Marina e sua crise

A crise na campanha da Marina é grande.
Bem, já era de se esperar, especialmente no Rio de Janeiro, onde o PV, partido da candidata a presidente da República, fez uma negociação de divisão dos palanques estaduais, e agora, tem imensa dificuldade de administrar o pacto.
Fernando Gabeira, candidato do PV e da Marina ao governo do Rio de Janeiro, decidiu apoiar nada mais nada menos que dois presidenciáveis: Marina e Serra (PSDB-DEM-PPS).
Os dirigentes do PV atribuem a atual crise, às rachaduras deixadas por várias tensões pré-convenção do Rio, que por pouco não foi cancelada, pela pressão exercida pelo PSDB, para garantir uma das ao Senado.
Alfredo Sirkis, presidente do PV fluminense, garante que os impasses estarão contornados com a “fórmula mágica” encontrada por Gabeira, fazendo dupla campanha: estará em todas as agendas de Marina no Rio e selecionará aquelas em que acompanhará Serra.
Esqueceram de mim
A crise começou porque no sábado, no local da convenção do PV, o PPS colocou uma faixa só com os nomes de Gabeira e Serra - esqueceram de Marina.
Pelo andar da carruagem, esta não será a primeira crise que Marina enfrentará para acomodar interesses e egos tão diferentes dentro da coligação que escolheu, em particular no Rio de Janeiro.
Agora, a candidata Marina finalmente enfrentara uma campanha política majoritária, com todos os ônus e os bônus que é peculiar neste tipo de processo, sem o abrigo do PT.
Porque até agora, o capital político colhido foi só bônus.