Cultura nas ruas.
Em 2015, 58 iniciativas coletivas e individuais se espalharam pelas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro com o intuito de fortalecer o direito à cidade, à inclusão digital, à cidadania e à ocupação do espaço público pela cultura. O programa Redes e Ruas, realizado por meio de uma parceria entre as secretarias municipais de Cultura, de Serviços e de Direitos Humanos, promoveu atividades e intervenções nas áreas de audiovisual, fotografia, música, fotografia, artes cênicas, jornalismo e agroecologia, entre outras.
Um dos destaques é o espaço virtual criado pelo coletivo Visto Permanente, que reúne minidocumentários que reivindicam o pertencimento do imigrante à cidade de São Paulo. Os vídeos têm o objetivo de dar visibilidade ao patrimônio urbano das culturas imigrantes, com toda sua riqueza e resistência. Os filmes podem ser assistidos no link bit.ly/coletivovistopermanente. Outro projeto disponível on-line são as exposições virtuais do Museu da Dança: http://museudadanca.com.br/exposicoes-virtuais.
Em meados de março, foi lançado o livro Redes e Ruas, organizado e produzido por Sampa.org e pelo Coletivo Digital, com relatos das atividades, depoimentos dos grupos participantes e as transformações proporcionadas pelo programa. A obra está sendo distribuída gratuitamente pela Secretaria de Cultura de São Paulo.
Como viver no capitalismo sem dinheiro
No projeto/instalação Como Viver no Capitalismo Sem Dinheiro, em cartaz até 12 de junho no Museu de Arte do Rio (MAR), o artista mexicano José Miguel Casanova convida os visitantes a refletir se é possível conceber a vida além do império da economia financeira. Ele questiona que outras formas de produção, de consumo e de troca podemos considerar possíveis e desejáveis. Inspirado nestas reflexões, o artista criou o Banco dos Irreais, ferramenta de desenvolvimento de trocas sociais, práticas de economia solidária e de cooperação comercial voltadas ao bem comum. Com visitação de terça a domingo, das 10h às 17h, a instalação propõe uma troca de saberes e experiências que abram alternativas para a vida à margem do capital. Na Praça Mauá, 5, centro do Rio de Janeiro. Mais informações: (21) 3031-2741. R$ 10, R$ 5 (meia) e grátis às terças-feiras.
Drummond e a infância
Vou Crescer Assim Mesmo – Poemas Sobre a Infância (Cia. das Letrinhas, 64 págs.) presenteia crianças e adultos com poesias sobre o período mais mágico da vida das pessoas. Impossível não se identificar com este livro voltado tanto para crianças que ainda não tiveram contato com a obra do grande poeta Carlos Drummond de Andrade, quanto para aqueles que querem revisitar a infância por meio de um olhar especial. Um dos poemas que compõem a obra ilustrada por Ale Kalko é Lembrete: “Se procurar bem, você acaba encontrando/ não a explicação (duvidosa) da vida,/ mas a poesia (inexplicável) da vida”. R$ 30.
Vulnerabilidades femininas
Silêncio(s) do Feminino, em cartaz até 1° de maio na Caixa Cultural São Paulo, traz fotografias, vídeos e desenhos de cinco artistas brasileiras sobre temas que envolvem gênero, identidade e abusos a que mulheres são submetidas há séculos. Com curadoria da artista plástica Sandra Tucci, a exposição reúne obras de Cris Bierrenbach, Lia Chaia, Beth Moyses, Rosana Paulino e Marcela Tiboni. Cada uma delas expressa, com linguagens diferentes, as vulnerabilidades do universo feminino. De terça a domingo, das 9h às 19h, na Praça da Sé, 111, centro de São Paulo, (11) 3321-4400. Grátis.
Orquídea em rama
Dezesseis anos depois de seu primeiro álbum solo, Rosa Fervida em Mel, Miriam Maria lança o brasileiríssimo Rama. Entre as 11 faixas do disco produzido pela baterista Simone Sou, há composições de Chico César, Arnaldo Antunes, Itamar Assumpção, Paulo Leminski, Zeca Baleiro, Mauricio Pereira e Kleber Albuquerque. Uma das cantoras da banda Orquídeas do Brasil, que acompanhava Itamar Assumpção, Miriam une sonoridades tradicionais com muita poesia. O álbum tem participação especial de Chico César, André Abujamra e Danilo Moraes, entre outros. R$ 26.
Preços, horários e duração de temporadas são informados pelos responsáveis pelas obras e eventos. É aconselhável confirmar antes de se programar.
Fonte e imagem: RBA)))
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Faremos uma pausa no Travessia. Retornaremos na segunda, 25/04.
Bom feriadão!