"Armas: Qual a mais forte das armas?"
A mais certeira, a mais firme?
A lança, a espada, a clavina, ou a funda aventureira?
A pistola? O bacamarte? A espingarda ou a flecha?
O canhão que em praça forte faz em dez minutos brecha?
Qual a mais firme das armas?
O terçado, a fisga, o chuço, o dardo, a maça, o virote?
A faca, o florete, o laço, o punhal ou o chifarote?
A mais tremenda das armas, pior que a durindana, atendei, meus bons amigos: se apelida - a língua humana.
(Fagundes varela, no poema: "Armas")
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Portanto, um homem deve saber o comprimento de sua língua. Um órgão tão curto e, no entanto, capaz de cobrir longas distâncias e causar danos irreparáveis.
E evitar que resvale pela mesquinharia, sirva à confusão, faça eco a intriga, cometa inconfidências, fira sentimentos, destrua reputações e vidas, especialmente nesta época de comunicação por escaneamente, onde tudo é verbalizado e quase nada verificado...
Trazê-la sob o controle da razão, eis o desafio.