Ele é o Henrique de Souza Filho, conhecido mundialmente como Henfil.
Assim como outros dois de seus irmãos — o sociólogo Betinho e o músico Chico Mário, herdou da mãe a hemofilia.
Estreou em 1964 na revista Alterosa e em 1965 passou a colaborar com o jornal Diário de Minas. Também teve trabalhos publicados no Jornal dos Sports e nas revistas Realidade, Visão, Placar e O Cruzeiro. Em 1969 mudou-se para o rio de Janeiro e passou a trabalhar no Jornal do Brasil e no O Pasquim.
Com o endurecimento da ditadura militar e a edição do AI-5 — garantindo a censura dos meios de comunicação, e os órgãos de repressão prendendo e torturando os "subversivos" , Henfil, em 1972, lançou a revista Fradim pela editora Codecri.
Fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT), Henfil passou toda sua vida a defendendo o fim do regime ditatorial militar instalado no Brasil passava.
Quando em 1972 Elis Regina fez uma apresentação para o exército brasileiro, Henfil publicou em O Pasquim uma charge enterrando a cantora, apelidando-a de "regente" — junto a outras personalidades que, na ótica dele, agradariam aos interesses do regime, como os cantores Roberto Carlos e Wilson Simonal, o Jogador Pelé e os atores Paulo Gracindo, Tarcísio Meira e Marília Pêra. Anos mais tarde, o cartunista disse que se arrependia apenas de ter enterrado Clarice Lispector e Elis Regina.
Após uma transfusão de sangue acabou contraindo o vírus da AIDS. Faleceu vítima das complicações da doença no auge de sua carreira, com seu trabalho aparecendo nas principais revistas brasileiras.
Hoje ele completaria 70 anos de vida.