Eu gosto de andar de ônibus
Por mais incrível que possa parecer, eu gosto de andar de ônibus.
Confesso que Brasília (Plano Piloto) diferente do DF, me favorece nesta minha aventura quase diária.
É momento em que tento redescobrir a cidade, dar e receber um bom dia, ver as flores e folhas balançando nas árvores - em especial os Ipês - e apreciar o vai e vem das pessoas, sempre apressadas.
Hoje enquanto vinha para o trabalho descobri um novo canteiro de obras. Até aí tudo bem. Por aqui isto não é novidade. Assim como outras cidades, apesar de ter sido planejada, a cidade cresce assustadoramente.
O que me chamou a atenção não foi o canteiro. Mas o tapume.
E nele estava escrito exatamente assim:
E nele estava escrito exatamente assim:
se não fosse o amanhã!”
Então, enquanto o ônibus rodava, eu pensava o que a pessoa que escreveu aquelas palavras queria dizer.
Não sei...
Mas com certeza, por trás daquele tapume, além de um peão de obra deve haver um poeta.
Que bom. Pois a vida sem poesia é muito chata.
E...Poesia é Poesia!