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Fiocruz lança plataforma para organizar conhecimento sobre favelas do país

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Dicionário virtual recebe o nome de Marielle Franco e tem como objetivo estimular e permitir a coleta e construção coletiva das informações existentes sobre as periferias das cidades brasileiras.

Cerca de 70 pessoas participaram da fase inicial de construção do projeto, que já soma cerca de 250 verbetes

São Paulo – A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) lança, nesta quarta-feira (10), o WikiFavelas - Dicionário de Favelas Marielle Franco. A plataforma virtual tem como objetivo estimular e permitir a coleta e construção coletiva do conhecimento existente sobre as favela.

De acordo com Sonia Fleury, coordenadora do projeto e pesquisadora sênior da Fiocruz, cerca de 70 pessoas participaram da construção do projeto, que já soma cerca de 250 verbetes. Ela explica que a plataforma virtual é feita por meio da articulação de uma rede de parceiros que já se dedicam a este tema, tanto nas academias quanto nas instituições produtoras de conhecimentos existentes nas próprias favelas.

"A ideia surgiu ao perceber algumas deficiências na periferia, como a fragmentação dos conhecimentos sobre as favelas. Também há a dificuldade das lideranças locais que estão preocupadas em resgatar sua memória e a documentação sobre a comunidade. É preciso construir esses acervos e dar visibilidade para o próprio conhecimento. É a ponte do trabalho acadêmico com a construção coletiva das comunidades", afirmou Sonia, à Rádio Brasil Atual.

O nome da plataforma presta homenagem à vereadora carioca pelo Psol, assassinada em março do ano passado, e que era uma das entusiastas do projeto. A iniciativa teve o apoio e a participação de Marielle Franco que escreveu uma ementa e uma proposta de verbete sobre a sua monografia em que discorre sobre Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).

"Desde o início ela apoiou muito esse trabalho e chegou a escrever sua proposta, mas o assassinato dela impediu que sua voz continuasse a se manifestar. Então, fizemos a homenagem para mostrar que o compromisso político, através do nosso trabalho, é que a voz continue", contou.

Sonia acrescenta que, apesar de a plataforma ser baseada em wiki, ela não foi feita dentro da Wikipedia. Isso porque a página tem o princípio de neutralidade, enquanto o dicionário da Fiocruz, de pluralidade. "Estamos tentando contar, através da favela, uma história que as pessoas desconhecem, (por estarem) tratando como se todas as comunidades fossem iguais, o que não é verdade. Cada uma tem sua história, suas políticas, trabalhos sociais".

Ouça a entrevista na íntegra.

O Prêmio Nobel da Paz

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É concedido para 2 ativistas que lutam contra uso de violência sexual como arma de guerra.

O congolês Denis Mukwege e a iraquiana Nadia Murad foram laureados nesta sexta-feira (05/10) com o Nobel da Paz de 2018 "por seus esforços para acabar com o uso da violência sexual como uma arma de guerra e conflito armado".

O ginecologista Mukwege, conhecido como "doutor milagre", passou grande parte da sua carreira tratando as vítimas de violência sexual na República Democrática do Congo.

Além disso, foi um crítico do governo congolês e de outros países por não fazerem o suficiente para acabar com os abusos contra mulheres, principalmente em locais que estão enfrentando conflitos armados. Segundo a Academia do Nobel, o médico de 63 anos e sua equipe trataram cerca de 30 mil vítimas.

Murad, por sua vez, é uma mulher da minoria religiosa yazidi. Ela se tornou uma ativista dos direitos humanos após ter sido escrava sexual do Estado Islâmico (EI) no Iraque por três meses.

Descrita como uma pessoa que mostra uma "coragem incomum", ela fugiu dos terroristas em 2014 e liderou uma campanha para impedir o tráfico de seres humanos e libertar os yazidis da perseguição.

Segundo a Academia, Murad é mais uma das milhares de mulheres que sofreram abusos sexuais no Iraque. A violência sexual é utilizada pelo grupo terrorista como uma arma de guerra.



#EleNão. #NósSim

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É com corpos que se recusam a ser determinados pelo ato de ser violentada ou pelo ato de violentar que podemos criar um outro jeito de ser e de estar nesse mundo.

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Demorei a entender que a violência de ter um corpo sempre em risco não era um dado a mais na trajetória de uma vida. Não era um trauma ou uma história triste. Ou vários traumas ou várias histórias tristes. A violência é tão constituinte do que é ser uma mulher como nossos ossos, órgãos, sangue. A violência é estrutural no nosso ser e estar no mundo. Compreendemos o que somos pela ameaça aos nossos corpos.

Ser mulher é ser um corpo que não se sente seguro em lugar algum.

Se cada uma de nós pensar com coragem, descobrimos que a maioria de nossas decisões passa por onde colocar nosso corpo. Como colocar nosso corpo. Como nosso corpo é visto. E, principalmente, como proteger nosso corpo. Dos olhos, das mãos, das facas, dos pintos que não autorizamos a entrar.


Se o olhar do outro é o que nos funda, nos descobrimos mulher antes de nos descobrirmos mulher, antes mesmo da podermos pronunciar a palavra mulher, pelo olhar que nos invade. Não o que nos ama, mas o que nos julga. Não o que nos reconhece, mas o que nos converte em objeto. Não o que pede permissão, mas o que viola. Se o olhar do outro nos diz quem somos, mesmo antes de compreender a palavra medo nós já tememos.


Ser mulher é ter a cabeça arrebentada a balas por ousar desafiar o poder. É ser Marielle Franco, Dorothy Stang, Luana.

Ser mulher é... Para entender melhor, continue aqui.


“A Sós”

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Para mostrar a realidade que boa parte não quer ver e incomodar as "consciências" dos que se julgam representantes do Povo brasileiro, o Documentário sobre relacionamentos entre moradores de rua é aula de bom jornalismo em tempos de crise da profissão.

Só um grande jornalista poderia fazer um documentário como este.

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Vinicius Lima é um jornalista recém-formado pela PUC-SP. Há anos ele trabalha no projeto SP invisível, um movimento que conta histórias  de moradores de rua e de pessoas que vivem ou trabalham nas ruas de São Paulo. Veja a página aqui.

A experiência serviu para apurar o olhar do jovem repórter. Ali, onde as pessoas genericamente vêem “mendigos”, “vagabundos”, “vítimas do sistema”, “craqueiros”, “coitados”, dependendo de onde o observador esteja no espectro político, Vinicius encontra histórias de vida, alegrias, tristezas, amores, escolhas, os porquês de estarem onde estão e fazendo o que fazem.

Vinicius vai muito além dos estereótipos porque sabe que eles servem apenas para reforçar as barreiras da invisibilidade e, por que não?, justificar nossa insensibilidade diante da dor e do sofrimento do “Outro” - ele não é um ser como nós, dotado de sentidos como os nossos.

Já foi moda no jornalismo o repórter se fantasiar de morador de rua, de imigrante turco na riquíssima Alemanha, de miserável no Império Americano. Maquiagem, roupas esfarrapadas, sotaque fajuto, tudo para “vivenciar na própria pele” o que o Outro sentiria na condição de marginalizado e excluído.
Caô total. Verdadeiro estelionato.

Primeiro, porque esse método de investigação jornalística cassa a palavra de quem já tem a palavra, quando não a própria existência, negada. Quem fala é o repórter fantasiado.

Cora Coralina: Venho do século passado. Sou mais doceira e cozinheira

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A primeira matéria sobre Cora Coralina publicada fora do estado de Goiás. A poetisa só se tornou famosa nacionalmente depois que Carlos Drummond de Andrade publicou uma matéria sobre ela no Jornal do Brasil, em 1979.

Os poemas vieram depois da Semana de Arte Moderna, em 1922, quando as rimas passaram a ser dispensáveis. E foi a poesia que a tornou conhecida. Seu primeiro livro, “Poemas dos becos de Goiás e estórias mais”, só foi publicado em 1965, pela José Olympio Editora, tendo custado a ela uma casa que tinha no interior.

Os poemas vieram depois da Semana de Arte Moderna, em 1922, quando as rimas passaram a ser dispensáveis. E foi a poesia que a tornou conhecida. Seu primeiro livro, “Poemas dos becos de Goiás e estórias mais”, só foi publicado em 1965, pela José Olympio Editora, tendo custado a ela uma casa que tinha no interior.

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Venho do século passado.
Pertenço a uma geração
ponte, entre a libertação
dos escravos e o trabalhador livre.
Entre a monarquia
caída e a república
que se instalava.
Todo o ranço do passado era
presente. A brutalidade,
a incompreensão, a ignorância.
Os castigos corporais.
Nas casas. Nas escolas.
Nos quartéis e nas roças.
A criança não tinha vez.
Os adultos eram sádicos
e aplicavam castigos humilhantes.

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... Infelizmente, pouca coisa mudou, embora o Século tenha mudado.
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Fragmento da entrevista com Cora, em 1979, feita por Drummond, e resgatada por Mouzart Benedito, no Blog da Boi Tempo.

Descalço sobre a terra vermelha

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O bispo catalão Dom Pedro Casaldáliga será homenageado no Centro Cultural São Paulo (CCSP).

Religioso católico é conhecido pela defesa das populações indígenas no Mato Grosso.

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O bispo catalão Dom Pedro Casaldáliga será homenageado com uma exposição no Centro Cultural São Paulo (CCSP) desde ontem, dia 25 de janeiro. 

“Pere Casaldàliga, Profissão: Esperança” traz fotografias do espanhol Joan Guerrero que registram a vida e a obra do líder religioso no Brasil. A exposição é feita em parceria com a Associação Cultural Catalonia e a Casa América Catalunya.


Radicado no Brasil desde 1968, Casaldáliga ficou conhecido por sua atuação em defesa dos povos indígenas e da reforma agrária. Em 1971, tornou-se bispo da cidade de São Félix do Araguaia, no Mato Grosso. No mesmo ano, ele divulgou o texto “Uma Igreja da Amazônia em conflito com o latifúndio e a marginalização social”, importante documento para a resistência à ditadura militar.

Na luta pelo reconhecimento dos direitos indígenas, ajudou a fundar o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) na década de 1970. Além disso, Casaldáliga teve participação na criação da Comissão Pastoral da Terra (CPT).

A vida do bispo é retratada no filme “Descalço sobre a terra vermelha”, de Oriol Ferrer, exibido dia 26 no CCSP em uma sessão seguida por debate com o produtor Paco Escribano. A obra, baseada no livro homônimo, de autoria de Francesc Escribano, é uma coprodução da TV Brasil com mais duas televisões públicas, a espanhola TVE e a catalã TVC.

Ao falar sobre a importância do trabalho do bispo, a curadora Marta Nin, subdiretora da Casa América Catalunya, ressalta que Casaldáliga se colocou em risco várias vezes, já sofrendo até tentativas de assassinato. “Ele deu dignidade, força e esperança a uma população maltratada pelas dinâmicas capitalistas, neoliberais e vorazes que existem há mais de cinquenta anos no Mato Grosso”, completa.

Tiradas em julho de 2011, as fotos de Guerrero são acompanhadas também por trechos de cartas, poemas e textos pastorais de autoria do bispo. 

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Imagens: Joan Guerrero 

É...

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Gonzaguinha...

Foi e será sempre único. E por isso mesmo foi perseguido e proscrito pela chamada “grande mídia”. 
Os motivos? Não abaixar artisticamente falando, a cabeça para o enquadramento ideológico das elites brasileiras. As mesmas que continuam mandando no Executivo, Congresso Nacional e Judiciário.

É... Cantava Gonzaguinha.

“A gente quer viver pleno direito
A gente quer viver todo respeito
A gente quer viver uma nação
A gente quer é ser um cidadão
A gente quer viver uma nação...”

Pleno direito. É tudo o que as elites não querem que vivamos. Nem nós. Nem as gerações futuras.

Era Gonzaguinha que a classe média brasileira deveria ter cantado antes de bater panelas na Augusta (SP), na Lagoa Rodrigo de Freitas (RJ), em Boa Viagem (PE), na Pampulha (MG), e na Esplanada dos Ministérios (BSB).

E para os que a seguiu, não terá choro nem vela. As elites jamais perdem alguma coisa. De uma forma ou de outra elas recuperam tudo: status, patrimônio e poderio econômico.

Para quem a seguiu, a fatura está a caminho, disfarçada de uma PEC (241) salvadora da pátria. Pátria de quem e para quem? Está é a pergunta que devem responder.

E mais uma vez, você que optou por bater panelas, pagará o Pato que a FIESP se recusou a pagar.

E infelizmente, quem não tem nada a ver com isso, pagará junto.

É...
E... A gente não tem cara de panaca.


"Eu já estou com os pés nesta estrada...

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E não desejo uma viagem de volta para o passado, muito menos em uma Ponte que não aponta para o futuro.

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A legislação trabalhista é uma conquista e um avanço. Podemos afirmar que há dois Brasis aí. Aquele em que antes não havia férias nem descanso remunerado, não havia salário-mínimo e muito menos licença-maternidade. As pessoas trabalhavam doze, catorze, dezesseis horas por dia. Era comum encontrar crianças com oito, nove anos em trabalhos forçados. Havia um processo em gestação que levaria a um colapso social.

Com a promulgação de novas leis a partir de 1931 e a chegada da CLT, em 1943, o país começou a mudar de rumo nas suas relações de trabalho com a incorporação das necessidades dos trabalhadores e de suas famílias. Surge o Ministério do Trabalho, a garantia da carteira de trabalho, do salário-mínimo, da jornada de trabalho, entre outros direitos.

A vida do país prosseguiu. Tivemos períodos de abertura de indústrias, com incentivo às empresas e grande geração de emprego e outros de inflação alta, recessão e milhões de desempregados. Tivemos governos de exceção e desde 1989 elegemos o presidente da República pelas urnas.

Em todas essas décadas sempre que o país não apresentava níveis concretos de crescimento surgiram tentativas de retirar direitos trabalhistas e sociais. Programas aplicavam a tese de que a CLT é arcaica, ultrapassada, que a Previdência Social é deficitária (Análise da ANFIP - Associação dos Auditores Fiscais da Receita - prova o contrário), que não há caminho fora das privatizações.

Jorge Souto Maior - juiz do Trabalho - disse em 2007, que "direito trabalhista não é custo para as empresas" e que flexibilizar as relações de emprego diminui salários e não aquece a economia. A legislação nunca foi um entrave ao desenvolvimento econômico do país. Se isso fosse uma situação válida, "o país já teria um desenvolvimento econômico invejável".

Em 1974, veio a criação do trabalho temporário. Dizia-se que era preciso diminuir os custos, para que em determinadas épocas do ano as empresas pudessem contratar. Em 1988 surgiu a lei do banco de hora.  "O Brasil já fez de tudo que poderia ser feito do ponto de vista da flexibilização. Além disso, a economia não cresceu".

O Começo da Vida: "Se mudarmos o começo da história, mudamos a história toda"

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A primeira infância e a construção de uma sociedade mais justa.

O Começo da Vida também mostra o contraste entre o desenvolvimento de crianças que têm todo o conforto e todos os direitos garantidos e o de crianças como Phula, uma menina indiana que cuida sozinha dos irmãos em uma comunidade carente que mora em condições precárias em meio a obras em construção.

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Documentário 'O Começo da Vida', de Estela Renner, investiga a importância dos primeiros anos de vida como a chave para o futuro.

Estela Renner: 'O que nos une é o que desejamos para nossos filhos e o que nos separa é a condição que o ambiente nos dá para proporcionar isso a eles'.

Se mudarmos o começo da história, mudamos a história toda. Esta frase resume o filme O Começo da Vida, documentário de Estela Renner que estreia nesta quinta-feira (5) nos cinemas. Com base nas recentes constatações científicas de que os bebês se desenvolvem a partir da combinação entre a sua carga genética e as relações com as pessoas que os rodeiam, o longa-metragem trata sobre vários temas ligados à primeira infância: a importância do acesso aos direitos básicos, do afeto, das brincadeiras, da quebra dos papeis de gênero, do incentivo à amamentação, a educação para a solidariedade etc.

Estela Renner, que também dirigiu Criança a Alma do Negócio e Muito Além do Peso (disponíveis gratuitamente na plataforma on-line VideoCamp), visitou famílias de diferentes culturas, etnias e classes sociais no Brasil, na Argentina, nos Estados Unidos, no Canadá, na Índia, China, Itália, França e no Quênia para mostrar a importância dos vínculos afetivos nos primeiros anos de vida das pessoas.

Qual o seu Nome Social?

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É certo que quando nascemos, ou até mesmo antes de, pela natureza da condição, não escolhemos as coisas ou as pessoas que farão parte das nossas vidas pelo resto das nossos dias. Muito menos os nossos nomes.

Entretanto, no início da minha militância política e social adotei o nome Beth Muniz. E é com este nome social que me identifico. Elizabeth para mim é mera formalidade jurídica. O meu nome civil é Elizabeth. No meu crachá também esta grafado o meu nome social.

Contudo, em algumas situações de convivência econômica e social há inúmeras pessoas que por questão de identidade de gênero, não se sentem confortáveis com os nomes de origem que receberam e desejam muda-los. Agora este desejo finalmente será atendido pela administração pública.

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Decreto da presidenta Dilma Rousseff permite uso do nome social em atos e documentos oficiais da administração pública federal.

Portanto, a partir de ontem os órgãos da administração pública federal deverão permitir o uso do nome social de transexuais e travestis em todos os documentos oficiais, como crachás, fichas e publicações no Diário Oficial da União (DOU). Além disso, deverão disponibilizar nos formulários e sistemas de registro de informações o campo “nome social”.  As mudanças foram determinadas em decreto assinado nesta quinta-feira (28) pela presidenta Dilma Rousseff.

Essa é uma grande conquista no âmbito dos direitos humanos e mais um passo rumo ao reconhecimento da identidade de gênero das pessoas transexuais e travestis. Atualmente, 18 estados e 12 municípios possuem decretos que permitem o nome social de pessoas transexuais e travestis.

305 POVOS e 274 LÍNGUAS em um só País

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O BRASIL INDÍGENA, BRASIL DA DIVERSIDADE.

Sob a denominação “indígenas” encontramos a maior diversidade étnica e linguística do continente: são 305 povos distintos, com organização social, costumes, crenças e história diversas, falantes de 274 diferentes línguas.

A FUNAI registra ainda cerca de 69 referências de grupos indígenas ainda não contatados, considerados povos de isolamento voluntário, ou seja, povos que diante das ameaças ao seu território e à sua sobrevivência decidiram não manter contato com a sociedade envolvente.

Segundo Censo de 2010, a população indígena totaliza cerca de 900 mil habitantes (896917), presentes em todas as unidades da federação. A sua maioria (cerca de 64% deles) vive em áreas rurais, principalmente em terras indígenas.

AS TERRAS INDÍGENAS REPRESENTAM 13% DO TERRITÓRIO NACIONAL, SENDO 98% DESSA ÁREA NA AMAZÔNIA

Para garantir seu modo de vida tradicional e por conseguinte sua sobrevivência, a Constituição de 1988 reconheceu o direito dos povos indígenas às suas terras, reservando à União o procedimento administrativo de demarcá-las.

Atualmente, os povos indígenas vivem sob uma série de ameaças a esses direitos, em que destacamos a tramitação da PEC 215, Proposta de Emenda à Constituição que propõe transferir ao Congresso Nacional a decisão de demarcar terras indígenas. Essa medida pretende retirar da competência administrativa da Funai e do Ministério da Justiça – atualmente os principais atores e detentores do conhecimento técnico e administrativo desse processo – a identificação e demarcação das terras indígenas, o que implicaria em séria ameaça aos direitos desses povos, positivados em nossa Constituição Cidadã.

MUITA TERRA PARA POUCO ÍNDIO OU POUCA TERRA PARA MUITO ÍNDIO?

Internet chega a 78% das escolas públicas urbanas e a 13% das rurais

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No Brasil, 32.434 escolas públicas ainda não contam com qualquer tipo de conexão à internet, segundo levantamento feito pelo Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS). O número corresponde a 22% do total de escolas públicas. A maioria das escolas sem acesso à internet está no campo, onde apenas 13% estão conectadas à rede.

Entre as escolas urbanas, o acesso é maior, cerca de 80% estão conectadas. No entanto, ainda há mais de 9 mil escolas em cidades que não têm acesso à rede ou a conexão à internet é mais lenta do que deveria ser. Isso significa que 4,5 milhões de alunos no país estão em desvantagem, segundo o levantamento.

As escolas urbanas são atendidas pelo Programa Banda Larga nas Escolas (PBLE) – uma iniciativa dos governos Lula/Dilma com empresas de telefonia para conectar as escolas públicas com banda larga. A empresa deve garantir o fornecimento e também a manutenção de banda larga para as escolas urbanas.

A lei prevê que as escolas recebam banda larga de pelo menos 2 megabit por segundo (Mbps) ou igual à melhor conexão ofertada na região. O levantamento aponta ainda que essa meta deveria ser revisada semestralmente, mas ainda é a mesma de 2010. Segundo Lemos, a meta está aquém da de outros países, que discutem e implementam velocidade de conexão de 50 ou 100 Mbps.

Já para as escolas rurais, um edital aprovado em 2012 prevê que as operadoras de celular ofereçam conexão 4G gratuita para todas as escolas que atendam mais de 185 alunos. Além disso, há a possibilidade de conexão via satélite para escolas de áreas muito remotas.

Número de uniões homoafetivas aumentou 31%

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Em 2014 foram registradas 4.854.

Dados da pesquisa Estatísticas do Registro Civil 2014, divulgados hoje (30), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicam que foram realizados no ano passado 4.854 casamentos entre cônjuges do mesmo sexo, o que representa aumento de 31,2%.

Foram 1.153 uniões homoafetivas a mais que em 2013. 

No total, em 2014, os casamentos homoafetivos representaram 0,4% do total de casamentos efetuados no país. Os dados sobre casamentos entre pessoas do mesmo sexo vêm sendo levantados pelo IBGE há apenas dois anos.

Dentre os casamentos entre cônjuges do mesmo sexo, verificou-se que 50,3% eram entre cônjuges femininos e 49,7%, entre cônjuges masculinos.

O maior número de uniões homoafetivas deu-se na Região Sudeste, com 60,7% do total; seguida, em proporções bem menores, pelas regiões Sul (15,4%); Nordeste (13,6%); Centro-Oeste (6,9%); e Norte (3,4%).

Entre as unidades da Federação, de acordo com a distribuição percentual regional, São Paulo evidenciou a maior concentração percentual de uniões homoafetivas, registrando 69,6% do total da Região Sudeste, seguido de Santa Catarina, com 45,7%; Goiás registrou 39,0% das uniões homoafetivas da Região Centro-Oeste, seguido do Distrito Federal, com 38,7%. Na Região Norte, o maior número desse tipo de união foi registrado no Pará, com 34,7%.

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Novos tempos, em que pese o conservadorismo do Congresso Nacional, liderado pela bancada dos evangélicos com contas na Suíça, e a da bala - obcecada por exterminar jovens pobres e negros.


A desesperança na “maior" democracia do mundo

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Só metade dos jovens negros acredita chegar aos 35 anos, mostra estudo.

Mas, à denominada “maior" democracia do mundo, ainda é o sonho de consumo de muitos brasileiros, que avaliam ser o Brasil, um país pequeno, em todos os sentidos.

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Miami (EUA) – Estudo divulgado ontem (18) nos Estados Unidos revela que apenas metade dos jovens afro-americanos está confiante de que vai chegar aos 35 anos.

O número é ainda mais baixo, 38%, no caso dos jovens mexicanos que vivem nos Estados Unidos, de acordo com a mais recente edição do Journal of Health and Social Behavior.

Entre a população branca, o percentual dos que disseram estar “quase certos” de que vão chegar aos 35 anos é mais elevada: 66%.

“Os brancos não estão sujeitos ao racismo e à discriminação, em nível institucional e individual, vividos pelos imigrantes e minorias étnicas nascidas nos Estados Unidos, que comprometem a saúde, o bem-estar e as oportunidades de vida”, disse Tara Warner, professora assistente de sociologia da Universidade do Nebraska-Lincoln.

Ela adiantou que “essas experiências – incluindo o medo da vitimização e/ou deportação – podem ser uma fonte crônica de stress para as minorias raciais e étnicas, bem como para os imigrantes, o que compromete ainda mais o seu bem-estar, mesmo entre os jovens”.

O estudo Expectativa de Sobrevivência dos Adolescentes: Variações por Raça, Etnicidade e Nascimento é descrito pelos autores como o primeiro a documentar os padrões de expectativa de sobrevivência entre os diferentes grupos raciais, étnicos e de imigrantes.

Para o trabalho foram ouvidas 171 mil pessoas, com idade entre 12 e 25 anos.

Não deveria ser assim, pois trata-se de uma potencial mundial e economicamente desenvolvida.

Só que no social, é igual ou ainda pior.

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Com informações da EBC

Festa Literária

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Escritores de 21 países vão participar.

Começa nesta terça-feira, 3/10, a Festa Literária das Periferias (Flupp), a maior do país voltada para as comunidades. Este ano, o evento é realizado no complexo Babilônia/Chapéu Mangueira e vai até o dia  8 de novembro.

Participam da festa mais de 50 nomes da literatura mundial, como Alan Campbell (Escócia), Glenn Greenwald (Estados Unidos), Caryl Férey (França), Uwe Timm (Alemanha), Amyr Klink (Brasil) e Jean Wyllys (Brasil). 

Literários de 21 países vão ficar hospedados em hotéis e albergues da comunidade carioca.

O evento é o ponto alto de uma série de encontros que promovem a formação de autores, realizados ao longo do ano. 

A Flupp 2015, que está no calendário das comemorações pelos 450 anos do Rio, homenageia Nise da Silveira, primeira psiquiatra brasileira a rejeitar o confinamento dos pacientes e os eletrochoques.

Você pode conferir a programação completa da Flupp aqui.

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Fonte: EBC/Agência Brasil


O que a cultura da competitividade fará com nossas crianças?

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Frei Betto afirma que crianças começam a ser solidárias desde um ano de idade, expõe a falta de solidariedade na atual sociedade e aponta que boas ações são oriundas de quem se menos espera.

“A solidariedade é uma tendência inata no ser humano, porém se ela não for cultivada pelo exemplo familiar ou educação, ela não se desenvolve”.

Frei Betto relata casos de solidariedade em que as boas ações vêm de quem se menos espera. Na Itália, jovens colocaram um cartaz na beira da estrada que avisava que logo adiante um homem necessitava ser transportado a um hospital com urgência. Todos os motoristas eram parados adiante pela polícia rodoviária para responder porque passaram indiferentes ao cartaz. 

- Quem parou foi um verdureiro com uma velha caminhonete.

Em um teste realizado nos Estados Unidos, um homem tentava alcançar um objeto através de uma grade, mas não tinha sucesso. Porém um chimpanzé tinha fácil acesso e, espontaneamente, o animal era solidário ao homem, apanhava o objeto e entregava ao rapaz.

Em 1996, uma criança caiu em uma jaula de primatas em um zoológico. Um gorila apanhou o menino, e o afagou até que viessem buscar a criança”, conta.

O escritor também lembra de outro caso, em uma escola teológica norte-americana: “Seminaristas foram incumbidos de fazer uma apresentação da Parábola do Bom Samaritano. No caminho do auditório, um homem ficou estendido no chão, como se estivesse ferido. Apenas 40% dos seminaristas que passaram por ali pararam para atender o rapaz. 

- "Como contradição, os que mais se mostraram indiferentes foram os estudantes que se dirigiam ao palco que tinha como tema a solidariedade".

Frei Betto conclui o comentário alertando para a falta de solidariedade na sociedade atual. “Frente a tais exemplos, é de se perguntar o que a nossa cultura baseada na competitividade, não na solidariedade, faz com as nossas crianças e como forma nossos adultos. 

"Os pobres, doentes, idosos e necessitados que o digam".

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Frei Betto, ontem, 27/10, em sua coluna na Rádio Brasil Atual))), ao falar sobre solidariedade e egoísmo.

Se eu for pensar muito na vida, morro cedo amor...

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Se eu for pensar muito na vida

Morro cedo, amor.

Meu peito é forte,

Nele tenho acumulado tanta dor.

As rugas fizeram residência no meu rosto

Não choro pra ninguém

Me ver sofrer de desgosto.

Eu que sempre soube

Esconder a minha mágoa.

Nunca ninguém me viu

Com os olhos rasos d'água.

Finjo-me alegre

Pro meu pranto ninguém ver.

Feliz daquele que sabe sofrer.

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Mani, Dilma e a Majestosa Mandioca

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Quem diria hem? A mandioca virou celebridade.

No lançamento dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, a presidenta Dilma reverenciou o tubérculo.

Levou pauladas a torto e a direito. Que bobeira! Dilma poderia ganhar aplausos se tivesse contado a origem do nome do tubérculo.

Conhece? É a história da filha de um cacique da tribo tupi, que apareceu grávida.

Furioso, o índio queria que a moça disse o nome do pai da criança. Ela insistia: não tinha namorado ninguém. Meses depois nasceu uma menina.

Surpresa! A bebê era branquinha, muito branquinha. E sabia falar e andar.

Deram-lhe o nome de Mani - (nome da indiazinha morta e oca (habitação indígena). Com pouco mais de um ano, a garota morreu.

Um dia, apareceu no túmulo uma planta estranha. Decidiram desenterrar o corpo da indiazinha. Ops! só encontraram grossas raízes - escuras por fora e branca.

Não estacione...

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Em Maringá,

Motorista estaciona em vaga de deficiente e tem surpresa na volta.





Espero que tenha aprendido a lição, e passe a agir como um verdadeiro cidadão, respeitando o outro!


E como diz um amigo meu, "Só ganha dinheiro quem tem dinheiro"

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Quanto ganha um Juiz no Brasil?

A revista ÉPOCA descobre que os salários reais do Judiciário ultrapassam – e muito – o teto constitucional dos funcionários públicos. 

Há 32 tipos de benesses, inventados para engordar os contracheques de suas excelências. Não é ilegal. Alguns juízes e promotores se perguntam: é correto?

Talvez seja por isso que o martela da justiça só funcione para quem tem dinheiro.

E como diz um amigo meu, "Só ganha dinheiro quem tem dinheiro".

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Levantamento feito pela revista Época aponta que a média salarial paga a juízes e desembargadores em todo o Brasil é 25% superior ao teto do funcionalismo público.

Enquanto o teto estabelecido por lei hoje é de R$ 33,7 mil, a média dos vencimentos dos juízes e desembargadores chega a R$ 41,8 mil.

Ainda conforme a revista, existem casos em que os salários dos magistrados ultrapassa a casa dos R$ 100 mil. Um exemplo é do presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), Pedro Carlos Marcondes, cujo rendimento mensal chega a R$ 125,6 mil.

Os cálculos da Época consideram salários e também os benefícios concedidos aos magistrados como auxílio para a compra de livros, auxílio educação (para filhos dos magistrados), auxílio mudança, diárias e auxílio transporte. Em média, os presidentes de TJ tem salários de R$ 59,9 mil, segundo a revista.

Nos ministérios públicos estaduais, o salário médio dos promotores, incluindo-se os benefícios, chega a R$ 40,8 mil. Os procuradores-gerais de Justiça tem vencimento médio de R$ 53,9 mil e o maior salário, nessa categoria, é de Mafran Vieira, do Rio de Janeiro. 

Como procurador-geral do RJ, Vieira recebe R$ 122,5 mil ao mês.

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Época/Pragmatismo Político.

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