Sou uma pessoa privilegiada, sem desfrutar dos privilégios que são distribuídos por aqui, e por debaixo dos panos. Ainda bem. Sou normal, comum, como tantos outros que na cidade vivem e trabalham.
Não demoro em chegar ao trabalho, no máximo dez minutos, se eu usar o carro. De ônibus, quinze.
Planejada durante a explosão da indústria automobilística e da produção nacional de petróleo, a capital brasileira ainda é reconhecida nacionalmente como pioneira em educação no trânsito. Foi pioneira no país quando implantou uma escola obrigatória para condutores, e a única a conseguir que os motoristas respeitassem a faixa de pedestres.
A estratégia de desenvolvimento que inicialmente se revelou viável, hoje, com o aumento significativo da frota, torna-se inviável. Com uma população de 2,6 milhões de pessoas e uma frota de 1,3 milhão de veículos com quatro rodas ou mais (Brasília e Distrito Federal), que cresce, em média, 6,4% ao ano, Brasília está parando, como tantas outras cidades no país.
A péssima qualidade do transporte público, por falta de investimento nos últimos quinze anos só agravou à situação. Pela geografia da cidade, deixar o carro na garagem ainda custa caro, e encontrar vaga para estacionar é não é nada fácil.
A saída são as Ciclovias
A medida implantada com sucesso em várias regiões administrativas (Plano Piloto e Cidades Satélites) é a criação de ciclovias - uma tendência crescente - e muitos brasilienses buscam adotar a bicicleta como meio principal de transporte. Mas, a dificuldade em avançar na construção de mais ciclovias encontra dificuldade por não ser possível alterar o traçado da cidade, tombada pelo patrimônio histórico.
Dê sinal de vida
Ainda conservamos o hábito de Dar Sinal de Vida quando atravessamos a faixa de pedestre. O problema são os forasteiros que teimam em não respeitar o nosso costume.
Então, deixo um alerta: Se vier por aqui, dê sinal, mas, não atravesse se não se sentir em segurança.
Como diz o DETRAN, na dúvida não atravesse.
E eu afirmo: em qualquer situação, pare e pense!