Jogo de tabuleiro criado por indígenas empolga estudantes.
Durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (21-27 de outubro), em Brasília, uma mesinha com o jogo da onça chamou a atenção dos estudantes de diferentes idades, em um dos estandes montados no pavilhão de eventos do Parque da Cidade.
Atraídos pelo tabuleiro, eles sentavam-se para aprender as regras do jogo, conhecido pelos indígenas brasileiros antes mesmo da chegada dos portugueses.
Atraídos pelo tabuleiro, eles sentavam-se para aprender as regras do jogo, conhecido pelos indígenas brasileiros antes mesmo da chegada dos portugueses.
O jogo, que é disputado em dupla, exige muita estratégia. Um jogador fica com a onça e o outro com 14 sementes ou pedrinhas que representam os cachorros. O jogador que ficou com a onça deve capturar cinco cachorros, enquanto o oponente precisa encurralar a onça e impedi-la de se mover pelo tabuleiro.
Como o jogo era muito popular em Portugal, acreditava-se que os portugueses o haviam introduzido no Brasil. Contudo, é um tesouro nacional, e revela o contato dos nossos índios com as civilizações mais desenvolvidas da América pré-colombiana, explica Zenildo Caetano, 52 anos, professor de educação física do Sesc. Segundo ele, os indígenas traçavam o tabuleiro no chão e usavam sementes como peças.
Membro de uma sociedade internacional que se dedica ao estudo de jogos, professor e jornalista, Maurício Lima foi o responsável pelo resgate da história. Antes dele, não havia registro de jogo de tabuleiro tipicamente brasileiro.
O jogo da onça e um documentário sobre a forma pela qual era disputado pelos indígenas brasileiros foram enviados 2006, a 20 mil escolas públicas próximas a aldeias, com o objetivo de resgatar e fortalecer a história e a cultura indígena.
O jogo da onça e um documentário sobre a forma pela qual era disputado pelos indígenas brasileiros foram enviados 2006, a 20 mil escolas públicas próximas a aldeias, com o objetivo de resgatar e fortalecer a história e a cultura indígena.