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Estudantes produzem dicionário biográfico Excluídos da História

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O dicionário biográfico Excluídos da História foi feito pelos estudantes que participaram da quinta fase da Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB), iniciativa criada em 2009 pela Unicamp

Do cacique Tibiriçá, nascido antes de 1500 e batizado pelos jesuítas como Martim Afonso de Sousa, que teve papel importante na fundação da cidade de São Paulo a Jackson Viana de Paula dos Santos, jovem escritor nascido em Rio Branco (AC) no ano 2000, fundador da Academia Juvenil de Letras e representante da região norte na Brazil Conference, em Harvard.

Essas são as duas pontas de uma linha do tempo que busca contar a história de importantes personagens brasileiros que estão fora dos livros oficiais, num total de 2.251 verbetes, publicados agora como dicionário biográfico Excluídos da História.

O trabalho foi feito pelos 6.753 estudantes que participaram da quinta fase da Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB) do ano passado, entre os dias 3 e 8 de junho de 2019, divididos em equipes de três participantes cada.

A olimpíada foi criada em 2009 pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e reúne atualmente mais de 70 mil estudantes dos ensinos fundamental e médio em uma maratona de busca pelo conhecimento em história do Brasil. A competição tem cinco fases online, com duração de uma semana cada, e uma prova para os finalistas das equipes mais bem pontuadas para definir os medalhistas.

Começou com samba enredo da Estação Primeira de Mangueira, escola campeã do carnaval carioca no ano passado, que levou para a Sapucaí o enredo História para Ninar Gente Grande.

Para saber mais e explorar o Dicionário entre Aqui, e Aqui.

ATUALIZE SUAS CRENÇAS SOBRE EVANGÉLICOS

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O mundo evangélico não vive só de Malafaias, Macedos e Damares. Conheça os líderes negros evangélicos do passado e do presente que mudaram o mundo para melhor.

PANE

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A PANE é a plataforma que irá reunir as ações e ferramentas que o Instituto Marielle Franco está construindo para mover as estruturas do sistema político no Brasil.

São mais de 520 nos de "história" oficial e continuamos vivendo a farsa da abolição da escravidão, com a "libertação" dos escravos.

São mais de cinco séculos de violências, desigualdades raciais, de gênero, de classe e de falta de oportunidade para um povo que NÃO nasceu escravo, mas, foi sim, ESCRAVIZADOS pelos brancos europeus.

- Para depois serem jogados no mundo dos brancos e fidalgos como uma mercadoria sem valor e sem o amparo social necessário à sobrevivência

As estruturas políticas estão ruindo e as rachaduras estão visíveis, afirma o Instituto. Movimentá-las para construir uma sociedade mais justa é a única saída e é urgente.

Por isso, o Instituto Marielle Franco, está construindo uma série de ações para movimentar as estruturas das eleições eleições municipais e gerais, ajudando a fomentar a entrada de mulheres negras nos espaços de decisão; pressionando os partidos a viabilizarem de fato estas candidaturas; e cobrando o compromisso do maior número possível de candidaturas com a defesa de políticas públicas antirracistas, a médio e longo prazo.

Você pode PARTICIPAR e APOIAR aqui.

Vamos juntos!

De Michelle Obama a Muhammad Ali

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25 frases que abriram nossos olhos contra o racismo.

O assassinato de George Floyd provocou a maior onda de protestos antirracistas dos últimos 50 anos nos EUA. Estas são algumas das figuras célebres, incluindo brasileiros, que nos fizeram refletir sobre a luta pelos direitos civis

“Sempre quis saber por que Tarzan era o rei da selva na África e era branco. Um homem branco com uma tanga na África gritando: ‘Oh, oh, oh, oh!’ Ele briga com os africanos e quebra as mandíbulas dos leões. Além disso, Tarzan fala com os animais, e os africanos que estão lá durante séculos não podem falar com os animais. Só o Tarzan pode”, disse Muhammad Ali, o pugilista mais importante da história e ativista fundamental da luta pelos direitos dos negros. Uma entrevista na BBC em 1971 que viralizou após os protestos dos últimos dias.

2) “Não tinha nem ideia de que estava fazendo história. Só estava cansada de me render”, afirmou Rosa Parks quando lhe perguntaram por que não cedeu seu assento a um branco num ônibus em 1.o de dezembro de 1955, acendendo assim a chama de um movimento que ainda continua vigente.

3) “Em nós, até a cor é um defeito. Um imperdoável mal de nascença, o estigma de um crime. Mas nossos críticos se esquecem que essa cor, é a origem da riqueza de milhares de ladrões que nos insultam; que essa cor convencional da escravidão tão semelhante à da terra, abriga sob sua superfície escura, vulcões, onde arde o fogo sagrado da liberdade.” O poema em forma de manifesto revela a inquietude e a postura combativa contra o racismo de Luiz Gama, um dos maiores abolicionistas da história brasileira.

4) As frases de Nelson Mandela, ícone ativista por antonomásia ao acabar com o apartheid na África do Sul, ecoam com mais força desde sua morte em 2013. “Ninguém nasce odiando outra pessoa por sua cor da pele, sua origem ou sua religião. As pessoas podem aprender a odiar e, se podem aprender a odiar, pode-se ensiná-las a aprender a amar. O amor chega mais naturalmente ao coração humano que o contrário.”

5) “Se queremos chegar a algum lugar juntos, devemos estar dispostos a dizer quem somos. Eu sou a ex-primeira-dama dos Estados Unidos e também sou descendente de escravos. É importante ter presente essa verdade”, disse Michelle Obama sobre a importância de reconhecer e valorizar as origens de cada um.

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Do El País.

Faltam 20.

"Movimento Ar"

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Porque Vidas Negras importam.

Lançada a campanha de combate racismo no país, com Metas para os próximos cinco anos.

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A Faculdade Zumbi dos Palmares e a Afrobras, em parceria com a Agência Grey, lançou ontem, 29/6, o “Movimento Ar”, de combate ao racismo. O nome é uma alusão ao caso de George Floyd, homem negro morto por asfixia com o joelho pelo policial branco Derek Chauvin.


A campanha publicou o manifesto “Vidas negras importam: nós queremos respirar”, que diz: “O ódio racial envenena o ar que respiramos, sufoca e asfixia todos e a nação”. O documento tem reunidas assinaturas de personalidades negras, escritores, esportistas, artistas e instituições. O cantor e compositor Martinho da Vila, um dos signatários, fez a leitura do texto. 

“A morte de George Floyd nos Estados Unidos alavancou um movimento antirracista no mundo, e são procedentes os manifestos e debates a respeito da violência policial e do racismo no nosso país”, afirma o artista. Como resposta a mortes como a de Floyd ou a de João Pedro, menino de 14 anos assassinado durante uma ação policial dentro de sua casa, em São Gonçalo, região metropolitana do Rio, a iniciativa aponta também dez ações efetivas para reduzir o impacto do racismo na vida da população negra. 

O plano de ação, a ser cumprido em cinco anos, elenca medidas para garantir o acesso ao mercado de trabalho e pede a reformulação nos protocolos policiais, a criação de oportunidades de estudos para jovens negros e a implementação do Fundo Vidas Negras Importam, entre outras ações, tendo como meta alcançar 30% delas em um ano.

Entre as ações, há o pedido de prorrogação do sistema de cotas raciais, que deve ser reavaliado em 2022. Para o reitor da Faculdade Zumbi dos Palmares, José Vicente, a ideia é que essas iniciativas tirem as pessoas negras do centro do debate e coloquem nele toda a sociedade brasileira, a fim de promover mais reflexão. “Não é só uma coisa de negros pura e simplesmente, mas é um trabalho de negros de todas as cores com aqueles que têm valores consonantes”, diz o reitor. Para ele, o movimento é importante para colocar a pauta racial na agenda pública. “O negro tem esse joelho no pescoço desde o nascimento, com o impedimento dos nossos sonhos, da nossa vida.

10 AÇÕES PARA COMBATER O RACISMO, DO MOVIMENTO AR
A iniciativa propõe uma “ação zero”: prorrogação da Lei de Cotas nas universidades públicas federais

Manifesto
Lançamento de um Manifesto assinado por personalidades renomadas da sociedade brasileira;



Polícia
Mudança nos protocolos policiais para impedir técnicas de sufocamento e estrangulamento, disparos letais nas abordagens e confrontos policiais, e invasão e ocupação com disparos de arma de fogo em favelas e comunidades.

OPANIJÉ ATOTÔ

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Em tempos de pandemia, João Nascimento se recolhe no quilombo urbano Afrobase localizado na periferia da zona oeste de São Paulo para compor a música “Opanijé Atotô”, obra que marca o início de sua carreira autoral com o lançamento de um videoclipe, que conta com a direção artística e edição de vídeo de Achiles Luciano.

Nascido no Morro do Querosene, criado nos sambas de roda das festas de Carurú, nas gingas mandingas das rodas de capoeira e ao som dos berimbaus de seu pai Dinho Nascimento, João possui uma versatilidade musical ancorada na pluralidade de ritmos e referências sonoras da cultura negra, bem como, vivências e habilidades em tocar diversos instrumentos de percussão, cordas e eletrônicos, presentes nos arranjos da música “Opanijé Atotô, o qual foi executado por ele próprio. A música é uma composição inédita de saudação, evocação e homenagem ao Orixá Obaluaiê, um manifesto sonoro e poético de cura em tempos de crise generalizada pelo Covid19.

João Nascimento possui um vasto currículo artístico musical, diretor-fundador da Cia de Dança negra Treme Terra e responsável por participar da produção musical de importantes discos podendo citar “Zumbi Somos Nós” da Frente 03 de Fevereiro; “Cultura de Resistência” e “Terreiro Urbano” da Cia Treme Terra; “Sinfonia de Arames” da Orquestra de Berimbaus do Morro do Querosene; “Rapsicordélico” de Gaspar Z’África Brasil; “Laboratório Sonoro de Ritmos Afro-Brasileiros” de Afro2; entre outros. Atualmente está produzindo o disco “Hip-Hop Caboclo” de Gaspar Z`África Brasil e “Ifé Bogbo Aiyê” de Mestre Lumumba.

Como músico instrumentista, João Nascimento já acompanhou importantes artistas como Nasi da Banda Ira!, Emicida (o qual possuem uma parceria na composição da música “Guerreiro de Aruanda” que também é assinada e interpretada por Gaspar Z’África Brasil), Tião Carvalho, Adriana Moreira, Banda Rastapé, entre outros. Integrante da Frente 3 de Fevereiro, participou dos espetáculos “Futebol”, “Esquinas de Mundos” e da produção do documentário Zumbi Somos Nós. Também integrou a Banda Baião de 4 e Quinteto Abanã. Na área do cinema, junto com Firmino Pitanga assinam a direção do documentário longa-metragem Danças Negras.

O Single “Opanijé Atotô” foi produzido no estúdio Kalakuta, com mixagem de Lindenberg Oliveira, podendo ser apreciada nas seguintes plataformas digitais: Youtube, Facebook, Instagram, Spotfy, Deezer, entre outras.

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A solidariedade INTERNACIONAL dos médicos de Cuba

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Como um país tão POBRE economicamente pode ser tão RICO em SOLIDARIEDADE?

Está presente desde que Cuba enviou uma brigada médica para ajudar as vítimas do terremoto que atingiu o Chile em 1960.

FOTO: Médicos cubanos desembarcam na Itália para ajudar no combate à Covid-19.

Desde que Cuba enviou uma brigada médica para ajudar as vítimas do terremoto que atingiu o Chile em 1960, até o passado ano 2019, o país colaborou com mais de 600 mil especialistas em 160 nações como ajuda na área da saúde, principalmente de forma gratuita. Desse número, em 2020, continuaram trabalhando em 67 países 37.472 especialistas.

Durante os primeiros anos a assistência foi dada prioritariamente aos países que lutavam pela sua libertação e que, por sua vez, apresentavam situações sanitárias críticas. Assim, duas das brigadas médicas mais importantes dirigiram-se à Guiné e à Tanzânia. Entre os anos 1970 e 1980, o maior impacto se concentraria em Angola e Etiópia.

Nos anos 90 foi estabelecido o Programa Integral de Saúde que deu um enfoque mais efetivo à assistência proporcionada por Cuba incluindo no mesmo os medicamentos, equipamentos médicos e preparação de pessoal.

O enfrentamento de desastres naturais a partir dos furacões que atingiram a América Central e o Haiti em 1998-99, contou com o envio de brigadas médicas integradas por centenas de especialistas que possibilitaram uma maior eficiência no trabalho assistencial.

A estrutura mais especializada foi criada com a Brigada Henry Reeve em 2005, que ofereceu seus serviços ao governo dos EUA para enfrentar os efeitos do furacão Katrina em Nova Orleans, oferta que não foi aceita. Mas a brigada cumpriu até 2019 missões em 22 países diferentes e em 2014-2015 desempenhou um papel importante no controle do Ebola na África.

Por outro lado, para a preparação do pessoal médico por parte de especialistas cubanos, entre 1976 e 2005 Cuba instituiu dez escolas de medicina, especialmente na África. A isso se somaria a criação da Escola Latino-Americana de Medicina em 1999, que formou -junto a outras universidades- 36.962 médicos de 149 países, ao que se somou o Programa de Formação de Médicos venezuelanos em 2012, entre os projetos de maior envergadura.



Os resultados de toda esta colaboração expressam-se na realização de mais de 1.940 milhões de consultas médicas e mais de 14.119 operações cirúrgicas, que salvaram a vida de milhões de pessoas.

Este esforço foi possível pela política desenvolvida em Cuba, que conta hoje com 95 mil médicos e 84 mil enfermeiras, unido a uma indústria biotecnológica de nível internacional. Os resultados do esforço permitem que o país disponha de um médico por cada 9 habitantes, uma taxa de mortalidade infantil de 4,9 por mil nascidos vivos e uma expectativa de vida de 78,45 anos, índices todos de um país desenvolvido, superiores inclusive aos próprios Estados Unidos, apesar do bloqueio que nos impôs durante quase seis décadas.

Toda essa bela história resume o que nosso povo sustentou nos últimos 60 anos: o princípio de compartilhar o que temos e não o que nos resta. Isso foi conseguido educando nossos compatriotas sob o princípio – esgrimido por nosso comandante em chefe – de que a solidariedade nada mais é do que o pagamento de nossa dívida com a humanidade, algo que, hoje, é ratificado dia a dia para a vergonha daqueles que nos atacam.

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No Brasil, após cassação do governo Dilma pelo que se alinharam ao Coiso (inclusive o Mandetta), Bancada BBB, os médicos cubanos foram obrigados a deixar o país. Resultado: deixaram de atender as regiões mais longínquas e carentes, como o Estado do Amazonas onde o caos se agrava a cada dia que passa.

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Em parceria com Rolando Antonio Gómez Gonzáles, do Portal Vermelho.

Segundo a ONU, o Brasil é o sétimo país com mais desigualdade no mundo

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Relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) mostra que Brasil só tem menos desigualdade que alguns países africanos.


O Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) de 2019, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), mostra que a desigualdade no Brasil está piorando a cada ano. Ainda sem avaliar o impacto das medidas do governo de Jair Bolsonaro, o estudo coloca o país como o 7º mais desigual do mundo, atrás apenas de algumas nações africanas. O documento, intitulado Além da renda, além das médias, além do hoje: desigualdades no desenvolvimento humano no século XXI, está disponível no site da ONU Brasil. Para Clemente Ganz Lúcio, diretor técnico do Dieese, a situação já deve ser pior.

“Isso significa que nós temos uma extrema concentração de renda e riqueza. Vem crescendo o contingente de pessoas que vivem no Brasil em situação de pobreza ou extrema pobreza. Isso é fruto de um sistema econômico que gera um volume de riqueza muito alto. Estamos entre as dez maiores economias do planeta, mas estamos também entre as dez economias mais desiguais do mundo”, explicou Clemente, em entrevista à Rádio Brasil Atual. “É provável que esses dados tenham piorado porque o problema da desigualdade se agrava no Brasil, principalmente por conta do desemprego de longa duração.”

Segundo o diretor do Dieese, a concentração de renda no Brasil é extremamente elevada. Os 10% mais ricos concentram quase 42% de toda a riqueza gerada na economia brasileira. O 1% mais rico concentra mais de 28% de toda riqueza. “Para que nós tivéssemos uma situação revertida, de um lado a economia devia estar claramente orientada para um crescimento econômico com geração de emprego e crescimento dos salários, o incremento da produtividade, uma estrutura tributária progressiva onde quem ganha mais paga mais impostos”, defendeu. “No Brasil é o contrário, os mais pobres pagam proporcionalmente mais impostos que os mais ricos.”

Clemente destacou que para a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) uma estratégia de crescimento deve estar orientada para a produção de igualdade, o que significa atuar de forma incisiva nesse processo de concentração de renda. “No caso brasileiro, por exemplo, uma reforma tributária que faça uma tributação pesada sobre a riqueza deveria ser uma orientação básica. 

Para que, de um lado, o Estado tenha condições de financiar atividades produtivas que geram empregos de qualidade, estruture políticas públicas universais para que essa desigualdade seja enfrentada e superada”, afirmou.

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Gente é pra ser gentil!

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"Não gosto da palavra tolerância, mas da palavra respeito. Tolerar é permitir a existência, mas desde que você saiba onde é o seu lugar e que você não está certo, o certo sou eu. Chegamos em um lugar tão deprimente que nós estamos nos contentando com o fato de sermos tolerados, não respeitados.

(Emicida)

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Foram quase cinco anos de hiato para que Emicida pudesse decidir, enfim, o que deveria ser dito ao longo das onze faixas que compõem AmarElo, seu 3º álbum de estúdio. 

As cartas ao mundo escritas pelo rapper de 34 anos derivam de um equilíbrio acurado, na linha tênue entre a esperança e a denúncia. "Imagina um palco com uma série de informações espalhadas em focos de luz. Poderia colocar esse foco de luz no medo, no desespero, na violência, mas decidi colocar na esperança. Mas, quando se olha de perto, é possível perceber que o medo está ali", explica ao EL PAÍS, na sede da gravadora Laboratório Fantasma, em São Paulo.




Valeu Zumbi! Tudo que nóis tem, é Nóis.

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Matéria/Entrevista/Vídeo/Imagem,

Dividindo os negros para dominar suas consciências

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20 de Novembro: A Consciência de Todos
O escravismo no Brasil e o colonialismo na África usaram, como estratégia de dominação, fragmentar as populações negras, tanto por etnias e linhagens quanto por categorias sociais. “Dividir para dominar” era a regra. Que, embora verbalizada no sentido contrário, ecoou na atualidade brasileira em setembro último, quando o titular do Ministério da Educação afirmou que no Brasil “não existe povo negro”, e sim “brasileiros de pele escura”.

Ney Lopes

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A moderna classificação dos afro-brasileiros como “negros” - mesmo subdivididos em “pretos e pardos” – é uma conquista política e um avanço estatístico: a vasta terminologia antes usada dificultava o mapeamento científico do lugar ocupado pelo segmento afro no conjunto da população, em prejuízo do atendimento às suas necessidades especificas.

Nos mais de três séculos de escravismo, a presença africana no Brasil foi ampla e importante. Até que, inviabilizado o sistema, o Império o aboliu; não sem antes promulgar uma lei, em 1850, negando a ex-escravizados o direito à posse e à propriedade de terras e alargando portas à imigração de colonos vindos do exterior. Assim, com um ato abolicionista vazio, desacompanhado de medidas complementares em favor dos emancipados, reforçou-se a exclusão.




O senso comum negou essa realidade, iludido pelo argumento da mestiçagem, com o qual ainda se busca provar que no país não existe racismo e, sim, casos eventuais de preconceito. Mas a mestiçagem, conforme o saudoso Clóvis Moura, sociólogo afromestiço, é um fato biológico que não se reflete no campo politico da democratização das oportunidades.

E a desigualdade se comprova na rara presença de pessoas negras nas principais esferas de decisão, por circunstâncias quase nunca percebidas em suas razões, as quais se devem ao racismo estrutural, nascido com a nação, e em cujo contexto a posição subalterna do indivíduo negro é tida como natural, normal e até mesmo inerente às suas origens.

Em outra linha de pensamento vemos que, já no século 20, as estruturas dominantes desenvolveram ações táticas, partindo do pressuposto de que, com a imigração europeia, a miscigenação da população iria fatalmente levá-la a um “branqueamento”. Alguns cientistas e intelectuais de renome de­ram sus­ten­ta­ção a es­sa ideia que, avalizada por teses eugênicas, de “aperfeiçoamento” da espécie e higiene, ganhou status de ideologia e forma de política pública.

Monumentum. Meminí. Monere

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Para lembrar o passado: conheça 12 monumentos de memória da escravidão.

Jacques Le Goff, no texto Documento/Monumento, lembra que a palavra latina monumentum remete à meminí (memória) e monere (fazer recordar). 

Assim, monumentum é um sinal do passado. É tudo aquilo que pode evocar o passado, perpetuar a recordação: uma obra comemorativa de arquitetura ou de escultura, um monumento funerário ou um documento escrito. Trata-se de um legado à memória coletiva que detêm o poder de perpetuar a recordação do passado.

Já a palavra latina documentum, derivada de docere (ensinar, daí o termo docente), evoluiu para o significado de “prova”. Mas ele está longe de ser imparcial, objetivo, inócuo. O documento resulta de uma produção/montagem, consciente ou inconsciente da história por uma determinada época e sociedade que o produziu; é um esforço das sociedades para impor, ao futuro, determinada imagem de si mesma. Documento é uma coisa que fica. É monumento.

Por outro lado, considerando o sentido lato desses termos, há diferenças significativas entre eles quanto a visibilidade e acessibilidade. Enquanto o documento está guardado nos arquivos e bibliotecas para uso (às vezes, exclusivo) dos especialistas, o monumento – entendido como construção – é visitado pela população, fotografado, tocado, reproduzido como souvenirs para turistas.

Enquanto construções, os monumentos são representações materiais que fortalecem uma determinada identidade social. Sendo, contudo, construções sociais, politicamente concebidos, os monumentos são portadores de ambiguidades: podem celebrar e glorificar o passado, ou contestar e denunciar esse mesmo passado.

À luz dessas reflexões, listamos abaixo 12 lugares de memória da escravidão que incluem monumentos erguidos, no presente, com essa finalidade e construções históricas que, no passado, serviram para comércio escravo destinado às colônias europeias. Localizados na África e na América (Caribe e Brasil), esses lugares contam uma história trágica cujos desdobramentos ainda se fazem sentir.

Círculo de Crianças
Quais são? Descubra aqui.

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Por Joelza Ester Domingues.

My Iskin is Black

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Four Women

Lisa Simone, Dianne Reeves, Lizz Wright e Angélique Kidjo.


A Change Is Gonna Come

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Yes, it will come ...

O Prêmio Nobel da Paz

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É concedido para 2 ativistas que lutam contra uso de violência sexual como arma de guerra.

O congolês Denis Mukwege e a iraquiana Nadia Murad foram laureados nesta sexta-feira (05/10) com o Nobel da Paz de 2018 "por seus esforços para acabar com o uso da violência sexual como uma arma de guerra e conflito armado".

O ginecologista Mukwege, conhecido como "doutor milagre", passou grande parte da sua carreira tratando as vítimas de violência sexual na República Democrática do Congo.

Além disso, foi um crítico do governo congolês e de outros países por não fazerem o suficiente para acabar com os abusos contra mulheres, principalmente em locais que estão enfrentando conflitos armados. Segundo a Academia do Nobel, o médico de 63 anos e sua equipe trataram cerca de 30 mil vítimas.

Murad, por sua vez, é uma mulher da minoria religiosa yazidi. Ela se tornou uma ativista dos direitos humanos após ter sido escrava sexual do Estado Islâmico (EI) no Iraque por três meses.

Descrita como uma pessoa que mostra uma "coragem incomum", ela fugiu dos terroristas em 2014 e liderou uma campanha para impedir o tráfico de seres humanos e libertar os yazidis da perseguição.

Segundo a Academia, Murad é mais uma das milhares de mulheres que sofreram abusos sexuais no Iraque. A violência sexual é utilizada pelo grupo terrorista como uma arma de guerra.



O preto que falava iídiche

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O compositor, escritor e pesquisador Nei Lopes, com seu novo livro, O preto que falava iídiche ,(Record, 255 págs.), lançado nesta quinta-feira (7) em São Paulo, busca fazer "um paralelo entre duas sociedades marcadas pelo racismo". É a história de Nozinho na Praça Onze carioca, um lugar marcado pela presença de várias comunidades, não só a negra, como lembra Nei, autor de várias obras dedicadas à cultura africana e à música, como o Dicionário da história social do samba. 

Ele entrou no universo do samba "a contragosto da minha família", recorda. "Minha mãe dizia: eles lá e nós aqui", conta Nei Lopes, 76 anos completados em maio, criado em Irajá, área suburbana da zona norte do Rio de Janeiro, onde o pai comprou um terreno em 1927 – Nei foi o último de 13 filhos. "Hoje, só tem eu na prole". Pequeno, conheceu uma senhora que era "banqueteira", como se dizia antigamente, trabalhando para casas abastadas do Rio, e ligada à Portela. "Esse ambiente me fascinou muito cedo", diz Nei, que anos depois se aproximaria do Salgueiro, participando pela primeira vez do carnaval em 1963, justamente quando a escola de samba da Tijuca, também na zona norte, provocou uma pequena revolução no desfile com o enredo Xica da Silva.

Nesta nova obra – já são 35 –, o samba "não está presente, mas ele se anuncia", diz o autor. A Praça Onze é conhecida como um berço do samba carioca. Lá, "havia um rapazinho que trabalhava para um pequeno industrial da comunidade judaica, que não conseguia falar uma palavra de português". 

"Do relacionamento apaixonado, fortuito e proibido do preto inteligentíssimo Nozinho, que falava até iídiche, com a bela e branca judia Rachel, ele (Nei) nos conduz do ambiente de uma Praça Onze que testemunhava a invenção do samba a uma África que viu desde os judeus se libertarem da escravidão no Egito até a escravização dos povos negros e o mítico amor da rainha de Sabá e de Salomão, antecipando, na Etiópia, Rachel e Nozinho no Rio", escreve, na introdução, o jornalista Hugo Sukman.

"Evidentemente que são duas histórias muito diversas", observa Nei Lopes, referindo-se aos povos negro e judaico. Para ele, "a autoestima do povo afrodescendente é mínima, por conta de uma abolição irresponsável, enquanto a comunidade judaica tem outra percepção de si mesma", mantendo seus costumes. Nei aponta uma desunião entre os negros "que já veio da época (da escravidão) e foi insuflada pelos europeus".

Estou no Topo do Monte...

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Pronta pra Cantar...

Não rio e não cismo
Fixo o grande abismo
Minha vontade é uma asa
parada no ar

Estou aqui, pronta pra cantar
O amor me deu mais do que o sonho
O amor tudo levou

E o Outono chegou
Mas o Dom da Primavera 
Ninguém vai me tirar

Hoje eu estou
Pronta pra cantar!

I very to say...
I very to say

Retrato em Branco e Preto: As Cores da Violência

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No Brasil, 71,5% das vítimas de assassinato por ano são pretos ou pardos.

“É como se, em relação à violência letal, negros e não negros vivessem em países completamente distintos”, diz trecho do Atlas da Violência.

Sergipe, com 79%, e Rio Grande do Norte, com 70,5%, registram as maiores taxas de homicídios de negros no Brasil.
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São Paulo – Negros e brancos no Brasil vivem em realidades distintas no que se refere à violência. Em 2016, a taxa de homicídios de negros foi de 40,2 por 100 mil habitantes, duas vezes e meia maior à de não negros, que ficou em 16. Quando se analisa o período entre 2006 e 2016, enquanto a taxa de homicídios de negros aumentou 23,1%, a de brancos diminuiu 6,8%. Na prática, 71,5% dos brasileiros assassinados por ano são pretos ou pardos.

“É como se, em relação à violência letal, negros e não negros vivessem em países completamente distintos”, diz trecho do Atlas da Violência 2018, lançado nesta terça-feira (5) no Rio de Janeiro, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

O estado de Alagoas é o exemplo perfeito da disparidade em que vivem negros e brancos no Brasil. Ao mesmo tempo em que teve a terceira maior taxa de homicídios de negros, com 69,7 por cem mil habitantes, Alagoas apresentou também a menor taxa de homicídios de não negros, com 4,1. Para os analistas do Atlas, “é como se os não negros alagoanos vivessem nos Estados Unidos, que em 2016 registrou uma taxa de 5,3 homicídios para cada 100 mil habitantes, e os negros alagoanos vivessem em El Salvador, cuja taxa de homicídios alcançou 60,1 por 100 mil habitantes em 2017”.


Além de Alagoas, outros seis estados registraram taxas de homicídios de brancos de apenas um dígito – exceção num país que, em 2016, teve a taxa de 30,3 homicídios para cada 100 mil habitantes. São eles: Paraíba (5,8), Piauí (7,0), Amapá (7,8), Ceará (8,3), São Paulo (9,1) e Espírito Santo (9,3).
Quando o recorte da pesquisa é por gênero, a desigualdade se mantém: a taxa de homicídios de mulheres negras foi 71% superior à de mulheres não negras.

I've got the life

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Ain't Got No

Ain't got no home, ain't got no shoes
Ain't got no money, ain't got no class
Ain't got no skirts, ain't got no sweater
Ain't got no perfume, ain't got no beer
Ain't got no man

Ain't got no mother, ain't got no culture
Ain't got no friends, ain't got no schooling
Ain't got no love, ain't got no name
Ain't got no ticket, ain't got no token
Ain't got no God 

What about God? Should be: What have I got?
Why am I alive anyway?
Yeah, what about God? Should be: Yeah, what have I got?
Nobody can take away 


'Deus é Mulher': 'O meu país é o meu lugar de fala'

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Novo disco da cantora carioca amplia o poder transformador da música com debate político, feminista, anti-racista, pela liberdade religiosa, ancestralidade e pelo empoderamento.

“Mil nações moldaram minha cara/ Minha voz, uso para dizer o que se cala/ O meu país é meu lugar de fala.” É com esse grito de O que se Cala que Elza Soares abre seu novo disco, Deus É Mulher, lançado esta semana pela Deck Disc, e já disponível em todas as plataformas digitais, entre elas Spotify, YouTube, Google Play, Deezer e SoundCloud.

No texto de apresentação do álbum, a feminista e pesquisadora na área de Filosofia Política, Djamila Ribeiro, descreve como se sentiu ao escutar o novo álbum de Elza: “Vemos uma Elza Soares cantando a partir de um lugar potente, num elo com as gerações mais jovens. Como autora do livro O que é Lugar de Fala, fiquei particularmente tocada em ver uma mulher como ela, uma das maiores cantoras brasileiras, rompendo com silêncios históricos e emprestando sua voz para amplificar as nossas. Uma generosidade para quem ainda precisa se calar perante a vida. Elza fala por milhares, canta a liberdade”, afirma a ex-secretária-adjunta da Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo.


Em 11 faixas inéditas, o álbum faz uma ode ao empoderamento negro – especialmente das mulheres – a partir de letras feministas, de afirmação política e estrofes que celebram as raízes afro. “Exu nas Escolas é um grito pela ancestralidade, pela beleza de uma mitologia que foi demonizada. Ode ao orixá da comunicação, a uma cosmogonia sufocada por uma visão colonial. Um manifesto pela liberdade religiosa e cultural de um povo”, analisa Djamila..

A Aventura do Papel

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"Os Trapos fazem o papel

O Papel faz o dinheiro
dinheiro faz os Bancos

Os Bancos fazem os Mendigos

Os Mendigos fazem os Trapos

Os trapos fazem o Papel"



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