Nos dias 16 e 17 deste mês - que corre ligeiro -, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, mais um acampamento foi montado com o objetivo de combater o agronegócio, o uso de fertilizantes e a falta - ou os poucos recursos financeiros para a agricultura familiar continuar produzindo.
Desta vez, foram os homens e as mulheres verdes, do campo, que interromperam pacificamente duas faixas para a circulação de carros e outros meios de transporte.
Foram montadas barraquinhas (pequenininhas), em tamanho inversamente proporcional à vontade de lutar para que possam continuar no campo, plantando, colhendo e mandando comida para as pessoas que frequentam os supermercados e feiras nas cidades.
- Foi bonito de se ver...
Ao contrario de outros movimentos que por aqui passam, quando levantaram acampamento não se viu um sinal de sujeira. Deixaram tudo limpo. O povo simples do campo não acumula nada que não lhes seja útil e que agrida o Meio Ambiente.
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Já os que trabalham na Esplanada, e tem garantido os seus salários no final do mês - sejam servidores ou terceirizados -, no final do expediente deixam suas sobras espalhadas nos pontos de ônibus e calçadas.
E ao final do dia, o que se pode ver são latinhas de cervejas e refrigerantes, embalagens de marmitas, copos, cascas de frutas, etc... Tudo como manda a má educação ambiental, e que é feio de se ver...
E como se não bastasse todo o lixo de deixam esparramado pelo chão, costumam reclamar que os matutos ignorantes e sem educação, vem para a cidade grande só para atrapalhar a vida deles, na hora de voltar pra casa.
- E aí... Sobra intolerância...
E não se dão conta que mesmo com um salário garantido no final do mês, podem até acumular dinheiro...
Mas... Se esses matutos não vierem pelo menos, vez por outra, à cidade para exigirem o direito de viver e plantar, o que sobrará será uma baita fome para todos os lados...
E... Terão que cantar...
“De que me adianta viver na cidade... se a felicidade não me acompanhar...”.