Organizada pelo Cuca da UEE-SP, a exposição de fotos tem o intuito de relembrar a juventude dos atos repressivos da ditadura e ao mesmo tempo conscientizar de que não se pode aceitar retrocessos com relação a direitos e ressaltar a importância de se combater os atos violentos e intolerantes que acontecem cada vez mais. A exposição vai circular pelas universidades de São Paulo.
Segundo Juliana Corrêa, idealizadora do projeto, “a exposição tem como objetivo aproximar o público da realidade que viveram os jovens e estudantes durante o período da ditadura e fazer um comparativo com situações muito parecidas que ocorrem atualmente. A ideia é que não seja apenas um amontoado de fotos, mas sim uma troca de energia, gerando o sentimento de pertencimento à historia de todos que lutaram para chegarmos até aqui. E portanto, costuma acontecer uma intervenção como complemento às imagens, impulsionada pela emoção do momento”.
Entre o material que compõe a exposição estão fotos da sede da UNE no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro, incendiada no início da Ditadura Militar e atual sede das entidades atacada por pichações em São Paulo, estudantes sofrendo repressão militar na época da ditadura e repressão por parte da polícia militar atualmente.
Exemplos da manipulação midiática, pró-golpe em 64 e pró-golpe atualmente também podem ser vistas na exposição. A resistência dos que lutaram, como artistas e jornalistas, pela democracia nos anos 60 e nos dias atuais também estão presentes.
A exposição faz parte da Caravana da UEE-SP, e já passou pela Faculdade de Direito de São Bernardo, UFABC, Uniso e Unicamp e seguirá por universidades de todo o estado. Além da exposição, oficinas e debates estão entre as atividades da Caravana.
Fonte e foto: UJS