O jornalista Dermi Azevedo, ex-preso político e um dos fundadores do Movimento Nacional de Direitos Humanos/MNDH, lançou em São Paulo, no sábado (13), no Memorial da Resistência, antigo Deops, no Largo General Osório, o seu livro "Travessias Torturadas: Direitos Humanos e Ditadura no Brasil".
O livro, com 168 páginas, foi publicado pelo Comitê Estadual pela Verdade, Memória e Justiça do Rio Grande do Norte. Resultante de mais de 40 anos de militância de seu autor nessa área, o livro de Azevedo traz informações inéditas sobre a repressão do regime militar contra todos os setores sociais democráticos, entre 1964 e 1985.
O autor trabalhou, entre outras publicações, nos jornais Diário de Natal, Tribuna do Norte, A Ordem, Salário Mínimo, Visão, Manchete, Fatos & Fotos,Domingo Ilustrado,VEJA, Isto É (da qual foi correspondente na Itália), Folha de S. Paulo, O Estado de São Paulo, Jornal da Tarde e Informations Catholiques Internationales, da França.
Como pesquisador, fez especialização em Relações Internacionais, na FESPSP, sobre a política externa do Vaticano, tornando-se, em seguida, Mestre em Ciência Política, na USP, com dissertação sobre a colaboração de agentes religiosos com a repressão de 1964/1985 e Doutor nessa mesma universidade, com uma tese sobre Igreja Católica e Democracia.
Dermi foi presidente da Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de Natal. Presidiu também a Cooperativa dos Jornalistas de Natal e foi um dos representantes brasileiros na II Conferência Mundial de Direitos Humanos, realizada, pela ONU, em 1993, em Viena, Áustria.
Fonte: Carta Maior