chamando a atenção para o passivo ambiental deixado no estado pela ganância das mineradoras. Na Paraíba e em Pernambuco, as mulheres reforçam a luta contra o avanço dos interesses conservadores e neoliberais com o mote "Democracia, Reforma da Previdência e perda de direitos".

Reconhecimento e homenagens

A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) realiza no dia 11 de março, a partir da 9h30, uma sessão solene para homenagear o trabalho e a resistência de mulheres com a Medalha Theodosina Ribeiro 2019, iniciativa realizada desde 2012 pela deputada Leci Brandão (PCdoB-SP), em referência à primeira vereadora negra da Câmara Municipal de São Paulo.

Na edição desse ano, em que 18 personalidades serão premiadas, 14 delas são mulheres negras. Todas reconhecidas pelo trabalho e ações que "empoderam, impactam e influenciam decisivamente a vida de pessoas pertencentes a grupos vulneráveis da sociedade".

A presidenta e regente do Bloco Afro Ilú Obá de Min, percussionista e arte educadora, Beth Beli; a filósofa e escritora Djamila Ribeiro; a rapper, cantora e ativista da Luta Antirracista Bia Ferreira e a liderança do Movimento de Moradia Maria Helena são algumas das homenageadas.

E certamente vão festejar assim como festejamos a Vitória da Estação Primeira de Mangueira, que contou e cantou a História que a história Oficial Não Conta.




Em seu voto na ADO 26, o ministro Celso de Mello deu interpretação conforme a Constituição Federal para enquadrar a homofobia e a transfobia nos tipos penais previstos na legislação que define os crimes de racismo, até que o Congresso Nacional edite norma autônoma sobre a matéria.

O voto do relator da Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) 26, ministro Celso de Mello, foi retomado e finalizado na sessão plenária do Supremo Tribunal Federal (STF) desta quarta-feira (20). O decano da Corte concluiu que o Congresso Nacional foi omisso ao deixar de editar lei que criminaliza atos de homofobia e transfobia. O julgamento da ação, ajuizada pelo Partido Popular Socialista (PPS), teve início na semana passada, na sessão do dia 14. A análise da matéria terá continuidade nesta quinta-feira (21), com a leitura do voto do ministro Edson Fachin, relator do Mandado de Injunção (MI) 4733, sobre a mesma matéria.

Em seu voto, o ministro Celso de Mello reconheceu a inconstitucionalidade na demora do Congresso Nacional em legislar sobre a proteção penal aos integrantes do grupo LGBT, declarando a existência de omissão legislativa. O ministro deu interpretação conforme a Constituição Federal para enquadrar a homofobia e a transfobia, ou qualquer que seja a forma da sua manifestação, nos diversos tipos penais definidos em legislação já existente, como a Lei Federal 7.716/1989 (que define os crimes de racismo), até que o Congresso Nacional edite uma norma autônoma.

O ministro destacou que as práticas homofóbicas configuram racismo social, consagrado pelo Supremo no julgamento do Habeas Corpus (HC) 82424 – Caso Ellwanger – considerando que essas condutas são atos de segregação que inferiorizam membros integrantes do grupo LGBT. Ele votou pela procedência da ação com eficácia geral e efeito vinculante. Em seu voto, declarou que os efeitos da decisão somente se aplicarão a partir da data de conclusão do julgamento.

Coletividade social

Hoje é dia de Fazer Barulho...

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Em 14 de março de 2018, a vereadora e defensora de direitos humanos Marielle Franco, de 38 anos, foi morta a tiros no bairro do Estácio, região central do Rio de Janeiro, quando voltava de um evento no qual palestrava.

Mais de dez disparos atingiram o veículo, exatamente na direção em que Marielle se encontrava. Quatro destes disparos atingiram sua cabeça. Anderson Pedro Gomes, de 39 anos, dirigia o carro e se encontrava no ângulo dos disparos. Ele também foi atingido por pelo menos três tiros nas costas e não resistiu aos ferimentos. Marielle e Anderson morreram no local.

Marielle era uma notável defensora de direitos humanos no Rio de Janeiro, e muito conhecida por sua incansável atuação na cidade e região metropolitana. Já desde muito antes de ser eleita vereadora, se destacava por denunciar violações de direitos humanos, em especial contra jovens negros, mulheres e pessoas LGBT, além de abusos cometidos por policiais em serviço e execuções extrajudiciais.

Estamos vivendo um contexto de violência recorrente contra defensores de direitos humanos no Brasil. O padrão de resposta das autoridades tem sido de não investigação e impunidade de crimes cometidos contra defensoras e defensores de direitos humanos. Nós temos o poder de fazer pressão para que este crime não fique sem resposta.



Retrato em Branco e Preto: As Cores da Violência

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No Brasil, 71,5% das vítimas de assassinato por ano são pretos ou pardos.

“É como se, em relação à violência letal, negros e não negros vivessem em países completamente distintos”, diz trecho do Atlas da Violência.

Sergipe, com 79%, e Rio Grande do Norte, com 70,5%, registram as maiores taxas de homicídios de negros no Brasil.
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São Paulo – Negros e brancos no Brasil vivem em realidades distintas no que se refere à violência. Em 2016, a taxa de homicídios de negros foi de 40,2 por 100 mil habitantes, duas vezes e meia maior à de não negros, que ficou em 16. Quando se analisa o período entre 2006 e 2016, enquanto a taxa de homicídios de negros aumentou 23,1%, a de brancos diminuiu 6,8%. Na prática, 71,5% dos brasileiros assassinados por ano são pretos ou pardos.

“É como se, em relação à violência letal, negros e não negros vivessem em países completamente distintos”, diz trecho do Atlas da Violência 2018, lançado nesta terça-feira (5) no Rio de Janeiro, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

O estado de Alagoas é o exemplo perfeito da disparidade em que vivem negros e brancos no Brasil. Ao mesmo tempo em que teve a terceira maior taxa de homicídios de negros, com 69,7 por cem mil habitantes, Alagoas apresentou também a menor taxa de homicídios de não negros, com 4,1. Para os analistas do Atlas, “é como se os não negros alagoanos vivessem nos Estados Unidos, que em 2016 registrou uma taxa de 5,3 homicídios para cada 100 mil habitantes, e os negros alagoanos vivessem em El Salvador, cuja taxa de homicídios alcançou 60,1 por 100 mil habitantes em 2017”.


Além de Alagoas, outros seis estados registraram taxas de homicídios de brancos de apenas um dígito – exceção num país que, em 2016, teve a taxa de 30,3 homicídios para cada 100 mil habitantes. São eles: Paraíba (5,8), Piauí (7,0), Amapá (7,8), Ceará (8,3), São Paulo (9,1) e Espírito Santo (9,3).
Quando o recorte da pesquisa é por gênero, a desigualdade se mantém: a taxa de homicídios de mulheres negras foi 71% superior à de mulheres não negras.

"Já não basta esse nariz ranhento escorrendo?"

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Histórias da ditadura militar – parte I

Morador do Jabaquara, na periferia de São Paulo, o menino vendia para um ferro velho papelão e cobre (não existia latinha de alumínio à época), carregava sacola de madame na feira e engraxava sapatos para fazer algum trocado.

Eram meados dos anos 80 e a ditadura militar já agonizava, mas ainda dava as cartas.

Para os meninos pobres da Zona Sul de São Paulo, uma das poucas alternativas de diversões disponíveis era o CEEI - Centro Educacional e Esportivo do Ibirapuera, cujo principal atrativo era sua piscina pública, disputadíssima.

Havia regras rigorosas para acessar aquela piscina, e uma das regras determinava o tipo de calção que o banhista tinha de usar.

Quem controlava seu acesso era um militar da reserva, um senhor de aparência rude, muito grosseiro, que não fazia a menor questão de esconder sua antipatia pelos meninos que frequentavam a piscina nos finais de semana, todos pobres e em sua maioria, negros.

Qualquer motivo era motivo suficiente para o militar barrar o acesso a única piscina pública da região, e ele tinha seus próprios motivos para fazer valer sua autoridade.

Certa vez o militar barrou um menino, alegando que o calção que ele usava era inadequado, que “iria cair, mostrar a bunda para todo mundo ver”.

“Quer brincar na piscina tem de estar com shorts decente. Já não basta esse nariz ranhento escorrendo? Estou te fazendo um favor, caralh. !!!”, disse, em tom agressivo.

O militar guardava numa sala vários calções, que ALUGAVA para os meninos.

Ou alugava um calção, ou não entrava na piscina.

O preço do aluguel, ouso dizer, devia ser a quantia necessária para pagar um sanduíche e uma Coca Cola, vendidos pelo ambulante que ficava em frente ao clube.

Naquele sábado o menino brincou na piscina, mas voltou para casa com fome, sem comer o sanduíche e tomar a Coca Cola pelos quais havia juntado dinheiro a semana toda para comprar.

Eu jamais me esqueci daquele sábado, um sábado de de sol, porque aquele menino se chamava Diógenes.

Aquele menino era eu.

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Assessor de Comunicação Social, acadêmico em História, ativista pelos Direitos Humanos, pai do Fidel.

A Aventura do Papel

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"Os Trapos fazem o papel

O Papel faz o dinheiro
dinheiro faz os Bancos

Os Bancos fazem os Mendigos

Os Mendigos fazem os Trapos

Os trapos fazem o Papel"



Você até pode estudar. Mas da Senzala, eles não te deixarão passar!

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Porque quem julga é a Casa Grande.

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Cotas: candidatos ao Itamaraty serão ouvidos.

Os seis candidatos aprovados no concurso para diplomata do Ministério das Relações Exteriores (MRE) pelo sistema de cotas e tiveram a aprovação contestada e só poderão participar do curso de formação no ano que vem. Isso se a Justiça acatar a defesa, que terão de apresentar no prazo máximo de 15 dias, e não aceitar a contestação que o Ministério Público Federal (MPF) poderá fazer depois dos argumentos apresentados pelos aprovados.

A decisão de ouvir as partes foi tomada ontem em audiência na 22ª Vara Federal e a próxima ocorrerá em 14 de março. “Como o processo ainda está em andamento, não vai dar tempo de participarem da próxima fase da seleção”, explicou a procuradora Anna Carolina Resende Maia Garcia, autora da ação civil pública que pediu a suspensão de nomeação, posse e participação no curso dos concorrentes que não preenchem os requisitos da Lei 12.990/2014.

Dados estatísticos apontam que no Brasil, 55% das pessoas definem raça por meio da cor da pele, enquanto apenas 13%, em razão da origem familiar, segundo Anna Carolina. Para Frei David Santos, da Ong Educafro, os negros que deveriam ocupar as vagas agora questionadas são os mais injustiçados. “Com a demora, eles, os discriminados a vida toda, não serão empossados tão cedo. Em 40 anos de militância, nunca vi um pardo de pele clara pedir ajuda ou alegar ter sido discriminado, justamente porque é a cor da pele o determinante nessas situações de racismo”.


O embaixador Benedicto Fonseca Filho, um dos responsáveis pela Comissão de Verificação de Cotas do Itamaraty, destacou que há dados incorretos apresentados pelo MPF. “Na ação é citado que não houve consenso. Mas nós atuamos em consenso, de acordo com a lei e em obediência à tese do fenótipo (aparência)”, garantiu. Há 30 anos no MRE e o primeiro negro a ocupar o cargo de embaixador, ele ficou “chateado porque não foi considerado relevante o papel da comissão”.

Autoridades comprometidas com a causa do negro no país compareceram à audiência, como os professores Mario Theodoro, Nelson Inocêncio e Joaze Bernardino Costa, da Universidade de Brasília (UnB), Ivan Siqueira, presidente em exercício do Conselho Nacional de Educação (CNE), e Renata Parreira, da Coordenação de Educação em Diversidade, da Secretaria de Educação do Distrito Federal. Nenhum dos candidatos quis se manifestar sobre a decisão.

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Com informações do BLOG do ServidorPublicado, Correio Braziliense.

USP homenageia Luiz Gama 167 anos após impedi-lo de frequentar aulas de direito

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"É uma refundação do significado da Faculdade do Largo São Francisco", diz presidente de instituto com nome do advogado

Em um momento em que ainda não havia defensoria pública, Luiz Gama possibilitou, com seu trabalho, o acesso de inúmeros negros à justiça.


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A partir do dia 1º de dezembro deste ano, o nome de Luiz Gama vai batizar uma das salas de aula da Faculdade de Direito do Largo São Francisco, em São Paulo. A homenagem será marcada por uma celebração dentro da universidade à partir das 11 horas da manhã, no Salão Nobre da Faculdade de Direito da USP.

Silvio Almeida, advogado, filósofo e presidente do Instituto Luiz Gama considera que a homenagem é repleta de simbolismos, já que a USP historicamente representou o poder dos escravocratas por fornecer, do ponto de vista técnico e jurídico, todos os instrumentos para a manutenção da escravidão.

"A celebração na USP ocorre contra o que ela representa, [contra] aquilo e a quem a USP representa. É um espécie de refundação do significado da Faculdade do Largo São Francisco", diz.

Em 1850, Luiz Gama, que foi um dos maiores líderes abolicionistas do Brasil, tentou frequentar o curso da Faculdade de Direito do Largo São Francisco e que hoje pertence à USP. Ele foi impedido por ser negro. Gama então assistiu as aulas como ouvinte e o conhecimento adquirido permitiu que ele atuasse na defesa jurídica de negros escravizados.

DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA

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 DIA DE LUTA CONTRA O RACISMO E A DISCRIMINAÇÃO


“Uma Maranhense”

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Conheça Maria Firmina dos Reis, a primeira romancista negra do Brasil.

“Mesquinho e humilde é este livro que vos apresento, leitor. Sei que passará entre o indiferentismo glacial de uns e o riso mofador de outros, e ainda assim dou à lume. (…) Sei que pouco vale esse romance, porque escrito por uma mulher, e mulher brasileira, de educação acanhada e sem trato e a conversação dos homens ilustrados”.
(Firmina)

PIONEIRA

Maranhense também compôs o Hino de Libertação dos Escravos e foi primeira mulher a passar em um concurso público.

O livro "Úrsula" da escritora ficou esquecido no porão de uma biblioteca pública durante muitos anos Experimente pesquisar na internet o nome da escritora Maria Firmina dos Reis. O resultado mostra uma jovem branca com vestimentas nobres. Mas, a imagem é bem diferente da verdadeira fisionomia da primeira romancista negra do Brasil. 

"Rosto arredondado, cabelo crespo, grisalho, fino, curto e amarrado na altura da nuca. Olhos castanhos escuros, nariz curto e grosso, lábios finos, mãos e pés pequenos. A Firmina era uma escritora negra, do século XIX. Então, porque a representação imagética dela é de uma escritora branca?", questiona o pesquisador de literatura abolicionista Rafael Balseiro Zin. A situação, segundo ele, evidencia o esquecimento da vida e obra da maranhense. 

“Mesquinho e humilde é este livro que vos apresento, leitor. Sei que passará entre o indiferentismo glacial de uns e o riso mofador de outros, e ainda assim dou à lume. (…) Sei que pouco vale esse romance, porque escrito por uma mulher, e mulher brasileira, de educação acanhada e sem trato e a conversação dos homens ilustrados”.

Em quais situações a cor da pele revela a total ausência de uma consciência Étnica?

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Resposta: Una delas é quando uma mulher negra, magistrada (ela é desembargadora aposentada), idosa e com poder para combater a situação de escravidão moderna, se preocupa apenas em acumular salários.

Quem é ela: Pelo poder do Golpe eleitoral concedido ao Temer, ela é a ministra de Direitos Humanos, Luislinda Valois. Que ironia! Que vergonha! Quanta falta de pudor social!

O motivo: Ela precisa comprar mais roupas e maquiagem, para exercer a função pública.

Isso é o que se pode chamar na área dos direitos humanos de dignidade da pessoa humana?

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Apesar dos argumentos do Sinait, ministra Luislinda se recusou a procurar diálogo com o ministro do Trabalho para reverter Portaria, informa entidade

Segundo informou Carlos Silva, presidente do Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais do Trabalho (Sinait), ele levou à ministra de Direitos Humanos, Luislinda Valois, no dia 26 de outubro, a preocupação do Sindicato com a Portaria nº 1.129/2017, publicada pelo Ministério do Trabalho, que muda a definição do conceito de trabalho escravo para fins de fiscalização e resgate de trabalhadores, com graves retrocessos, na avaliação dele, para a Inspeção do Trabalho e as políticas públicas de combate à escravidão contemporânea.

Ele e a diretora do Sinait, Vera Jatobá, ex-secretária de Inspeção do Trabalho, que assinou, em 1994, a primeira Orientação Normativa do MTb para combater o trabalho escravo no país, pediram à ministra que questionasse o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, acerca da portaria.

De acordo com os dirigentes do Sinait, o ato unilateral do MTb rasga a Portaria Interministerial nº 4, de maio de 2016, assinada pelo MTb e Ministério de Direitos Humanos, na gestão que antecedeu a de Luislinda. Ou seja: no governo Dilma

Inauguração popular

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Ocupação promove 'inauguração popular' da Casa da Mulher Brasileira em São Paulo.

Projeto teve R$ 13,5 milhões liberados pelo governo Dilma em 2013, está pronto desde novembro de 2016 e até agora é mantido fechado pela prefeitura.
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São Paulo – Movimento de Mulheres de São Paulo ocupou na manhã deste domingo a sede da Casa da Mulher Brasileira, em São Paulo. A iniciativa é tratada pelas mulheres como “inauguração popular” do projeto. A Casa da Mulher Brasileira é um equipamento público destinado ao atendimento das mulheres em situação de violência. O prédio no bairro do Cambuci está pronto desde novembro de 2016, sua inauguração estava prevista para o início deste ano, mas até agora é mantido fechado pelo prefeito João Doria (PSDB). A estrutura foi financiada pelo governo federal em 2013 - governo Dilma -, para concentrar serviços de atendimento à mulher vítima de violência em um só espaço.

Há boatos de que equipamento poderia ser desviado para outros fins, mas todo projeto foi pensado para mulheres em situação de violência.

Há 60 anos, nove negros norte-americanos enfrentavam o racismo na universidade

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Governo dos Estados Unidos tentava impor a decisão de acabar com a discriminação racial nos estabelecimentos de ensino.

Para por fim à onda de violência o presidente dos Estados Unidos, Dwight Eisenhower, ordenou que soldados fossem a Little Rock, no estado do Arkansas, para proteger nove alunos negros.

Entre eles estava Dorothy Counts (foto), primeira aluna negra da Universidade de Harry Harding, que enfrentou o racismo durante a sua estada na Universidade.

Washington tentava impor a decisão de acabar com a discriminação racial nos estabelecimentos de ensino norte-americanos. Desde 1954, a Corte Suprema dos Estados Unidos havia declarado que a segregação dos alunos negros era ilegal. A medida era para por fim da discriminação racial nos colégios e tinha por objetivo acabar com o racismo em repartições públicas e nos transportes coletivos.

Entretanto, alguns estados do sul, mais conservadores, não seguiam a nova determinação e vinham impedindo o acesso de alunos negros às aulas. Em setembro de 1957, o governador Orval Faubus, do Arkansas, ordenou aos soldados da Guarda Nacional impedissem a entrada de nove alunos negros na High School de Little Rock.

Depois de casos de agressão de pais e alunos brancos aos estudantes negros na capital do Arkansas, o presidente Dwight Eisenhower ordenou o enviou de uma divisão de homens  da Marinha com a missão de restabelecer a ordem na cidade e escoltar os nove estudantes até a escola. Como os habitantes estavam enfurecidos, o governador radicalizou e decidiu fechar todas as escolas por um ano, em vez de permitir a mistura entre os estudantes negros e brancos.

Uma das nove alunas negras que tentava estudar, Elizabeth Eckford mudou-se para para St. Louis, no Missouri, e cursou a faculdade de História.

Após os estudos, ela tornou-se a primeira mulher americana negra que, em St. Louis, a trabalhar em um banco, mas não servindo cafezinho para os demais funcionários brancos.

Nos anos 60, Elizabeth voltou para Little Rock e trabalhou como professora substituta na escola pública. Hoje, a Little Rock Central High School abriga um museu que registra os eventos racistas e ratifica a sua política contra a discriminação.

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Fonte: Brasil de Fato
Segunda, 25 de Setembro de 2017

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