Peça 1 – general Mourão coloca Maçonaria na mira
As declarações do general Antônio Hamilton Mourão em uma Loja Maçônica do Distrito Federal foram amplamente cobertas pela mídia. Passou em branco o local da manifestação e as relações políticas da maçonaria no país.
Em Portugal, a Maçonaria teve papel central nas movimentações que resultaram na prisão e na destruição política de José Sócrates, ex-primeiro ministro de tendência socialista. Ressurgiu como poder político, não se sabe se efetivo ou superdimensionado pelo caráter misterioso dos maçons.
No processo de impeachment houve diversas manifestações de lojas maçônicas e há diversos maçons em cargos-chaves na administração pública.
Como filho e neto de maçons - meu pai chegou a ocupar alto cargo na Loça Maçônica Estrela Caldense, e abjurou para se casar na Igreja com minha mãe - sempre a vi como um clube de autoajuda, muito distante da militância política no Segundo Império.
Meu avô foi levado para a Maçonaria por meu pai. Mudou-se para São Paulo em 1960. Em seu enterro, em 1984, quando chegamos em São Sebastião da Grama, estavam aguardando-os os irmãos maçons de Poços.
Mesmo assim, o tema ainda é insuficientemente explorado. E não se sabe se a Maçonaria é uma força organizada, ou seja, com os maçons obedecendo a movimentos políticos coordenados, típicos de partidos políticos e de associações conspiradoras, ou apenas um clube de autoajuda, uma espécie de Rotary Club com rituais.
Hoje em dia, a soma de manifestações políticas obriga a um foco mais próximo para entender a verdadeira dimensão do fenômeno maçonaria no Brasil de hoje.
Lanço algumas pinceladas, claramente insuficientes para uma avaliação definitiva sobre a Maçonaria, mas visando promover a discussão.
Peça 2 - A Maçonaria atual