Eram seis e uma mesma Operação.
Passados alguns anos, esses mesmos países (Uruguai, Paraguai, Argentina, Bolívia, Chile e Brasil) se unem para tentar cicatrizar as feridas políticas e humanas abertas pelo regime de ditadura militar, que assolou o continente.
A operação conhecida mundial como Operação Condor, criada oficialmente em uma reunião na capital chilena em 1975, e visava a reprimir grupos de esquerda que contestavam as ditaduras do Cone Sul.
O primeiro passo dessa articulada ação conjunta foi à troca de informações entre os serviços de inteligência, sobre militantes políticos que moravam em outros países. Depois, não tardou em se transformar em operações conjuntas para reprimir, prender, torturar e trocar prisioneiros. Além de ameaçar a integridade física de qualquer pessoa que verbalizasse uma crítica, por mais banal que fosse, contra o regime.
O historiador e coordenador do curso de história da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Enrique Padrós, conta: “Ela [a Operação Condor], naquele momento, significou o amadurecimento de intercâmbio repressivo e de inteligência. E ocorreu em um contexto em que toda a região estava praticamente marcada pela imposição das ditaduras de segurança nacional, o que potencializava o intercâmbio”.
O papel do Brasil
Para o presidente do Movimento de Justiça e Direitos Humanos, Jair Krischke, a atuação do Brasil foi determinante: “o Brasil não só criou a Operação Condor, mas também colaborou permanentemente com as ditaduras em volta do nosso país”.
Para compreender melhor o que significou, e ainda significa este contexto histórico-político, a TV Brasil contará um pouco mais dessa história, ainda desconhecida de grande parte do país, em especial das gerações mais jovens.
Historiadores, parentes de vítimas, pesquisadores e documentos inéditos vão mostrar como a Operação Condor foi decisiva para a manutenção dos regimes de exceção.
Em apenas quatro capítulos, a série que começou ontem (15/10), poderá ser assistida às 21h, no Repórter Brasil Noite, e reprisada às 8h no Repórter Brasil Manhã.
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