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A única coisa de anormal que eu tenho é a minha curiosidade

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Em abril de 1955, morreu Albert Einstein.

Até este dia, e durante vinte e dois anos, O FBI – Federal Bureau of Investigation, grampeou o seu telefone, leu suas cartas e revirou suas latas de lixo.

Einstein foi espionado porque era espião. Espião de Moscou: era o que dizia sua frondosa ficha policial. E também dizia que ele havia inventado um raio exterminador e um robô capaz de ler a mente humana. E dizia que Einstein foi membro, colaborador ou filiado a trinta e quatro frentes comunistas entre 1937 e 1954, dirigiu honorariamente três organizações comunistas, e não parece possível que um homem com esses antecedentes possa se transformar em num leal cidadão americano.

Nem a morte o salvou. Continuou sendo espionado. Já não pelo FBI, mas pelos seus colegas, os homens da ciência, que o cortaram seu cérebro em duzentos e quarenta pedacinhos e analisaram um por um, à procura da explicação de seu gênio.

Não encontraram nada.Einstein bem que tinha avisado:

- A única coisa de anormal que eu tenho é a minha curiosidade.

(Do livro Os Filhos dos Dias)

*****
E... até hoje os americanos do norte continuam achando que Cuba é a ameça a ser abatida...

2 comentários:

E como os homens de preto são curiosos, pena que realmente o que tinha para deixar para eles ela a sua astuta curiosidade que carregou com ele para o túmulo.
Ps. Já em pleno desenvolvimento blogal.
Abraço

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