Segurada sem atendimento |
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Não é pouco, se comparado à média das remunerações no serviço público federal.
Mesmo assim, eles continuam em greve, prejudicando a população que precisa do benefício previdenciário, e que na maioria das vezes ganha até dois salários mínimos.
Conclusão: sem perícia concluída, sem benefício e sem salário.
Um absurdo!
Para resolver o problema e acabar com o abuso da corporação, o Ministério Público Federal pediu à Justiça de São Paulo que determine ao INSS contratar imediatamente serviços médicos terceirizados para compensar os efeitos da greve dos peritos, parados há dois meses.
Ainda de acordo com o Ministério Público, o atendimento aos segurados não está prejudicado apenas pela greve, mas também porque os peritos em estão em “atividade” reduzem o número diário de exames, o que caracteriza uma espécie de operação-padrão.
Informações gerenciais revelam que das dezoito perícias agendadas por dia, os médicos estão realizando apenas uma. Informação confirmada em nota emitida pela procuradora Zélia Pierdoná.
Em 2009 os médicos peritos fizeram greve porque queriam ser remunerados por meio de subsídio (remuneração fixada em parcela única). Após uma queda de braço com o governo, conseguiram.
Agora, fazem greve porque não concordam com os critérios de avaliação de desempenho a que estão submetidos. Não bastasse isso, ainda querem reduzir o número de perícias médicas por dia, e trabalhar 30 horas semanais, mantendo a mesma remuneração de 40 horas.
Veja os valores das remunerações correspondes ao início e final de carreira.
Final de carreira: R$ 16.2226,85 - 40 horas.
Início de carreira: R$ 11.383,54,54 - 40 horas.
Para esta greve, só há uma explicação: a prática médica da mercantilização da saúde, combinada com a ausência de compromisso profissional.
Isto equivale dizer que a corporação quer ter o serviço público como um “grande bico profissional”, e o consultório particular como o seu grande negócio.