- Uma mulher negra recebe menos tempo de atendimento médico do que uma mulher branca.
- Enquanto 46,2% das mulheres brancas tiveram acompanhantes no parto, apenas 27% das negras utilizaram esse direito.
- 77,7% das mulheres brancas foram orientadas para a importância do aleitamento materno e apenas 62,5% das mulheres negras receberam essa informação.
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Dados são do Ministério da Saúde revelam a expressão do racismo no SUS, comprovando que a população negra brasileira é vítima de discriminação racial também na assistência à saúde pública.
O importante é perceber que o racismo no caso do SUS, não se apresenta necessariamente na forma de atitudes discriminatórias explícitas. Nos serviços de saúde, ele pode ocorrer na forma de linguagem codificada (violência simbólica) e negligência (indiferença diante da necessidade). Muitas vezes se manifesta em uma negativa do acesso, da informação adequada e do cuidado. Por isso, todo ato de discriminação racial no SUS deve ser denunciado. Não se cale! Ligue para o Disque Saúde 136.
Para enfrentar essa situação, o Ministério da Saúde e a Secretaria de Direitos Humanos lançaram uma campanha com o slogan Racismo faz mal à saúde. Denuncie! Um alerta aos profissionais de saúde e à população em geral . A campanha visa envolver os usuários e profissionais da rede pública de saúde na luta contra o racismo, além de estimular as pessoas a não se calarem diante de atos de discriminação no SUS.
No Disque Saúde 136, é possível obter informações sobre as doenças mais comuns na população negra, como no caso do diabetes tipo 2, que começa geralmente na vida adulta. A taxa de mortalidade é maior entre os que se declaram pretos e pardos, e ocorrem 63,2 óbitos a cada 100 mil habitantes. Já entre os se declaram brancos há 22,7 óbitos a cada 100 mil habitantes.
A anemia falciforme é predominante em negros, embora possa se manifestar em brancos. Trata-se de uma doença genética e hereditária, que se caracteriza por alteração nos glóbulos vermelhos, dificultando a passagem do sangue pelos vasos vasos sanguíneos menores. A anemia falciforme pode ser diagnosticada já ao nascer através do teste do pezinho. É fundamental que o exame seja realizado antes que a criança saia da maternidade!
Dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde revelam que 60% das mortes maternas ocorrem entre mulheres negras e 34% entre as brancas.
Lembre-se sempre: racismo faz mal à saúde. Não se cale. Denuncie. Ligue 136.
Enfrente o racismo no SUS: Ligue 136 e denuncie
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Fonte: Ministério da Saúde/ Brasil Atual/Conceição Lemes