Mas, o lançamento de Cem Anos de Solidão, em 1967
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1967 latinoamericano: o Gabo e o Che
O século XX foi o primeiro século em que a América Latina teve um protagonismo mundial. Iniciado, politicamente, com o massacre dos mineiros na Escola de Santa Maria de Iquique, em 1907 e, 3 anos mais tarde, com a Revolução Mexicana, se anunciava que seria um século de revoluções e contrarrevoluções no continente.
O marco definitivo dessa trajetória viria com a Revolução Cubana de 1959.
Mas 1967 foi um ano simbolicamente determinante para a história latino-americana e para sua projeção mundial. É o ano da publicação da obra mais importante da nossa literatura, Cem Anos de Solidão, mas também porque é o ano da morte do Che.
Uma, a maior obra prima da literatura latino-americana, outro, o personagem cujo gesto o levou a ser a imagem mais reproduzida no mundo.
Não há ninguém que tenha lido Cem Anos de Solidão e que não se lembre das circunstâncias – onde, quando, com quem, em que edição – leu pela primeira vez o livro. Como não há ninguém que tenha vivido naquele não tão longínquo 1967, que não se lembre quando, onde, com quem, soube da noticia dolorosamente certa da morte do Che.
O discurso do Gabo ao receber o Nobel de Literatura é a mais notável reivindicação da América Latina.
Ali, ele afirma que, da mesma forma se reconhece ao nosso continente sua criatividade, sua originalidade e sua criatividade nas artes, se deve deixar de tentar impor-nos projetos políticos desde fora, deixando-nos exercer, da mesma maneira, nos caminhos da nossa história, essa criatividade, essa genialidade e essa originalidade, que nos reconhecem no campo das artes.
Quer ler a íntegra do discurso? Leia aqui.
Muchas gracias.
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Emir Sade