O governo do Panamá havia ordenado, por lei, a redução à vida civilizada das tribos bárbaras, semibárbaras e selvagens que existem no país. E seu porta-voz havia anunciado:
- As índias kunas nunca mais pintarão o nariz mas sim as faces, e já não usarão argolas no nariz mas sim nas orelhas. E já não vestirão molas mas sim vestidos civilizados.
E eles foram proibidos de sua religião e de suas cerimônias, que defediam Deus, e a sua tradicional mania de governar ao seu modo e maneira.
Em 1925, na noite do dia 25 do mês de fevereiro, dia das iguanas, os kunas passaram à faca todos os policiais que os proibiam de viver sua vida.
Desde então, as mulheres kunas continuam usando argolas nos narizes pintados, e continuam vestindo suas molas, esplêndidas arte de uma pintura que usa agulha e linha em vez de pincel.
E elas continuam celebrando suas cerimônias e suas assembleias, nas duas mil milhas onde defendem, por bem ou por mal, seu reino compartilhado.
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Los Hijos de los Dìas.