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Tempo de felicidade

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Entidades da sociedade civil internacionais e brasileira estão se mobilizando para inserir o tema felicidade na agenda de debates da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que ocorrerá no Rio de Janeiro, em junho próximo.

Essa inserção, entretanto, tem um propósito específico, segundo afirmou à Agência Brasil o criador do movimento não governamental Mais Feliz, Mauro Motoryn. “Mais do que a medição de um índice [queremos] é o estabelecimento de políticas públicas baseadas na felicidade do cidadão”, declarou.

O tema será abordado pelo Senado, amanhã, 26/04, em audiência pública a ser realizada pela Subcomissão Permanente de Acompanhamento da Rio+20 e do Regime Internacional sobre Mudanças Climáticas, que integra a Comissão de Relações Exteriores. Participarão do evento o Movimento Mais Feliz, a Fundação Getulio Vargas e representantes de entidades da sociedade civil envolvidas com a Rio+20.

A proposta de transformação da felicidade em política pública está tramitando no Congresso Nacional por meio da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 19/2010, cujo relator é o senador Cristovam Buarque (PDT-DF). Mauro Motoryn acredita que a  PEC irá a plenário até o início de junho.

“A PEC tem plenas condições de ser aprovada. No começo, todo mundo questionava [o debate sobre] a felicidade, mas hoje é uma questão de editorial na mídia mundial, que está nas articulações dos grandes pensadores da economia comportamental e em instituições de Harvard e na Fundação Getulio Vargas”, disse.

De fato, o tema da felicidade vem ganhando espaço nas pautas de vários países do mundo. O primeiro Relatório  Mundial sobre  Felicidade, divulgado este mês pela Organização das Nações Unidas (ONU), apontou a Dinamarca como o país onde os cidadãos se sentem mais felizes com a sua vida. Em seguida, vem a Finlândia. O Brasil aparece na 25ª colocação, entre 156 nações.

Mauro Motoryn explicou que o relatório privilegia os fatores sociais, nos quais o Brasil ainda apresenta “falhas gritantes”, a exemplo dos baixos índices em educação e saúde.

“A gente não pode confundir um país alegre com um país feliz do ponto de vista daquilo que recebe do Estado. Ou seja, nós temos deficiências graves na área da educação, de saúde, e isso influi decisivamente na colocação que ocupamos”.
Resta saber onde entra nas ações do Senado, a questão do combate à corrupção, que nos deixa triste e infeliz!


Alana Gandra - RJ
Repórter da Agência Brasil

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