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Quando o gostinho começa a pegar

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A divisão do trabalho.

Na universidade norte-americana de Atanford foi realizada uma reveladora experiência sobre a relação entre o homem e sua função.

Os psicólogos recrutaram alguns estudantes brancos, de boa educação, boa conduta e boa saúde física e mental.

O voo de uma moeda decidiu quem seria o carcereiro e quem seria prisioneiro num cárcere fictício, inventado nos porões da universidade.

  - Os prisioneiros, desarmados, eram números sem nomes. 

  - Os carcereiros, nomes sem números, tinhas um cassetete.

Parecia uma brincadeira, mas desde o primeiro dia os que faziam o papel de carcereiros começaram a sentir o gostinho. A licença para ir ao banheiro só era concedida depois de muito rogar, os presos dormiam nus no chão de cimento; e era em celas de castigos, sem comer nem beber, que pagavam pela insolência de falar em voz alta. 

Golpes, insultos, humilhações: durou pouco a experiência. Só uma semana.

Em 1971, foi dada por concluída.

  - A prática, foi exportada.

*****
Os Filhos dos Dias.

1 Comentário:

Muito interessante a experiência. O poder, ainda mais absoluto e concentrado em uma ou poucas pessoas, causa isso mesmo. Salve a democracia! Como dizia Winston Churchill: a democracia é a pior forma de governo imaginável, com exceção de todas as outras.

Abraços.

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