Ê, ê, ê, ê, ê, Índio quer apito,
Se não der pau vai comer!
Lá no bananal mulher de branco
Levou pra pra índio colar esquisito.
Índio viu presente mais bonito.
Eu não quer colar! Índio quer apito!
Isso é coisa do passado.
Presente apenas durante o Carnaval.
Xingu, Kayapós, Paranás, Anapu e Uruará querem muito mais.
Como os tempos mudaram, os primeiros habitantes da terra brasilis tiveram que acompanhar as mudanças. Em tempos de globalização e desenvolvimento sustentável desejam muito mais, e estão certos.
O Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável do Xingu (PDRS-Xingu) recebeu os primeiros R$ 800 mil em equipamentos e materiais dos projetos aprovados e foram entregues na sexta-feira, dia 3/02 em Altamira (PA).
As instituições de comunidades tradicionais, populações indígenas e prefeituras da região receberam veículos, motores, barcos, computadores, impressoras, GPS e câmeras fotográficas.
Os equipamentos serão utilizados para apoiar ações de inclusão social, fomento a atividades produtivas, regularização fundiária e gestão ambiental, tudo planejado em conjunto com as comunidades locais, na perspectiva de que esteja concluido em 20 anos.
Comunidades beneficiados
-O Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais do município (STTR Brasil Novo);
-A prefeitura de Altamira;
-A Fundação Comunitária Antena Livre;
-A escola de futebol Craque Nota 10 de Uruará;
-A prefeitura de Anapu;
-A Fundação Viver Produzir e Preservar (FVPP);
-Os Kayapós e Paranás;
-O Movimento de Mulheres de Altamira.
O custo total dos investimentos nessa primeira etapa está orçado em R$ 500 milhões, e será de responsabilidade da Norte Energia, responsável construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte.
Então, quando você ouvir a marchinha (acima) durante o carnaval, não pense que índio é bobo.
Pode parecer, mas não é.