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O lado genial da loucura

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O trabalho de dois talentos nacionais reunidos em uma exposição. Arthur Bispo do Rosário, artista plástico falecido em 1989, e sua construção de mundo através da arte é revelado por uma série de fotos clicada por Walter Firmo, um dos maiores fotógrafos brasileiros. 

O ensaio, feito em 1985 por encomenda de uma reportagem da revista Isto É, está reunido na mostra “Walter Firmo: Um Olhar Sobre Bispo do Rosário”, na Caixa Cultural.

De acordo com Marianna Salles Falcão, do site oficial da secretaria de Estado de Cultura do Rio, Arthur Bispo do Rosário, cujas obras foram expostas na 30ª Bienal de São Paulo e nos eventos das Olimpíadas Culturais de Londres em 2012, e em 2013 representará o Brasil pela segunda vez na Bienal de Veneza, teve a sensibilidade de sua arte reconhecida tardiamente. Isto porque viveu por mais de 25 anos internado em um hospital psiquiátrico, na antiga Colônia Juliano Moreira, onde lutava contra problemas mentais.

Foi neste cenário que Walter Firmo, acompanhado do jornalista José Castello, encontrou Bispo do Rosário, e ao longo de três dias registrou suas obras, seu local de trabalho e, acima de tudo, sua relação íntima com sua arte, representada por seu manto sagrado: um longo pedaço de pano em que ia acrescentando bordados, cordas, fios e outros materiais que encontrava no seu dia a dia. É com a colorida criação que Rosário aparece vestido em muitas das 28 fotos da exposição.

Walter Firmo relembrou a produção de fotos com Rosário, qualificada como um “grande momento de minha carreira.”  “Ele pegava objetos cotidianos e dava a eles um outro sentido, um outro valor simbólico além do seu uso comum, que eram utilizados para criar um lugar para si mesmo no mundo”, diz Flávia Corpas, psicanalista e curadora de artes que desde 2005 vem estudando a vida e a obra de Rosário. “Independente do contexto de sua biografia e a loucura que o circulava, é muito interessante ver como o trabalho dele, que não teve nenhum tipo de educação formal em arte, dialoga tão profundamente com a produção da arte contemporânea, brasileira e mundial, até os dias de hoje”, continua. “Sua obra emociona, deslocando o espectador para uma série de interrogações sobre a produção e as linguagens criadas pelo homem – e é essa justamente a função da arte”.

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Até 10 de novembro
Caixa Cultural
Av. República do Chile, 230 - Centro  Rio de Janeiro.
Tel: 21- 20031-919

Fonte: Caixa Cultural
Direto da Redação

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